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014#Tinhamos todas as respostas, mas a que valia a pena. Apenas no final.

EU TINHA TODAS AS RESPOSTAS DO UNIVERSO
" Você não deve viver a vida como outras pessoas esperam que você viva; tem que ser sua escolha, pois quando estiver lutando, você estará sozinho...”
Alice no País das Maravilhas

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Ainda era um bebê perceberam que não era normal.

Nasci com estranhos olhos, um de cada cor. Com o passar dos anos descobriram que eu podia ver e ouvir coisas que mais ninguém ouvia. Conhecia pessoas que ninguém conhecia. Como pode imaginar, sempre fui chamada de estranha. E como você também pode supor, posso ver espíritos e coisas do tipo.

Vocês ficariam espantados com o que vejo, ao mesmo momento ficariam maravilhados... A vida que emana das plantas. Tudo que compõe a vida e a morte, nem tudo é feio, assim como nem tudo é bonito.

É engraçado se visto assim...

O que não é engraçado é como as pessoas me veem. Louca, demente, estranha, monstruosa, alguns me chamam de asquerosa, fúnebre, horrenda, anomalia...

Dizia a eles que eu, podia ver, podia sentir, podia ouvir apenas não posso tocar. Com o tempo desisti de explicar para as pessoas. Segui a minha vida triste por não poder tocar aqueles que não me deixavam só. Estamos em situações/ dimensões diferentes por assim dizer. Pelo menos no caso dos fantasmas...

Já fui mandada para psicólogos e diziam que eu era autista. Que vivia na minha realidade fantasiosa pois assim era mais confortável para mim.  Engraçado, como as pessoas procuram sempre respostas lógicas para tudo aquilo que elas não podem ver. Mas eu sempre soube coisas que as outras pessoas nunca souberam. Não aprendi a falar com meus pais. É como se tivesse o conhecimento desde sempre e  apartir do momento em que meu corpo tinha coordenação para isso, comecei a falar normalmente, assim como andar escrever e desenhar tudo aquilo que eu via.

Na adolescência, já tentei contar para eles que todos os mitos eram verdadeiros, que existem Deuses de todas as religiões, existe tudo. Que descobri a resposta do mundo! Que tudo aquilo que você dedica o seu coração, ganha vida. Seja bom ou mau. Que suas atitudes refletem em quem você é e o que te cerca.

As vezes as pessoas criam coisas não muito legais, por pura imaginação.  As vezes as coisas se criam sozinhas, devido as suas ditas ações e pensamentos.  O bem atrai o bem e o mal o mal. Não é difícil de entender o que eu vejo, não é difícil saber quem é quem também. 

As vezes sei quem é bom pela sua luz ou a falta dela. As vezes sei quem são pela sombra que os segue.

Mas sou chamada de louca... quando vez e outra vejo coisas horrendas. Ou quando algum espertinho resolve me dar susto.

Me dão remédios... dizendo que não verei mais. Algumas coisas realmente não vejo, enquanto outras parecem mais assustadoras ainda e então me sedam... Na verdade mais durmo do que fico acordada...

Tentei ter amigos e fingir que não via nada, mas vi que não podeia negar a mim mesma o que sou. Engraçado, ninguém se importa comigo. Descobri isso enquanto eu tentava ser normal. Todos se preocupam apenas com eles mesmos e neste mundo cheio de raciocínio. O que reina é a hipocrisia e falsidade.  Quando me olham estranho finjo demencia, pois é tudo o que sobra e tudo o que eles querem ver.

Os falsos moralistas, chamam-me de tadinha, coitada, pobrezinha...  Mas eu vejo o que eles são, posso ver suas almas e suas naturezas... Se eles soubessem a profundidade do quanto posso os ler. Tudo por causa destes olhos ou apenas uma natureza.

Neste meu relato, o que ainda não  disse é que... Minha mãe ainda na minha adolescência se matou, quando viu um pouco do que eu via. Consegui apenas uma vez compartilhar meu dom. Mas ela chamou-me de monstro, chamou-me de demônio e enlouqueceu até a morte. Entendo que ela teve medo e que ficou aterrorizada. Dou risadas de desgosto apenas ao lembrar que, ela só viu uma parte do que vejo.

Ela só viu o lado das pessoas que elas escondem. Suas almas não mentem, não escondem. Cada um tem para si, o que procura assim como o que merece. Mas acho que eu disse isso para eles, assim como já disse para voces... no entanto, como sempre ninguém acreditou.

Excluída e maltratada por aqueles que diziam se importar. Apenas causavam o efeito oposto, ligava-me cada vez mais a aqueles que somente eu podia ver. Brincavamos horas e as vezes eles me escondiam. As vezes brigavamos e faziamos as pazes.

Poderia falar que tinha uma vida feliz e quase normal. Ainda que estranha para muitos.

Irônico, como sou eu a louca, quando neste mundo que querem que me encaixe, as pessoas sejam mais loucas, malvadas, hipócritas, podres, obscuras, insanas... Eu poderia atrever-me a chamar-me de normal se comparada a eles. Apenas busco o meu lugar especial, quente e caloroso onde seja acolhida.

Papai já não sabia o que fazer comigo, então um dia ele anunciou para a sua nova mulher que colocaria-me no hospício e que lá saberiam lidar comigo. Neste dia chorei até o meu corpo inteiro tremer. Sai pela janela do quarto, desci tomando o máximo cuidado jogando-me em certo ponto do telhado em um montoado de mato. Quis fugir e eu não poderia confiar em espíritos da noite, eles gostam de almas como a minha. Para corrompe-las e leva-las a loucura. Ou era isso que os espíritos do dia dizia-me.  

Nesta noite,  vi alguém... alguém que não me passava nem bem, nem mal. O vento da noite vinha em minha direção, batendo contra o meu corpo, mas também fazia-me fascinar. Pois não estava só, quando o mesmo vento que me banha, fez longos cabelos prateados movimentar-se. Um homem de pele era clara, roupas brancas. Roupas aliás que usava era um terno branco... A lua o iluminava, alí onde estava sentado, como se fosse o altar de vossa majestade.

Por minutos só soube o admirar. Porém em algum momento ele percebe a minha presença e neste momento meu corpo estremece e arrepia-se. Ele fala mas não escuto uma palavra. Apenas uma sinfonia baixa.

Ele se levanta, vem em minha direção e sem qualquer cerimônia encosta a sua testa na minha. Beija a minha face e todos os pesares que carregava em meu coração, se foi em um passe de mágica. 

— O mundo não merece anjos... Anniel. Porquê quis vir ao mundo dos mortais — dizia ele. Desta vez eu podia entende-lo e não apenas isso, sabia quem ele é. Ele foi o motivo de vir para a terra. Se não fossemos mais irmãos se o reencontrasse, não seria mais pecado o amar, mas como sempre ele está alheio ele continua a falar. — arrancaram suas asas, te maltratam... Por que? Porque Anniel?

— Por que sou tão pecadora quanto eles, meu irmão Hazziel.

— Não!  Não é! Vou te levar para longe deste lugar... — diz ele començando a pensar em alguma solução.

— Não posso ir mais para a cidade de prata, não temos para onde ir a não ser que você se torne um caído...

— Você não entende? Você é o meu par, no momento em que você caiu. Sem pensar duas vezes fiz o mesmo... eu te amo.

Sorrio, é errado. E talvez eu seja tão ruim quanto aqueles que me maltratam, mas vir para cá e escutar isso. Valeu apena todo o meu tormento.

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Obrigada por ler.
O ser humano pode ter
todas as respostas diante de si
ainda se negará a ver.
E o maior pecado talvez possa ser o amor?
O mais doce e egoísta amor, capaz de tudo.

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