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Falando aqui rapidamente dos outros dois sites onde eu posto historias. Sendo um delas inglês e o outro só br. Eu coloquei no link externo o site da DREAME. Claro que quem infelizmente ta no cel ou no app, vai precisa jogar '' DREAME'' ou webnovel ( que é onde tem uma historia original em inglês) no google entrar no site e bota meu nick Larivalk

Eu estou vendendo bastante historias no DREAME, então muitas historias minhas vão pra lá, algumas novas vão acaba indo também então quem estiver a fim de dar uma olhadinha só ir no site/ app deles o/

Lembrando que ambos os sites são gratuitos, então não você não paga nada para ler as historias originais <3

Quem tiver dificuldade em me encontrar em um dos sites, é só vim no meu pv e pedir o link o/

[...]

Izuku olhava para a janela com um olhar calmo, refletindo claramente próximos atos. Seus belos cabelos esverdeados cacheados voavam junto ao vento, enquanto graciosos olhos esmeraldinos pareciam brilhar junto ao sol. Sua pele era um pouco bronzeada e possuía algumas sardas que só podiam ser notadas no ombro e rosto, já que sua roupa dificultava um vislumbre mais aprofundado.

Usava roupas brancas, da melhor qualidade, atribuindo-lhe um aspecto angelical. A camiseta do jovem, com longas mangas alvas, permitiam a visão de seus antebraços através das aberturas no tecido. Em seus pulsos, braceletes dourados ligavam - se com uma pequena corrente─ no mesmo tom─ em um dos dedos, agregando um detalhe mais sofisticado em suas mãos. Possuía um véu rendado em sua cabeça com delineies em ouro ─ todos os detalhes dourados eram ouro puro─ que alcançava o meio de suas pernas, tamanha semelhança, o jovem poderia se passar por alguém utilizando um vestido ─ muito similar a uma roupa indiana ─ . Em seus pés, era notável a ausência de calçados, possuía apenas um bracelete em seus tornozelos que, assim como em sua mão, eram ligados em alguns dedos.

Izuku Midoriya era lindo, possivelmente o mais belo de todo o reino. Era um rei sábio e gentil com seu povo, agraciado com um dom que todos invejavam: o dom de prever o futuro, oráculo. Entretanto, o utilizava apenas quando era realmente necessário, nunca para coisas triviais, assim como sempre pedia para que sua graça avisasse de qualquer perigo, mesmo algo relacionado ao tempo que pudesse prejudicar a colheita. Recentemente teve uma visão que lhe desgostou imensamente, e precisava revertê-la o mais rápido possível, mesmo que no processo ele precisasse sacrificar - se para receber ajuda.

─ Meu rei ─ um de seus servos mais leais falou ─, tem de haver outra maneira. Se aliar a um reino tão brutal e violento, será deveras impactante para nosso povo. Temo, essa decisão pode causar uma revolta e posteriormente grande rebelião entre nossos súditos.

─ Iida, meu querido amigo ─ disse se virando e encarando um de seus mais leais amigos, alguém que tivera o prazer em conhecer e conceder o título de capitão do exército real. A armadura negra com detalhes nevados reflete facilmente pela iluminação, seguido do capacete firmemente segurado embaixo do braço. Algo estranho, já que naquele país a maioria das coisas possuíam um tom pastel ou branco, entretanto o preto era uma maneira de que suas vestimentas nunca demonstrassem sua sujeira ─ sangue ─, o que acalmava o povo e os próprios cavaleiros. Cabelos azulados cortados o suficiente para utilizar o capacete confortavelmente, olhos acinzentados, abrigo de um brilho intimidador para seus inimigos, mas que diante do rei esmaecia, para agradar seu soberano. ─ Sabes que prefiro ser chamado por meu nome quando estamos a sós.

─ Vossa majestade... digo, Izuku ─ voltou a repetir. ─ Tem certeza de que essa é uma boa ideia?

─ Não vejo outra alternativa. Sabes que nosso reino não possui poder militar grande o suficiente para essa situação, nossos homens são puros de coração e sabem lutar dignamente, porém nosso inimigo não. Isso dificultaria a batalha, pois sei que eles usariam de métodos sujos para vencer, nosso povo iria sofrer, reino sucumbira e não poderíamos fazer nada para impedir isso.

─ Mas poderíamos pedir ajuda divina! O senhor tem afinidade com os seres marítimos, tenho certeza de que o rei das bestas certamente o escutaria.

─ O inimigo virá por terra e pelo ar, tem conhecimento de meu poder e não iriam atacar onde sabem que tenho mais forças. Ainda que o rei das bestas quisesse ajudar, ele seria ferido por não possuir acesso ao solo, e o que menos desejo é feri-lo. Ele é bondoso conosco por purificar nossas águas para nossas colheitas, nos abençoa com águas mágicas das quais podemos curar as feridas e doenças. Sua lealdade, é algo que não posso quebrar simplesmente por uma batalha infrutífera, eu preferia libertá-lo a vê-lo machucado, temos um grande laço, você sabe. Sei que ele ficará triste com minha morte, assim como eu ficaria triste pela dele. Estamos interligados, assim com meus ancestrais, que sempre tiveram um grande elo com os seres marítimos.

─ Me deixe acompanhá-lo nessa jornada.

─ Não. Com minha partida, o reino estaria desprotegido e você deve protegê-lo em minha ausência. Sei que o rei das bestas também protegeria nosso reino. Ele infelizmente não pode me acompanhar, mas sei que enviará algumas de suas criaturas para me observar em águas desconhecidas, afinal, não importa o local, ele sempre será o rei de todas as criaturas aquáticas, devem lealdade a si e portanto, também precisam me proteger, caso seja isso seu comando. Eu levarei pessoas que se assegurarão de minha segurança, Shoto me acompanhará, pois tenho ciência de sua grande capacidade intelectual para possíveis acordos que ajudarão muito no meu processo, também Mina, sendo uma excelente ninja, poderá se esconder e observar tudo. Fico surpreso por alguém tão habilidosa querer nos servir, não estou habituado a ter esse tipo de poder ao nosso lado, mas agradeço imensamente seus serviços, Mina.

─ Obrigada pela vossa palavra ─ disse a garota de roupas negras. Era possível identificar alguns equipamentos presos nas botas e cinturas de sua vestimenta, com o rosto completamente coberto, sua pele bronzeada, expressivos olhos amarelados e cabelos rosados, a beleza da jovem se acentuava com um aspecto misterioso. Começara a servir Izuku no momento em que ele a acolhera sem perguntar nada sobre sua origem e seu passado. Curou de suas feridas e a deixou livre para partir, nem por um instante se incomodando em deixar uma estranha caçadora nos aposentos reais, atiçando a curiosidade da garota por tamanha gentileza, e ao ver como o Rei se comportava, decidiu ficar e protegê-lo com sua vida, ensinou outras pessoas a fazerem o mesmo que ela, entretanto se mantendo ainda assim, a melhor entre eles. ─ Serei sua sombra e certamente não deixarei que nada aconteça a vossa majestade.

─ Acho estranho como vocês sempre me tratam com tamanha formalidade quando estamos sozinhos ─ disse dando um riso curto. ─ Iida, prepare os cavalos, não pretendo levar uma carruagem ou algo do gênero. É apenas uma visita e não quero chamar atenção.

─ O senhor já chama atenção por sua belíssima aparência ─ Mina disse com um sorriso ao encarar seu Rei.

─ Fico grato pelo elogio.

─ Irei preparar as montarias e seus respectivos utensílios para a viagem, com sua licença ─ o cavalheiro caminhou para a saída dos aposentos de seu rei.

─ Mina, chame e informe Shoto. Quero que ande pelas sombras das árvores se isso não lhe incomodar, caso atrapalhe, poderá utilizar um dos cavalos.

─ De maneira alguma, senhor. Prefiro ficar nas sombras para protegê-lo, estou acostumada a andar e viajar dessa maneira e jamais ficaria incomodada.

Shoto Todoroki ─ assim como Mina Ashido ─, tinha sido salvo pelos cavalheiros do rei, foi encontrado muito ferido, tendo seu rosto completamente queimado em um dos lados, assim como seu ombro e parcialmente suas costas. Tentaram utilizar sua água mágica para tentar reverter e sumir com seus ferimentos, entretanto ele parecia já os possuir a um bom tempo, tornando impossível sua recuperação completa. A água mágica sempre ajudava aqueles que iam rapidamente ao seu auxílio, entretanto pessoas que moravam e viviam longe para utilizá-la nunca conseguiram se curar. A água, apenas conseguiu fechar os ferimentos do rapaz que agradeceu e implorou para ser aceito no reino, já que estava fugindo de seu pai que o queria morto por possuir tais cicatrizes. O Rei aceitou o estranho que chorou por tamanha bondade, ele possuía um ótimo dom para serviços envolvendo comércio e finanças, fazendo com que ficasse responsável pelo cargo. O povo de Izuku não o questionava sobre as escolhas que ele fazia, elas sempre eram certas e sabiam que suas previsões e escolhas sempre possuíam um propósito de fazer o reino prosperar ainda mais. Todoroki possuía olhos azuis e castanhos, heterocromáticos, assim como seus cabelos de excêntrica coloração branco e avermelhado.

Mesmo o povo aceitando as escolhas de seu Rei, Izuku temia por sua nova decisão. Sabia que seus súditos não aceitariam aquilo da forma que ele esperava, já tinha previsto isso, entretanto era a única maneira de seu povo sobreviver, teria de fazê-lo e explicar para todos o que aconteceria caso não buscasse ajuda ao reino hostil e violento. Esperava a compreensão unânime da situação que se aproximava, não poderia demorar muito, tinha pouco tempo para realizar a preparação da guerra. Para amenizar a situação, e já conversar com seu povo, decretou que ocorresse uma proclamação com seu povo em público, onde ele falaria com todos em uma sacada aberta, permitindo visão privilegiada e espaço o suficiente para comportar todo seu povoado, e caso não fosse, havia casas próximas que poderiam facilitar. Mesmo vivendo dentro de seu castelo, Izuku permitia a entrada dos seus súditos para aquele tipo de evento, ainda que os guardas se mantivessem nas portas, protegendo o interior da estrutura.

─ Povo de Azalliam, hoje os chamo para tratar de um assunto importante ─ disse sério, coisa que dificilmente se expressava com seu povo, ocasionando num temor geral pela notícia. ─ Eu tive uma visão, e nela me foi revelado guerra e sangue! ─ Ao finalizar sua frase várias pessoas começaram a comentar e ficarem assustadas, mas com um sinal, todas fizeram silêncio ao ver seu Rei levantar sua mão. ─ Infelizmente, nosso povo iria sucumbir e nossas origens e cultura serão perdidas para sempre. Entretanto, não vejo outra escolha, senão a pedir ajuda de um outro povo... qual todos nós sabemos, possui estrondoso poder militar, o suficiente para combater minha previsão. Temo não existir outra maneira, muitos reinos estão se juntando para nos atacar, almejam roubar nossa água mágica e o poder do rei das bestas... ignorantes a impossibilidade desse desejo. Entretanto, eles não nos ouvirão e pereceremos por suas mãos. O rei das bestas afundará nosso reino e ficará no fundo do mar com as ruínas ─ antes que seu povo voltasse a ficar incomodado, conversando e gritando sobre o assunto, voltou a levantar a mão para prosseguir. ─ Meu povo, espero que entendam nossa situação. Nunca, em todos meus anos como seu líder, errei em uma visão e por minhas escolhas, então não será hoje que errarei. Reconheço seus males e dor em aceitar tal proposta, mas recordem que isso será nossa salvação, a vida de todo um povo e cultura está em jogo e temos pouco tempo para nos proteger! Minha visão mostrou que apenas esse reino não se alistaria às tropas inimigas, se tornando nossa última esperança. Não temos para onde fugir, qualquer local que busquemos refúgio, seremos perseguidos e tentarão furtar não furtável. Nossa água ajuda apenas aqueles que escolhemos salvar, principalmente de nosso povo, a água pura é dada gentilmente pelo Rei das bestas, somos afortunados por tais privilégios.

Seu povo pareceu se acalmar, logo gritos foram proferidos, saudando a escolha do Rei que abriu um sorriso, seus súditos tinham aceitado sua escolha e o apoiariam de todas as formas possíveis. Ele só esperava que seu futuro aliado tivesse o mesmo ato, sabia que seria difícil negociar, mas tinha muito a perder e não deixaria que coisas banais o impedissem de conseguir ajuda. Nem que para isso, precisasse morrer para salvar seu povo.

[...]

A montaria do Rei era algo invejado por muitos. Um belo Pegasus na cor preta, tão denso que sumia no céu noturno. E como se não pudesse ser ainda mais mágico ele possuía um chifre pontudo na região da testa, com a mesma coloração da pelagem de seu corpo. Ele era lindo e Izuku o mimava sempre que possível. Por tal bondade que o Rei possuía, ele acaba atraindo seres mágicos que ficam tentados a obedecer e servi-lo, não por obrigação, mas por carinho e adoração. Izuku era puro de coração e alma, suas escolhas sempre eram em prol dos outros e quando pensava em si, acabava ajudando suas belas criaturas que desejavam o servir. Ele era amado por seu povo e por criaturas mágicas, causando inveja em muitos indivíduos, afinal, não é possível domar certas criaturas, é preciso conquistá-las, diferentemente do dragão, que obedece por meio da força ou um touro de Iduran que precisa ser domado. As criaturas que serviam Izuku não podiam ser domadas, quando apareciam para humanos comuns nenhum deles conseguia capturá-las, elas eram seres mágicos que nem o dragão mais forte poderia combatê-las, mas para sorte de todos, eram pacíficas e não atacavam, isso é claro, se não fossem atacados.

Situação irônica dizer que seu belo corcel era mais temido e forte que um grande dragão. Enquanto um possuía força bruta, outro possuía a magia que nem todos conseguem manuseá-la. Muitos dragões se afastavam para não serem atacados por tais poderes, evitavam entrar em seus territórios e tinham um enorme respeito por tal raça majestosa. Entretanto, nem todos sabiam disso, o que resultava em criaturas mágicas feridas por serem obrigadas a atacar tais seres.

A viagem para Ihkuam, o país dos dragões, era terrivelmente longa. Entretanto, seu belo Ikazh ─ nome dado ao Pegasus com chifre ─, conseguia aumentar a velocidade e força dos demais cavalos e criaturas mágicas próximas ─ Pegasus e unicórnio ─, ocasionando no encurtamento de duas semanas do trajeto. Por Mina não utilizar nenhum tipo de montaria, era lhe dado um tipo de dom mágico para que seu corpo conseguisse acompanhar toda a velocidade e resistência e não ficar para trás.

Em todas as paradas Izuku não se importava de ficar junto à natureza, deitando-se em seu belo corcel. A natureza parecia amá-lo, era engraçado como os Reis de Azalliam possuíam tal afeto, poucos sabiam, mas os Reis não eram escolhidos de forma normal ─ no caso, como os demais reinos ─ seus filhos não tinham direito ao trono. Era o Rei das bestas e das criaturas mágicas que escolhiam seu futuro Rei, mesmo um reles camponês, eles sabiam quem era puro de coração e alma para poder ajudar e proteger seu povo e ainda assim ser aceito por tudo à sua volta. Mesmo a natureza o amando, ela não chegava a beneficiá-lo por conta de ele já possuir proteção do Rei das Bestas. Seria deveras impactante tal coisa, já que assim ele teria poder sobre tudo e a todos, assim, a única coisa na qual ela ajudava era em suas colheitas, deixando o solo fértil, fornecendo os melhores frutos que aquele povo poderia consumir e Izuku rezava para agradecer tais presente, todos os dias.

Seus dois servos leais ─ amigos ─ não discutiam ou forçavam Izuku a mudar de ideia, já que quando ele colocava algo em sua cabeça, seguia até o fim, pois sabia que aquilo era o certo a se fazer. A viagem fora agradável, recheada de conversas dos mais variados assuntos, sem envolver o reino. O Rei gostava daqueles momentos de paz que não precisava agir como agia em reuniões importantes ou proclamações. Quando chegaram em Ihkuam ficaram surpresos em ver tal beleza. Dragões dos mais diversos tamanhos voavam pelo céu, algumas bestas sem asas andavam pelos muros como se estivesse protegendo -o. O local possuía um poço que separava o portão para a terra firme ─ para que apenas aqueles que tinham permissão entrassem. Assim desciam o enorme portão de ferro para permitir a passagem. ─ Izuku notou que nas águas havia algumas criaturas, sorrindo ao ver todas se erguerem e saudá-lo. Não importava se aquelas criaturas servissem a outro Rei, eles moravam na água e eram leais ao seu Rei verdadeiro. Ao ver isso, os soldados começaram a gritar e algumas criaturas começaram a se agitar, ficava óbvio quem era aquele rapaz do outro lado, afinal não era sempre que todas as criaturas cruéis e perigosas do poço se curvavam daquela maneira, nem mesmo com o Rei daquele local elas o faziam.

[...]

─ Vossa majestade! ─ Um soldado empurra as portas entrando no salão real, onde um assunto importante estava sendo discutido. Ele ficou nervoso ao receber o olhar duro de seu Rei, mas era uma mensagem urgente. ─ Alguém deseja vê-lo imediatamente! Ele acaba de entrar em nossos territórios, abrimos o portão para ele alguns instantes atrás e–

─ Vocês simplesmente abrem o portão para ele? Nossas terras, nosso povo nada disso importa? ─ comentou rosnando para o soldado que se encolheu.

─ Mas senhor! É ele... eu vi com meus próprios olhos, eu sempre achei que tudo era um mito e uma lenda, mas elas se curvaram senhor! Elas se curvaram ─ falou nervoso, nunca pensou em presenciar tal beleza e magia que aquele rapaz possuía. Todos tinham ficado petrificados com a beleza daquele jovem. As bestas do poço e a montaria do rapaz tinham chamado ainda mais atenção, ele tinha sido encarregado de entregar tal mensagem, pegou seu dragão e voou o mais rápido possível para o castelo, passando por todas as terras que eram cuidadas pelo povo ─ para a próxima colheita ─ e os prédios e casas ao longo de sua viagem.

─ Impossível ─ outro rapaz falou em choque. ─ Ele veio pessoalmente?! Mas, ele nunca saiu do reino... isso não é bom, isso é um mau presságio!

─ Não devemos conversar com ele, vossa majestade! Pode ser perigoso, ele nunca saiu de suas terras e simplesmente aparece em nosso reino?

─ Irmão, não escute a merda que esses homens idiotas estão falando! Você tem noção que somos o primeiro reino, para não dizer ÚNICO, que recebe tal visita? Seria uma vergonha caso recusassem sua presença, o que todos diriam ao descobrir que o povo de Ihkuam teve tal chance e a desperdiçou? Não sei e pouco me importo o motivo de ele ter vindo aqui pessoalmente, mas poderemos botar em nossa história que um Rei de Azalliam pisou em nossas terras!

─ Você tem razão, tragam-no até mim o mais rápido possível! ─ quando terminou de falar, outro soldado entrou na sala correndo com um sorriso enorme que ele nem ao menos conseguia esconder.

─ Senhor! Ele está aqui eu vi eu vi! ─ disse com um enorme sorriso, vendo que todos o encaravam sem entender, já sabiam dessa informação. ─ Ele simplesmente apareceu nesse exato momento nos portões reais! Ele está montando em um Ikazh! Os dragões estão se curvando e se afastando!

O Rei ficou ainda mais surpreso, todos sabiam o quão perigosos e belos eram essas criaturas, saber que aquele Rei tinha vindo pessoalmente andando com tal montaria mostrava a seriedade da situação, e seguinte a ordem de permitir a passagem do governante pelos portões, ele surgiu instantaneamente, deixando um toque ainda mais mágico à sua presença. O rei estava estupefato em presenciar, pessoalmente, uma das lendas daquele povo, isso seria contado seria contato por gerações em seu amado reino.

─ É uma enorme lástima não ser recebido pelo Rei no momento que ele permitiu minha vinda ─ disse uma voz doce fazendo todos encararem a figura. O grande dragão negro de olhos vermelhos, coberto de escamas afiadas e enorme assas rosnou com tal presença. Era de seu costume não permitir estranhos na presença de seu mestre e não seria aquele rapaz que o faria mudar de ideia. Sendo o maior e mais forte entre os dragões, seu corpo era tão grande que fizeram o salão real enorme para que pudesse ser possível o acesso para o mesmo sair e entrar sem que nada se quebrasse. Além de seu poder de fogo, ele conseguia lutar entre as sombras já que a escuridão era sua aliada, podendo sumir entre as nuvens para combater seus inimigos. Ele aceitou servir ao Rei devido toda sua bravura e pestilência. Demorou exatamente cinco anos junto com uma enorme cicatriz em seu rosto. Quando voltou já estava com idade suficiente para suceder ao trono, fazendo com que fosse um dos mais fortes e respeitáveis. Mesmo com sua aparência robusta e um tanto selvagem ─ não conseguia demonstrar fraqueza suas expressões eram por natureza duras e intensas ─ nunca fora mal com seu povo, sempre fez de tudo para dar-lhes o de melhor assim como seu falecido pai. Ele era amado e respeitado, entretanto as mulheres tinham medo de si por sua aparência e muitas ficavam com medo de se deitar, mesmo sendo pagas o que o deixava furioso piorando a situação. Seus homens tinham um enorme respeito, mas também temiam quando o mesmo ficava furioso. Um dos homens mais perigosos e respeitados do mundo, não conseguiam ser felizes ao não conseguir encontrar alguém que os amasse verdadeiramente. ─ Um grande dragão para um grande Rei ─ disse calmo novamente, o dragão voltou a se irritar por não gostar da presença daquele homem. Então galopes foram ouvidos e logo um pelo corcel apareceu que relinchou e bateu seus cascos no chão gelado, fazendo com que o dragão se afastasse e virasse seu corpo ficando de costas. ─ Gostaria de conversar a sós com a família real, se possível.

─ Como queira. Senhores, voltaremos a discutir esses assuntos em outro momento ─ disse aos homens que não gostaram de ser expulsos, já que queriam ficar ainda na presença de tal homem belo e gracioso. Izuku se aproximou, notando o mapa da região entre coisas importantes sobre o reino, abriu um sorriso pequeno ao ver tais coisas, notando que aquele reino fazia algo similar consigo.

─ Permita apresentá-lo a Shoto Todoroki, ele veio comigo para discutirmos sobre negociações ─ disse apontando o rapaz que caminhava calmo para entrar no recinto, ganhando atenção total devido ao horror projetado pela queimadura em seu rosto sua queimadura e inveja majoritária por ser um companheiro leal a aquele homem, Shoto apenas deu um sorriso de deboche para todos. Praticamente a grande maioria da guarda real estava na porta querendo ver de perto o belíssimo jovem que conseguira conquistar homens e mulheres daquele palácio. O Rei fez um movimento obrigando a fechar as portas, e que todos voltassem ao seu trabalho. ─ Mina, é falta de educação se esconder na sombra de um dragão ─ disse fazendo os dois irmãos ficarem confusos, olhando então uma garota sair da sombra do temível Kagnium que ficou perplexo com aquilo, até mesmo o dragão branco de olhos azuis ─ que pertencia ao irmão mais novo ─, estava surpreso. Apesar da estatura menor, tinha um abismal poder de gelo, complementando Kagnium e seu fogo, excelente combinação entre os irmãos. ─ Perdoo-me por tal ato, ela só queria me proteger de um possível ataque, já que muitos me observavam.

─ Não precisa se desculpar, posso entender seus motivos já que chamara muito atenção quando entrara em meu reino ─ disse observando os dois e seu corcel ao lado do homem, que sentou -se em uma das cadeiras afastadas da mesa. ─ Então, a que devo tal visita?

─ Meu povo irá morrer ─ disse calmo, vendo o olhar de choque daqueles dois. ─ Estimo poucos meses até sermos varridos da existência, extinção total de nossa cultura e costumes. Fui acometido por tal horrenda previsão, um vislumbre de meu país em labaredas ferventes.

─ Desculpe interrompê-lo, mas confesso que me fizeram tal proposta de agregar meu exército para invadir seu reino. Todos parecem querer sua magia e o conhecimento que possuem, mas recusei-me pois jamais faria tal ato horrendo. Acabar com um povo inteiro e sua cultura? Meu pai jamais concordaria consigo.

─ Eles querem sua água mágica e o poder de controlar o Rei das bestas, e conhecendo agora o senhor, não duvidaria que desejassem o Ikazh.

─ As pessoas sabem tão pouco de nossa cultura que fico surpreso com tais assuntos. Nossa água mágica, é algo dado pelo Rei das Bestas que nos concede tamanha gentileza. Tanto Ikazh quanto à natureza, possuem um grande afeto para com o Rei de meu país, apenas a ele, no momento de minha morte, nenhum deles servirá a nenhum outro que não seja escolhido. Os Reis em nosso país são escolhidos pela vontade divina dos seres que nos aceitam, a natureza juntamente com o Rei das bestas, escolhem alguém digno para ficar no cargo. Eles podem nos destruir, mas com isso perderão tudo o que foram buscar. O Rei das bestas serve apenas o Rei, suas águas deixariam de ter uso devido a sua ausência, e nosso amado companheiro afundaria o reino, aniquilando qualquer vestígio do mapa ─ disse com um olhar de tristeza e encarou novamente o Rei a sua frente. ─ Não posso lhe prometer coisas grandiosas, muito menos oferecê-lo interseção de tais divindades, pois como sabe elas não poderão lhe servir. Mas venho aqui por um apelo, já que és a única chance de meu povo ser salvo.

─ Gostaria que me chamasse, antes de tudo, de Muscular ─ disse atraindo a atenção do rei. ─ E esse é meu irmão, Katsuki ─ Muscular, como havia dito anteriormente, era um homem forte e musculoso, dono de cabelos dourados arrepiados e um olhar intenso no tom castanho. Em contrapartida, seu irmão mais novo era menor, mas tinha um bom físico para exibir, com o mesmo tom de cabelo, porém dono de intensos olhos vermelhos. ─ Diga-me, como me beneficiaria ajudar um povo que irá lutar com toda uma nação?

─ Muscular, eu te daria qualquer um dos reinos que desejam me atacar, se desejar todos, eles seriam seus, não quero nada em troca dessa guerra. O apoiaria de todas as formas para que ficasse no comando dessas terras, pediria ajuda às divindades da natureza as bestas da água para fortalecer o solo e favorecer o plantio no começo. Sei que por um apelo meu, eles poderiam me ajudar com isso, um agradecimento por sua ajuda. Seria o rei de tudo e todos, mas peço que jamais tente me atacar.

─ Quer que eu mande meus homens para a morte em troca de novas terras? Isso não vale a pena, mesmo que seja ótimo possuí-las, todo meu povo ficaria exposto ao perigo, não é uma simples luta! Eles poderiam simplesmente invadir meu território e matar todos que aqui vivem. Não posso ajudá-lo com tão pouco benefício, não vejo nada vantajoso para mim. Desculpe Midoriya, não posso ajudá-lo. Não colocarei meu povo em risco lutando contra toda uma nação que sequer tem conhecimento da inviabilidade de lucros com a destruição de seu reino.

─ Entendo ─ disse se levantando, encarando Shoto e Mina que não proferiram uma palavra durante a negociação, já que tinham sido proibidos disso até que o Rei aceitasse ajudá-los, assim Shoto explicaria melhor as vantagens e o que poderia ser dado em troca de tal ajuda. Porém, caso ele não aceitasse iriam embora, não podia convencer alguém de ajudá-los e Midoriya entendia o risco que o povo de Ihkuam também corria. Poderiam muito bem os acolhê-los, entretanto Muscular não pensou nisso, não lhe ocorreu que todas as terras habitadas pelas nações ambicionando Azalliam possuíam enormes rios e lagos, quais Izuku poderia tornar vivos para alimentar inúmeros povos que viviam ao lado. Ele faria de tudo para criar aquilo que o Rei desejasse, porém ele não parecia desejar ajudá-lo naquela guerra, onde seus dragões facilmente venceriam o conflito dado seu poder de fogo e a água mágica que curaria todos os feridos, evitando suas mortes. Havia inúmeras vantagens, e ele não havia comentado nenhuma delas pois queria que o Rei pensasse e as notasse por conta própria. ─ Obrigado por seu tempo majestade, irei me retirar agora.

─ Não gostaria de descansar em nossos aposentos? Tenho certeza de que a viagem fora cansativa, já que a distância é muito longa ─ Katsuki comentou chamando atenção do Rei que sorriu para si, fazendo -lhe ruborizar.

─ Agradeço a hospitalidade, mas já estou de partida. Não quero incomodá-los, e tenho medo de que minha presença aqui faça o inimigo pensar que somos aliados.

Quando estavam se dirigindo a porta Kagnium impediu a passagem utilizando sua cauda, fazendo com que todos ficassem surpresos ─ menos Izuku ─. Muscular ficou fora de si, já que aquele ato poderia ser considerado hostil e começar uma discussão, ou até mesmo uma guerra dentro do local. Viu seu dragão andar pelo salão, ficando de frente com o visitante e o encarando nos olhos, de uma distância segura por conta da presença de Ikazh.

─ Diga-me, seria possível conversar com o Rei Dragão dos mares? ─ a voz grave e animalesca perguntou. Muscular ficou sem palavras com isso, seu dragão nunca falou com outras pessoas por perto, nem mesmo quando seu irmão o acompanhava. Só conversava quando estavam sozinhos, e agora ele não apenas falava com aquele rapaz, mas na frente de outros ouvintes. Enquanto Kagnium era o Rei dos céus, Ikazh ─ nesse caso, era o nome da raça, que apenas eles mesmo tinham conhecimento de seus nomes, mesmo amando seus mestres não o contavam por respeito a sua cultura ─, havia um outro rei dos mares. Veja bem, as criaturas citadas podem ser submetidas a se ''domesticar'', diferente do Rei das bestas que só serve ao Rei de Azalliam. Porém existia outro rei, um dragão conhecido pelo nome de Voktrum, era o maior dragão que existia no mundo. Ele comandava os dragões marinhos e vivia no fundo do mar, sendo o segundo maior predador ─ já que o Rei das bestas era o primeiro ─, e servia lealmente o Rei das bestas, entretanto caso ''domesticado'' ele serviria ao seu mestre, porém jamais atacaria seu senhor e legítimo Rei. Nunca houve relatos de alguém que tenha conseguido domar tal fera ou conseguido encontrá-la com êxito para contar história, mas havia inúmeras lendas sobre ele.

─ O que eu ganho com isso? ─ respondeu abrindo um sorriso. ─ Não lhe devo nada, dragão ─ disse sério encarando os olhos vermelhos. O dragão rosnou com tamanha atitude, fora um insulto a sua presença. Jamais uma pessoa o encarou daquela forma, como se fosse um simples animal. Mesmo tendo um Ikazh a sua frente, estava muito tentado a matar aquele garoto. ─ Rosnar não responde minha pergunta.

─ O que quer em troca? ─ perguntou irritado.

─ Mas o que está acontecendo? Por qual motivo está negociando com ele, sendo que eu acabei de dizer que não tínhamos um acordo?

─ Eu o respeito, meu mestre ─ disse encarando o Rei. ─ Entretanto, há coisas que não posso ignorar, e não deixarei uma oportunidade dessas escapar. O que deseja em troca do meu pedido?

─ O que desejo sabes muito bem ─ disse, mantendo a caminhada, obrigando o dragão a retirar sua cauda por conta da magia intimidadora de Ikazh. ─ Não tenho nenhuma obrigação em ajudar a troco de nada, não é mesmo? ─ disse dando um sorriso para Muscular, logo saindo pelas portas e deixando o salão real.

─ Meu Rei, não seria uma boa ideia dar a ele uma outra proposta? Realizar acordo com um dragão tão poderoso assim, pode nos ajudar muito futuramente.

Izuku ficou imóvel sem dizer nenhuma outra palavra. O Rei e seu irmão iriam contestar, ou pedir alguma explicação como o menor podia conversar com aquele temível dragão. Entretanto, quando estavam próximos, Mina e Shoto os encararam e levantaram suas mãos, até mesmo o grande dragão se afastou inquieto, e não gostando daquilo ele até mesmo saiu da frente do rapaz. Ikazh relinchou, fazendo todos ficarem ainda mais assustados, apartando -se de seu mestre e deixando -o parado com todos encarando Midoriya sem falar nada. Ele se virou chorando, mas não lágrimas comuns... chorava sangue. Shoto caiu no chão com aquilo, Mina tremeu e se abraçou, o cavalo se afastou com medo, ambos dragões abaixaram a cabeça, fazendo com que Katsuki e Muscular ficassem nervosos e com medo de tudo aquilo.

─ S... senhor ─ Mina falou tentador parar de tremer. Ela viu Shoto se levantar às pressas e se aproximar do amigo, tentando limpar suas lágrimas antes que sujasse as vestimentas brancas. Porém, ver alguém tão belo e frágil chorar daquela maneira─ ainda mais sangue ─, aquilo era desesperador, todos sabiam que o Rei era diferente dos outros por conta de seus dons, que ele nunca se importou em utilizá-los para o mal.

─ Oh, diga-me, por favor diga-me ─ Izuku se virou ao imenso dragão que estava ainda tenso com aquilo. ─ Diga-me que é mentira! Barbaram está vivo?

Todos no salão tremeram ao escutar aquele nome, existia uma lenda ─ muito antiga ─ sobre um terrível monstro que destruiu tudo e escravizou todas as criaturas a seu bel prazer. Durante séculos, a raça humana sofreu com aquele demônio, mas graças às criaturas mágicas junto com os humanos, eles conseguiram reverter isso. Os grandes Reis ficaram conhecidos, dividindo o país por suas bravuras e cada um deles carregava um brasão: água, vento, fogo, terra, tempestade e madeira.

Em séculos, nunca uma guerra alcançou proporção o suficiente para destruir toda uma nação ─ como queriam fazer com o povo de Azalliam ─, agora estavam planejando essa carnificina e caso alcançassem sucesso, os pilares seriam perdidos e o grande demônio voltaria para destruir aquilo que um dia lhe fora negado. Sem a ajuda do único brasão perdido, seria impossível vencer, já que eles eram os únicos que tinham certo controle dos animais marítimos e da própria água. Izuku viu isso. Ele não tinha presenciado o futuro após a guerra, porém com as palavras de Muscular negando ajuda, ele conseguiu ver, o que fez com que seu coração se apertasse, não chorou sangue sem motivo, o fez pois alguém havia lhe perfurado e arrancado cruelmente o peito, a fim de conseguir o controle do Rei das bestas, algo horrível de presenciar, aquilo era horripilante, e não conseguia entender o motivo de tanta ganância que acabaria gerando o fim do mundo.

─ Não... não temos tempo, eu posso fazer um acordo com ele ─ Izuku mordeu o lábio inferior. Não era algo viável, sequer minimamente aconselhável fazer o que ele pretendia, mas era a única maneira de permitir ao seu povo uma chance de viver no meio de todo o caos, enquanto todo o resto estivesse em ruínas e sangue. Seria egoísmo pensar apenas em seu povo e não tentar salvar outro alguém, só que que no momento, todos queriam matá-lo e ele não salvaria quem almejava seu coração. Milhares de vidas seriam jogadas ao inferno por culpa de invejosos e gananciosos, não era sua responsabilidade, sendo Rei, acima de tudo tinha que prezar por seu povo e não pelos outros. Eles conquistariam seu reino e o destruiriam, mas seu povo ficaria vivo e ele estava disposto. ─ Entregarei minha alma para Voktrum por proteção embaixo das águas, meu coração darei ao Rei das bestas para abençoar meu povo e permiti-lo viver no ambiente aquático. Vocês estariam livres e bem, aquele demônio não poderia machucá-los! Ele evitaria uma guerra tendo duas criaturas tão poderosas contra si, focaria nos demais... tentarei constatar os espíritos da floresta os avisando do fim.

─ Mas... assim você vai...! ─ Mina falou preocupada logo sendo impedida.

─ Eu sou seu Rei ─ disse encarando a amiga. ─ E como tal, é meu dever proteger meu povo.

─ Podemos tentar negociar, procurar um meio de eles nos ajudarem em troca de outra coisa. Nosso próprio povo pode dividir a carga, nenhum deles vai superar e aceitar seu sacrifício. Tem de existir outro jeito! Dar sua alma a Voktrum é o mesmo de fazer um acordo com o diabo! Você vai ficar preso a ele, sabe muito bem como aquele monstro repugnante o deseja desde que botou os olhos em você! ─ disse irritado. Shoto era alguém que Izuku sempre podia confiar para conselhos e decisões importantes, por isso era um ótimo negociador, mas jamais aceitaria aquilo facilmente sem conseguir convencer seu Rei. ─ Ele vai esperar você entregar seu coração para manter sua alma aprisionada nesse corpo, sem envelhecer, para sempre! Você viveria a vida sendo subjugado. Encontraremos outro jeito! Podemos conversar com ele, buscar outra maneira.

─ Sim! Tenho certeza de que se nosso povo se juntar podemos dividir a carga, entregar alguns poucos anos de vida... cada um de nós ─ Mina falou em desespero, não podia aceitar aquilo, não conseguiria viver sabendo que seu amado Rei estaria sendo abusado e maltratado por aquele monstro marinho.

─ Agradeço a preocupação, mas já tomei minha decisão e como Rei, vocês devem respeitá-la ─ disse calmo voltando a andar. ─ Kagnium, deixarei que converse com ele, em troca de uma única coisa ─ disse encarando o dragão. ─ Prometa que vai levar todo meu povo em segurança para a costa, não deixará que ninguém os ataque durante a travessia! Não sei se os demais povos descobrirão meu plano e não quero que ele seja em vão.

─ Como desejar, temos um acordo então ─ o dragão abriu um sorriso, expondo seus dentes pontiagudos. ─ Quando desejar, chama -me que voarei para cumprir minha parte do acordo.

─ Daqui uma semana me encontre na caverna de Balear, irei conversar com ele naquele lugar. Tenha cuidado, não desejo que ele já me assuma como sua propriedade ─ disse, logo sendo acompanhado por seus amigos, chateados por não conseguirem mudar a escolha de seu Rei e resignados a vê -lo morrer de forma tão injusta. ─ Espero que sobreviva a essa catástrofe, Muscular.

─ Não, espera! ─ O rapaz alto de cabelos loiros disse correndo se aproximando do menor o puxando pelo braço, notando o quão macia era a pele do jovem. Tentou retirar seus pensamentos impuros já que estavam discutindo um assunto bem sério no momento. ─ Isso muda tudo. Não posso deixar que esses filhos da puta acabem trazendo aquele monstro de volta, tão pouco posso permitir que faça tamanho sacrifício! Caso o faça, pelo menos dívida a carga comigo, para que também possa salvar meu povo. Divida a quantidade de mortos que teremos no campo de batalha, dívida sua dor comigo! ─ disse encarando os olhos esverdeados que ficaram surpresos com aquelas palavras. ─ Eu, Muscular Bakugou, Rei de Ihkuam prometo aqui e agora que irei servi-lo e lutarei ao seu lado nessa batalha. Não permitirei que seu povo seja massacrado, e caso eu falhe com essa promessa, dividirei a carga entregando meu coração aos Reis dos mares também e prometo, jamais, deixar que aquele monstro te toque, pois faço questão de protegê-lo por toda a eternidade. Estou disposto a entregar minha alma ao meu dragão para ter o mesmo destino que ti.

Izuku ficara chocado e corado com aquelas palavras. Não conseguiu evitar suas bochechas rosadas, fazendo o Rei ficar arrepiado e um tanto animado com aquele tipo de visão ─ afinal, não era sempre que ele corava ─ era completamente lindo e tentador ter aquele homem tão próximo de si, quase um pecado. Não permitiria que aquele monstro tocasse em um fio de cabelo daquele belo rapaz, vagaria pela eternidade, mas seu povo estaria livre e protegeria Izuku com isso, ele tinha certeza de que era algo que valia muito a pena.

─ Irmão, tem certeza? ─ Katsuki se aproximou do irmão vendo o olhar determinado que carregava. Também não gostara da escolha do rapaz, conseguiu entender o que aqueles dois estavam sentindo, era completamente horrível escutar algo do tipo sendo dito com tanta firmeza e força de vontade, era uma facada no peito, um tipo de gosto amargo na boca. Ele deveria, não apenas aceitar aquela escolha, mas fazê-la valer a pena. Sabia os riscos que a volta daquele demônio significava e não queria ver seu povo morrer, mesmo que precisasse entrar nos campos de batalha, faria pelo bem de seus súditos.

─ Tenho! Não posso aceitar isso. E por qual motivo você quer conversar com aquele maldito? ─ rosnou encarando seu dragão.

─ Eu preciso conversar com ele. Nunca me foi viável, pois ele mora em um local que torna impossível minha sobrevivência. Voktrum quebrou o código dos dragões, como você disse ─ apontou para Izuku. ─ Ele faz isso com os humanos, e não é da nossa natureza recolher almas humanas. Vendo agora que ele aceitaria isso novamente, não há outra escolha além de matá-lo e deixar para o Rei das bestas total controle dos demais dragões marítimos.

─ Ótimo, podemos usar isso a nosso favor! Sei que é pedir muito, mas poderíamos ir agora? ─ Shoto comentou, ele queria resolver isso o mais rápido possível. ─ Ambos os lados podem se beneficiar, e muito, com essa morte, teríamos apenas que discutir depois nosso curso de ação caso tudo no fim dê errado.

─ Não vai dar errado, Izuku nunca falha. ─ Mina falou apertando os punhos, ela se negaria a ver seu Rei perecer. ─ Vamos ganhar e salvá-lo!

─ Faremos o seguinte: fale com o Rei das bestas e informe todo o plano, também da possível morte de Voktrum, tenho certeza de que ele encontrará ótima a ideia e posso até mesmo recompensá-lo. Acho justo a recompensa ser desse reino pela ajuda por matar o dragão, assim ambas as partes saem ganhando, com isso depois podemos já nos organizar para planejar um ataque ou até mesmo uma defesa.

─ Nossos dragões são ótimos como poder de fogo, a maioria dos nossos inimigos vai atacar pelo solo. Podemos fazer uso de túneis subterrâneos e bombear água.

─ Construir um tipo de rio, mesmo que artificial, assim as criaturas poderiam ajudar ─ Izuku falou pensando na ideia de Muscular. ─ Seria uma boa ideia, pegaria aqueles mais resistentes, onde lanças e espadas não conseguiriam perfurar seus corpos.

─ Podemos utilizar, se possível, sua água como um tipo de escudo para os dragões, assim quando machucados eles poderiam se curar. Eu não sei se isso é possível, já que eu nunca sequer vi esse poder ─ Katsuki falou passando as mãos no cabelo.

─ É possível. Caso eu faça uma ligação com todos os meus soldados enquanto estiver dentro da fonte, posso transferir o dom da cura para eles. Isso é um pouco trabalhoso e me custara muita energia, então não sei por quanto tempo irei aguentar.

─ Meus aprendizes e eu podemos utilizar as sombras para atacar os inimigos, e caso necessário, fugiremos pelas sombras do dragão sem que ninguém note.

─ Não sabia que tínhamos tanta força assim juntos, se eu soubesse, teria aceitado bem mais rápido essa parceria ─ Muscular falou com um sorriso, correspondido por Izuku. ─ Podemos não ganhar a guerra, mas faremos com que eles recuem e deixem de nos atacar.

─ Eu levarei todo nosso povo para seu reino, para que ninguém tente atacá-los enquanto estamos no meio da batalha, espero que tenha espaço o suficiente para todos nós e se me permite perguntar, nosso povo ficará seguro dentro de seu reino? ─ Katsuki perguntou recebendo uma expressão fechada de todos.

─ Entendo seu medo, mas não fique preocupado. Meu povo receberá o seu de braços abertos e juntos, vamos ganhar essa guerra e impedir o fim do mundo. A estadia de seu povo em meu reino facilitará uma possível evacuação, pois o Rei dos mares mora próximo as minhas terras, seriam questões de minutos para todos estarem seguros dentro das águas. Dou minha palavra que todos ficarão bem, não posso prometer apenas a sobrevivência de seu irmão, já que no pior resultado, tanto eu como ele vamos perecer ─ Izuku pareceu se lembrar de algo o que fez com que abrisse um sorriso. ─ Kagnium, como nossos planos mudaram, eu não preciso mais acompanhá-lo, poderá ir sozinho com ele. Enquanto isso, utilizarei suas águas para me contatar com o Rei das bestas, não importa onde, eu sempre vou conseguir contatá-lo caso esteja em contato com a água, afinal todas voltam para o mar ─ disse com um sorriso carinhoso. ─ Poderia se aproximar? ─ disse vendo o imenso dragão ficar com o focinho próximo a si.

Izuku passou a mão sentindo a textura áspera e ainda assim quente, fazendo o Rei sorrir com aquilo, vendo que o dragão não queria seu mal. Deu um beijo demorado, como se estivesse beijando sua bochecha ─ mas era no focinho ─, todos ficaram em choque com aquilo, não era sempre que viam o Rei demonstrar aquele tipo de carinho, não diante de outras pessoas ─, no fundo alguns tinham ciúmes do enorme dragão estar recebendo toda aquela atenção, até mesmo o belo corcel não parecia contente. ─ Agora meu cheiro está em você, vá até a caverna da qual lhe falei e provoque -o, ao sentir meu cheiro diga a ele que pertenço a você, sem sombra de dúvidas ele irá lutar consigo, será o momento ideal para matá-lo. Eu poderia enviar alguém consigo para ajudar, mas em uma briga de dragões eu sei que não se pode interferir.

─ Hm, assim as coisas ficam mais fáceis ─ o dragão se afastou sorrindo. ─ Irei agora mesmo resolver isso, se meu mestre permitir.

─ Acho bom trazer a cabeça daquele maldito pra mim ─ Muscular sorriu vendo seu dragão rosnar alto e caminhar para voar para longe daquele lugar, deixando-os sozinhos, junto com os demais animais ali presentes ─ Agora, em relação ao Rei das bestas, um local para banhos será o suficiente? Deixarei vazio para que apenas você o utilize sem ninguém por perto, a menos que seus companheiros sintam -se à vontade para protegê-lo mais de perto.

─ Agradeço a preocupação, mas não irei precisar de proteção se você estará comigo dentro da água ─ respondeu vendo o Rei ficar rubro e começar abrir e fechar a boca várias vezes.

─ Pera, você vai tomar banho com meu irmão? ─ Katsuki perguntou deveras incomodado, aquilo era uma injustiça sem igual. O rapaz estava praticamente se oferecendo ao maior ou algo do tipo? Ele estava morrendo de inveja e sequer podia reclamar, ficou ainda mais pasmo ao ver que os companheiros do Rei a sua frente pareciam achar aquilo a coisa mais normal do mundo.

─ Quando surge um novo Rei, é realizado esse ritual. Enquanto um recebe os poderes, de bom grado o outro perde seu dom, entretanto, o Rei das Bestas é tão generoso que concede proteção ao antigo soberano, impedindo -o de perecer dentro das águas. Com sua morte, as cinzas são jogadas no mar, para que essa proteção volte ao seu local de origem ─ disse encarando os dois rapazes à sua frente. ─ Nosso povo, sempre joga suas cinzas ao mar como forma de agradecer ao Rei das Bestas e pedir um lugar junto aos demais súditos em seu domínio. Como vamos ser um só nessa guerra, nada mais justo que você tenha também a proteção ─ disse com um sorriso. ─ E com isso, o Rei das Bestas a fornecerá, porém eu preciso estar presente para passá-la a você e selar nosso destino, caso ambos os reinos cheguem à ruína. Assim, nossas mortes seriam instantaneamente enviadas para o Rei das Bestas cumprir sua parte do acordo.

[...]

No local onde se realizava o banho, Muscular estava travado. Usava uma toalha na cintura e estava nervoso para entrar no local ─ o que era ridículo ─, não tinha motivos para ficar nervoso já que estava entrando para acompanhar outro homem, mas Izuku não era qualquer um e ficar no mesmo ambiente que ele, sozinhos principalmente, era deveras tentador. O corpo do garoto deveria ser ainda mais deslumbrante sem as roupas. Balançou a cabeça tentando tirar aqueles pensamentos impuros, já que não queria mostrar estar excitado ou algo do gênero ao entrar no local.

Quando entrou na casa dos banhos, pôde ver a silhueta pequena na água, seu corpo vibrou ao ver os detalhes das sardas na estrutura do rapaz, assim como as curvas graciosas que esbanjava. Era impossível não ficar tentado a olhar para aquela visão, ele era lindo e ninguém poderia negar aquele fato. Se aproximou entrando na água ─ retirando e deixando sua toalha de lado ─, fazendo com que o movimento chamasse a atenção de Midoriya que virou e lhe sorriu ─ aquilo matou Muscular ─. Izuku se aproximou a passos lentos, ocasionando em saltos desenfreados do coração de Muscular.

─ Parece tenso com a minha presença ─ disse calmo tocando o peitoral do Rei que tremeu e se arrepiou com o contato, era realmente ridículo um homem daquele tamanho ficar tão tenso e constrangido com algo tão singelo como uma mão pequena em seu corpo.

─ Eu... eu estou bem, só não esperava esse tipo de contato ─ disse respirando com calma já que não queria se animar com aquele rapaz tão próximo de si e o encarando com um sorriso pequeno, ele parecia estar lhe testando ou lhe provocando por maldade. ─ O que deve ser feito?

─ Bem, só de estar juntos na água já é o suficiente ─ disse calmo passando de leve as mãos nas cicatrizes, as olhando com ternura. ─ Lhe incomoda outro homem te tocar para ficar tão tenso e me encarar dessa forma?

─ Não me incomoda sua presença e sim seus toques.

─ Então não gosta de mim?

─ Não, você é tentador demais para que eu fique em meu estado normal. Nunca senti esse tipo de contato, já que as pessoas não costumam se aproximar de mim a ponto de ter um momento tão íntimo como um banho. Minha aparência e meu modo de agir acabam afastando as pessoas, mesmo elas vendo apenas um lado meu e não ao todo. Ninguém quer me conhecer melhor e isso é um tanto ruim. Nunca fui de me interessar muito devido a esse problema, não me importa o sexo, mas fica difícil se todos se afastam de mim.

─ Eu não vejo problemas em sua personalidade, em momento algum achei que fora agressivo comigo ─ disse passando a mão no braço do rapaz. ─ Devo lhe dizer que é um homem deveras tentador aos meus olhos. Gosto de homens fortes e com semblantes sérios como o seu.

Aquele foi o limite. Ao escutar tais palavras, acabou por extinto puxando o corpo pequeno para mais próximo de si, sentindo -se vibrar com o contato. Não pensou duas vezes e começou a fazer uma carícia na cintura do Rei a sua frente, escutando-o soltar uma risada fraca o deixando confuso.

─ É estranho me sentir atraído por outro Rei dessa forma, e ainda mais estranho ao pensar que sonhei deita-me ao lado de um homem, mas não conseguia ver seu rosto ─ disse um tanto animado. ─ Quem diria que minha visão me deixaria tão curioso, me alegra pensar que és o homem da minha visão, é deveras gratificante tê-lo próximo ao meu corpo e sentir esse olhar profundo sendo direcionado a mim. Não sabe como gosto de deixá-lo desse jeito... arrepiado, tenso e possessivo, esperando para que possa me atacar a qualquer momento ─ disse com um sorriso mais lascivo. Ele adorava causar isso nas pessoas que estava interessado, era tão bom se sentir desejado e ainda mais ver a pessoa se sentir necessitada de seu corpo e calor. Como ele amava aquilo, e ver um homem tão poderoso como aquele fazendo tudo isso, deixavam sua autoestima e libido nas alturas.

Muscular não podia estar mais animado ao escutar tudo aquilo, apertou a cintura com mais força, trazendo -o para mais perto e roçando seus corpos para que ele sentisse o quão excitado já se encontrava. Ele nunca pensou que um dia acabaria com um ser tão gracioso assim, o mero pensamento de ser desejado por alguém era algo surreal e tentador, mas estávamos falando de um dos Reis mais belos de todo o reino, ali próximo do seu corpo querendo ser tocado por suas mãos.

Foi Izuku quem diminuiu a distância de seus lábios. O beijo começou lento, deixando ambos arrepiados pelo contato inesperado e logo se tornou mais selvagem e necessitado. Todos poderiam pensar que o rapaz de cabelos esverdeados era um santo e puro, ele era apenas puro de alma e entre outras coisas, entretanto nunca lhe foi negado ter os prazeres de qualquer ser humano. Era ótimo sentir os toques das mãos fortes e o beijo feroz, nunca gostou de se negar aos prazeres, quando tinha desejo por alguém ele não perdia a oportunidade para tentar ter a pessoa.

O corpo pequeno foi segurado com mais firmeza, fazendo um gemido curto escapar a boca do Rei, deixando Muscular ainda mais tentado a escutar outros som como aquele tão belo. Quando afastou seus lábios, teve uma ótima visão de Izuku lhe encarando com desejo e suas bochechas coradas por conta do banho quente. A fim de poder fornecer ainda mais prazer ao pequeno a sua frente, ele se virou pegando sua toalha e colocando na borda da banheira, deixando Midoriya apoiado ali de bruços ─ assim impedindo seu corpo de ferir -se ou ficar em contato direto com o piso ─. Atentando -se à visão que Izuku oferecia, mordeu os lábios com a realização de ser um dos poucos privilegiados ao presenciar semelhante vista. Lambeu os lábios e deitou sobre o corpo pequeno, fazendo com que as intimidades ficassem mais próximas causando um gemido de ambas as partes.

Passou as mãos de leve na cintura fina, sentindo a maciez da pele do jovem, queria provar cada pedaço daquele corpo e foi isso que fez. Começou pelas pernas ─ aproveitando a posição deitada de Izuku ─ e foi na direção da coxa, onde deu uma leve mordida para que ficasse marcado no dia seguinte. Notou o membro desperto, não tão pequeno quanto imaginava. Aproximou seu rosto na região íntima do parceiro que vibrou e tremeu com aquilo, ansioso pelos toques que receberia no local. E para surpresa de Muscular, que nunca cogitou fazer algo do tipo, colocou todo o membro do jovem Rei em sua boca, escutando um gemido longo e as pernas as quais segurava tremerem ─ ele as tinha erguido e segurado para deixar o corpo mais exposto. Era algo completamente novo para si e fazia com o maior cuidado possível, tinha certa noção que os dentes poderiam machucá-lo de alguma maneira e precisava concordar, escutar os gemidos altos com seu nome proferido algumas vezes... era algo divino. Tentou fazer o que tinha noção, coisas ouvidas entre os homens daquele palácio ou das tentativas falhas que mulheres de programa tentaram ao se propuseram em se deitar consigo. Sabia, se continuasse com os movimentos de vai e vem com uma certa pressão na região da sucção, ele logo gozaria e estava tentado a saber qual era o gosto ─ já que nunca havia provado ─. Não demorou muito para sentir o líquido, de início achou estranho e nem ao menos conseguiu engolir tudo. Quando se afastou, colocou as pernas de volta na borda, limpou o canto da boca onde sentia que ainda estava sujo e concordava, o gosto não era de todo ruim.

─ Céus, você é uma tentação ─ disse encarando o corpo abaixo de si, que estava com a respiração desregulada devido ao orgasmo recente. Cada olhar dado a Izuku, aumentava sua vontade de possuí-lo, mesmo não fazendo ideia de como realizar tal ato, deixando -o decepcionado consigo mesmo por sua inexperiência. Temia que Midoriya não gostasse disso, pois o Soberano parecia ter bem mais experiência que Muscular.

─ Não precisa fazer esse tipo de expressão fechada ─ Muscular sentiu as mãos pequenas puxarem seu rosto, forçando seu corpo a ficar sobre o do menor, sentindo cada perna o abraçar pela cintura. ─ Sei o que se passa na sua cabeça e não precisa se importar com isso.

─ Como não? Eu não sei o que fazer, nunca tive nenhum tipo de experiência ou contato... eu nem sei como consegui fazer aquilo. Foi algo que pensei no momento ser agradável.

─ E fez de forma perfeita ─ falou fazendo um leve carinho nos cabelos molhados. Só de sentir aquele homem sobre si, fazia seu corpo entrar em combustão. Ele podia ser inexperiente, mas isso era algo encantador para Izuku, coisa que ele nunca sentiu em nenhum dos seus antigos parceiros ─ tanto casuais como sérios ─, e estava gostando daquilo, gostava daquela sensação quente de estimar tanto alguém a ponto de aceitar suas falhas. Só aquele pequeno contato entre seus corpos já era algo único e acolhedor, ele não forçaria Muscular a prosseguir ou algo do gênero caso não quisesse pela falta de conhecimento, mas ele teria paciência o suficiente para ensinar tudo que o mais velho deseja-se. ─ Posso lhe ensinar caso preferir, mas confesso que adoraria sentir você tentar... aos poucos, aprender o que fazer e como fazer com que ambos sintam prazer ─ disse puxando o corpo maior utilizando suas pernas. ─ Eu te desejo, com todos os defeitos e qualidades, sua falta de experiência não é nada pelo o que sinto. Você é único aos meus olhos e sempre vai ser.

─ Izuku ─ disse vendo o sorriso acolhedor do outro. Teve sorte em conseguir aquele pequeno para si, e escutar aquelas palavras fez seu peito se aquecer imensamente, aquilo não era apenas algo passageiro, ele realmente gostava de si com todos seus defeitos e qualidade. Pela primeira vez, Muscular ouviu algo assim, e não podia estar mais feliz por ter sido Izuku ao proferir tais palavras. Voltou a beijá-lo com mais intensidade, precisava daqueles lábios assim como precisava do pequeno ao seu lado.

Permitiu -se deslizar a mão direita e acariciar os pedaços de pele em seu caminho, segurou uma das nádegas firmemente e se levantou, logo forçando seus corpos enquanto apertava com vontade a região. Depois de beijá-lo, viu a cabeça do rapaz tombar para o lado, de início ele ficara confuso, mas rapidamente entendeu o que Midoriya queria e logo realizou tal vontade ─ também almejada por si ─, chupou e beijou toda a região do pescoço, escutando os suspiros de Izuku a cada contato feito. Continuou suas ministrações, e quando passou por um dos mamilos observou que o corpo tinha ficado arrepiado e um suspiro mais longo saíra pelos lábios inchados. Muscular notou que aquela região aparentava ser sensível, então achou uma boa ideia continuar no local. Mordeu e chupou a região, assim como tinha feito no pescoço, e fiel aos seus pensamentos, era um lugar de grande sensibilidade para Midoriya, já que ele gemia e pedia por mais.

─ Eu consigo sentir o quão excitado você está, não sabe como isso é bom ─ Izuku disse entre suspiros. ─ É tão bom senti-lo, céus Muscular. Eu preciso de você ─ disse colocando os braços em volta do pescoço do maior, que não entendeu muito bem aquilo por não estar habituado aquele tipo de termo. Em sua cabeça não fazia sentido visto que ele já estava ali. E antes de poder questionar algo sobre aquilo, o menor continuou. ─ Quero que esteja pronto para isso Muscular, sei que pode ser uma novidade visto meu gênero, e provavelmente o primeiro na qual deita, mas eu preciso senti-lo... aqui ─ disse tirando suas mãos do pescoço do rapaz para que pudesse pegar um certo impulso e o membro do maior passasse de leve entre suas nádegas. ─ Quero que me toque aqui... desejo senti-lo aqui e sei quão prazeroso será para você estar dentro de mim.

Muscular ficou um pouco corado com aquelas palavras, as quais nunca imaginara escutar ─ ainda mais vindo de Izuku ─. Nunca pensou de fato como dois homens se relacionavam e estava um pouco surpreso de como tudo funcionava, não fazia ideia de como começar, porém ao escutar aquelas palavras, e sentir o que seu corpo sentiu ao tocar tal região, tinha uma leve expectativa de quão maravilhoso seria.

─ Eu vou ajudá-lo... apenas hoje ─ disse com um sorriso malicioso. ─ Eu sou um bom professor, quero que preste atenção para na próxima vez, fazer por si só ─ Muscular tinha vibrado apenas em escutar "próxima vez", seu corpo parecia ficar mais quente só de ouvir aquilo. Sentiu Izuku lhe empurrar com um dos pés fazendo com que ele se afastasse assim como o outro desejava e olhou atentamente cada gesto feito. Viu Midoriya chupar três de seus dedos enquanto o encarava, aquilo tinha feito seu membro vibrar ao imaginar aquela boca no mesmo. Então, veio algo que fez Muscular respirar mais fundo e sedento. Midoriya tinha levado os dedos até sua entrada e começara a penetrar um deles devagar enquanto gemia. Aquilo tinha feito Muscular quase desmaiar de prazer, ao descobrir que era um tipo de preparo antes de ocorrer a penetração, não conseguia desviar o olhar, ele podia muito bem tentar depois de ver aquela pequena demonstração, mas ver os dedos ágeis e as expressões que o mais jovem fazia o deixavam louco, era algo tentador ver o próprio se penetrar daquela maneira, seu membro estava duro como pedra e já estava o incomodando e não queria ter que tocá-lo para se saciar. ─ O que está esperando, Muscular? ─ perguntou fazendo com que o rapaz mais velho voltasse à realidade, já que ele havia se perdido ao encarar tanto o ato profano do outro.

Muscular se aproximou e colocou as pernas do jovem em seus ombros, pensou que a posição seria mais fácil e como Midoriya não reclamou deveria estar confortável com o arranho. Afastou as nádegas e começou a penetrá-lo cuidadosamente por medo de machucar o outro, mas não previu as ações de um Rei impaciente. O corpo pequeno se chocou fazendo com que Muscular o penetrasse de uma vez, causando um gemido rouco vindo de ambos os rapazes. Notando quão única era a sensação do ato, começou a refazer os movimentos, sentiu unhas apertarem com força em seus ombros junto a ofegantes "mais rápido", proferidos da boca rosada. Seus movimentos eram rápidos e profundos, parecia algo que ele já estava habituado a fazer ─ com facilidade ─, a sensação de estar dentro daquela cavidade quente era incomparável, os gemidos que ambos soltavam, o som dos corpos se chocando, a atmosfera do ambiente, tudo tornava o ato ainda mais obsceno. Sentiu seu corpo tremer ao notar que estava prestes a gozar, não estava aguentando ficar dentro daquela cavidade quente e pirou quando sentiu seu membro ser muito apertado. Izuku tinha gozado novamente e com isso tinha contraído sua entrada, fazendo com que o membro duro de Muscular fosse exprimido pela parede quente, o levando ao delírio e instantemente a um orgasmo, que ele nem ao menos se importou de fazê-lo dentro do corpo do menor. Devido a intensidade do momento, ele tombou o corpo e puxou Midoriya para seu colo escutando uma risada com isso. O peito de Muscular subia e descia com rapidez, e ter o corpo do menor tão cansado quanto o seu em cima de seu peitoral era algo revigorante e animador para sua autoestima.

─ Isso foi... ual! ─ disse entre suspiros, logo escutando uma risada curta.

─ Pode ter certeza que aprenderá outras coisas e deixará tudo mais ''ual'' ─ Izuku disse com um sorriso de lado. Era estranho um garoto que parecia ser tão puro agir daquela forma, e aos olhos de Musculas aquilo parecia algo de outro mundo e se sentia até um pouco privilegiado por ter a chance de ver o Rei agir daquela forma. ─ Se desejar, após nosso banho posso mostrá-lo outras coisas ─ disse fazendo um movimento circular no peitoral do maior.

─ O que estamos esperando? ─ abriu um sorriso malicioso sendo retribuído por um outro.

[...]

Era engraçado ver um homem tão grande ao lado de um ser tão delicado, as notícias que o grande Rei Muscular tinha ficado ao lado daquele jovem rapaz tinham se espalhado pelo continente. Sem contar a especulação sobre a vinda de um possível novo dragão. Mesmo com a aliança, Izuku ainda não deixou o castelo. Desejava ficar ao lado daquele homem a todos os momentos, fofocas corriam soltas sobre terem um caso ─ e tinham ─, outros teorizavam que um possível noivado se aproximava, o preço a ser pago pela aliança feita.

Nenhum dos dois se importavam com os comentários que circulavam, não apenas dentro do castelo, mas em toda a extensão do no continente, estavam cada vez mais íntimos, como dois amantes que pareciam se conhecer a anos. Muscular nunca pensou ser capaz de sentir tudo aquilo, muito menos que um dia alguém poderia amá-lo daquela maneira, era algo novo para si e deveras acolhedor. Passava todos os segundos com seu amado e nem se importava com mais nada, aquilo poderia ser algo malvisto por ambos os reinos. Entretanto, tanto Izuku como Muscular, possuíam pessoas de confiança que estavam trabalhando para si nesse período de afastamento, porém estavam cientes que não poderiam ficar muito tempo daquela maneira, eram Reis e tinham que agir como tal.

Naquele fatídico dia Midoriya, teria que voltar ao seu reino. Não havia mais motivos para ficar naquele reino ─ politicamente ─, o acordo estava selado, o dragão tinha sido encontrado e parecia já cooperar com o reino de Bakugou. Seus súditos clamavam pela volta do amado Rei, e mesmo que desejasse ficar nos braços do amado, tinha noção de suas responsabilidades. Nunca pensou que dizer adeus era uma tarefa tão difícil como estava sendo agora, no fundo ficava feliz ao ver que não era o único a ficar daquela maneira, mas queria ficar ao lado daquele homem.

─ Por favor, fique ─ Muscular disse de maneira gentil, algo raro vindo de si, para o pequeno que aproveitou a carícia iniciada em sua bochecha esquerda.

─ Sabes que não posso ─ respondeu tristemente, o calor que sentia era acolhedor e não desejava pensar como seriam seus dias sem a presença de seu amado.

─ Podemos encontrar um jeito de você ficar aqui! Usar a guerra como uma desculpa..., mesmo que eu duvide muito que ela vá ocorrer depois de tudo ─ respondeu puxando o corpo menor para um abraço.

─ Ah, Muscular não sabe o quanto eu desejo ficar em seus braços, mas eu não posso ─ se afastou com cuidado já que seu corpo e mente desejavam continuar nos braços fortes, mas ele tinha que lembrar de seu dever. ─ Meu reino não pode ficar sem seu Rei e magia, eu não passei o poder do trono para um sucessor, minha presença é necessária.

─ Se nos casarmos tudo será resolvido ─ disse, surpreendendo o rapaz a sua frente que não esperava por tal ação.

─ Sabes que mesmo com um casamento, não poderia me afastar de meu reino, já fiquei longe demais, algo que nunca pensei fazer um dia. Você mudou muito minha vida a ponto de deixar meu reino de lado, porém mesmo amando te, isso é errado Muscular. Eu tenho um dever a cumprir e não posso ficar contigo nesse reino, quando partir um pedaço de meu coração ficará para trás junto com você.

─ Então se não podes ficar comigo nesse reino, eu irei com você! ─ disse decidido, não deixaria aquele sentimento partir diante de seus olhos, amava aquele pequeno homem a sua frente. ─ Meu irmão pode muito bem ficar em meu lugar como herdeiro do trono, seus filhos seriam ótimos sucessores.

─ Seu conselho não aceitaria tal loucura!

─ Pouco me importa ─ disse raivoso deixando Midoriya surpreso. ─ Sou eu quem manda nesse reino! Como Rei, eu tomo minhas próprias decisões e caso se mostre necessário, posso ajudar meu reino estando junto ao seu lado. Não deixarei para trás minhas origens, muito menos esquecerei meus deveres para com meu povo. Visitarei -os sempre que possível e ajudarei meu irmão.

─ Tem certeza?

─ Nunca tive tanta certeza em toda minha vida. Eu amo você Izuku ─ disse de maneira gentil recebendo de volta um sorriso amoroso. ─ Nunca senti isso e tenho certeza que jamais sentirei isso por outra pessoa, desejo passar o resto da minha vida ao seu lado. Estou disposto a abdicar do meu trono e dá-lo ao meu irmão, pois tenho certeza de que ele conseguirá comandar de um modo justo, caso ele não o faça, sempre posso voltar aqui e dá-lo uns cascudos! ─ disse vendo Izuku soltar uma risada graciosa com aquilo. ─ Meu único pedido, é que levemos meu amado dragão, assim como aqueles que o obedecem e a mim, não quero separá-los, e muito menos ficar longe de meu grande amigo. Então, Izuku Midoriya, aceita se casar comigo? ─ prostrou -se sobre um joelho, segurando a mão pequena e delicada.

─ Você sabe que sim ─ respondeu, logo pulando para os braços fortes do homem que amava.

O casamento aconteceria em Azalliam, Izuku e Muscular fizeram questão de chamar todos os reinos vizinhos, até aqueles que cogitaram atacar Azalliam. Queriam mostrar seu poder e intimidá-los com a junção de tais reinos, ainda mais com a presença dos dragões que sobrevoariam em volta do castelo e todo o ambiente, demonstrando proteção local contra um possível ataque, pois querendo ou não, Muscular já tinha sido Rei e Katsuki era seu irmão, não deixaria que nada atrapalhasse o casamento ou sua felicidade.

O casamento fora majestoso, algo que nenhum homem ou mulher tinha visto na vida. Ser abençoado pelo Rei das feras pessoalmente era uma dádiva que poucas pessoas tinham conseguido, o que fez Izuku chorar e agradecer de joelhos por tal honra. A festa após o casamento se prolongou até a madrugada, todos beberam até não aguentar mais, apenas o casal não consumiu muita bebida para aproveitarem depois a companhia um do outro na cama.

─ Eu te amo ─ Muscular disse se aproximando do marido e dando leve beijo nos lábios.

─ Eu também, você não faz ideia ─ Izuku respondeu juntando suas testas.

Daquele dia em diante as coisas seriam diferentes para os dois amantes, pela primeira vez eles viveriam um romance e aprenderiam as belas coisas que ele o traz. Seu futuro era brilhante e o amor só tinha a crescer, a paz não demoraria para vir e os dois passariam o resto de suas vidas cuidando do belo reino de Azalliam. 

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