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Ato 12

— Onde estão minhas sapatilhas? — Rebecca se fez ouvir ao dar um grito que quase fez Verônica borrar a maquiagem em consequência do susto.

— Se você não souber, quem vai saber? — Hope pôs sua tiara tranquilamente, não deixando que o desespero da amiga a deixasse nervosa antes da tão aguardada – e iminente – apresentação do espetáculo.

— Alguém roubou minhas sapatilhas! — Rebecca andava de um lado para o outro. — Não acho em lugar algum!

— Por que alguém roubaria suas pontas? — Verônica girou a cadeira para encarar a colega que já tinha algumas lágrimas brotando dos olhos.

— Sei lá… Alguém deve sentir muita inveja de mim, não sei…!

Skylar entrou no camarim e estendeu uma sacola a amiga. Soltou um ar entediado, sentou-se entre Nina e Verônica.

— Onde você achou? — Rebecca perguntou depois de dar pulos feito uma criança.

— Achei no banheiro. Você deixou lá.

— Ah!

As bochechas de Rebecca ganharam um tom avermelhado devido a vergonha.

— Antes de acusar alguém de roubo, tenha mais cuidado com as suas coisas — Verônica a repreendeu com rispidez.

O burburinho preenchia o ambiente caótico, as bailarinas se trocavam rapidamente e atiravam tênis, calcinhas e camisetas a esmo. Algumas estavam nuas, vestindo as meias calças e amarrando os laços de cetim das sapatilhas.

Por estar acostumada desde tenra idade a essa profusão de peitos e bundas, Skylar não se sentia constrangida. Os homens, a grande maioria deles, eram gays e não tinham olhares ou intenções maliciosos.

Depois de caracterizada como cisne, ela se esgueirou até a coxia e espiou por uma fresta da grande cortina a atuação de seu namorado. A rainha-mãe havia acabado de presentear o príncipe Siegfried com um colar e exigido que ele se casasse com uma princesa.

David e os rapazes dançaram no salão de festa do palácio e a cortina se abaixou. A grande quantidade de expectadores era opressiva. Nenhuma cadeira estava livre. Skylar sentiu-se novamente uma garotinha de cinco anos de idade, começando na escolinha de balé do seu bairro e dançando pela primeira vez. A adrenalina era parecida, com a diferença que agora tinha maturidade para enfrentar seus medos.

Os bailarinos da corte saíram deixando David no palco. Troy correu em direção à namorada, segurou-lhe o queixo com uma das mãos e beijou sua boca.

— Merda — ele desejou.

— Obrigada.

Skylar se posicionou atrás da cortina com suas colegas. A música ficou mais forte. Então, a metamorfose aconteceu e moças lindas se transformaram em cisnes. Ao mesmo tempo que seus movimentos eram lindos e graciosos, carregavam Uma tristeza que sensibilizou os corações do público.

Um sorriso de manifesto orgulho pendia dos lábios de Thomas Leroy, sempre elegante em seu terno italiano. Suas meninas o emocionaram. Ele viu entrega total nas novatas, muito mais do que técnica. Beth arrancou gritos de bravo de todos os cantos do imenso auditório e assobios e foi aclamada como estrela.

Quando as cortinas se fecharam, as garotas correram para o camarim ainda vestidas de cisnes e se abraçaram em lágrimas, emocionadas e felizes.

— Foi lindo, foi lindo...! — Skylar sorriu, pulando com suas amigas, formando um círculo. A maquiagem de Jasmine borrou de tanto chorar; era a mais emocionada entre as meninas.

Margareth fez questão de cumprimentar cada uma das suas alunas e recebeu agradecimentos por ter-lhes proporcionado aquele momento. Elas reconheciam que nunca teriam dançado se a professora não tivesse trabalhado com ardor para que limitações técnicas fossem superadas.

— Eu só fui um canal — ela respondeu com humildade. — Uma ferramenta, que tirou de vocês o que não era vocês — continuou parafraseando Michelangelo, famoso artista da Renascença que esculpiu Pietà.

Recebendo um longo abraço de sua mestra, Skylar soluçou. Não conseguia dizer nada. Não sentia os pés no chão, ainda se sentia impactada pela entrega que mostrou diante daquelas centenas de pessoas.

— Brooks!

Um pequeno vinco surgiu na testa da moça ao ver Verônica vindo em sua direção.

— Parabéns. Você esteve muito bem hoje. Arrasou.

Oi?

— Obrigada — Skylar respondeu sem jeito, sem entender porque a bailarina mais arrogante da companhia a elogiava.

Sorrindo sem mostrar os dentes, Verônica deu um abraço na colega.

Será que tudo o que Skylar pensara de Verónica era exagero?

— Nós somos rivais, mas também somos colegas — as palavras sem emoção da moça de olhos puxados provocou um esclarecimento. 

Sem mais nada a dizer, Verônica saiu e Troy se aproximou. Usava uma camiseta azul por cima da calça justa que usou no primeiro ato do espetáculo. Abraçou a namorada, depositou um longo e apaixonado beijo em seus lábios, a carregou.

— Troy, aqui não — a moça protestou, embora estivesse gostando.

— Foda-se as regras. Já estamos de férias e agora não quero esconder de ninguém que estamos juntos.

O incômodo de se ver num momento afetuoso com o namorado se desfez em segundos quando Skylar viu que não eram notados. Mas querendo privacidade, os dois correram para um local mais reservado e livre de bailarinos. Quase esbarraram em dois rapazes que se beijavam e trocavam carícias, passaram por Leroy e Beth, que segurava o buquê de flores que toda primeira bailarina dança após o espetáculo.

O casal correu até sumir das vistas dos olhares curiosos.

— Parece que eles vão comemorar — Beth comentou.

— Sim.

— E não merecemos brindar também?

Leroy parou, fazendo Beth estacar também. O canto de sua boca entortou com um sorriso cínico. O diretor encostou seu corpo ao da bailarina e a pressionou contra a parede, amassando a saia tutu de Cisne Branco, e enquanto uma de suas mãos segurou o queixo dela, beijou-a longamente. 

A outra mão desceu pelo talhe delicado da mulher, encontrando seu sexo. Beth suspirou ao ter sua calcinha tirada de lado pelos dedos do diretor e ter sua vagina estimulada. Ela retesou o corpo para trás quando sentiu sua intimidade se molhando e disse o nome do diretor num sussurro.

— Você merece o mundo, minha princesinha — ele respondeu à pergunta. — Mas só mais tarde. Fique com água na boca até lá.

Deixando Beth sem compreender sua súbita indiferença e preocupado em cumprimentar e agradecer a todos os envolvidos no espetáculo, Leroy se distanciou da moça.

Não tinha dúvidas de que um novo ciclo estava se iniciando em sua vida profissional. E talvez pessoal.

A apresentação mostrou que algumas dançarinas podiam ir além. Ele não era idiota para se prender a conceitos. 

Esperou que Erica saísse de perto de Nina após lhe fazer um patético afago na cabeça e caminhou até a jovem. O figurino de cisne lhe caía bem.

— Nina!

A bailarina virou-se para o diretor e empinou o queixo em expectativa.

— Parabéns.

— Obrigada — a timidez da garota era o que mais encantava o diretor.

Estimulado pelo sorriso dela, Leroy tocou-lhe o rosto com o indicador.

— Você mostrou que pode transcender, que não é só uma garotinha frígida. Continue assim. E prometo que vou te usar mais na próxima temporada.

Nina semicerrou os lábios, o coração batendo de repente mais apressado.

Ela deu um pulo de alegria, dizendo um yes, vislumbrando a possibilidade de dar um vôo mais alto.

Um vôo que custaria que sua alma.



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