A manhã seguinte foi uma correria. Papai corria para lá e para cá levando as coisas até o carro. Eu estava agitada e até mamãe estava nervosa. Éramos três baratas tontas correndo de um canto para o outro. Sarabi, você nos deve uma! Quando finalmente estávamos a caminho do hospital, nós três suspiramos de alivio. Mas era um sentimento que não estava completo. Na verdade ainda havia muita ansiedade pela frente! Papai iria participar do parto, eu iria ficar lá fora com vovó esperando. Mamãe já não tinha mais seu pai ou mãe presentes, mas por outro lado meus avós por parte de papai valiam por todos. Vovó Cecília era calma e muito amorosa, e vovô Arnold era prestativo. Quando chegamos ao hospital vovó e vovô já estavam nos esperando, na cafeteria do hospital. Eu disse que eles eram calmos! Enquanto nossos nervos pareciam explodir vovó comia um pedaço generoso de cheese cake, e vovô com um expresso duplo. Eles vieram ao nosso encontro, felizes. Sarabi seria a quinta neta. Bem, já não era uma experiência tão nova para eles.

- Oh, Lu! Você está tão linda! Queria eu ter tido meus filhos com toda essa classe. – Disse vovó Cecília nos abraçando. – Meu pequeno menino, com mais uma filinha! Robert você sabe o quanto tenho orgulho de você, não é?

- Querida, não é o momento agora. Precisamos ser práticos e fazer o necessário! Já avisei o médico que chegaram. – Anunciou vovô Arnold, consciente de sua boa ação.

- Sim, papai. Nos últimos dias estivemos aqui fazendo todos os exames, e ela seguiu a alimentação prescrita pelo médico. Se ocorrer tudo bem, agora ela vai para o quarto e a cessaria deve ser feita no inicio da noite, ou no mais tardar, amanhã cedo! – Disse papai.

Meu desapontamento foi grande, e todos perceberam. Na minha mente seria algo rápido, e nós iriamos praticamente "buscar" o bebê. E não ter que esperar mais um dia... Acho que agora quem precisava dar uma voltinha na cafeteria era eu.