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1 - Uma eterna corrida

Enquanto as pisadas aceleradas dos seus tênis ressonavam pelo corredor da Universidade Augusto dos Anjos, Alana se perguntou se um dia deixaria de parecer o coelho de Alice no País das Maravilhas.

Talvez, para algumas pessoas, a vida fosse uma eterna corrida.

Ou algumas pessoas simplesmente estavam destinadas a esperarem ônibus que sempre atrasavam.

Deixando os pensamentos profundos e filosóficos de lado, Alana atravessou a entrada do bloco de Engenharia da Computação.

Ofegante, ela olhou para os lados.

Onde ele está? Onde ele está?

Continuou procurando, girando nos calcanhares, os cabelos soltos se agitando em suas costas.

Ali!

Em uma manobra acrobática, ela puxou um maço de folhas de dentro da mochila sem deixar de correr, ignorando os olhares que alguns alunos espalhados pelo corredor lhe lançavam.

— Professor Alex!

Segurando a alça da pasta do notebook, o homem se virou para ela, a luz externa refletindo em suas íris claras.

— Alana? O que foi?

— Aqui está o texto reescrito que você me pediu.

Ela estendeu a folha para ele; Alex Carvalho era um dos mais jovens e atraentes professores da universidade, com uma fama de conquistador que o perseguia pelos corredores. Tinha certeza de que a diferença de idade entre eles não passava de dez anos; mesmo assim, tinha um currículo admirável, segundo a pesquisa que fizera sobre ele.

— Acrescentou aquela parte sobre os olhos-espiões que eu sugeri?

— Sim. Está aqui, no terceiro e no quinto parágrafo.

Enquanto Alex analisava seu texto, Alana permitiu que a mente volitasse. No semestre passado, pedira ajuda ao seu ex-professor da área de tecnologia para entender mais um dispositivo chamado olhos-espiões; um tipo de vírus sutil e sofisticado.

Lembrava-se do olhar dele naquela vez; suspeitava que seu professor não imaginava que uma simples estudante de jornalismo como ela também fosse boa com aparatos tecnológicos. Mesmo assim, Alex a ajudou. Depois daquilo, Alana achou que cada um seguiria seu caminho.

E então, semanas depois, ele lhe fez um convite para escrever um artigo em coautoria sobre o tema, unindo as áreas de jornalismo e tecnologia em uma pesquisa promissora.

Algo que deixou Alana chocada.

Pois o jovem e promissor professor Alex Carvalho não aceitava orientandos e coautores em suas pesquisas.

E ela aceitou sem pensar duas vezes.

— Ah, e na página dois, eu formulei essa passagem aqui.

— Certo, certo.

— E também acrescentei esta outra informação aqui no final.

De soslaio, ela viu um grupinho de estudantes passando perto deles e cochichando baixo.

Alana controlou a vontade de revirar os olhos. Qualquer garota perto de Alex já era vista como uma potencial conquista. E como havia escrito um artigo em coautoria com ele e de vez em quando precisava ir até sua sala pedir algumas orientações, já imaginava o que se passava pela cabeça dos demais alunos da universidade.

Esses fofoqueiros não tem nada melhor para fazer da vida.

Mas ela pouco se importava com boatos. Todo seu foco estava em seu curso e em sua carreira. E a publicação daquele artigo era um pontapé para o tão sonhado mestrado.

E, além disso...

Esses boatos são sem fundamento nenhum. Durantes as orientações, ele me trata com tanta distância e frieza que tem hora que acho que sou uma geladeira contaminada.

Ela precisou morder o lábio para controlar a vontade estranha de rir.

— E a carta de recomendação que mandei para aquele estágio? — Alex indagou em tom profissional, capturando a atenção dela outra vez.

— Consegui a vaga. Estou cumprindo as horas no período da tarde. Mais uma vez, muito obrigada, professor Alex.

Alex anuiu, correndo os olhos pelo texto que ela lhe entregara. Alana escutou-o murmurar um "muito bom", e se sentiu aliviada por não ter que reescrever aquela parte outra vez. Estudando Jornalismo no período da manhã, estagiando a tarde e fazendo alguns bicos à noite, seus horários eram bem apertados.

"Insanos", diriam Pablo e Renato, seus dois melhores amigos.

Mas ela não tinha escolhas.

As responsabilidades que pesavam sobre seus ombros eram incompatíveis com seus meros vinte e três anos.

Só que preferia agir e sacudir a poeira do que lamuriar pelos cantos.

— O que é isso no seu braço?

Sem que Alana entendesse, Alex segurou seu braço esquerdo, apontando para a marca de queimadura na pele dela. A expressão distante e profissional havia se dissipado por instantes do rosto dele; algo que a pegou totalmente desprevenida.

Ela agitou a mão direita no ar, dando um riso mole.

— Nada demais. Ossos do ofício.

Ele entreabriu os lábios, e Alana aproveitou o momento para puxar o braço de volta, fingindo empurrar algumas mechas escuras de seu cabelo para trás da orelha.

— Isso...

Antes que o professor pudesse questioná-la outra vez, a cabeça de uma mulher surgiu em uma das portas do corredor.

— Alex, precisam de você no prédio de Direito. É urgente.

Alex assentiu para ela e se voltou para Alana. Novamente, a postura austera de um sério orientador havia retornado ao rosto dele.

— Tem certeza de que está tudo bem?

Disfarçando o cansaço e o turbilhão de pensamentos que revolvia em seu âmago, Alana balançou a cabeça, abrindo um sorriso leve.

— Tranquilo, professor. Vá acudir os engomadinhos.

Alex a fitou, demorando-se em seus olhos, em seu rosto; o sorriso de Alana não cedeu. Com um aceno, o professor se despediu e se virou, rumando para o prédio das turmas de Direito.

Ela observou como a luz do sol incidia em suas costas largas e em seus cabelos claros conforme Alex partia, o som ritmado dos passos dele se afastando pouco a pouco.

Assim que ficou sozinha, o semblante suave se dissipou de seu rosto; Alana soltou o ar, permitindo que as costas buscassem apoio na parede fria. Fitou a queimadura no braço.

Se ela apenas pudesse...

Na mesma hora, bloqueou o pensamento.

Não cederia. Aquilo não dizia respeito apenas a si mesma. Tinha feito uma promessa. Havia muito mais em jogo.

Por isso mesmo, não cederia.

Seu celular vibrou, quebrando a linha longínqua das reflexões. Piscando para afastar as imagens, ela trouxe o aparelho até a vista.

Era uma mensagem de Viviane, sua colega de turma.

"Cadê você? Nós somos o próximo grupo da apresentação!".

— Ah, merda. Lá vamos nós. O dia está apenas começando — disse para si mesma. — Você dá conta, garota!

Alana tomou fôlego, enfiou o celular no bolso e disparou pelo corredor, seguindo para sua aula de Legislação em Comunicação.

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