Capítulo 24
Eu e o Gabo somos acordados por batidas ensurdecedoras na porta do quarto, me levanto rapidamente, mesmo ainda atordoada.
Ao abrir dou de cara com Kai, o mesmo parece respirar irregularmente mostrando sua total afobação com algo.
- O que ouve? - Pergunto preocupada.
- Ela está aqui, a maluca dá sua mãe, está aqui. - Meu coração erra um compasso, não estamos preparados, mau temos um plano.
- Onde exatamente?
- Na praia, com uma bela dúzia de homens. - Mordo meu lábio, fechando os olhos, não querendo realmente acreditar.
- Certo, irei me trocar. - Ele assente saindo em direção ao corredor.
Fecho a porta atrás de mim, me encostando na mesma, vejo Gabo vindo até mim vestindo apenas a parte de baixo com o peitoral nu a mostra.
- Vamos pensar alguma coisa, vai dar certo, com certeza ela vai querer conversar antes de existir um ataque. - Ele diz enquanto me abraça.
Torço para que ela só venha me buscar, que não ataque um reino inteiro por causa de sua loucura eminente.
Após nos vestimos saímos em direção a sala principal que tem a grande varanda que dá uma visão direta para o mar e parcial para praia.
A meu ver existe uma boa frota de homens e em meio a eles, em um círculo feito pelos mesmos, algo como se fosse um trono, daqueles que vemos em filme em que a realeza esnobe é carregado de um lado para outro sentado em cima.
Minha mãe com certeza sabe ser no mínimo cômica, a mesma deve estar lá embaixo apenas esperando todos nós ir ao seu alcance para ditar regras idiotas e sem sentindo, achando que é a dona do mundo.
- O que vamos fazer? - Pergunto me direcionando aos reis que estavam a observar toda a sena.
- Ela quer nos levar até lá, a mesma não terá coragem de nós atacar com toda certeza deve ter alguma barganha que queira fazer. - O rei dos pássaros azul diz recebendo um aceno da filha.
- O maior confronto interno da Estela é como os poderes dela a afeta e não afeta você. - Caian diz com olhos grudados no horizonte.
- Não sou uma guardiã das sombras, elas não me afetam como afetam a minha mãe, e a mesma deve saber disso e ter, sei lá, raiva de mim. - Digo tendo a mão segurada por Gabo.
- Temos que ir, vamos seguir nosso plano piamente. - Nabi fala meio impaciente, não a julgo também estou quase neste ponto.
- Que plano seria? - Gabo pergunta.
- Vamos escultar o que a rainha traidora tem para dizer. - Kai finalmente abre a boca para falar.
- E então? - Pergunto.
- Nós veremos o que realmente faremos. - Eu reviro os olhos para as palavras da princesa Nabi. - Muito provável que ela te queira Sky, então vamos seguir com o plano de usar você como distração estaremos em seu alcance e em menos de três dias os reinos serão recuperados.
- Três dias? Vocês têm noção que a Blue pode ser morta antes disso? - Gabo se exalta.
- Sim meu jovem, mas não podemos marchar com uma frota de homens em menos tempo que isso, levará horas para atravessamos até o primeiro reino. - O rei Ken fala enquanto o meu soulmate bufa contrariado.
Depois de mais alguns minutos apenas observando, resolvemos que seria a hora de ir até onde a minha estava. Caminhamos por alguns metros até chegar na praia, a minha visão agora capita melhor a visão dos que nos espera.
Minha mãe, Hidra, Yumi e até mesmo Arturo nos observam chegar mais perto. Estela com um sorriso presunçoso no rosto, o híbrido com a feição neutra, a minha ex-amiga muda sua feição de superioridade, quando põe os olhos na irmã que vem em um dos meus lados já que no outro Gabo me segura como se eu fosse sumir a qualquer momento, enquanto o príncipe ruivo agora rei, sem reconhecimento, mantém o desdém estampado no rosto bonito, mas não mais que os seus irmãos.
Arturo é a própria encarnação viva da frase, o seu caráter pode deixar mais belo que tua aparência ou mais feio que a mesma.
- É tão bom vê-los bem, meus casais favoritos. - A minha mãe é a primeira falar direcionando suas palavras para mim, Gabo, Atena e Kai. - Confesso que fiquei triste quando fugiram de mim. - Ela faz um biquinho extremamente vergonhoso.
- Nos poupe de suas palavras chulas Estela o que faz em meu reino, fique sabendo que não deixarei você tocar em nenhum dos meus protegidos. - Caian fala tomando a frete.
Minha mãe rir, uma gargalhada extravagante e assustadora, os outros não acompanha, aliás ninguém o faz.
- Protegidos? Não foi você que os entregou ao imprestável do Uriah? - Ele rir mais uma vez, o que está me dando nos nervos.
Essa mulher não possui ao menos um pouco de sanidade, será possível que ninguém que esteja ao lado dela perceba.
- Eles já me perdoaram se esse for o... - Caian não termina de falar pois em piscar de olhos minha mãe bate palmas fazendo Munir aparecer em nossas frente.
O sombra de cabelos curtos, ombros largos e quase dois metros de altura se encontra ajoelhado em nossa frente, não sei com que fico mais surpresa a forma que o mesmo apareceu ou o seu estado. Munir está machucado em alguns pontos do seu corpo, usando uma roupa preta suja e rasgada, sinal que esteve lutando.
- Acho que esse garoto não lhe perdoou. - A mulher que me deu à luz diz apontando para ele, que não levantou a cabeça em nenhum momento.
Me questiono se não é uma ilusão ou se é o mesmo de verdade em nossa frente, eu só não quero acreditar que o cara esquentadinho que me ajudou a me livrar do Uriah esteja nesse estado deplorável.
O que ele fez? O que diabos aconteceu? São algumas das perguntas feitas pelo meu cérebro que ainda não foram externadas.
Olho para o rei Caian, o mesmo se encontra estático com olhos vidrados no garoto de joelhos um pouco mais a frente.
- O que você quer? - Pergunto entre dentes para minha mãe, sem querer aperto fortemente a mão de Gabo.
- Eu quero muitas coisas querida, mas uma delas é que você e seus amiguinhos voltem para onde nunca deveriam ter saído. - A mesma me responde.
Kai praticamente rosna em minhas costas já que está bem atrás da mim, esculto uma movimentação onde o mesmo está, então olho de relance vendo-o colocar Atena bem atrás de si em uma tentativa quase tola de protegê-la, acho que no meu caso eu colocaria o Gabo atrás de mim ao invés dele fazer o mesmo comigo, esse pensamento me faz querer rir no meio desse caos.
- Eu posso até voltar, mas eles não. - Digo firme tendo a minha mão apertada pelo meu soulmate.
Minha mãe rir soprado, correndo os olhos por todos nós.
- Os quatro, ou ninguém sai vivo. - As palavras dela me fazer arrepiar.
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