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18. A minha gatinha é muito valente

No meio da madrugada, ouvi as batidas na porta de meu quarto. Atordoado, pisquei algumas vezes e me dei conta do que se tratava. Apesar do clima ter estado ótimo pela manhã, a chuva caía forte do lado de fora, acompanhada de trovões e raios.

Devido a minha lentidão por causa do sono, tive trabalho para levantar da cama. Yoongi dormia como uma pedra ao meu lado, nem mesmo os barulhos infernais dos trovões lhe incomodavam.

Porém, dentro daquela casa, sabíamos quem tinha a audição complicada. Principalmente com barulhos altos demais.

Ao abrir a porta, encarei Nayeong. Com as mãos sobre os ouvidos, os ombros encolhidos e o rosto banhado e lágrimas.

— Jungkookie, o barulho..— A voz tremeu e ela se aproximou de mim. Aos soluços. — Parece que tá tudo dentro da minha cabeça, faz passar..

A trouxe mais para perto de mim, trocando suas mãos pelas minhas e tampando levemente seus ouvidos. Nayeong me abraçou, se encolhendo em meus braços.

— Vai passar..— Beijei sua testa, e aos poucos senti ela se enroscar em mim. Escalando meu corpo, até agarrar minha cintura com as pernas e me abraçar fortemente. Um sorriso mínimo surgiu em meus lábios.

A chuva ainda caia muito forte do lado de fora, assim como os trovões e como eu não podia tirar as mãos de seus ouvidos, quase não tive como me mover. Empurrei a porta com o pé e caminhei de volta para a cama.

— Já passou? — Ela murmurou um pouco alto, por causa da audição comprometida. Eu de todo modo, neguei. Sentando-me na cama e a ajudando se ajeitar sobre minhas pernas.

Tentei compreender o que estava acontecendo ao meu redor. Um bocejo foi dado por minha parte. As mãos quentinhas de Nayeong foram de encontro com as minhas bochechas, alisando suavemente. Assim como eu, ela parecia estar perdida de sono.

Porém, a dor sempre fala mais alto nesses casos. Meu corpo tentava relutar com o sono, mas, ainda sim, eu me via dormindo sentado.

— Vou deitar, apenas se deite sobre mim. — Arrastada minha voz saiu e a vi concordar. Ao me deitar, me ajeitei na cama, o mais confortável possível e Nayeong seguiu, ajeitando-se sobre mim e segurando minhas mãos sobre seus ouvidos.

Como um gatinho, ela se aninhou em mim. Então eu dormi. Daquela maneira e afundando-me em um sono mais intenso que o anterior.

*

DIA SEGUINTE

Eu acordei devido às conversas baixinhas ao meu redor. Ainda deitado de frente, e pelo pouco que pude me lembrar, Nayeong ainda estava em cima de mim. Mas, ao tocar meu corpo e me abraçar levemente, não havia ninguém ali.

Então eu abri os olhos, olhando ao redor. Vendo não só Nayeong sentada na beirada da cama com uma bandeja em mãos, como estava com Taehyung ao seu lado. O banheiro estava trancado, isso indicava que Yoongi estava em casa.

— Veja bem quem acordou. — Apontando para mim, Taehyung despertou Nayeong do assunto e riu.

Googie..— E mais um daqueles sorrisos que me desmontam inteiro foi dado por si. Assim como o apelido. Um sorriso idiota surgiu em meus lábios, mesmo ainda grogue pelo sono profundo. — Dormiu bem, gatinho?

Taehyung encarou-a e depois me encarou. Com uma expressão chocada.

Como se dissesse: "Realmente, você está perdido."

— Bom dia, amor. Eu dormi bem. — Aos poucos me sentei na cama. Observando os dois seres humanos parados, ainda me encarando. — O que foi?

— Seus olhos. — Taehyung apontou e eu suspirei. Nada de novo sob o sol.

— Os meus olhos ficam assim mesmo. É normal. — Dei de ombros e encarei Nayeong que tinha um sorriso fofo nos lábios.

Tetê veio fazer visita, ele disse que tem uma coisa pra perguntar. — Pensou, e devagar se aproximou com a bandeja em mãos. — Mas, ao meu ver, isso tudo me cheira a pedido.

— Você não consegue fechar a boca mesmo, né coisinha? — Taehyung riu ao repreendê-la e Nayeong gargalhou.

— Oras, oppa, seus olhos ficaram bem grandões e azuis ao falar da Minmin..— Eu encarei Taehyung, já cruzando os braços. É realmente sério?

— Não me olhe com essa cara, alfa! — Taehyung apontou para mim, negando e logo sentou-se na beirada cama de forma completamente graciosa. Desta vez, os meus olhos se reviraram. — É caso de vida ou morte.

— Não pareceu não, tetê. — Nayeong riu ao dizer e colocou a bandeja sobre minhas pernas e eu suspirei. De novo não. — Sem essa cara feia sua. Vai comer sim, mas antes, aqui seu remédio.

— Eu não quero, é ruim. — A careta que se desenvolveu em minha face fora única. O desgosto é nítido, assim como a minha irritabilidade. Taehyung sorri de lado, com as mãos dentro dos bolsos, encostado na parede. Já que se levantou para dar espaço para Nayeong.

— Jungkook-ssi, você tem que tomar o remédio. — Os meus olhos se arregalaram, pela maneira que meu nome escapou de sua boca. Ela nunca me chama pelo nome. Ao perceber isso, foi difícil não ficar emburrado. — Tome beba a água com o remédio.

Em silêncio, Taehyung observou a cena. Pedi ajuda com o olhar, mas, ele se fingiu de cego.

— Tá me chamando de Jungkook-ssi, não gosto. — A contragosto, tomei o remédio. Engolindo toda a água do copo. Mas, ainda sim, o gosto de vômito do remédio não sai da minha língua. Fora a irritabilidade por ouvir meu nome ser chamado. — Você NUNCA me chama de Jungkook-ssi. Pra você eu sou Jungkookie ou Googie!

— Eu te chamo assim, quando percebo que você está sendo um mimado. — Me sentindo super ofendido, os meus olhos se arregalaram de novo. Ao que ela sorria completamente idiota por me ver em um surto bobo por causa do nome. — E nem adianta me olhar com essa cara! Você quer ir parar no hospital de novo?

Eu neguei, encarando a bandeja. Depois dali, eu tive total certeza de que Taehyung tiraria onda com a minha cara pelo resto da vida, já que ele me encarava com uma expressão chocada; enquanto negava pacientemente, controlando o riso que queria vir.

— Não precisa ser assim..— Olhei para o lado, com um bico e ela riu.

— Googie, me desculpe. Mas, você sabe que precisa se cuidar e descansar. Principalmente se alimentar direito, todos os dias. — Senti o beijinho leve em minha bochecha, mas, ainda sim me encontrei chateado. — Cadê o alfinha da Nana? Hum?

Antes que eu pudesse responder, Taehyung riu.

— Meu Deus, parem com isso. Que horror, eu tô ficando com vergonha! — Nós rimos e eu neguei. Olhando para Nayeong e beijando sua bochecha. Confirmando devagar para suas palavras. — Que vergonha, jesus!

Realmente eu estava agindo como um mimado. Então, eu suspirei. Passando as mãos sobre meus cabelos. Voltando minha atenção para Taehyung que estava vermelho.

— Seu café está aí. Quando se sentir menos enjoado, coma. — Deixou um selinho em meus lábios e se aproximou de Taehyung beijando-lhe as bochechas. — Preciso ir estudar! Foi bom conversar com você, Tetê. Mande beijinhos para Minmin e o Ji.

— Vou mandar sim. Bons estudos meu bem. — Ela acenou antes de sair do quarto.

— Yoongi ainda está no banho? — Taehyung confirmou. Devagar encostei as minhas costas na cabeceira da cama, me sentindo enjoado e respirei fundo.

— Passei aqui para falar com você sobre emprego. — Pisquei algumas vezes, tentando compreender onde ele queria chegar. Mesmo que já soubesse o que ele falaria. Apesar de calmo, ele costumava ser previsível demais em suas próximas ações.

— Presumo que não seja para você. — Ele acenou, rindo e aos poucos tirou o casaco escuro, colocando sobre a cama e encostou as costas no encosto pequeno da parte dos pés da cama.

— É para Minhee. — Cruzou os braços, molhando os lábios e pensando por onde começaria e eu ri.

— Mas, ela não estava viajando? — Ele acenou, observando os dedos grandes. Eu ri pelo nervosismo escondido. — E por que você está nervoso?

— Não tô nervoso! — Deu-me língua e ajeitou-se na cama. — Minhee está de férias aqui em Seul. A sede que ela trabalhava era em Busan, mas, eles estão com problemas de administração. Ai até que tudo se normalize, eles deram férias para os funcionários.

— Onde ela trabalhava? — Interessei-me, cruzando os braços calmamente. Ainda me sentindo enjoado por causa do remédio forte.

— Pasme, ela trabalhava na sede de Busan, de hotelarias, da sua família. Na parte de administração. — Tão surpreso quanto ele, eu fiquei. Realmente o mundo é pequeno o suficiente.

Aos poucos eu confirmei devagar, tentando entender onde ele gostaria de chegar com todo aquele assunto. Principalmente com a visita inesperada.

— Tá, mas, o que você pretende?

— Minhee está tendo a oportunidade de escolher em qual sede deseja ficar. Se ela optar por ficar na sede de Busan, ela voltará para lá. Caso contrário, se ela optar ficar na sede principal que é a de Seul, ela não precisa voltar. — Então e de novo eu confirmei, negando levemente, com um sorriso simples de lado.

Tudo isso para não deixar que a amada se vá. Kim Taehyung sempre me surpreenderá.

— Então, você quer que eu a contrate para que trabalhe na sede principal? — Acenou positivamente. Os olhos tão brilhantes quanto um diamante. — Não é bem assim que funciona, Taehyung. E eu preciso saber principalmente se ela é de confiança.

Como se estivesse sido ofendido com as minhas palavras, ele colocou a mão sobre o peito.

— Claro que ela é competente! — Eu ri, colocando as minhas mãos contra minha boca.

— O único cargo que ainda está disponível na empresa principal é na controladoria. Claro que eu cuido de boa parte, porém, eu preciso de um gerente geral, para que me ajude com boa parte de todas as organizações do hotel. Cada rede tem um gerente, que é o que participa de tudo. — A cada palavra dita, Taehyung confirmou pacientemente. — Eu preciso de uma pessoa de confiança, Taehyung. E mesmo que você diga que ela seja de confiança, isso não me basta. Você é meu amigo, porém, meu lado profissional exige mais.

— Eu compreendi que você precisa de alguém de confiança. Mas, você não trabalha com o Yoongi? Onde isso encaixa o sentido? — Eu suspirei, passando as mãos sobre meu rosto.

— Yoongi é contador, assim como eu sou. Ele presta serviços honorários para todas as empresas. Presencial e a home office. — Taehyung confirmou novamente. Os olhos completamente estáticos a cada explicação. — Mas, ele não é funcionário de lá. Diferente de mim que sou dono e posso prestar os serviços.

— Mais um motivo para você aceitar. — Eu neguei. Tão teimoso.

— Eu não posso simplesmente aceitar só porque está pedindo, alfa. Precisa ser como todo emprego. Se você quiser que ela concorra a vaga, ela precisa enviar-me tudo que comprove que ela é apta o suficiente. — Aos poucos comecei a comer a comida da bandeja. Sentindo-me menos enjoado. — E assim, eu poderia conversar com ela e entrevistá-la.

— Faria isso?

— Taehyung, pelo amor de deus! — Eu ri, passando as mãos sobre meu rosto ao comer pacientemente as frutas. — Eu ao menos preciso perguntar a Nayeong e a Yoongi se isso é uma boa ideia, já que eles vão dizer totalmente que é uma boa ideia.

— Exatamente. Sem contar que ter uma pessoa como seu braço direito, vai te aliviar muito e te fará ter tempo. Coisa que você desconhece. — Revirei os meus olhos para sua audácia, rindo enquanto comia.

— Mas, faça o que eu disse e logo resolveremos isso. — Sorri pacientemente. — Precisa especificar mais alguma coisa?

— Ela é alfa. Um lúpus vermelho. — Eu suspirei, rindo, alfa vermelho. Deus, por que me aprontastes mais essa?

— Se alfas comuns detestam disciplina, imagina vermelho. — Passei as mãos sobre o rosto, tendo consciência da minha própria classe. — Você já começou vendendo bem a imagem dela, parabéns.

— Como eu vou adivinhar que você tem preconceito com sua própria classe? — Ele riu, negando aos poucos e roubando de cima da bandeja, o potinho com as frutas.

— Não é preconceito, é consciência. Você diz isso porque nasceu com a bunda virada pra lua, e é um azul. Mas, não faz ideia do que é ser um vermelho. — Suspirei. — Eu consigo ter controle, justamente porque a minha conexão com Yoongi ajuda um pouco. Mas, não ser marcado, te coloca na base animal da situação.

— Minhee é um amor. — Disse simples, com um sorriso idiota no rosto. O mesmo sorriso que eu dou, sempre que penso nos meus dois namorados. O famoso idiota apaixonado.

— Diz isso porque é apaixonado por ela. — Ao me dar um dedo, jogou o travesseiro em minha cara. Mas, antes que acertasse a bandeja, eu o barrei com o braço.

— Vai por mim, ela é uma pessoa competente, responsável e sabe bem controlar as próprias emoções. Há casos e casos de descontrole, Jungkook. — Não tão convencido sobre seu julgamento, eu resolvi aceitar. Afinal, suas palavras estão tão convictas, que meu lobo se sentiu convencido.

— Tá bom, tá bom. — Ao tomar meu suco, afastei a bandeja e tirei os lençóis das minhas pernas, encarando sua expressão perdida. — O que tá acontecendo?

— Ela chegou ontem, e eu não consigo esquecer dos momentos de ontem. — Sorriu, ainda mais idiota. Eu ri.

— Meu Deus, você tá muito apaixonado. Fica até perdido nos pensamentos.

— Que nem você! — Acusou, debochado.

— Pelo menos eu não fui na sua casa pedir emprego para Minhee, se liga no ponto do desespero. — Ele rosnou, e eu ri ainda mais.

— Não mesmo, você fez pior. — Cruzou os braços. — Fez uma proposta para que a híbrida fofinha lá em baixo viesse morar com você, na mesma casa que você divide com seu prometido. Eu pelo menos tô pedindo emprego.

— Nossa, você quer as minhas costas? — Eu ri. O tapa na minha face foi prático, mas, me acordou pra vida e eu ri.

— Só a cara é suficiente. Toma vergonha.

— Vocês hoje estão só por Deus. Quem vai ser o próximo a dar o checkmate? — Levei meu olhar em direção a porta do banheiro que logo se abriu. De lá passou Yoongi, com um sorriso sucinto nos lábios.

Parecia até que ele estava esperando para fazer a entrada triunfal.

— Eu. Justamente porque estou vendo comida nessa bandeja. — Apontou para alguns resquícios de comida que eu deixei sobrando.

— Tá ai sua resposta. — Quem disse foi Taehyung, se levantando enquanto ria.

— Taehyung, calado. — Ele me mandou um beijo, enquanto eu encarava Yoongi. O aroma do seu perfume se instalou em todo o quarto e eu suspirei.

Fora que ele estava completamente arrumado. Bom, ele estava em casa, mas não por muito tempo.

— Hyung, eu já comi tudo. Está exagerando. — Devagar me levantei da cama, passando as mãos sobre meu rosto e esticando os meus braços para cima, para me livrar de todo o cansaço e a ressaca do sono.

— Quando falamos de você, nada se trata de exagero, Jeon Jungkook. — Então, novamente, eu arregalei os olhos. Taehyung desatou a rir e colocou as mãos dentro dos bolsos, enquanto tinha o terno pendurado nos ombros.

— Agora você também? — Respirei fundo, sentindo o bico se formar em meus lábios. — Eu sou desvalorizado demais nessa casa, sinceramente.

— Sinceramente digo eu, cadê o alfa durão? — Taehyung riu ao dizer tais palavras e eu lhe lancei um dedo do meio.

— Muito adultos vocês dois. — Yoongi sorriu e se aproximou, pegando a bandeja de cima da cama e se aproximando de mim. — Você sabe que é o bebê dessa casa, não chora nenê.

Ai sim que eu fiquei corado. Ao abaixar minha cabeça, ouvi Yoongi rir e Taehyung quase se curvar de tanto que deixava risadas escaparem. Maldito seja esse alfa.

— Eu ainda não sei porque eu namoro você.

Yoongi riu, encarando meus olhos com um sorriso meigo e maldoso.

— Com certeza que pela altura não foi. — A voz foi de Taehyung e eu ri.

— Tenho certeza que você ainda vai precisar da língua. — Ameaçou e logo o engraçadinho, vulgo Taehyung, parou. — E pra seu governo, dramático, você me namora porque eu sou incrível.

E ao dizer, simplesmente saiu porta fora. Me deixando completamente surpreso para trás. Se ele disse, tá dito.

— Eu namoro dois gatinhos raivosos. Até gosto, mas, quando eles pegam para serem agressivos, meu lobo até recua. — Taehyung sorriu, negando devagar. E aos poucos nós dois saímos do quarto, para ir em direção às escadas, que mais logo a frente; Yoongi já descia.

— Vou indo, JK. — Descemos as escadas, ele se virou com um sorriso completamente contente. — Tenho certeza que você vai pensar com carinho quanto a proposta.

— Você é chato hein. Eu já expliquei, Taehyung. — Taehyung bufou e confirmou, se dando por vencido e eu ri. — Se ela for apta para a vaga, a vaga será dela. Se acalme.

— Eu confio no meu taco. Ou seja, ela é apta.

— Se você diz, está dito. — Com um sorriso breve ele acenou, beijando minha testa. Me tratando como hyung, me fazendo revirar os olhos.

— Se cuide, koo. — Confirmei devagar e sorri, sentindo minhas bochechas esquentarem. — Jimin vai vir aqui mais tarde, tá preocupado com você.

— Ele quer é tirar onda com a minha cara, isso sim. — Nós dois rimos, pois era unicamente verdade.

— Sim, e ele também quer conhecer Nayeong. — Revirei os meus olhos.

— Ele quer dar em cima dela, assim como faz comigo e com você. — Me senti desgostoso da vida, Taehyung riu.

— Ele faz isso por graça, porque ele sabe que você não gosta. Sem contar que ele é nosso amigo.

— Mas, ser meu amigo ou não, não me impede de pendurar ele de cabeça pra baixo numa árvore qualquer e deixar ele lá. — Taehyung riu de novo e eu neguei.

— Pelo amor de Deus, Jungkook! — Com um sorriso maldoso, eu ri. — Agora eu tenho que ir, preciso ajudar Minhee a se instalar e arrumar o quarto dela. É muita coisa pra organizar.

— Aham, sei. — Ao dizer, vi suas bochechas tomarem uma coloração completamente diferente da normal e eu ri ainda mais. Vergonha, Kim Taehyung estava com vergonha.

— Eu vou ir, antes que você me deixe ainda mais envergonhado. — Dito isso, acenou e seguiu em direção a saída. Acenando para si, caminhei em direção a cozinha.

Vendo Yoongi de costas e lavando a louça. Me aproximei por trás, e o abracei, aconchegando minha cabeça em seu ombro. Sorrindo fraquinho, beijando seu pescoço. Ouvindo-o rir.

— Resolveu fazer manha hoje filhote? — Virou a cabeça levemente para o lado, me encarando de perfil e sorriu de lado. Mostrando-me o sorriso gengival.

— Aham.

De novo uma risada, porém, mais baixa. Acompanhada de um sorriso.

— Hoje 'tá liberado para trabalhar, mas, não exagere. Há coisas para se fazer do lado de fora, como principalmente, tomar um sorvete. — Neguei.

— Queria ir ao cinema. Você vai chegar cedo? — Terminando de lavar a louça, Yoongi se virou para mim. Encostando as costas na pia e repousando as mãos em minha cintura, me puxando para mais perto.

— Tecnicamente não. Já que vou até Busan, de novo. — Eu revirei os olhos. — Eles estão tendo problemas com as finanças, então, fui convocado.

— É a sede de Busan? — Yoongi acenou e eu suspirei. — Depois que Sungjae deixou a controladoria, tudo se tornou um caos. Porque ele investiu para que fosse assim. A sede de Busan é a única que eu não consigo ter controle. — Apertei os meus dedos contra as minhas têmporas, buscando calma e alívio da dor. — Para que eu possa ter controle, é necessário uma reunião. E agora que os funcionários estão de férias, tudo está o caos ainda pior.

— Ouvi boatos de que ele estava pegando o faturamento da sede de Busan. Um dos participantes na área da controladoria, me informou que ele não conseguia gerir tanto dinheiro. E contratou ele para ficar em seu lugar, mas, ao realizar as contagens com todo faturamento do ano, percebeu que tinha muita grana faltando. — E novamente, lá estava eu, com os nervos à flor da pele.

Mesmo que eu tente compreender, fica difícil saber os motivos pelos quais Sungjae escolheu justamente a sede de Busan.

Ao princípio, é possível pensar que seja apenas por posse. Mas, se tratando dele e depois de descobrir isso, duvido muito.

Ele é muito calculista para simplesmente desejar afundar a sede secundária.

— De toda forma, sei que a qualquer momento serei chamado para mais uma das reuniões. E caso não seja, terei de convocar. — Beijei seus lábios, Yoongi sorriu. Acariciando minhas bochechas.

— Farei um bom trabalho lá, prometo.

— Eu sei que fará, confio na sua capacidade meu bem. — Yoongi sorriu novamente, beijando minhas bochechas pacientemente e encarando o relógio. — Agora preciso ir, filhote.

— Até amanhã, hyung. Boa viagem — Quando ele saiu de perto de mim, encostei as minhas costas na pia e o encarei, acenando levemente.

NAYEONG, TÔ INDO! BATE NO JUNGKOOK SE ELE FIZER QUALQUER IMPRUDÊNCIA!

Me assustei pelo grito repentino de Yoongi do lado debaixo, e acabei rindo. Veja bem que ironia, os dois de complô contra mim.

TÁ BOM, YOONIE OPPA! BOA VIAGEM! — Tão alto quanto ele, ela respondeu e eu ri. Custava descer para responder?

OBRIGADO! — Eu ri ainda mais, cruzando meus braços e suspirando ao encarar meus dedos. E aos poucos, passei as mãos sobre meu rosto, assim que ouvi a porta da frente bater.

*

— JUNGOO! JUNGOO! — Os gritos lá de cima me despertaram e eu rapidamente desci do sofá, para correr em direção as escadas. Subindo-as mais rápido que o próprio flash.

Ao passar pela porta do escritório, encarei Nayeong, que estava com a cara enfiada na frente do computador. Parecendo ler várias e várias vezes a mesma coisa.

— Pelo amor de Deus, não grita assim! — Descansei as mãos nos meus joelhos e fechei os olhos, respirando fundo. — O que aconteceu?

— Tenho duas notícias, e as duas notícias são ótimas! — Ela se virou para mim e seus olhinhos brilhavam pela felicidade que sentia. Meu lobo tremeu somente pelo sorriso bobo, e eu já me encontrava babando.

— Conta então. — Devagar me aproximei de si, sentando-me na cadeira a frente dela, para me recuperar do susto.

— A primeira é que eu fui aceita na faculdade. — Eu parei de respirar. Encarando seu rosto bobo e sorridente, coloquei as mãos sobre a boca. Deixando que um sorriso escapasse pelos meus lábios.

Só eu, Yoongi, Nayeong e todos os deuses sabíamos o quanto ela estava se esforçando para correr atrás todos os dias. Desde vagas de emprego e estudando por dez, através de seu próprio esforço.

E ver seu sorriso, por ter seu esforço recompensado, me faz suspirar de orgulho.

— Eu sinto que eu vou morrer de tanto orgulho. — Me levantei devagar, me ajoelhando em sua frente ao que virei sua cadeira na minha direção. Ela sorria tanto, que seus olhos sumiam, formando-se dois risquinhos.

— Tem mais..— Antes que eu pudesse abraçá-la, ela me barrou, com um sorriso ainda maior. — Estou oficialmente contratada, na área de auxiliar de biblioteca. Digamos que começarei como auxiliar, e conforme eu conseguir me estabelecer, poderei fazer a faculdade de biblioteconomia. Não é grande coisa, mas, é suficiente.

— Você está feliz? Está orgulhosa? — As duas perguntas receberam um aceno positivo e eu sorri, abertamente. Meu peito transbordou, assim como eu sabia o que dela estava. — Isso é apenas um passo para o sucesso, amor. Pessoas grandes hoje em dia, começaram como você e não há nada de errado nisso. Eu estou orgulhoso de você, Nayeong.

Logo o bico choroso de Nayeong se formou e ela pulou em meus braços, abraçando-me fortemente.

— Eu achei que não ia conseguir, Jungkookie. Eu tô tão feliz. — Atropelando-se nas próprias palavras, ela disse. Chorando em meus braços e eu conseguia sorrir, mesmo sentindo os meus olhos arderem.

— Eu sempre soube que conseguiria. A minha gatinha é muito valente! — Ela riu, ainda chorando. — Você tentou amor, você não desistiu. Mesmo com a vontade intensa de desistir, foi firme. Agora pode perceber que você é talentosa e que vai além. Eu sempre vi isso em você, desde quando te dei aulas de literatura. — Nayeong chorou ainda mais, abraçada a mim. — Você tem o mundo nas mãos meu amor, você pode!

— Para de dizer essas coisas bonitas, eu tô chorando e não sei o que responder, Jungkookie! — Soluçou ainda mais e eu a afastei levemente de mim, encarando seu rosto sorrindo, beijando-lhe as bochechas.

— Apenas sorria, você conseguiu! — Um sorriso lindo brotou em seus lábios, assim como as lágrimas que caíam pela felicidade que ela sentia. — Eu tenho namorados muito talentosos, Meu Deus! Acredite, eu serei um nojo!

— Googie-ah! — Completamente risonha ela me empurrou, rindo conforme chorava. Eu sorri, porque vê-la sorrir é tudo para mim.

Ver os meus namorados sorrindo, felizes e completamente satisfeitos, me causa uma satisfação enorme. E a cada dia, eu me apaixono ainda mais pelos dois. Talvez eu seja um idiota por amar demais, mas, não sinto isso.

Afinal, eu consigo ver o sorriso e sinto o amor que volta para mim novamente.

Sinto a incondicionalidade, a reciprocidade. E por eles, eu iria até o infinito. Eu os amarei até o infinito, em outras vidas e até depois delas. 

Continua no próximo capítulo.

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