Capítulo 25
Depois de um dia cheio de planos do que poderíamos fazer para reconquistar a montanha Nathy Feel e o restante do reino, estamos aqui na sala pondo algumas coisas em jogo, coisas essas que podem vir a não dar certo.
- Eu vou na cidade Fisher, o Nick pode saber de como anda as coisa o que vai nos ajudar a ter um plano mais concreto. - Akemi se pronuncia após eu questionar o que os súditos devem estar achando de tudo que está acontecendo.
- Sozinha? Mas não vai mesmo, eu vou com você e nem adianta querer rebater. - Munir fala para irmã que revira os olhos.
- Não sou mais criança a tempos irmãozinho. - Ela diz recebendo um olhar fulminante do irmão.
- Quantos anos você tem? - A pergunta por incrível que pareça vem do Gabo.
- Sabia que é falta de educação perguntar quantos anos uma dama tem? - Ela olha na direção dele que se encolhe ao meu lado, Munir resmunga um "dama?", me fazendo segurar o riso.
- Nós somos imortais como a todos os pássaros negros, mas não faz muito tempo que alcançamos a idade de inércia. - Munir fala, parecendo pela primeira vez desde de que eu o conheci possuir algo mais que músculos.
- Minha mãe falou que a idade da inércia é aos vinte anos. - Digo ficando surpreso pois Akemi parece ser bem mais nova que eu.
- Idade da inércia? - Gabo pergunta sem entender, Kai chega a bufar impaciente, de canto de olho vejo o mesmo se afundar mais no sofá.
- Idade da inércia é quando paramos de envelhecer, claro nós envelhecemos, mas só vemos o resultado a cada dez anos ou cinco anos depende da sua magia, tem alguns que passam mais de vinte anos sem ver uma mudança se quer, tudo é relativo depende apenas dos seus poderes você pode até nem chegar a envelhecer. - Vejo Gabo assentir para a resposta de Akemi. - E eu tenho 25 anos, o meu irmãozinho ali tem 23 e o capitão 22. - Olho para Kai que parece nada contente por termos descoberto a sua verdadeira idade.
Claro que ele não parece ser mais velho, mas para ter um posto importante e às vezes falar como um idoso, eu pensei que o mesmo tivesse pelo menos umas décadas a mais.
- Bom, agora que já nos apresentamos, Akemi e Munir, vocês tem certeza que vão se arriscar? - Kai pergunta e ambos assentem se pondo de pé.
- Nós voltaremos logo e com notícias, pensem em planos de invasão, aliados, qualquer coisa. - Akemi diz dando breve tchau junto ao irmão
- Eu ainda estou no chão que a Kemi é mais velha que o Munir. - Digo segundos depois que os dois somem pelo portal, o qual podia ser visto antes pela janela.
- Mas você está no sofá agora. - Gabo diz me fazendo gargalhar alto.
- Eu sei, só foi uma expressão que as pessoas do meu colégio usavam. - Digo lhe dando um leve tapinha na perna.
- O que vamos fazer agora, falta um tempinho para o jantar. - Digo me pondo de pé.
Antes que algum deles dê alguma sugestão, ouvimos batidas na porta, nós nos entreolhamos confusos, quando Kai faz menção em ir abrir a mesma eu o impeço.
- Deixa que eu vou, pode ser algum vizinho curioso. - Digo recebendo um olhar de reprovação não só do moreno mas do acastanhado também, dou de ombros não me importando indo até a porta.
Observo pelo o olho mágico que não tem ninguém, mas quando estou prestes a parar de tentar ver alguma coisa alguém aparece de relance. Abro a porta de imediato quando reconheço os cabelos loiros que mais cedo estava solto agora está preso em um coque desarrumado.
- Nicolau? - Ele me olha parecendo aliviado, o que me deixa curiosa.
- Eu jurava que você já tinha ido embora, eu vim aqui a alguns dias mas você não estava, foi assim que eu soube da morte da sua mãe que resolvi ver como você estava. - Ele fala tão rápido que mal chego acompanhar. - Desculpa eu nem perguntei se você estaria podendo conversar. - São tantos 'eu' que fico tonta.
- Se for rápido. - Ele assente.
Olho para dentro da casa onde Kai e Gabo observam calados, faço um gesto de mão para que esperem então fecho a porta atrás de mim. Ficamos na parte da frente onde o Nicolau parece ansioso.
A rua fica calma sem carros passando e até mesmo barulho de vizinhos, como se as coisas ao redor tivessem dado uma pausa para que eu e ele conversássemos.
- O que quer falar? - Pergunto vendo o mesmo enfiar as mãos no bolso da calça jeans surrada.
- Sobre nós, sobre o que aconteceu a meses atrás. - Espero que ele continue fechando os olhos cansada demais para querer discutir. - Eu fiquei assustado aquele dia, os seus olhos ficaram... Deus eu nem sei o que dizer, você mudou em segundos, ficou assustadora.
- E maluca... - Sussurro o que ele disse quando tentei me explicar.
O que aconteceu foi que um belo dia Nicolau resolveu que seria uma boa pregar uma peça em mim, segundo ele era uma trolagem de namorado, que restou em um cachorro de rua morto e o mesmo vendo o meu lado Pássaro negro de ser. A trolagem era uma tentativa de sequestro idiota mas com o treinamento da minha mãe eu consegui me desvencilhar do meu "sequestrador" antes de chegarmos no seu carro, os poderes não teve um pico tão grande quanto o que tive na biblioteca com Kai, mas foi uma a mostra dele que matou o cachorro que apenas passava no momento e deixou o me ex-namorado em surto.
- Eu percebi depois que tinha sido coisa da minha cabeça, eu estava cansado, o cachorro deveria estar doente e só foi uma coincidência. - Ele diz enquanto andava de um lado para outro.
- Você passou meses para se convencer disso? - Eu rio soprado, não é como se eu fosse afirmar o que ele acabou de dizer.
- Blue vamos recomeçar, eu já esqueci e entendi que o aconteceu não foi nada demais. - Respiro fundo querendo gritar que o que ouve meses atrás foi sim um tragédia e que muitas coisas mudaram, desde dos meu sentimentos ao meu estilo de vida.
- Nicolau acho melhor você ir embora, me desculpe mesmo por ter te traumatizado com o acontecido daquele dia, mas eu não tenho nada para dizer que vá mudar as coisas. - Ele negou com a cabeça enquanto me fita parecendo que não iria desistir.
Ele abre a boca para falar alguma coisa mas parece desistir quando um portal começa a se abrir, bem na calçada à nossa frente. Akemi é a última a sair com seu irmão e o Nick logo a frente, os três parecem afobados como se estivessem correndo antes.
- Corram, ele tinha espiões na cidade que estão vindo atrás de nós. - Meu olhos se arregalaram quando meu cérebro filtrou o que foi dito.
Kai sai de dentro da casa, pois o mesmo com certeza escutou o que foi dito.
- Akemi crie um portal agora, já juntei tudo o que precisamos e você pode ir embora se não... - O moreno não termina de falar pois vemos portais sendo aberto com guardas saindo dos mesmo.
Akemi já se preparava para criar um portal quando percebo que Gabo não está com a gente.
- Onde... - Antes que eu pergunte ele sai de dentro da casa e quando seus olhos verdes pousam em mim eles parecem aliviados mas ao mesmo tempo assustados.
- Fiquem perto. - Kai gritou me tirando do transe que tinha entrado ao observar o outro.
Os guardas vem em passos largos em nossa direção, nenhum deles solta algum tipo de magia em nossa direção, me levando a crer que a maioria são neutralizadores.
Gabo chega até mim segurando a minha mãe me fazendo olhá-lo.
- Solte as sobras, ela está fraca vai demorar para todos entrarem. - Olho para Akemi que empurrava o irmão e o amigo dele para dentro do portal.
Faço como ele pediu sem soltar sua mão, as minhas sombras vão em direção a guarda derrubando alguns, um berro é escutado vindo de Nicolau que me observava, o mesmo parecia preste a surta.
Quando faço menção de ir até ele pedir para que se acalme um dos homens da guarda revida por eu ter mandado as sombras, meus tímpanos quase estouram com o barulho do poder dele.
Gabo fica em minha frente quando somos o alvo e parece desviar o que quer seja que foi mandado, acertando o Nicolau. O meu ex-namorado cai no gramado, seu peito sangrando com uma abertura feita pelo poder do guarda é a última coisa que vejo antes de Kai puxar a mim e ao Gabo, que não se desgrudou do meu corpo mesmo quando fomos jogados portal adentro.
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Obrigada 💜
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