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2 - Avisos

Ao sair do prédio de Engenharia da Computação, o sol de Belo Horizonte brilhou forte em seu rosto, fazendo Alex desejar estar com os óculos escuros por perto.

Buscando pelo caminho sombreado por árvores e flores entrelaçadas, ele seguiu em direção ao prédio de Direito da universidade. Guardou as mãos nos bolsos das calças, os dedos inquietos desde que segurara o braço de Alana e vira a queimadura na pele dela.

Ora, pessoas se queimavam todos os dias. Ele mesmo se acidentava quando arriscava se aventurar na cozinha.

Deveria tentar entender porque fora chamado com urgência.

Mas, por algum motivo, ele ainda estava pensando na queimadura do braço dela quando seu celular vibrou.

Era uma foto sensual e explícita da garota com quem havia saído.

"Já estou com saudades", a mensagem dizia.

Céus.

Balançando a cabeça em reprovação, Alex apagou a imagem. Adentrou no bloco de Direito e rumou para a ala da coordenação, parando diante de uma porta fechada.

O nome "Enrico Carvalho – Coordenador de Direito" brilhava na placa metálica.

Inspirando fundo, bateu de leve na porta.

— Pode entrar — a voz masculina ressonou lá de dentro.

Com passos calmos, Alex adentrou na sala. Enrico Carvalho, seu irmão mais velho, estava sentado diante da mesa de trabalho, vestindo as costumeiras roupas sociais; vestes que ele só aguentava usar por causa do ar-condicionado que fora instalado ali meses atrás. Uma balança da justiça decorava a lateral direita da mesa.

— Me falaram que você me chamou. O que aconteceu?

Enrico apontou para o computador na outra vez.

— Parece que houve uma tentativa de invasão no sistema de arquivos das turmas de Direito. Preciso que você descubra se algo vazou.

— Por que não chamou o pessoal do TI?

— Porque você é meu irmão. E porque é rápido. E porque, dependendo do que vazou, vai segurar a língua.

Alex franziu o cenho, sentando-se diante do computador. A sala era decorada em tons sóbrios e formais.

— É tão difícil dizer que me chamou aqui porque confia em mim?

— Que seja. — Enrico girou uma caneta por entre os dedos. — Pode ver isso ou não?

Assentindo, Alex começou a acessar o sistema, buscando por rastros digitais de qualquer tentativa de invasão.

— É verdade que você está escrevendo um artigo com uma aluna? — Enrico perguntou. Alex assentiu. — Qual é o tema?

— Dispositivos de vigilância.

— Ai, Alex, você não está tentando retomar aquela sua tese, está? Sabe que essas coisas com ar de teoria da conspiração não dão futuro.

— É só um artigo — ele balbuciou, ligeiramente irritado.

— Enfim... Tentei te ligar ontem à noite. Lucy queria que você fosse jantar conosco — Enrico falou. — Onde você estava?

— Por aí — ele se limitou a responder, concentrado.

— Com alguma garota aleatória?

— Talvez.

— Por que não arranja alguém fixo? — Enrico sugeriu, como se estivesse falando para ele escolher entre uma maçã e uma pera.

— Sabe que não quero nenhum compromisso sério.

— Não estou pedindo para você se apaixonar, e sim para que pare de se comportar como um moleque de vinte anos. Tem gente que até comenta por aí que você gosta de umas práticas mais, hã, exóticas.

Alex arqueou as sobrancelhas, fitando o irmão.

Tem gente muito interessada na minha vida pessoal.

— A universidade só quer evitar escândalos.

Ele abriu a boca para retrucar; no mesmo instante, seu celular vibrou em cima da mesa, exibindo mais uma mensagem da garota com quem saíra na noite anterior, junto de outra foto íntima.

Com um olhar de desdém, Enrico fez um movimento de cabeça na direção do celular e da foto.

— É disso que estou falando, Alex.

— Ela nem é da universidade.

— A questão não é se você está saindo com uma aluna, ex-aluna ou alguém completamente aleatório. — Jogado na cadeira de trabalho, Enrico entrelaçou os dedos da mão, fazendo aquela expressão que Alex sempre odiara. A expressão do garoto perfeito que sempre precisava consertar as merdas do irmão caçula. — Temos que cuidar da sua reputação, Alex.

— Voltamos para o século XVIII e esqueceram de me avisar?

Enrico revirou os olhos.

— Olha, você pode fazer o que bem entender, mas, se quer continuar aqui na universidade e agarrar uma cadeira no Conselho, vai ter que criar uma imagem de fachada. A Augusto dos Anjos é conhecida pelo seu renome e conservadorismo. A reitoria quer que o corpo docente siga o que ela prega. E, por mais brilhante que alguém seja, será cortado se não cumprir os requisitos sociais e blá, blá, blá.

Um sinal vermelho soou na cabeça de Alex.

— O Conselho e a reitoria querem me demitir?

— Ninguém falou em demissão, mas andei escutando uns cochichos por aí. — As mãos de Enrico permaneciam entrelaçadas, destacando a aliança de ouro no dedo anelar esquerdo. — Achei melhor te avisar. Você é jovem, tem futuro e potencial. Se quiser permanecer, jogue o jogo deles.

Merda. Merda. Merda.

Sim, ele achava o conservadorismo da Universidade Augusto dos Anjos retrógado demais. Contudo, sua vida estava ali. O salário era muito mais do que sonhara em receber um dia, considerando que seus pais nunca tinham sido rico; algo que Enrico e ele eram. Seus planos de ascensão estavam ali. O trabalho de uma vida estava ali. O status que queria estava ali. Algo que, para conquistar, necessitava uma cadeira no Conselho.

Não seria uma frescura moralista que o afastaria dos seus objetivos. Não seria uma regra social que o jogaria na mesma lama onde crescera. Ele queria um legado e um status que seus pais jamais haviam tido. E cruzaria todos os obstáculos para conquistá-lo.

— Certo. Pensarei em algo.

—Pense em quem você quer ser.

Optando por esfriar os pensamentos, Alex se concentrou no trabalho, os dedos batendo velozmente no teclado.

— Hum...Estranho. — Vincos surgiram na testa de Alex. — Alguém tentou acessar as listas dos estudantes de Direito. Todas elas. Até as listas dos anos anteriores. O motivo você terá que descobrir.

— Não vazou mais nada? Nenhum dado confidencial?

— Mais nada.

— Ótimo. Acho que listas são um problema menor.

Diante do silêncio de Enrico, Alex entendeu que estava dispensado. Checou as horas. Tinha uma aula para ministrar em quinze minutos. Empurrou a cadeira para trás e se levantou. Algo chiou no canto da sua mente ao mirar o irmão outra vez.

— Está tudo bem, Enrico?

— Sim, sim. — O irmão fez um gesto de descaso com a mão, os olhos fixos na janela. — Obrigado pela ajuda.

Optando por deixar Enrico com seus próprios pensamentos, Alex rumou para a saída.

— Mande lembranças à Lucy.

— Mandarei. Pense no que eu te disse. É sua carreira em jogo, Alex. O legado brilhante que você quer construir. Seu status.

Alex assentiu antes de sair e fechar a porta.

— Pensarei.

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