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Capítulo 13 Eu Não Tenho Sangue de Barata!

" É uma revolução depois que as suas lágrimas viraram fúria!"

Pensando muito continuei o meu trabalho! O que foi uma tarefa complicada porque eu fiquei pensando o tempo todo na Júlia, eu sei que já tinha planos para aquela noite, mesmo com todas as expectativas a dúvida me consumia... 

Finalmente a noite chegou, encontrei com um elegante Martim, que já me esperava na porta do Hotel, ele se aproximou e me disse: 

— Você não existe, Flávio! Amei as flores! — falou sorrindo! 

— Fico muito feliz que você gostou! Foi uma maneira que eu encontrei de agradecer pela noite maravilhosa que eu passei com você! — respondi retribuindo o sorriso tentando esconder a minha aflição. 

— Flávio, posso estar enganado! Mas estou te achando um pouco aflito! Aconteceu algo? — pergunta Martim demonstrando uma certa preocupação. 

— Ah, Martim! Estou me sentindo mal por não contar o que o Pedro fez pra Júlia! — respondi pensativo. 

— Entendo... Mas o que você quer fazer? Vamos cancelar o nosso passeio e você vai lá e conta tudo pra Júlia! — propõe Martim. 

— Não! Vamos fazer o seguinte; a gente faz o nosso passeio e depois assim que eu chegar falo com a Júlia. E é até bom que eu relaxo um pouco e crio mais coragem... Porque não vai ser uma conversa fácil! — respondi. 

— Tem certeza, Flávio? — insiste Martim. 

Assenti com a cabeça e falei: 

—Vamos dar uma pausa nesse problema, e sair um pouquinho... Pra onde a gente vai? 

— Então tá! Vou te fazer uma proposta! Eu, Martim Pereira, para agradecer a noite maravilhosa que passei contigo e o presente mais lindo que foi as flores que você me ofereceu, quero retribuir com um jantar! Você aceita? — Pergunta sorrindo pra tentar descontrair. 

— Que honra! Eu, Flávio Rocha aceito sim e me sinto lisonjeado com tamanha oferta! — respondi. E seguimos em direção ao restaurante. 

Mesmo com as preocupações rondando a minha mente, o jantar estava maravilhoso, um peixe assado acompanhado de um bom vinho! Martim era um profundo conhecedor de vinhos. Ele sempre me surpreendia, a sua beleza e elegância era impossível passar despercebido! O clima estava perfeito, mesa que a gente ocupava, era próxima à porta e ainda tínhamos a vista pro mar! Tinha tudo pra ser perfeito, porém, infelizmente não foi! Já estávamos pedindo a conta, quando do nada aparece o Pedro, seus olhos faiscavam de ódio, ele já chegou gritando: 

—Foi você seu desgraçado! — disse em tom de ameaça olhando pra mim. 

— Eu o quê? Eu não fiz nada! Se acalma, que você está muito nervoso! — falei tentando acalmá-lo. 

— Não banque o sonso pro meu lado! Foi você que contou tudo pra Júlia, sua bicha desgraçada! Eu vou te arrebentar! — me ameaçou de novo.
Nessa hora todo mundo do restaurante já olhava pra gente, e o Martim tentou conversar: 

— Calma amigo, vamos conversar lá fora! Conversando a gente se entende — falou tentando conduzir Pedro para fora do restaurante. 

— Não encosta a mão em mim, você me dá nojo! — falou Pedro cuspindo no chão em um gesto de desprezo. 

Aquilo foi demais pra mim, aumentei o tom da voz e falei: 

—Pedro, não faz isso, estamos tentando conversar numa boa! Eu não falei nada pra Júlia! E depois foi você que fez merda, e ainda vem tirar satisfação com a gente? — falei tentando manter a calma. 

— Foi você que falou sim! Bicha é tudo fofoqueira! Vocês são tudo lixo, escória do mundo, eu tenho é pena! Você me cagoetou, mas fica tranquilo! Vai ter troco! Amanhã mesmo conto pro seu pai, que você é um baita boiolão, que fica se esfregando com turista! Vai ser uma decepção pra ele! Aquele pobre coitado, a ex-mulher dele já fugiu com o turista, e você puxou isso dela! E pra fechar com chave de ouro, a filhinha dele é uma VAGABUNDA

Com essa última frase pingou a última gota que faltava para eu transbordar... Mas ainda tentei manter a calma, as minhas mãos que tremiam se fecharam quase involuntariamente, então eu falei: 

—Então você contar pro meu pai, que eu sou gay? — respirei fundo tentando recuperar a calma perdida, ele fez que sim com a cabeça rindo debochado — Então eu vou te dar só mais um motivo pra você falar com o meu pai!

E numa fração de segundo concentrei todo o ódio no meu punho e lhe acertei com toda a força um muro em seu nariz, o sangue jorrou imediatamente ele se inclinou meio tonto, eu não pensei duas vezes e ainda lhe dei dois socos na altura do seu estômago, ele não resistiu e caiu no chão! Mas eu não estava satisfeito e ainda lhe dei um ponta pé na altura dos rins, mas quando eu ia dar o segundo chute senti o Martim me puxando pra longe do Pedro, mesmo ainda muito alterado gritei: 

—Pronto, agora pode ir lá contar tudo pro meu pai, inclusive fala da surra que eu acabei de te dar! Aproveita e conta pra todo mundo! Ah, e só mais uma coisa! Se você chegar perto da minha irmã outra vez, a surra vai ser bem maior que essa! Ok? 

Nessa hora, chegou o gerente do restaurante e jogou água fria nos ânimos: 

— Por favor, vão embora, antes que eu chame a polícia! — advertiu ele. 

— Mas foi ele quem chegou aqui me ofendendo! — me justifiquei. 

— Flávio! Por favor, vamos embora! Já chega de confusão! — implorou Martim, pasmo com a situação. 

Sem falar nada, antes de sair, encarei o Pedro que estava sentado na calçada, seu nariz ainda sangrava, sai acompanhado do Martim, caminhamos alguns metros em silêncio, então ele resolveu falar: 

—Flávio, eu estou assutado com a sua atitude! Não é assim que se resolve as coisas! Violência só gera violência! — me olhou com um olhar de reprovação. 

— Martim, eu não tenho sangue de barata! Ele ofendeu você, a minha mãe e a Júlia! Você queria que eu fizesse o quê? 

— Ele estava louco e desesperado! Não precisava ter descido no mesmo nível! Você perdeu a sua razão! Você é melhor que isso! Me fala, e agora? E se ele for a polícia? E se ele se machucou de verdade? Olha a complicação que você arrumou! 

— Eu sei... Mas agora, não tem muito o que fazer, eu perdi a cabeça mesmo... E o jeito é assumir as consequências! Pelo visto alguém já contou tudo pra Júlia e o pior antes de mim... — falei ainda mais preocupado. 

— Eu não sabia que você batia tanto assim! Você foi tão violento que não deu tempo nem dele se levantar! Estou de verdade muito espantado e até um pouco decepcionado com você! Me promete que você não vai agir dessa forma nunca mais? 

— E você queria que eu fizesse o quê? A situação está tensa! Eu perdi o controle da situação! Eu sou humano poxa! — falei em um tom bastante exaltado. 

— Flávio, fique calmo! Até porque se exaltar agora não vai resolver nada! O que se tem a fazer é manter a cabeça fria e tentar resolver a situação da melhor maneira possível! — me respondeu demonstrando contrariedade. 

— Martim, você tem razão me perdoa, eu acabei me exaltando! Você pode não acreditar, mas eu não sou de briga! Foi Loucura do momento mesmo, até porque é uma situação bastante delicada! Eu te prometo, que nunca mais faço isso! Mas estou bastante preocupado com a Júlia agora! — falei um muito angustiado. 

—Tá bom! Tá certo! Estamos chegando! Chega de emoção por hoje! Vamos descansar e amanhã a gente conversa melhor! Tá bom? — falou sério. 

Assenti com a cabeça, estávamos há alguns metros do hotel, a rua estava deserta, Martim me deu um beijo rápido nos lábios e entramos no hotel. Ele se despediu indo pro quarto, e eu fui correndo para o quarto de Júlia! Queria muito saber como ela estava! 

Mas ela não estava lá, onde será que aquela menina se meteu? Preocupado pensei em chamar o meu pai, mas preferi ir para o meu quarto e tentar localizá-la pelo celular; me sentindo desolado caminhei devagar na direção do meu quarto, pensando na situação, e como eu estraguei tudo.
Assim que abri a porta do quarto e acendo a luz, dou de cara com a Júlia deitada na minha cama, chorando! Pronto, pude então suspirar um pouco aliviado! Ela se levanta e me olha e começa a falar: 

— Flávio, me responde, com sinceridade, você viu o Pedro beijando a Marcela ontem? — disse isso e começou a chorar... 

— Oh, Júlia! Eu vi sim, me perdoa! Eu ia te contar, e só não te contei antes porque eu tive medo da sua reação... Por isso fiquei enrolando o dia todo... Na verdade, eu tive medo de você não acreditar e ficar com raiva de mim... — falei muito angustiado de ver ela chorando daquele jeito... 

—Flávio, você é meu irmão deveria ter me contado, eu entendo que não fez por mal! Mas é lógico que eu acreditaria! — falou entre soluços. 

— Eu fui muito covarde! Me perdoa! — pedi. 

— Perdoo, claro! Mas prometi pra mim, que você nunca mais vai fazer isso? Eu confio tanto em você! — ela insistiu. 

— Prometo sim! Mas quem te contou, Júlia? — perguntei me sentando na cama para tentar mudar de assunto. 

— Foi a Larissa! Ela viu tudo! Ele é um cachorro! Me deixou em casa e voltou pra boate! Ele é um burro! Em uma cidade pequena dessas, lógico que alguém ia me contar! — falou mais calma enxugando as lágrimas e se deitando na cama. 

Eu me deitei do lado dela, respirei fundo e pensei, então se amanhã todo mundo vai ficar sabendo da briga de hoje... Resolvi contar pra ela, até mesmo pra ver se eu me sentia um pouco mais aliviado: 

—Júlia, você brigou com ele? — perguntei buscando uma maneira de abordar o assunto. 

— Sim! Botei ele pra correr, por quê? — me olhou curiosa. 

— Então! Sabe, ele foi atrás de mim, tirar satisfação! Na verdade, ele pensou que era eu que tinha te contado! — respondi meio sem jeito! 

— Sério? Que cara babaca! — interrompe Júlia. 

— Pois é... Foi um barraco! Eu estava no restaurante, no Bem Natural sabe? — continuei. 

— Que chique Flávio! Tava com quem? — perguntou curiosa. 

— Ninguém importante! Foca aqui no assunto! Ele chegou lá tirando satisfação comigo, gritou e me ofendeu! Mas na hora em que ele te ofendeu, aí eu perdi o controle! Parti pra cima dele! Acredito que quebrei o nariz dele, porque tava sangrando muito! Aí o povo separou a briga, falaram que ia chamar a polícia, enfim... A confusão foi feia! — terminei a frase e Júlia estava de boca aberta! 

— Meu senhor! — foi só o que ela conseguiu falar. 

E eu ansioso ainda insisti no assunto: 

—Mas agora, Júlia? E se ele chamar a polícia? E se der B.O.? — insisti aflito. 

—Ah, que bobagem, Flávio! Já ouviu falar em orgulho masculino? Credo! Nem parece que você é homem! Pode ficar tranquilo! O Pedro vai ficar quietinho, na verdade, vai até sumir por um bom tempo! — respondeu pensativa! 

— De onde você tirou isso? — perguntei sem entender. 

— É muito simples! Ele não vai abrir o bico porque senão ele vai ter que dar o braço a torcer e assumir que foi bancar o espertinho pulando a cerca e no final além de ganhar um pé na bunda, levou uma surra... E isso ele não vai querer assumir, nunca! — concluiu. 

— Você até que tem razão! — falei pensativo. 

— Eu sempre tenho razão, Flavinho! Vai por mim, esse cara nunca mais vai te incomodar! Mas o que mais me assusta nessa história é você brigar! Nunca te vi fazendo isso! Muito pelo contrário!  Muitas vezes te defendi dos outros meninos... — disse com um olhar distante de quem se recorda de algo. 

—Ah, eu entendo o seu espanto! Mas eu sou um ser humano e a gente explode um dia! Não dá pra ser "good Vibes" o tempo todo! Fora que ele chegou pra ofender mesmo! — falei já com medo das críticas! 

— Calma criança! Não vou te julgar, na verdade, você me defendeu! Talvez de uma maneira um pouco errada, mas me defendeu! — ela sorriu ainda com os olhos inchados de chorar. 

— Sim! Eu te defendi com todas as minhas forças! — falei tentando sorrir pra ela. 

— Mas, agora que estamos aqui, sozinhos e sem ninguém pra nos julgar, me fala, você bateu muito nele? Ele ficou muito machucado? Conta como foi! — falou em um tom mais baixo como se estivesse fazendo uma confidência. 

— Eita, Júlia! Você é muito curiosa mesmo! Vou te contar, detalhes de como foi a briga! Foi muito rápida! Ele te ofendeu, eu fiquei muito bravo e já dei um soco no nariz dele, antes que ele reagisse, porque eu já estava puto com o que ele tinha feito na noite passada, acertei mais dois socos no estômago dele, ele caiu no chão; mais a minha raiva ainda era muito grande, mas tão grande que eu ainda chutei as costas dele na altura dos rins e quando eu ia dar o segundo chute, alguém me puxou e me impediu de continuar... — falei relembrando de tudo. 

— Eu estou sem palavras — falou arregalando os olhos. — É você mesmo? Ou algum Power Ranger se apossou do seu corpo! Coitado do Pedro! Que humilhação! Oh! Bem feito! — e tapou a boca depois de falar a última frase. 

Ficamos um tempo em silêncio, então ela continuou: 

—Estou com tanta raiva... Ele não deveria ter feito isso! — e começou a soluçar. 

Nessa hora eu não me contive, coloquei a sua cabeça no meu colo, suavemente acariciei os seus cabelos e falei com carinho: 

—Ele não te merece, Júlia! Você é tão bonita e tão incrível que foi ele quem perdeu! Fica assim não! Vai passar... Eu vou ficar aqui do teu lado, sempre! Pode ter certeza que vai ter muita coisa boa pra acontecer na sua vida! Porque você merece! — Falei tentando animá-la. 

— Deus te ouça! — respondeu entre soluços. 

Continuei fazendo cafuné na sua cabeça e aos poucos ela foi se acalmando que chegou a bocejar e eu involuntariamente a imitei. 

— O sono bateu! Flávio, eu vou pro meu quarto! — falou meio sonolenta. 

— Vai não! Dorme aqui! Lembra quando eu era criança e ficava com medo e você dormia aqui comigo? Você está precisando de um colo, e eu também! Vamos fazer a noite dos irmãos, igual à gente fazia quando era criança? 

— Claro maninho, que fofo! — falou sorrindo. 

— Então deita aí que vou te cobrir, igual quando a gente era pequeno lembra? — falei estendendo o edredom sobre o seu corpo... Mal ela se aconchegou na cama e exausta como estava caiu em um sono profundo! Eu ainda fiquei um bom tempo sem pegar no sono. Olhando pra ela e pensando na minha vida! E como ela era complicada! 

Eu não me orgulho do que eu fiz e sei que brigar não resolve a situação. Mas, eu fui ofendido e humilhado, então eu agi de impulso, no calor da emoção... Eu não consegui lidar com a situação de forma pacifica. Mas pra falar a verdade doeu muito olhar de reprovação do Martim! Podia ser impressão minha, mas ele me olhava como se eu fosse um selvagem! Acho que é isso que os Europeus "mais civilizados" pensam da gente... Ele é muito diferente de mim mesmo... E talvez seja isso, ele está apenas de férias se divertindo com um nativo dessa selva... Com muito custo acabei adormecendo um sono agitado e nada repousante!

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