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🔥43 - A próxima jogada

Zoe andou pelos corredores do Palácio tentando andar o mais rápido que podia. Ela abriu a porta do Laboratório e viu Missai olhando o microscópio a amostra de sangue que tinha guardado. O laboratório havia se tornado a segunda casa das duas. As paredes eram revestidas com paineis de madeira escura que resistiam bem às baixas temperaturas. O chão estava coberto por azulejos hexagonais em tons de laranja e marrom, criando um padrão visual marcante que dominava o espaço.

No centro do laboratório, havia uma enorme mesa de trabalho de metal, com várias marcas de uso. Em cima da mesa, instrumentos científicos de cobre e latão brilhavam sob a luz suave das lâmpadas, que pendiam do teto em fios de metal torcido.Ao lado dos instrumentos, um microscópio ocupava um lugar de destaque. Feito de metal escuro com detalhes de latão.

Nas prateleiras, organizadas de maneira meticulosa, encontravam-se frascos e garrafas de vidro contendo líquidos de cores variadas, além de livros antigos com lombadas de couro e títulos em letras douradas. Alguns frascos tinham etiquetas escritas à mão.

Na parede, um grande painel de controle com interruptores e botões antigos, todos cercados por tubos de cobre que serpenteavam ao redor. Relógios de bolso desmantelados e engrenagens expostas completavam o visual, um hobby que Missai tinha.

Uma poltrona de couro desgastado, com detalhes de rebites de latão, estava estrategicamente posicionada ao lado de uma pequena mesa lateral, onde repousava uma máquina de escrever. A luz do sol, filtrada por cortinas de tecidos claros, iluminava o ambiente com um brilho acolhedor, refletindo nas superfícies metálicas.

Como o laboratório ficava em Eiseges Tal onde o inverno era constante, e a neve nunca deixava de cair, as paredes eram grossas, isolando o frio cruel do exterior, enquanto um sistema de aquecimento mantinha o ambiente interno confortavelmente aquecido. As lâmpadas que pendiam do teto também aqueciam um pouco o ambiente. Zoe colocou seu grosso casaco num gancho perto da porta e se aproximou.

— Missai, alguma novidade?

— Nada. E você?

— Zeeba me forneceu o relatório vindo de Eisenhower. Seria bom uma amostra de sangue e pele, mas por hora já dá para investigar.

— O que diz o relatório?

— As Fúrias começaram a atirar do nada e depois foram embora. Depois disso as coisas começaram a acontecer. — Zoe jogou o relatório sobre a mesa e soltou o corpo sobre a cadeira se escorando na bengala.

— Há a possibilidade de ser alguma arma? Projétil?

— Ao que tudo indica, sim. Um dos hospitalizados tinha levado um tiro na perna e parece que sua condição piorou. — Zoe suspirou preocupada olhando para o relatório sobre a mesa. — Precisaremos de um antídoto.

Missai olhou para Zoe e ficou um tempo em silêncio. Em seguida ela tamborilou os dedos na mesa e se virou para a colega novamente.

— Pode ser que funcione. Mas eu precisaria de uma amostra exata do projétil.

— Posso ver com Zeeba se consegue com os contatos dele.

— Ótimo.

Zoe observou Missai com a expressão abatida e se aproximou da mulher. — Vamos fazer uma pausa. Parece exausta.

— Eu to mesmo. Eu... to péssima. Se não precisassem de mim eu iria andar nua no meio da neve.

— E deixar o Egon aí, babando pela Mia?

— Eu o odeio por isso. Odeio muito. Ele parece não perceber nada disso e fica com essa ideia fixa na mente. E... eu nem posso sentir meus sentimentos em paz. — Missai deu um suspiro pesado.

— Eu entendo perfeitamente. — Zoe levantou-se com dificuldade apoiando-se na bengala. — Sempre fui animada, sabe? Mas aí... tudo mudou.

— Eu sinto muito.

— Tá tudo bem... Nunca imaginei que chegaria tão longe para falar a verdade. Sempre achei que morreria na primeira missão, mesmo assim eu resisti muito. Achei que Santer seria minha última batalha... — Ela toca na perna com a prótese. — Foi, de certa forma.

— Eu também nunca fui uma lutadora excepcional. Mas não tive muitas opções. Minha mãe era de Quelle. Foi vendida como escrava e acabou parando em Eisenhower, trabalhando nas minas de carvão. Foi lá que ela conheceu meu pai, um engeliano. Ambos morreram quando eu era pequena. Eu fiquei vagando sozinha pelas ruas imundas por muito tempo. Já esteve em Eisenhower, do lado de Graben?

— Não.

— Era horrível. Tristeza para todo lado, parecia que a morte estava rondando por lá o tempo todo. Eu andei sozinha por aquelas ruas até chegar numa casa caindo os pedaços de uma senhora que mal tinha para ela. O nome dela era Mara. Ela me acolheu e cuidou de mim por muito tempo. Ela era boa, gentil. Via o lado bom mesmo quando aquele lugar era quase igual a Fegefeuer. Quando ela morreu eu tinha uns 15 anos. Aí eu descobri sobre os Lobos Negros, que eles recrutavam jovens engelianos e me ofereci para ajudar na causa. Assim como você, eu achei que morreria na primeira missão, mas... eu sobrevivi. Foi lá que conheci o Egon. Ele era como a Mara, era gentil... Se preocupava com todo mundo e cuidava da Mia com tanto carinho que aquecia meu coração. Ela dizia que ele era o irmãozinho dela. Mas ele nunca aceitou pelo visto. Um amor de irmão não foi suficiente para ele.

— Sinto muito por isso. — Zoe disse entristecida.

— Tá tudo bem, Zoe. Eu sobrevivi.

Zoe deu um suspiro longo e ficou olhando o microscópio. — Eu vim de uma família pobre.

— Tem pobres em Sonnig?

— Claro que tem! Hareta e Santer são as principais cidades, mas tem vilas pequenas que rodeiam essas duas. Eu vim de uma dessas vilas. Meu pai era pescador, minha mãe, uma dona de casa. Eles jamais poderiam pagar meus estudos... então, entrei para o Primeiro Exército.

— Espera, você ainda tem pais?

— Graças ao bom Erste!

— E nunca procurou eles desde que chegou aqui?

— Certamente acham que estou morta. E pensando bem, é melhor que pensem assim. Que não me vejam assim... — Ela abaixou o rosto olhando para si mesma.

— Assim como?

— Gorda e decadente.

— Não acho que isso seja vergonhoso. É uma veterana de guerra. Lutou bravamente para defender seu país. — Missai tocou o ombro de Zoe.

Zoe marejou os olhos de lágrimas e ficou olhando Missai emocionada. — Acha mesmo isso?

— Claro! Você foi corajosa. E agora ainda luta buscando uma resposta para um mal que pode atingir o mundo inteiro.

— Obrigada, Missai. Queria que a Veridiana me visse desse jeito.

— Não! Não vamos falar de ex, pelo amor de Erste! Vamos subir para o meu quarto e beber uma garrafa de licor que tenho lá!

Zoe seguiu Missai pelos corredores do palácio rindo e contando histórias de quando eram crianças. Ambas sentiam que era bom ter alguém em quem se apoiar depois da experiência que tiveram. Missai parou no corredor do andar de seu quarto e viu pela janela um carro se aproximando e dentro dele, viu um rosto familiar coberto por um capuz. Mas não se lembrava ao certo de onde havia visto.

— Que foi? – Zoe perguntou observando a amiga.

— Eu vi um rosto familiar. Mas deve ser coisa da minha cabeça.

— Deve ser cansaço. Me diz, como é ser de um país dividido? Não, uma cidade dividida, sempre confundo com essa divisão de Vermogen.

— A gente meio que se acostuma com o pouco, mas não há outra palavra se não for horrível.

— Mas mesmo antes da atual rainha?

— Sempre foi ruim. Os Faustus governam há muito tempo. Antes pelos menos, o outro Faustus jogava comida de um dirigível uma vez por ano e fingia ser benevolente. Já Heide... Quer mais que todos os engelianos morram.

— Ela é tão bonita quanto dizem?

— Não sei. Vi a foto dela no jornal apenas. Nunca a vi pessoalmente, mas dizem que ela tem cabelos dourados e olhos azuis cristalinos. A cara da nobreza guemeisana — Ela parou diante da porta de seu quarto e girou a maçaneta. — Entra.

Zoe entrou batendo a bengala devagar no chão e parou em frente à lareira. O quarto exalava a opulência algo que nenhuma das duas estava acostumada. As paredes eram revestidas com um papel de parede floral em tons de dourado e verde, que brilhavam suavemente à luz dos candelabros de cristal. O chão era coberto por um tapete espesso e luxuoso, cujas bordas se encontravam com móveis elegantes e esculpidos à mão.

Ao lado da lareira, que constantemente crepitava com chamas para manter todo o local quente, havia uma poltrona de couro marrom escuro. A lareira era de mármore branco, com detalhes esculpidos. Estantes de livros ocupavam uma parede inteira do quarto, repletas de livros organizados meticulosamente, o que fez Zoe dar uma risadinha, Missai era tão organizada em seu quarto quanto era no laboratório. Uma escada de madeira deslizava suavemente ao longo da estante.

No centro do quarto, havia uma cama com dossel, suas cortinas de seda fluindo graciosamente até o chão. Os lençois de cetim e os travesseiros macios. Nas mesas de cabeceira, lâmpadas de mesa com bases de porcelana e cúpulas de tecido suavemente iluminavam o ambiente.

O móvel de onde Missai pegou a garrafa de licor era um aparador antigo de madeira escura, possivelmente nogueira, com um acabamento brilhante. A superfície superior do móvel era lisa e polida, refletindo as luzes suavemente, enquanto as bordas eram adornadas com entalhes elaborados. As pernas do aparador eram robustas e curvas, em estilo cabriolet, terminando em pés ornamentados com detalhes de bronze desgastados pelo tempo. A frente do móvel havia duas portas de madeira com puxadores de latão, que reluziam à luz, e abaixo delas, havia uma fileira de pequenas gavetas, cada uma com um puxador em forma de anel.

O interior do aparador, revelado quando Missai abriu uma das portas, era forrado com veludo vermelho profundo, proporcionando um contraste luxuoso com a madeira escura. Ali, entre prateleiras cuidadosamente arrumadas, descansavam várias garrafas de licor, cada uma com rótulos antigos e elegantes, demonstrando uma coleção escolhida com esmero. Ela pegou uma garrafa de líquido vermelho e dois copos.

— Todos os engelianos gostam de beber? — Zoe queria entender o fascínio dos engelianos pelo álcool, já que havia conhecido três com o mesmo gosto em particular.

— Praticamente. Não nos embriagamos com tanta facilidade quanto os outros. Daí a gente bebe muito para sentir alguma coisa.

— Engelianos são incríveis. Esses olhos de vocês dourados e âmbar, a força de vocês.

— Queria que o mundo inteiro visse da mesma forma. Parecemos um bando de aberrações. — Missai colocou dois copos sobre a mesa e serviu.

— Acho que é inveja. Todo mundo quer ter a força e a longevidade de vocês. Dizem que os engelianos puros tinham uma longevidade impressionante. Coisa de séculos.

— E longos cabelos avermelhados.

— A família Drachen é considerada uma ramificação pura pelo que pesquisei. — Zoe pegou um copo de licor e deu um gole. — Parece que elas descendiam do próprio Azarias.

— Elise teve muitos filhos, e esses filhos tiveram mais filhos e daí foram meio que misturando as raças, mantendo os olhos âmbar e dourado. Mas a família de Azarias, o primogênito de Wohlstand e Elize era considerada pura. Porque a esposa de Azarias, Ruby era irmã dele.

— Porra! Incesto? — Zoe perguntou arregalando os olhos.

— A lenda diz que o próprio Wohlstand sugeriu esse casamento. Porque para os deuses isso simplesmente fazia sentido. Mond e Erste são como dois seres de um mesmo lugar, logo, eram como irmãos. E os deuses eram casados entre si, exceto por Wohlstand e Elend. Liebe e Krieg, Sturm e Meer, Gesundheit e Tod, Tier e Wald. Para que sempre houvesse equilíbrio, porém eles não poderiam ter filhos. Mas quando Wohlstand soube da beleza de Elise ele a desposou e ela gerou muitos filhos dele. Ele deu a ela o dom da imortalidade e eles viveram juntos por milênios. Seus filhos não eram imortais, mas tinham uma vida muito longa.

— Não me lembro de ler nada disso nos livros de história.

— Claro que não. Isso são histórias contadas por engelianos.

— Mas... — Zoe sentou-se na cadeira com dificuldade diante de Missai. — E os filhos que ele pediu para se casarem?

— Diz a lenda que ele queria saber se a raça deles teria filhos entre si. Como um experimento. Wohlstand tinha um certo fascínio pelo desconhecido.

— Mas a Elise permitiu?

— Ela nunca falaria não a Wohlstand. E permitiu que os filhos se casassem. E daí surgiu os Drachen's. Embora, Ruby não fosse chamada assim naquela época. Ela só seria nomeada dessa forma quando o primeiro dragão surgiu nos céus depois de séculos desaparecidos. O resto você já sabe. Vieram guerras, mortes, mais guerras e mais mortes e os Drachen's desapareceram do mundo. Até a Diana aparecer.

— Você sabia de tudo isso?

— Sim. Mara me contava histórias, mas nunca compartilhei com ninguém. Tinha medo que me achassem louca.

— Você é uma mulher muito inteligente. — Zoe disse dando mais um gole no licor. — E bonita...

Missai encarou Zoe e ficou olhando a sonnigana com o rosto vermelho. Ela deu um sorriso e passou o dedo na borda do copo e depois disse: — Já está bêbada?

— Eu tô bem leve.

Missai olhou fixamente para o líquido vermelho da garrafa e depois olhou para Zoe mais uma vez. — Posso te perguntar uma coisa, Zoe?

— Já é uma pergunta, mas pode fazer outra.

— Transaria comigo?

Zoe engasgou com a bebida e começou a tossir. Depois colocou o copo sobre a mesa e olhou para Missai com os olhos arregalados.

— Que?

— Perguntei se faria amor comigo.

— Que pergunta é essa, Missai? Depois diz que eu que tô bebada.

— Tô falando sério. Quero ficar com outra pessoa, tipo... sem compromisso.

— Tem homens e mulheres muito bonitos em Eiseges Tal.

— Mas eu confio em você e mais ninguém.

— Missai... isso... eu não posso fazer isso. — Zoe disse sentindo o rosto queimar.

— Por favor. Amanhã, a gente finge que não aconteceu nada.Uma brincadeira de amigas. Eu... preciso esquecer o Egon. Você também só teve a Veridiana. Não tem curiosidade de ficar com outra pessoa?

— Eu... tenho. — Zoe disse olhando para Missai buscando uma forma de como lidar com aquela situação.

Missai se levantou e se aproximou de Zoe e estendeu a mão para ela. — Vem. Eu te ajudo.

Zoe pegou na mão de Missai e se levantou apoiando-se também na bengala. — Missai... homem e mulher são diferentes. Talvez você nem goste.

— Eu sei o que estou pedindo, não se sinta mal. É algo que quero de verdade.

Zoe era baixinha, dava quase na altura do pescoço de Missai. Dava para sentir a respiração quente da engeliana em seu rosto. Ela não descartava a ideia, na verdade gostava de Missai. Achava ela uma ótima companhia, mas não tinha tido tempo de pensar em nada a respeito.

— Eu... não sei o que pensar...

— Não pensa em nada. — Missai colou seus lábios nos de Zoe e depois segurou seu rosto com as duas mãos. Sua língua adentrou a boca da sonnigana que correspondeu o beijo de forma delicada. Missai parou o beijo e ficou com o rosto próximo ao de Zoe, em seguida, sem dizer nada, pegou a mão da sonnigana e a colocou por dentro de sua calça. Os dedos pequenos de Zoe adentraram os lábios úmidos e os massageou delicadamente.

— Vamos tirar essas roupas então... — Zoe disse com as bochechas coradas.

Missai ajudou ela a se despir e depois tirou as próprias roupas. Zoe ficou encolhida cobrindo a barriga saliente e olhando para a perna metálica.

— Não precisa ficar com vergonha. Ajudei a fazer essa prótese, lembra.

— Mesmo assim... eu ainda me sinto mal com você me vendo desse jeito.

Missai segurou a mão de Zoe e sentou-se na cama e bateu a mão no colchão para que ela fizesse o mesmo. — Vem...

Zoe seguiu mancando até a cama e sentou-se na beirada do colchão ainda de cabeça baixa. Missai se ajoelhou no chão e tirou a prótese com delicadeza a colocou ao lado da cama. Em seguida ela tocou os ombros de Zoe e pediu que ela se deitasse. A sonnigana obedeceu mantendo as mãos ao lado de sua barriga.

— Deixe de bobagem, Zoe. Não ligo para seu corpo.

— Era eu que devia estar guiando você...

— Eu me viro. Agora, a gente pode começar, né?

— Pode... — Zoe começou a dizer, mas Missai a beijou novamente de forma intensa. Seus dedos tatearam devagar pelos seios de Zoe acariciando delicadamente os mamilos e depois sua mão desceu até a virilha dela, que soltou um arfar quando sentiu-se tocada. Missai massageou seu clitoris devagar e depois sentiu a mão de Zoe a tocar também.

As duas se envolveram ali naquele momento lutando para esquecer o mundo lá fora. Missai queria explorar o corpo de Zoe, fazer ela se sentir amada, desejada. Mesmo que no dia seguinte fingissem que não aconteceu nada. Ela desceu pelo corpo de Zoe depositando beijos delicados até sua virilha, e mordeu de leve a parte de dentro de sua coxa.

Zoe amava a forma como Missai tocava seu corpo sem parecer que ela fosse quebrar como Veridiana fazia e sentiu um prazer imenso, quando ela abriu os lábios com os dedos de forma delicada e sua língua a tocou. Missai movia sua boca com sensualidade, deslizando a língua sem pudores.

Zoe jogou a cabeça para trás e fechou os olhos sentindo como se fosse flutuar. Missai aumentou a intensidade quando viu que ela estava prestes a atingir o clímax. Para dar ainda mais prazer a Zoe, ela colocou dois dedos dentro dela e massageou devagar. Ela só sentiu as coxas de Zoe fecharem ao redor de sua cabeça e um gemido satisfeito dela seguido de um leve tremor em seu ventre. Missai, deu um sorriso e deitou-se ao lado de Zoe que estava de olhos fechados ainda se recuperando do orgasmo que havia sentido.

— Você não disse que não tinha feito com mulheres?

— Eu não disse isso. — Missai disse escorando a cabeça no braço.

— Sério? Já tinha...

— Já.

— Com quem?

— Não vai querer saber.

— Por favor, não me deixe curiosa!

Missai deu um suspiro. — Não diga que não avisei.

— Com quem?

— Sai para beber com a Veridiana.

Zoe franziu o cenho. — Aquela sem vergonha!

— Eu disse que não ia querer saber.

— Que se foda a Veridiana! — Zoe se levantou apoiando-se com as mãos na cama, para não se desequilibrar e deitou-se entre as pernas de Missai.

— Achei que ia ficar com raiva.

— Da Veridiana safada eu tô, de você não. E vamos esquecer essa mulher e focar na nossa brincadeira.

Zoe deu um sorriso luxurioso e continuou a "brincadeira". Depois elas iriam ver como ficava. Pelo menos a ideia inicial era essa.

(...)

Kiran estava olhando para o documento oficial de Ruhig sentindo um calafrio percorrer seu corpo. Em cinco dias ele deveria estar na ilha para ver a decisão das nações. Ele ouviu bater na porta e viu Veridiana passar por ela tensa.

— Por favor, me diga que não são más notícias. — Ele começou a dizer desanimado.

— Bom... nem boas. Klaus seguiu para Nordwein num navio para resgatar Diana.

— Droga! Queria poder ajudar... ou pelo menos ter mais tempo.

— Tem coisas que estão além do seu alcance. Infelizmente.

— Mesmo assim. E o navio para Ruhig? Eu preferia ir de dirigível, mas...

— Espera até ver os zepelins que a equipe de Zeeba está construindo.

— Imagino.

— O navio está quase pronto. Creio que hoje a noite. Tem certeza que não quer que eu vá?

— Preciso de você aqui.

Zeeba bateu na porta e entrou apavorado. Seu rosto estava pálido, seus olhos arregalados. Ele se aproximou da mesa de Kiran e ficou buscando uma forma de começar a falar.

— Que aconteceu, Zeeba? Parece até que viu um fantasma.

— Quase isso, majestade. — Zeeba baixou o olhar e olhou para Veridiana preocupado. A general franziu a testa. — Ela está aqui.

Kiran entendeu só pela forma de olhar de quem ele estava falando. Ele engoliu em seco e sentiu como se o ar estivesse falhando em seus pulmões. Veridiana ficou tensa, ela conhecia aqueles dois a tempo suficiente para saber que tinha algo errado.

Ela? — Veridiana perguntou esperando uma explicação.

— Leve a Veridiana daqui, Zeeba. E não deixe ela sair até eu mandar.

— Kiran? O que está acontecendo? — Veridiana perguntou enquanto Zeeba a guiava para a passagem secreta.

— Só obedece, Veri, por favor.

— Kiran? Kiran? — Veridiana foi puxada por Zeeba para dentro da passagem ainda tentando lutar contra. Mas o rei trancou a porta da passagem por fora, puxando uma prateleira para frente dela. Ele respirou fundo e se colocou no meio da sala olhando para a porta. Se ele a conhecia bem, ela não esperava ser anunciada. Nunca precisou disso. A maçaneta da porta girou e ele sentiu seu estômago doer antes mesmo do rosto dela aparecer. Ela entrou na sala com a cabeça erguida, a pose arrogante que ele sempre odiou, deu dois passos para a frente e olhou fixamente para os olhos dele.

— Rei branco, há quanto tempo.

— Heide...

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