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Ato 18

      As bailarinas conversavam em total descontração sobre a audição da tarde anterior. Dois grupos estavam encostados na parede de blocos sem reboque, sendo que no primeiro grupo Verônica destilava sua arrogância por ter sido escolhida. De quando em vez, levantava o olhar e encontrava o de Nina, que abaixava a cabeça quando se via flagrada.

      — Por que ela está me olhando? — a moça de olhos puxados perguntou.

      — Deve estar com inveja de você — Galina opininou.

      Uma garota veio do fundo, correndo em direção ao escritório de Leroy e comunicando que os papéis tinham sido escolhidos. Curiosa, como todas as bailarinas, Skylar correu junto com as outras, surpreendendo-se por ver que não era Verônica quem dançaria como Rainha dos Cisnes.

      Era Nina!

      — Mas que palhaçada é essa? — Verônica ficou transtornada. Ela releu novamente para ter certeza se não estava lendo errado. Não havia erro algum. Nina Sayers, filha da bailarina de corpo de baile Érica Sayers e de pai desconhecido, era a nova primeira bailarina da companhia.

      Furiosa, a ponto de ter uma síncope, a morena de olhos puxados saiu empurrando quem estivesse em seu caminho e desapareceu.

      Nina então apareceu. Ao ler seu nome, seus olhos brilharam e um sorriso se desenhou em sua boca. Parecia não acreditar.

      — Parabéns, Nina — as garotas a abraçaram. — Você esteve linda.

      — Gostei da escolha — comentou uma solista que estava ao lado de Lily. A recém contratada franziu os lábios como quem diz: “nada mau”.

      Skylar não entendia como de um dia para o outro as coisas haviam tomado um desdobramento diferente. Todos tinham ido dormir ontem sabendo que Verônica tomaria o lugar de Maclntire. A escolha dela dividiu opiniões na companhia, embora não houvesse dúvida quanto seu talento. Agora, no início da manhã, Nina surgia como o novo nome, a mulher com a difícil missão de lotar novamente o teatro.

      Pelo visto, ela pensou, ninguém tem lugar cativo aqui. Ninguém está seguro.

      A moça de Iowa se distanciou das bailarinas que se acotovelavam para cumprimentar uma das mais queridas artistas da companhia, e cruzando os braços, andou até a sala onde estavam dispostas as barras para os exercícios.

      Ergueu a meia calça preta sobre o collant azul índigo, segurou uma das barras com a mão esquerda, desceu em pliés. 

      Não terminou a sequência de exercícios, intrigada de repente por uma conversa que tivera por telefone com Nina na noite do dia anterior, um pouco depois de ela descer correndo a escada do metrô.

      Duas horas após a escolha de Verônica como Rainha dos Cisnes:

      Skylar jogou sua mochila sobre o sofá ao chegar em casa e tomou um banho quente. Enquanto cozinhava o arroz no fogão e cortava o bacon na tábua de madeira, seu telefone tocou.

      Vendo o nome de Nina no visor, ficou admirada. Não eram amigas, embora tivesse dito a ela que podiam conversar caso Nina quisesse se abrir com alguém.

      — Nina?

      — Oi, Brooks, tudo bem?

      — Estou bem e você?

      — Mais ou menos. Acho que vou ficar bem logo, ainda estou um pouco triste por ter sido reprovada na audição.

      — Sobre isso — Skylar não sabia bem como continuar a conversa —, procure esquecer. Como o Troy sempre me fala: sua hora vai chegar. Sei que é chato a gente não ter aquilo o que quer, mas não há nada que você possa fazer agora.

      Nina silenciou um pouco e Skylar ouviu do outro lado da linha Érica perguntando a filha com quem Nina estava conversando.

      — Com ninguém, mãe! É só uma conhecida! — a voz de Nina soou alta.

      — Me desculpe, Brooks — Nina continuou. — Minha mãe não me dá um minuto de privacidade aqui em casa.

      — Não, tudo bem — Skylar coçou uma das têmporas. — Nina… por que você está me ligando?

      — É que no outro dia você me disse que se eu quisesse alguém com quem conversar, podia ligar para você.

      — Sim, eu me lembro e…

      — Brooks!... Quer dizer, Skylar… Você acha que tudo é válido para a gente alcançar um objetivo? Ou melhor, será que vale qualquer recurso para a gente ter o que quer?

      As palavras de Nina, ditas num tom apocalíptico e sombrio, fizeram os pelos  de Skylar se eriçarem sob as pesadas blusas de lã que usava.

      — Nem sempre — a namorada de Troy respondeu. — Eu não seria capaz de fazer nada que trouxesse prejuízo para a minha consciência ou que prejudicasse alguém. Os fins não podem justificar os meios.

      Um silêncio mortal se seguiu à resposta de Skylar.

      — Alô? Alô, Nina? — chamou com preocupação.

      — Mas, e se fosse o sonho de sua vida? Será que não valeria a pena assumir o risco?

      No mínimo era estranho que Nina tivesse ligado para Skylar, ainda mais para sustentar uma conversa que até ali não parecia fazer sentido.

      — Por Deus, Nina do que está falando?

      Um novo acesso de questionamentos do outro lado da linha, provindos da controladora Érica, fez a conversa se interromper.

      — Nina?

      — Obrigada por me ouvir, Skylar, mas preciso desligar. Minha mãe está insuportável e eu preciso sair um pouco. Só vou esperar ela dormir para sair e fazer uma coisa. Tchau.

      — Nina? Nina, alô? — mas a ligação já tinha sido encerrada.

      Uma súbita aflição se apossou de Skylar e ela não entendeu o significado da mensagem da colega. Mas ao invés de ficar na casa e se afligir com assuntos que não lhe diziam respeito, a moça pôs roupas quentes e pesadas e saiu para ir ao apartamento de Troy e Martin.

      Apoiando a perna horizontalmente na barra e mergulhando o corpo sobre ela, com os bailarinos entrando na sala aos poucos comentando sobre a escolha de Nina como estrela do balé, Skylar relembrou todos os momentos que vivera ali desde que chegara de Iowa. Nenhum dia lhe fora fácil. À todo momento sentia que uma hora afundaria num atoleiro se não seguisse as regras.

      Precisava se impor, se não quisesse ter o mesmo fim de Rebecca, demitida repentinamente quando parecia gozar de estabilidade no trabalho.

      Ontem ela havia respondido a Nina que não seria capaz de fazer nada que prejudicasse os outros em nome de um sonho pessoal. Até acreditara em suas palavras.

      Nina parecia agora uma adolescente que começa a fazer descobertas e cujo olhar brilha, fazendo com que todos a sua volta percebam a sua felicidade.

      — Foda-se o politicamente correto! — murmurou para si mesma. — As vezes vale a pena quebrar regras.

      — Nina — disse ao se aproximar dela —, parabéns por ter sido escolhida. Você merece mais que ninguém.

      Nina delineou seu sorriso encantador, aceitando o abraço que lhe era dado.

      — Obrigada, Brooks.

      — O que você fez para ele mudar de ideia? — Skylar pôs um leve tom cínico na pergunta. — Leroy parecia tão convicto com a outra.

      — Nada — Nina deu de ombros. — Absolutamente nada. Ele só viu que eu sou a melhor para dançar os dois cisnes.

      Que bela atriz!

      — E aquela nossa conversa ontem por telefone? Por que você me perguntou sobre aquelas coisas?

      — Por nada. Eu só queria conversar com alguém, e como você disse que se eu quisesse, então…

      — Claro — Skylar sorriu. — Não foi nada de mais.

      Sem nada dizer, voltou para seu lugar na barra, no exato instante em que Margareth e John entravam juntos.

      O pianista tocou o acorde inicial, a aula começou.





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