Con†o 10 - Noite Feliz (especial de Natal)
Tocava "Skrillex - Ruffneck" quando alguém bate na porta do quarto de onde saia o som alto que ecoava no corredor da casa.
- Jeremy, abaixa isso e abre essa porta.- o tom usado não foi alto o suficiente, então a mãe de Jeremy tenta mais uma vez, dessa vez mais alto". - Jeremy, abra essa porta!!!
O som é abaixado e em seguida a porta se abre.
- Olha Jeremy, eu e seu pai vamos comprar os presentes das crianças, você cuida delas e de Sophia também, voltaremos só a tarde, você já é grande o suficiente pra cuidar delas, então faça isso.
- É, parece que eu vou ter mais um dia legal na minha vida.- Resmunga olhando pra sua mãe.
- É, parece que vai ser igual das outras vezes, obedeça sua mãe e quem sabe Papai Noel também não te dá um presente, hein?!.- Disse ao sorrir e tentar apertar as bochechas de Jeremy.
- Eu não quero nada dele.- Enquanto tenta livrar as bochechas das mãos da mãe.
- É, tudo bem, pelo menos de fome eu sei que elas não vão morrer, voltaremos o mais rápido que conseguirmos.
Quando a mãe da as costas Jeremy entra de novo no quarto, depois de algum tempo Jeremy sai do quarto e desce as escadas indo pra sala, chegando na sala 3 crianças estão sentadas em volta de uma mesa com lápis e papéis, Sophia de 11 anos, Brianna irmã de Thomaz com 12 e Thomaz com 9 anos.
- O que estão fazendo?.- Perguntou Jeremy.
- Estamos escrevendo carta pro Papai Noel.- Thomaz responde o irmão com felicidade.
- Vocês sabem que pra escrever uma carta pro Papai Noel vocês tem que ter sido boas crianças durante o ano todo, né?
- Sim nós sabemos Jeremy, agora sai daqui.- Disse Brianna antes de voltar a escrever.
- E vocês tem certeza que foram boas crianças durante o ano todo?.- Jeremy insisti, caminhando pra mais perto das crianças.
- Sim, e eu acho que você é só mais 1 que não acredita no Papai Noel.- Esbraveja Sophia, ao achar que Jeremy falaria que Papai Noel não existe.
- Não é nada disso, eu acredito nele, mas não da mesma forma como dizem ser.- As palavras saíram firmes da boca de Jeremy, que se senta perto das crianças.
- Como assim?.- Curioso Thomaz pergunta.
- Eu vou contar uma história pra vocês...- As crianças ficaram atentas ao ouvirem Jeremy dizer que contaria uma história.
"
(Um Conto Natalino com espírito de Halloween)
"Querido Papai Noel, eu sou Dylan e fui um bom garoto esse ano, eu gostaria de ganhar uma bicicleta..."
"Oi Papai Noel, meu nome é Ketlen e eu gostaria de uma casinha de boneca bem grandona, eu fui uma boa garota..."
"Senhor Papai Noel, eu fiz de tudo pra ser um bom garoto durante esse ano e eu acho que consegui, pois minha vózinha está muito doente e eu ouvi ela dizer que não tem dinheiro pra remédios, gostaria de ganhar remédios pra minha vózinha ficar boa..."
Essas eram algumas das cartas que eram lidas e jogadas na lareira, assim como tantas outras que também serviriam para manter o fogo aceso.
As cartas eram jogadas na lareira por um velho de barba branca e com o barrigão de fora, o Senhor Noel, que desconfortável lia carta por carta enquanto nove renas lambiam o sangue que escorria de ferimentos e mordidas na sua barriga cheia de cicatrizes.
Entre tantas cartas lidas e tantas ainda para ler uma chama a atenção do velho Noel, que a guarda no bolso da calça e se levanta afastando as renas, lentamente caminha para pegar seu casaco vermelho e seu gorro, em seguida, com um saco vermelho nas costas ajeita as renas em um trenó e embarca, voando por cima das nuvens e abandonando por algumas horas a solidão e o frio congelante do Polo Norte.
Já era tarde quando o trenó pousou em um quintal cercado por uma cerca de madeira, onde uma casa pequena destacava uma humilde porém bela decoração de Natal. Senhor Noel desce do trenó e caminha deixando as marcas de suas botas na não tão grossa camada de neve no chão. Noel entra na casa, não pela chaminé como estavam esperando e também nem se quer havia uma, mas sim pela porta, entra pela porta que foi deixada aberta pelo garoto que esperava o Papai Noel, pois era noite de natal.
Assim que o Senhor Noel entra na sala a luz de um corredor que vai até a sala se acende, do corredor um garoto entusiasmado olha surpreso.
- Papai Noel!!!.- Indo de encontro com o velho de barba branca e o abraçando.
Senhor Noel fica olhando o garoto com os braços envolta de sua cintura mas logo o afasta ao perceber que mais alguém estava vindo pelo corredor, deixa o garoto no meio da sala e vai para a entrada da cozinha ao lado da sala, a pessoa do corredor logo aparece.
- Richard, vai logo pra sua cama se não eu te quebro na porrada!!!.- O padrasto de Richard fala com um tom furioso ao mesmo tempo que em passos largos caminha até o garoto o agarrando com força pelo braço.
Senhor Noel tira um martelo de seu saco vermelho que carrega com ele, e assim que o padrasto gruda nos braços de Richard e da as costas arrastando o garoto, Noel aparece e dá uma martelada certeira na cabeça do padrasto que o faz cair desnorteado no chão, sujando o garoto com o sangue que saíra de tal.
A mãe de Richard acorda ao ouvir o barulho do corpo caindo no chão, acorda assustada e mais uma vez nota a ausência de seu presente marido ao seu lado, ela levanta rapidamente da cama e vai até o quarto do seu filho ao lado e vê o quarto vazio.
- Richard, você está aí???.- Preocupada a mãe chama por seu filho indo em direção a sala com passos rápidos porém cautelosos.
Ao chegar na sala vê seu filho no meio da sala olhando um velho homem com gorro e roupas vermelhas, arrastando o corpo de seu marido ainda desnorteado pra uma cadeira próxima de uma tv antiga, a mulher rapidamente agarra Richard e o tira dali o levando para o quarto, após trancar a porta pega o telefone e liga pra polícia.
- Mamãe, é o Papai Noel, não precisa ter medo!.- Richard diz, mas sua mãe, assustada, nem dá ouvidos, apenas continua falando no telefone com uma voz agitada.
Ela dizia pra policia que alguém havia invadido sua casa e assim que termina de passar o endereço o garoto corre, corre, destranca a porta e volta pra sala, a mãe larga o telefone e corre atrás de seu filho, quando ela chega na sala se depara com seu marido sem camisa amarrado em uma cadeira e Richard recebendo uma faca do homem de barba branca, em seguida, com passos lentos Senhor Noel caminha em direção da mulher que está com os olhos arregalados e imóvel grudada a uma das paredes da sala,
- How, how, how.- O velho disse com a voz debilitada e de forma pausada enquanto estendia a mão para a mulher.
A mulher estava em choque com tudo aquilo, não poderia reagir, pois o Senhor Noel apesar de velho era grande e robusto. Com as mãos trêmulas a mulher também estende a mão para o velho que a leva para o sofá quase de frente onde seu marido estava amarrado e lhe entregou uma carta. Senhor Noel caminha lentamente para a porta enquanto o garoto com a faca caminhou até a cadeira e desferiu golpes na barriga de seu padrasto que gritava de dor e xingava enquanto seu sangue escorria, após alguns golpes dados o garoto se distrai com o barulho dos cascos das renas sobre o piso de madeira da sala, os cascos das 9 renas que entravam uma a uma, as renas se aproxivam do homem amarrado e o garoto largou a faca e recuou até sua mãe, que estava no sofá com os olhos cheios de lágrimas terminando de dobrar a carta que fora dada a ela.
A mãe ainda segurando a carta abraça seu filho, abraça tapando seus ouvidos e de forma que ele não pudesse ver, o impedindo de escutar os gritos de dor angustiantes de seu padrasto e de ver as renas lambendo o sangue e comendo a pele e a carne daquele corpo ainda vivo. A única coisa que o garoto podia ver era a árvore de Natal, e toda vez que as luzes que enfeitavam a árvore piscavam ele via o Papai Noel sentado ao lado, observando toda aquela cena."
- Jeremy, você vai tá encrencado quando papai souber que você tá assustando Thomaz, e outra, você não espera que eu e Sophia acredite nisso né?.- Brianna abraçando seu irmão Thomaz diz encarando Jeremy.
- Em uma cidade não muito longe daqui a polícia foi acionada por uma mulher dizendo que sua casa estava sendo invadida, quando a polícia chegou ao local tinham marcas de botas e pegadas de algum animal na neve, dentro da casa acharam um homem amarrado a uma cadeira com o corpo parcialmente comido, acharam também uma faca suja de sangue com as digitais do garoto, o garoto Richard, que estava abraçado a sua mãe, mãe que olhava fixamente para frente e fazendo carinho na cabeça de Richard com uma carta na mão. Bom, eu tenho meus motivos pra acreditar.- Disse Jeremy dando um leve tapa na mesa e se levantando para sair.
- Mas o que estava escrito na carta?.- Mesmo apreensiva e receosa Sophia pergunta.
- "Olá Noel, eu tenho 11 anos e apesar de tudo eu sempre fui um bom garoto, eu sei que fui, sempre fui um bom garoto e nunca ganhei nada de você, nunca tive uma resposta sobre isso, apenas pensei que se eu que sempre fui bom nunca ganhei, talvez você não seja como me disseram, talvez ao invés de dar presente pra pessoas boas você castiga as pessoas más, se realmente for assim eu quero que você castigue uma pessoa muito má que bate em mim e faz minha mãe chorar, meu padrasto, e isso acabaria sendo um presente pra mim e pra minha mãe, espero que pelo menos me responda dessa vez.".- Jeremy termina de contar o que a tal carta trazia escrito e concluí.- Bom, eu vou subir para o meu quarto, fiquem longe dele, caso sentirem fome comam qualquer coisa.
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