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Capítulo 14 Mais Devagar Na Próxima Vez!

Levantei cedo e bem devagar! Deixei Júlia dormindo e fui trabalhar, na primeira hora tudo correu naturalmente, Martim desceu no mesmo horário pro café. Eu mesmo sem jeito, resolvi tomar café junto dele: 

— Bom dia, Martim, posso me assentar aqui? 

— Bom dia, Flávio! Por favor sente—se! — me respondeu sério. 

Havia um certo constrangimento entre a gente, ele mal me olhou... A minha cabeça foi ficando tonta, fiquei muito sem graça. Então ele perguntou: 

— Como você está? Dormiu bem? Está tudo bem com você? 

— Estou bem sim! — respondi. Mal acabei de terminar a frase, aparece a Lurdinha do meu lado, com uma cara de dar medo e me fala: 

— Bom dia, Martim, bom dia Flávio! — nos cumprimenta sempre polida e muito educada—Flávio por favor assim que você terminar o seu café, dá uma passadinha na minha sala por favor? Preciso falar urgente contigo! 

— Algum problema, Lú? — perguntei assutado, tentando adiantar o assunto: 

— Assim que você terminar, vai lá que eu te explico tudo, meu filho! — disse isso e saiu séria. 

Eu fiquei tão perturbado que nem consegui terminar o café, pedi licença pro Martim e fui correndo pra sua sala; porque quando a Lurdinha me chama de "meu filho" é sinal de que eu estou encrencado mesmo. Vamos lá ver o que acontece, mas será que o povo já está sabendo da briga? Tão rápido assim? O jeito era enfrentar a situação, até porque não tinha como fugir...
Eu estava certo, mal entrei na sala e já vi o meu pai na sala da Lurdinha e pela cara dele a conversa não ia ser nada fácil, a minha ansiedade era tanta que eu já entrei na sala perguntando: 

— O que aconteceu gente? 

Meu pai fez um sinal para que eu fechasse a porta, que na minha ansiedade acabei deixando aberta, e já começou a falar: 

— Flávio, por favor, me explica essa história de você arrumar briga na rua, meu filho? — o seu tom de voz era muito sério. 

— Calma pai, eu posso explicar tudo! O que aconteceu foi o seguinte, eu vi o Pedro, o ex-namorado da Júlia na boate sozinho e beijando outra menina anteontem, fiquei com raiva, mas fiquei na minha. Ontem a Júlia ficou sabendo de tudo e terminou com ele, que não aceitou bem a situação e foi atrás de mim pra tirar satisfação. Pai, ele tava muito bravo, ofendeu a minha mãe, me ofendeu e ainda chamou a Júlia de "vagabunda", então eu fiquei com muita raiva na hora e parti pra cima dele; foi isso... — falei tentando manter a calma. 

— Pois é meu filho, o Paulo, pai dele, me ligou hoje cedo e me contou tudo! Sabia que o Pedro está com o nariz quebrado? Inclusive o João, que é gerente do restaurante onde você estava foi testemunha e me falou que você deu uma surra tão grande nele que se não fosse o Martim, hospede do nosso hotel, você podia ter machucado muito ele! — falou nervoso torcendo as mãos. 

— É pai... Foi mais ou menos isso que aconteceu! Mas a culpa foi dele que partiu pra cima de mim, cheio de graça procurando confusão... — respondi tentando demonstrar segurança. 

— Meu filho, o que é isso? Você fala como se isso fosse a coisa mais natural do mundo? Você poderia ter parado na delegacia! Imagina a minha vergonha? Imagina a confusão que isso ia dar? Até um hóspede você envolveu nessa confusão meu filho! O que está acontecendo? 

— Olha pai, eu não sou de brigas e o senhor sabe disso! Mas ele provocou! Eu não tenho sangue de barata! 

— Desde sempre, eu já te expliquei que a gente não precisa a responder a nenhuma provocação! Eu não sei o que está acontecendo, mas não está certo! — esse foi um dos poucos momentos em que o meu pai alterou a voz comigo, e eu senti uma pontada de mágoa em sua voz... 

Eu olhei para Lurdinha que estava sentada na sua cadeira, parecia aflita, tentei falar, mas fui interrompido... 

— Agora você vai me escutar! Eu precisei de muita lábia pra convencer o Paulo a não prestar queixa, que constrangimento! Ele acabou concordando, mas combinamos que você vai pagar todas as despesas do tratamento do Pedro! Essa eu deixei passar, até porque é a primeira vez, depois de adulto que você arruma uma briga! Mas já te aviso! Na próxima você vai se responsabilizar por tudo! Tudo Mesmo! Eu não vou ficar atrás de você limpando a sua sujeira! Já passou da hora de criar juízo! Agora, eu vou trabalhar! — e saiu batendo a porta.
Assim que ele saiu, não aguentei desabei em uma cadeira e com as mãos cobrindo o rosto comecei a chorar... Lurdinha se levanta, aproxima, acaricia os meus cabelos e fala: 

— Seu pai está muito nervoso também, ele ficou muito assustado com essa história, meu filho! Tenta entender! Não é fácil pra ele cuidar de vocês dois! Eu te entendo, você só quis defender a Júlia! Mas exagerou um pouquinho... Sabia que o Pedro passou essa noite no hospital? Agora pensa que a gente nunca ouviu falar, nem quando você era criança, de uma briga sua... — falou tentando me consolar. 

— Ninguém me entende Lú! O Pedro foi escroto demais, traiu a Júlia e ainda ofendeu a minha família inteira... 

— Meu filho, eu te entendo! Seu pai só está preocupado com você, ele foi severo, mas é porque ele acha que é o melhor pra ser feito! Fica calmo esfria a cabeça! Tudo já foi resolvido! E o que é melhor! A Júlia se livrou daquele traste! Eu nunca gostei dele mesmo, e eu tava certa! — falou com um sorriso de cumplicidade! 

— Tá bom Lú! Eu já me acalmei! Vou voltar pro meu trabalho!
Me impedindo de levantar, falou: 

— Espera! Posso te pedir só mais uma coisa? — falou olhando para todos os lados para ter certeza de que não havia ninguém olhando. 

— Pode sim, pede! — respondi. 

— Flávio, da próxima vez, bate mais devagar! Você pegou muito pesado! — e começou a rir! Comecei a rir, quase sem querer! Como ela conseguia me amparar dessa forma? Então eu falei: 

— Dona Lurdinha, você não vale nada mesmo! Agora deixa eu ir trabalhar que o meu filme com o meu pai está muito queimado! 

— Vai meu filho! Vai na paz! — Me respondeu sorrindo e beijando a minha testa!

O dia passou com uma certa tranquilidade, cruzei com o meu pai algumas vezes, ele não estava sorridente pra mim, mas ele é assim mesmo. Não vai demorar muito tempo pra ele ficar de boa comigo; a Júlia estava mais quieta, na verdade, eu conheço ela bem! E ela estava muito triste mesmo; mas ela sempre se mostra forte! 

Ela sempre foi assim, acho que ela amadureceu cedo demais! Até me fez lembrar que ela sempre cuidava de mim, dormia no meu quarto quando eu estava com medo! A gente era criança, ela é mais velha que eu apenas dois anos, e sempre estava comigo! Ela é sempre alegre, curiosa até demais e adora uma fofoca! Sabe ser simpática e até ser grosseira quando quer.

Mas ela é uma pessoa boa, dura na queda! E ver ela triste desse jeito também me deixa triste! Será que o amor é isso? Um dia faz os olhos da gente brilhar e no outro deixa os mesmos olhos inchados de tanto chorar? Mas o Martim por onde será que ele anda? Possivelmente a Júlia deve saber dele, mas eu não vou perguntar pra ela que é dar muita bandeira!  

Na verdade, eu nem sei se eu quero ver ele de novo! O clima ficou meio estranho depois de ontem, mas, no fundo, estou sentindo a falta dele! Será que quando a gente se apaixona a burrice vem de bônus? Porque só pode! O meu pai sofreu por amor, a minha irmã está sofrendo e no caso dela sobrou confusão até pra mim! 

E depois de ver tudo isso eu ainda estou com saudade de Martim? Às vezes eu acho que é muita burrice para um coração só! Acho que foi de tanto pensar, senti fome e fui pra cozinha fazer um lanche e encontro a Júlia na mesa tomando um café, me sento do lado dela e puxo assunto:

—Maninha, como você está?  — perguntei tentando sorrir.  

— Estou bem, Flávio! — respondeu com um sorriso triste. 

— Sabe, Jú! O pai me deu uma bronca daquelas! Vou ter que pagar o tratamento do Pedro! — falei coçando a cabeça. 

— A Lurdinha me contou Flávio! Menos mal, né? O problema é que eu me sinto um pouco culpada sabe? Foi por minha causa que deu essa confusão toda! 

— Foi não! Não foi mesmo! — falei com convicção — Aquele cara é um babaca! Você merece coisa bem melhor! 

— Não sei! Acho que eu tenho o dedo podre pra relacionamento! Mas não vamos chorar, nem lamentar! Vida que segue! Eu tenho certeza de que agora só cara "responsa" vai se aproximar de mim! Tenho certeza! — falou sorrindo pra mim...  Eu sabia que ia surgir uma piada, mas, mesmo assim, perguntei:

— O que te dá essa certeza? — perguntei curioso. 

— Uai! Agora todo mundo sabe que o meu irmão é um "Power Ranger", vacilou comigo, você entra em ação! — terminou a frase tentando sorrir... 

— Você não perde o bom humor, né? — falei acariciando os seus cabelos. 

— É que me resta... Na vida a gente tem que sorrir pra não chorar! Oh, vida complicada! Dizem que quem é infeliz no amor é feliz no jogo! Vou fazer uma aposta na loteira... Quem sabe eu ganho e se eu ficar rica vou chorar em Paris! — sua voz demonstrava tristeza. 

— Você está falando sério? Porque se for me leva junto! A gente ia aprontar muito! — brinquei tentando animá-la. 

— Se eu ganhar, eu prometo que te levo! Afinal eu vou precisar de alguém para carregar as comprinhas que eu vou fazer! — brincou. 

— Tudo bem! Carrego tudo numa boa, mas tem que me levar com todas as despesas pagas! — falei fazendo careta. 

— Ah Flávio... Como era bom o tempo em que a gente era criança! Não tinha que passar por tanta coisa! Era só brincar e mais nada! Mas a gente cresceu e tamo ai! Bem-vindo ao mundo adulto! — suspirou pensativa. 

— É verdade! Mas desde cedo os meninos queriam te namorar, lembra do Denis? — perguntei curioso. 

— Lembro sim... Ele era bonito, mas muito novo pra mim... Fora que eu já estava de olho no Pedro... Mas você também tinha as suas admiradoras! O problema é que você já era apaixonado pela Ana! — Falou me provocando. 

— A gente era só amigo! E nada mais que isso... Gostava da amizade dela! — falei com uma certa saudade. 

— Ah, Flávio! Ela está bem, fazendo faculdade! Encontrei com ela esses dias na rua! Ela mandou um abraço pra você, mas e por falar nisso, por onde anda o Denis? Nunca mais o vi! — Júlia parecia pensativa. 

— Está nos Estados Unidos! A gente se fala de vez em quando! Está bem! Trabalhando Muito! Parece feliz! — falei olhando pra Júlia esperando alguma reação... 

— Pelo visto, só a gente que tá meio ruim das pernas né? — falou sorrindo — Mas não tem nada não! A gente ainda vai dar a volta por cima! E essa volta vai ser em Paris! 

Comecei a rir... E nessa hora me pus a pensar: que garota é essa!? Ela não se dá por vencida mesmo! Ela merece demais ser feliz! Deu um baita orgulho dela! Terminamos o lanche juntos! Eu fui me levantando para pegar a louça pra lavar, mas Júlia não permitiu: 

—Deixa isso comigo! Mas não se acostume! Ainda são duas horas da tarde! Já parou de trabalhar? — me perguntou enquanto recolhia a louça. 

— Não, Júlia! Na verdade, as minhas tarefas já acabaram, mas nem posso pensar em sair mais cedo! O velho Rocha está bem nervoso comigo e é melhor eu não vacilar! Vou ficar de bobeira por aí, caso precisarem... Mas, nossa! Não vejo a hora desse dia acabar...

Nessa hora Júlia para de lavar a louça e me encara: 

— O português perguntou por você... Eu falei que você estava bastante ocupado! Então ele me pediu pra te falar que quando você puder para procurar ele... 

Nessa hora o coração acelerou e a perna tremeu, mas disfarcei ou, pelo menos, tentei e respondi demonstrando desinteresse: 

— Tá certo! Obrigado! Vou ver o que ele precisa! — respondi tentando não demonstrar interesse. 

— Vocês ficaram próximos, ou é impressão minha? — perguntou. 

— Ah, ficamos próximos sim! Ele veio pra cá sozinho. E ele é um cara legal gosta de conversar... 

Sabe ele perdeu a mãe há pouco tempo! Deve estar se sentindo muito só, então acabou que a gente ficou amigo sabe? 

— Nossa! Que triste pra ele! Deve ser uma barra! Faz você bem, fazer companhia pra ele! — falou encerrando o assunto. 

Eu apenas queria entender o que se passa na cabeça dessa minha irmã... Tá na cara que ela sabe de tudo! O que eu não entendo é essa mania de se fazer de boba! Qual será a intenção dela? 

Será que ela acha a situação tão desagradável, que prefere fingir que não está acontecendo nada? Pensar nessa possibilidade não me fez nada bem, por isso resolvi dar uma volta e me despedi: 

—Maninha, vou dar uma volta! Beijo e fui! — antes de sair lhe dei um beijo na testa. 

—Tá bom, beijo! — me respondeu com um leve sorriso.

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