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IX

   Depois de não receber nenhuma resposta concreta de Stiles, o homem assumiu o silêncio como uma afirmação e então foi embora deixando Stiles sozinho no apartamento com seus pensamentos embolados.

Uma das coisas que Stiles mais odeia era essa mania irritante de todos ficarem lhe oferendo ajuda.

Ninguém nunca chegava nele e lhe questionava sua história; o porquê chegou até ali; o porquê leva aquele tipo de vida. Todos sempre oferecem ajuda como se ele fosse a porra de um cachorro de rua a beira da morte. Com pena nos olhos mas com repulsa no coração.

Porque era exatamente isso que a maioria das pessoas sentia sobre ele. Repulsa; nojo. Como se aquela vida fosse algum tipo de doença contagiosa nojenta que o acometeu por um jogo de azar do destino.

Depois de quase três anos presenciando aquele tipo de reação ele já estava acostumado. Mas ainda assim sentia um ódio profundo quando ofereciam-lhe a porra da ajuda que ele não pediu.

Ao contrário dos seus ideais, porém, ele aceitou a ajuda daquele homem.

Veja bem, não é que ele tenha agido com hipocrisia, ele apenas uniu o útil ao agradável. O homem lhe ofereceu um teto, totalmente confortável e com certo luxo, diga-se de passagem, e comida sem precisar pagar nada por aquilo. Ele só precisaria parar com encontros com outros homens. Tinha lá suas vantagens. Além, claro, de ter apenas relações com aquele cara gostoso que lhe fazia se sentir muito bem.

Porque por mais que o lobo tivesse dito que não cobraria nada em troca, Stiles não acreditava.

Quem em sã consciência oferece ajuda do nada a alguém que conheceu a pouco tempo? Oferece a própria casa para uma pessoa que até três noites atrás mudava de parceiro toda noite; uma pessoa que ele não sabia nada sobre.

Impossível.

Inviável.

Se fosse Stiles no lugar dele não faria. Então o garoto já estava preparado pra aquela possibilidade.

Ele estava apenas provocando o homem com aquela história de sugar daddy naquela hora do calor do momento. Mas se os acontecimentos seguissem pela linha de raciocínio de Stiles, aquele seria exatamente o caso. Em partes ele estava até feliz com aquilo.

Seria uma boa oportunidade para tentar se reerguer novamente.

Até aquele momento Stiles não tinha sentido falta do seu único pertence restante. O celular.

Ele estava sozinho no loft. Depois do homem sair e ele divagar talvez por horas, ele voltou a dormir, só acordando na manhã seguinte.

Durante seu café da manhã, que consistia em café passado na cafeteria e um dos bolos que o homem levará no dia anterior, ele sentiu falta de algo, e só depois de pensar nos últimos acontecimentos ele lembrou-se do aparelho.

Procurou por meio das suas roupas que usava antes, uma, duas, três vezes, até se convencer de que não estava mesmo ali. No apartamento também não estava, então tinha que estar na casa da Meredith. Se estivesse com ele no hospital eles teriam lhe devolvido. A menos que o lobo tivesse pego e dado cabo nele. Talvez fizesse parte do plano dele de ter domínio sobre Stiles.

Você tá viajando já! Stiles pensou consigo mesmo.

Ele precisava se certificar de que não estava enlouquecendo, então partiu até a casa de Meredith.

Era longe em relação a onde ele se encontrava. O meio mais rápido e mais econômico era o metrô. Em quase meia hora de viagem ele chegou ao prédio antigo onde morava sua amiga.

Ele torcia para que nada estivesse acontecendo ali. Não podia se meter em mais confusão. Ainda nem estava totalmente recuperado da última merda que tinha feito. E muito provavelmente o lobo voltaria atrás na proposta se ele pisasse na bola.

É só pegar o celular e sair. Não tem mais nada pra fazer aqui.

Juntando coragem ele subiu o prédio. O quarto andar, o andar do apartamento de Meredith estava silencioso, então nenhuma festa ocorria ali. Stiles agradeceu mentalmente por aquilo.

Ao chegar na porta ele bateu várias vezes, mas ninguém atendeu. Chamou mas ainda assim sem resposta. Estava prestes a tentar arrombar a porta quando um dos vizinhos apareceu no corredor. Era Phill, o cara gótico depressivo que a tempos atrás era vizinho de Stiles. Ele conhecia todos naquele andar.

— E aí, Phill — o garoto cumprimentou. O rosto de Phill ficou dois tons mais pálido — A Meredith não está?

Phill o analisou por um momento antes de responder. Devia ser uma imagem estranha por ele estar com roupas números maiores e que não usasse a típica jaqueta vermelha.

— Meredith foi mandada embora. Ela não mora mais aí.

— O quê? Mas... porque a mandaram embora?

— Além de aluguel atrasado? — ele sorriu sarcástico — festas demais incomodando os vizinhos. E morreu alguém na última festa.

— Que? Como assim? Quem?

— Você morreu aí, Stiles!

Stiles ficou confuso. Que história maluca era aquela?

— Bom, como você mesmo vê, eu não morri coisa nenhuma. Você sabe pra onde ela foi?

— Tem certeza que você não morreu? — Phill questionou fazendo Stiles sorrir — Eu vi eles tirando você daí de dentro. Você estava morto!

— Foi um acidente. Acho que exagerei na dose — ele coça a sobrancelha, desconfortável — Mas fui pro hospital e tô melhor, cara. Não sou um fantasma.

— Eu não sei pra onde ela foi. E se fosse você eu ficaria bem longe dela ou vai acabar morrendo de verdade da próxima.

Phill entra novamente no próprio apartamento sem se despedir e Stiles o xinga, ele sempre foi um pé no saco.

O garoto suspira frustrado antes de sair novamente do prédio de mãos vazias. Àquela altura já tinha perdido a esperança de encontrar o telefone, apenas tentava se acostumar com a ideia.

Para seu dia de azar se completar ele é surpreendido na saída do prédio por ninguém menos que Alisson, que ao lhe ver ali sorriu como se ele fosse uma celebridade; como se estivesse ali o procurando.

Antes de pensar direito no que fazer ele foi pego em um abraço apartado da morena. Stiles hesitou por um momento, sentia como se não fosse certo abraçá-la, mas ao sentir o cheiro nostálgico da moça ele não se segurou e devolveu o aperto.

Alisson chorava como uma criança ali nos braços de Stiles, como se ele fosse uma coisa muito preciosa que havia sido tirada dos braços dela. Stiles também estava a beira das lágrimas.

Em meio a lágrimas e palavras de carinho e saudade da moça, Stiles notou algo que ainda não havia percebido e que nem sabia que estava ali.

— Alisson... você... — ele ofegou e saiu do aperto e analisou a mulher.

— Sim, Stiles! Eu estou grávida!

O jovem analisou o ventre protuberante marcado pela roupa, que ficava parcialmente escondido em meio aos casacos. Você não veria se não soubesse pra onde olhar. Se Alisson não tivesse o abraçado forte e lhe feito sentir o inchaço, ele não notaria nada diferente.

Stiles não sabia se chorava ou sorria, então fez os dois. Aquilo era a melhor notícia que ele recebeu em muito tempo. Se sentia extremamente feliz.  Sentiu-se tão alegre e empolgado de repente que era como se aquele filho fosse dele. De certa maneira também era dele.

Seu momento feliz foi cortado então quando Alisson começou a lhe bater com suas pequenas mãos. Não era para machucar de verdade, e mesmo se fosse não teria tanto efeito.

— Que isso? O que foi? — questionou o garoto segurando os pulsos da mulher para que parasse com a agressão.

— Você não sabe o susto que me deu, seu idiota! — ela começou, enxugando as lágrimas do rosto — eu te procurei por dias, e quando cheguei aqui fiquei sabendo que você tinha sofrido uma overdose e que sumiu do hospital. Nós nem sabíamos o que pensar. Eu vim aqui todos os dias atrás de notícias suas, mas todo mundo acreditava que você tinha morrido — ela já estava aos prantos novamente, sem se importar com os olhares tortuosos que as pessoas que passavam do lado lhe direcionavam.

— Alisson tá tudo bem! — ele tentava confortar a moça antes que ela começasse a passar mal no meio da calçada — Eu tô bem.

— Você não tá bem Stiles! Olha pra você; você acha que tá bem levando essa vida? Você nem tem mais onde morar! Você... — Stiles a interrompeu

— Eu to bem Ali. Eu consegui um lugar. Eu vou melhorar! Vamos conversar sobre isso outra hora, por favor.

— Não! Eu não vou deixar você fugir dessa vez. Eu vou te levar pra casa Stiles. Scott está enlouquecido sem notícias suas. Você vai pra casa comigo e nós vamos te ajudar, nós sempre ajudamos.

— Eu não quero incomodar mais ainda vocês, ainda mais agora que vão ter um bebê.

— Ah, cala a boca Stiles. Você é nosso irmão, nunca vai incomodar — ela diz irritada — eu já te disse isso um milhão de vezes mas você é tão cabeça dura. Parece que gosta de sofrer...

Stiles ficou paralisado escutando a morena falar e falar de modo irritado. Era estranho porque além de não ser do feitio dela se exaltar a poucos segundos ela estava chorando horrores.

— Me desculpa! — ela chorou novamente — eu não quero ser rude com você. Só estou preocupada. Você precisa ir pra casa comigo, Stiles.

— Eu já arranjei um lugar. É só temporário, até eu melhorar.

— Que lugar é esse? De que tipo?

— É um lugar normal, Ali.

— Normal como? Tipo a casa da Meredith? Pelo amor, Stiles. Não vai fazer diferença nenhuma se você não se afastar desse tipo de gente.

— É uma casa normal Alisson. De um cara que eu conheci — ele se sentia desconfortável em falar daquele tipo de coisa com ela.

— Você tá com alguém? Desde quando?

— Não estamos juntos. Só... é complicado! Mas ele me ofereceu um lugar até eu ter pra onde ir sozinho.

— Ah, ok! Eu quero conhecer então.

— Que? Não. Eu nem sei se posso levar alguém lá.

— Me prove que é verdade, Stiles. Prova pra mim que você não tá mentindo e me leva pra conhecer esse lugar. Se esse cara quiser mesmo te ajudar ele não vai se importar de você levar alguém.

Stiles ficou nervoso. Ele não queria ter que explicar toda a confusão que envolvia ele e o lobo.

— Eu... é muito longe! Não é bom pra você andar tanto — ele tenta justificar sorrindo internamente por pensar em uma desculpa razoável. A viagem de metrô, apesar de lotada, era tranquila, mas ela não precisava saber disso.

— Não seja por isso! A gente pega um táxi — ela sorriu quando ele fez uma careta de descontentamento.

Dois minutos depois um táxi parou no acostamento e ela embarcou sorridente arrastando um Stiles resmungão junto.

— Sabe, se eu não te conhecesse, diria que você estava querendo me engambelar — ela disse sarcástica fazendo o amigo sorrir.


— Ok! Tenho que admitir, Stilinski. Esse é realmente um bom lugar — diz Alisson depois de avaliar o loft nos mínimos detalhes.

Depois de tortuosos minutos dentro do táxi no caos que eram as ruas de NY, eles chegaram ao pequeno prédio do loft que agora servia de abrigo para Stiles. O garoto ficou aliviado pela declaração da moça; ele havia passado a viajem toda pensando na possível reação dela. Se fosse o caso de ela não se agradar, o jovem já imaginava o carnaval que seria da parte dela para arrasta-ló para a casa deles.

— Mas a que custo esse cara te colocou aqui? — o moça questionou, se virando de onde estava de pé no meio da sala para encarar o antigo amigo. Seus olhos castanhos expressivos demonstravam tristeza.

Stiles suspirou frustrado e se aproximou da moça, a abraçando com carinho e beijando o topo de sua cabeça.

— Você não precisa se preocupar com nada, querida. Eu vou consertar tudo, eu prometo!

— Eu vou cobrar essa promessa, Stilinski.

Para a surpresa dos dois a barriga da moça remexeu-se fazendo ambos se separarem do abraço. Era o bebê chutando.

— Ele gostou de você — disse a moça com um radiante sorriso no rosto e os olhos cheios de lágrimas.

Eles sorriram e conversaram com o bebê no ventre pelas próximas horas até Alisson ter que voltar para casa. Aquele momento foi uma fagulha de emoção de Stiles precisava para começar a tomar atitudes. Se não fosse por ele, que fosse pelo sobrinho que estava a caminho e ele já amava demais.

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