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Ato 22

      Skylar aproximou o punho fechado da porta, porém não bateu na madeira. Primeiro se certificou de que as duas mulheres não estavam discutindo como há algumas semanas, quando a jovem esteve ali pela primeira vez para convidar Nina para sair. 

      Como não ouviu nada, deu três batidas e Erica abriu.

      A mãe de Nina encarou a moça entre surpresa e desconfiada. Não recebia visitas, já que era reclusa e sua filha não possuía amigos.

      — Pois não? — disse com neutralidade.

      Skylar mordeu o lábio inferior, mais hesitante do que esperava estar. Talvez não fosse uma boa ideia. Talvez não devesse forçar uma aproximação com a colega recém promovida. Pra quê? Era verdade que nos últimos dias as duas conversaram bem mais, riram juntas, e Skylar pode enfim conhecer um lado menos triste de Nina. Mas visitá-la?

      Abriu a boca para não parecer uma idiota.

      — Sra. Sayers, eu sou Skylar Brooks, sou colega da Nina.

      Erica franziu o cenho ainda mais desconfiada, até que subitamente um meio sorriso apareceu em seus lábios.

      — Ah, sim! — fez sem entusiasmo. — A Nina falou de você. Você é uma das novatas, não é? Veio do Kansas.

      — Er… De Iowa, na verdade.

      — Me enganei de estado produtor de milho — fingiu bom humor. — O que deseja?

      Pelo visto, Érica não era entusiasta de que visitassem a filha, pois não abriu totalmente a porta. A energia que ela emanava era desagradável, repelente e sombria, o que fez a visitante pensar que Nina não se soltava por causa da mãe controladora. 

      Mas já que estava ali, iria adiante.

      — Quero só conversar com a Nina. Posso?

      Mrs. Sayers retorceu a boca para um dos lados. Seus olhos se estreitaram em avaliação da moça diante de si.

       — Por favor, entre.

      A mulher conduziu Skylar até o quarto da filha, que estava só de camiseta de manga comprida, calcinha e meia debruçada na cama, e arregalou os olhos em espanto assim que as duas entraram.

      — Nina, você tem visitas. 

      — Oi — Skylar acenou com a mão, sorrindo encantadoramente para a primeira bailarina.

      — Brooks? Quer dizer, Skylar…? Que surpresa.

      Skylar achou um lugar ao lado de Nina, que sorriu. As duas olharam para a porta. Erica mantinha os braços cruzados, os olhos atentos e pregados na desconhecida.

      — Mãe, já pode ir, tá? — Nina disse aborrecida.

      — Tudo bem. Vou preparar o jantar. E lembre-se: nada de portas trancadas. Comportem-se, meninas.

      O quarto de Nina pareceu infantil demais aos olhos de Skylar. Tudo rosinha, com flores, bonecas e bichinhos de pelúcia na cama e no chão. Uma bailarina de corda dançava numa caixinha de madeira, posta no criado mudo, ao lado da cabeceira da cama.

      Inserida naquele espaço que remetia ingenuidade e inocência, Skylar sentiu estar no quarto de uma bailarina de baby class, e não de uma primeira bailarina.

      — Que quarto bonito — a moça comentou.

      — Minha mãe não mudou nada desde que eu era criança — Nina sorriu encabulada. — Eu pedi para pôr uma decoração mais adulta, mas ela sempre diz que não importa quanto tempo passe, filhos nunca deixam de ser crianças.

      — Minha mãe diz a mesma coisa. Até hoje a minha me liga quase todos os dias me perguntando se estou me alimentando direito, se não estou tomando friagem.

      — Mães! — Nina olhou para o teto.

      — Espere um segundo — ela levantou-se num pulo e abriu a porta, olhando para os dois lados.

      Skylar ficou desconcertada ao teorizar o motivo desse procedimento da colega. Até a calcinha de Nina parecia infantil, com coraçõezinhos.

      — Minha mãe tem o feio hábito de escutar conversa por detrás da porta — o esclarecimento de Nina confirmou a suspeita de Skylar. — Mas ela está mesmo preparando o jantar.

      — Meu Deus, mas isso é desrespeito ao direito de ter privacidade — Skylar se esforçou para não se exaltar.

      — Não fale muito alto — Nina pôs o dedo entre os lábios. — Ela pode vir a qualquer momento.

      — Nina, por que ela faz isso?

      — Ela acha que ninguém é boa o suficiente pra ser minha amiga. Acredita que vocês todas são atiradas demais e que podem me levar para o mau caminho, desviando meu foco do que é realmente importante. O balé.

      — Mas você é adulta, Nina. Tem que ter uma vida social. Ela não pode filtrar as pessoas com quem você convive.

       — Eu sei, mas…

      As palavras de Nina ficaram em suspenso.

      — Nina. Você tem namorado?

      — Por que está me perguntando isso? Até algumas semanas atrás, você não tinha. Só porque você e o Troy estão juntos, se esfregando, isso não te torna superior a mim ou a ninguém.

      O arrependimento veio muito tarde à Skylar por ter feito a pergunta errada, ela desejou que um buraco se abrisse no chão para se esconder.

      — Não me sinto superior a ninguém. Namorar nem é tudo isso que as pessoas pensam — ainda bem que Troy não estava ali para ouvi-la —, mas você é tão bonita, uma princesa, e nunca te vi com um rapaz ou uma moça. Não tem vontade de sair e conhecer pessoas?

      Nina retorceu a boca e Skylar percebeu o costume herdado da genitora. 

       — Eu sou bem reclusa — pôs uma mecha de cabelo atrás do cabelo liso e castanho. — Não gosto de sair. Só saio mesmo para me apresentar com a companhia em outras cidades ou para visitar minha avó que mora no Maine… mas esta é só uma visita de família. Eu só vivi até hoje para o balé, para dançar e para encantar plateias, e até esse momento, estou feliz assim.

      A resposta não passou veracidade a Skylar. Mordendo os lábios, a garota de Iowa se aproximou ainda mais de Nina, acariciou seu cabelo sempre macio e sedoso.

      — Pode parecer mentira, pode ser que você não acredite… Quem iria acreditar, nesse mundo cheio de falsidade, não é? De bailarinas querendo que uma colega melhor quebre os dois ossos da perna só para poder tomar o papel dela, de intrigas… Mas Nina, quero que você saiba que tenho muita afeição por você, tá? Se você quiser sair um dia, nem que seja para fazer compras no shopping ou comprar collants e sapatilhas, pode me chamar. 

      Os olhos de Nina subitamente perderam o ar de melancolia e adquiriram um brilho novo, de alegria. Esperança.

      Respondeu ao toque da colega em seu cabelo tocando a bochecha dela, dando um sorriso.

      As duas conversaram por quase uma hora sobre variados temas, desde o prosaico balé até bandas de rock e cantoras. Nina se soltou como poucas vezes Skylar a viu, contou coisas que a garota de Iowa nunca imaginou que ouviria dela um dia.

      Menos o que ela havia feito naquela noite em que conversaram por telefone e que definiu os rumos da nova temporada.

      — Meninas, vamos jantar? — Érica apareceu na porta com um pano no ombro.

      A refeição foi silenciosa e apenas Érica e Skylar comeram. O prato de Nina ficou praticamente intocado. Duas ou três colheradas foram tiradas do prato, e Skylar imaginou que assim que saísse, seriam atiradas no caso sanitário.

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