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XXI

O lema de vida de Derek era correr de qualquer compromisso pessoal sempre que podia.

Quando Lydia o forçava a marcar um jantar em "família" ele corria na busca por uma boa desculpa para fugir daquilo. Quando sua irmã aparecia na cidade ele dava um jeito de conseguir trabalho suficiente na empresa para que tivesse uma desculpa concreta para ficar ausente. Quando Peter falava ao menos um A, ele simplesmente ignorava e ia para o outro lado.

O fato é que doía pensar que apenas aquelas duas pessoas, três com Lydia, eram a sua única família. O que restou dela. Então ele não se sentia confortável o suficiente para confraternizar com eles, e preferia se manter afastado pelo máximo de tempo que podia.

Na noite de ação de graças não foi diferente. Ele quase chorou de alegria quando recebeu a mensagem de Stiles, podendo usá-la como uma boa desculpa para sair de casa deixando para trás duas mulheres furiosas e magoadas.

Cora Hale, sua irmã mais nova, estava na cidade para passar o feriado; mesmo ele sabendo que ela prolongaria sua estadia ali até o Natal e Ano Novo. Não seria a primeira vez que ela fazia isso, e muito menos seria a última.

Assim como ele tentava fugir da irmã e da amiga, ele fugiu do garoto em seu loft por dias. Não sabia o que fazer ou o que falar depois daquele episódio constrangedor quando ele agiu como um maldito adolescente inseguro com medo de transar. Ele tinha certeza que seria estranho voltar até lá e falar com ele, então respirou fundo e resolveu que agiria como se nada tivesse acontecido.

Derek tinha consciência de que ir até o loft não era a opção mais indicada no momento, mas queria conseguir uma ocupação pra sua mente, e aquela era uma boa oportunidade. Ele havia oferecido um emprego ao garoto, algo que ajudaria ele se reerguer e seguir seu caminho sozinho, então cumpriria sua palavra e tentaria não pensar em nenhum outro assunto que não fosse profissional.

Então não pensaria na noite fria aquecida pelo fogo em que eles se beijaram ardentemente e se esfregaram um no outro como se precisassem daquilo; não pensaria em suas mãos percorrendo a pele leitosa de Stiles; não pensaria nos lábios robustos dele; não pensaria nos gemidos sussurrados contra sua orelha enquanto ele revirava os olhos de prazer.

Não pensaria!

Tentaria não pensar.


A conversa entre eles foi o mais amigável que Derek pode fazer. Evitando o elefante rosa no meio da sala e – inacreditávelmente – procurando qualquer outro assunto para evitar que o que episódio "amasso inacabado" viesse a tona.

Derek podia ter ido embora assim que a conversa sobre o trabalho foi encerrada, mas voltar para casa talvez fosse uma opção pior naquele momento, então instalar uma televisão não era uma má ideia.

— Só pra constar — a voz de Stiles se ergueu no silêncio da sala então Derek trabalhava concentrado em colocar a tv no apoio — Eu não vou pagar por essa TV. Tecnicamente ela está sendo instalada na sua casa, então é sua. E eu não pedi por ela, foi aquela mulher que insistiu em comprar.

Derek confirmou com um murmuro e continuou com sua tarefa, fazendo o mais devagar que podia para que gastasse bastante tempo.

Stiles se deitou no sofá embolado como um gato enquanto assistia ao homem trabalhar. Ele também se sentia aliviado pelo "assunto" não ser tocado, pois não sabia o que dizer sobre aquilo. Esperaria que Derek desse início naquela conversa, e se ele não o fizesse, ficaria por aquilo mesmo.

— Que faculdade você fez? — Derek questionou a ele enquanto ainda trabalhava. Stiles se remexeu no estofado antes de responder.

— Eu não fiz faculdade.

Derek acenou em confirmação. Aquilo não era exatamente uma surpresa pra ele, já que pelo estilo de vida que o garoto levava já era um motivo para pensar na possibilidade de ele não ter frequentado uma universidade.

— Algum curso profissionalizante?

— Eu comecei um — Stiles respondeu sem animação na voz, porque nem mesmo aquilo tinha concluído, mesmo depois dele passar meses tentando conseguir uma vaga — Segurança privada. Mas nãos pude continuar depois que perdi o emprego.

— Com o que trabalhava?

— Em um restaurante — gastando o couro das mãos lavando louças. Ele pensou, mas não disse.

— No setor de segurança?

Stiles já estava se sentindo incômodo com o tanto de pergunta, mas não era de se estranhar já que Derek parecia desprovido de habilidades linguísticas e perguntas básicas parecia uma tarefa fácil de fazer.

— Digamos que era em um setor mais relevante à funcionalidade geral do lugar — Stiles diz.

— Administração?

— Administração de higienização e organização de artefatos essenciais à área de serviço e atendimento ao público.

— O quê? — Derek questionou sem entender nada do que ele havia dito.

— Eu lavava pratos! — Stiles esclareceu-se rindo da própria piada.

— Ah! — Derek exclamou com um levantar incisivo das sobrancelhas — e você foi demitido de um emprego onde lavava pratos? Como isso é possível?

— Digamos que minhas habilidades de coordenação motora não sejam das melhores.

Derek dá um suspiro profundo e volta a atenção para o que estava fazendo.

Stiles ri sarcástico ao lembrar do antigo emprego; seu chefe era um maldito chinês ignorante e explosivo que adorava gritar quando ele acidentalmente quebrava um prato ou dois. Até que ele somou todo o prejuízo que Stiles causou e o mandou pra rua sem direito a nem um centavo.

Stiles odiava aquele trabalho, era um lugar sujo e nojento, com um monte de chineses que só sabiam reclamar. Suas costas doíam só de lembrar os expedientes de 12h que tinha que trabalhar de pé em frente a um balcão com um esfregão na mão tentando tirar o máximo de gordura que conseguia.

Só de lembrar como suas mãos ficavam grudentas ele sente náuseas. Perfume nenhum era capaz de tirar o cheiro de restos de comida de sua pele e roupas.

O garoto corre pro banheiro quando a náusea é forte o suficiente pra ele não conseguir segurar. Ele vomita toda a água que havia bebido e sente sua cabeça girar em agonia.

Maldita hora que ele caiu na onda de Meredith Walker.

— Stiles? — eles escuta a voz de Derek e se assusta, fechando a porta do banheiro para que ele não lhe visse. Por um momento até tinha esquecido-se de que ele estava ali — Você está bem?

— Sim, eu... só um minuto! — ele murmurou em resposta.

Merda!

Teria que pensar em uma desculpa para dar a Derek sobre aquilo. Ele certamente acharia estranho que ele estivesse vomitando do nada; já havia perguntado se ele se sentia bem ao notar seu abatimento, e acabaria ligando os pontos e descobrindo que algo estava errado.

Stiles se forçou a levantar do chão depois de não ter mais nada no estômago para pôr para fora; deu descarga e ligou a torneira da pia para lavar a boca e o rosto, ainda evitando olhar para o espelho.

A porta foi aberta e Derek apareceu com um olhar de preocupação e avaliação no rosto.

— Eu tô bem, é só um mal estar. Talvez seja uma gripe ou uma virose.

Derek estreitou o olhar para ele, avaliando se acreditava ou não em suas palavras.

— Se você fosse mulher, diria que pode estar grávida — Derek diz antes de pensar.

— Então ainda bem que não sou — Stiles responde olhando então para seu reflexo no espelho à frente — Porque não quero ser responsável por dar uma merda de vida dessas pra alguém.

— Você não sabe o que diz! — Derek respondeu de imediato. Crianças era um assunto sensível para ele — talvez um filho fosse tudo o que você precisasse pra mudar de vida!

Stiles retrucaria, diria que ele não sabe de nada, mas então se lembrou de um pequeno detalhe; havia uma criança na jogada, e mesmo não sendo dele, ele sentia como se fosse. Sentir o chute na barriga de Alisson aquele outro dia foi o fator mais encorajador que ele teve pra aquela nova fase que estava iniciando. Então Derek tinha razão.

Ele não diz mais nada, apenas se encolhe em si mesmo com dor e frio e sai do banheiro, passando por Derek e sentindo o olhar dele lhe seguir.

Antes de chegar até a cama ele sente o homem o puxando pelo braço e o deixando de frente para ele. O garoto não reclamou ou se afastou, estava desconfortável demais consigo mesmo pra ter alguma reação, então apenas observou o que o outro faria.

A pele dele se arrepiou quando a mão quente de Derek pousou em seu pescoço e os olhos verdes dele se prenderam aos seus. Ele tentou manter o olhar enquanto lutava pra não deitar ali mesmo no chão.

— Você está com febre — Derek ditou afastando a mão dele novamente.

— Então com certeza é uma virose — ele responde teimoso tentando não parecer tão afetado pelas ações do outro.

— É melhor você ir se deitar e descansar. Vou terminar de instalar a TV e ficarei por aqui. É só me chamar se precisar de alguma coisa.

Stiles acenou com a cabeça e voltou-se para seu caminho até a cama. Ele queria falar mais, queria perguntar o porquê da preocupação repentina de Derek e o porquê de ele não falar sobre o assunto não-falado deles. Queria chamá-lo para deitar consigo na cama e se aconchegar no peito grande dele, mas não fez nada disso, apenas tomou outro comprimido para dor, deitou-se e dormiu o resto da noite com Derek alí velando seu sono.

— Apesar dos pesares, sou grato por aguentar até hoje — Stiles murmurou baixo pra si mesmo no silêncio do loft. Era o dia de dar graças afinal.

Derek ouviu, mas continuo o que fazia, guardando a informação pra si.

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E aí? 😁🖤🖤

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