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Ato 11

— Aqui está — Troy ofereceu uma xícara a Skylar. Os olhos da jovem estavam vermelhos de tanto chorar por causa das ofensas que sofreu, mas ela se acalmou depois que o namorado a levou para a casa dele.

— Obrigada — ela tomou um gole e arregalou os olhos em estranhamento. — É café? Pensei que ia fazer um chá para me acalmar.

— Não é qualquer café — ele sorriu, sentando-se ao lado dela e enroscando os dedos nos cabelos da bailarina. — É o meu café, preparado com muito carinho para uma pessoa especial. Não é como aquele café aguado de cinco dólares que a gente compra nas carrocinhas dali da rua.

Skylar assentiu dando um meio sorriso, passou a ponta da língua nos lábios depois de dar o primeiro gole.

— Nossa, Troy — ela disse em admiração. — É delicioso.

— Não disse? Quando eu parar de dançar, ao invés de abrir uma escola de dança, vou abrir uma cafeteria. 

— Vai ganhar muito dinheiro. É o melhor café que eu provei. Quem te ensinou a fazer?

— Aprendi sozinho. Mas deu trabalho. Tentei durante uma semana. Um dia ficava amargo, noutro dia doce demais, noutro parecido com chá… Daí eu achei a quantidade certa de açúcar e pó, e anotei num caderno para não esquecer. Eu esqueço muito fácil das coisas.

Skylar tomou outro gole generoso, perdendo o olhar no líquido preto e fumegante, segurando a xícara com ambas as mãos.

— Eu é que queria esquecer o que aconteceu agora a pouco — murmurou com um fio de voz.

Troy afagou a cabeça da namorada, beijando-lhe e tocando-lhe a maçã do rosto.

— Não vale a pena pensar nisso. Era só um morador de rua em estado de demência, que não sabe o que fala.

— As palavras que ele usou, Troy… Me chamou de cadela do maligno, de invejosa...Invejosa, eu! 

— Claro que ele não te conhece, amor. Os xingamentos dele foram sem sentido, não tem porque guardar isso no coração. 

— Ele estragou meu dia. Putz, tinha sido um dia tão bom, fiz um ensaio perfeito e a gente estava voltando tão feliz… aí um louco aparece e me destrói na frente de todo mundo. Não é justo.

Skylar se considerava uma garota forte e não se abatia fácil por um revés. Mas os impropérios ditos pelo maltrapilho a seu bel-prazer não só causaram feridas no íntimo da garota, como a fizeram se sentir uma pessoa perversa. As palavras tem muito mais força do que pensamos.

— Dói, sabia? — ela lacrimejou, deitando a cabeça no colo do namorado.

O afago que o rapaz lhe fez no cabelo liso e castanho a fez se sentir protegida, seus olhos se fecharam.

— Esquece isso. Você é linda, uma bailarina foda e eu te amo. Não deixe um idiota tirar esse sorriso que eu adoro. 

Skylar assentiu, deixou que um suspiro fugisse por entre seus lábios.

Passou a noite na casa do namorado, mas não transaram, devido a falta de ânimo da jovem. Só conversaram como amigos, dividiram seus medos, anseios, riram um pouco até pegarem no sono e dormiram abraçados.

                            …

Skylar gostava de ser uma das primeiras a entrar na sala a fim de treinar pirouettes e saltos, e ultimamente não estava conseguindo chegar cedo. 

Ela chegou meia hora mais cedo naquele dia, trocando-se rapidamente no vestiário antes que as meninas chegassem.

A jovem se surpreendeu ao ouvir uma linda canção enquanto caminhava pelo corredor. A música vinha da sala. Ao entrar, viu Jasmine dançando um adágio e ficou maravilhada com a beleza dos movimentos de braços e pernas da loura.

Jasmine dava a impressão de fazer parte do ar quando se equilibrava na ponta do pé, que tinha um arco lindo.

Não. Jasmine era linda por inteiro. Os olhos azuis, tão doces, a boca levemente carnuda e o rosto simétrico chamavam a atenção de todos. Ela podia ser modelo, tão perfeita era.

A garota de Nebraska não fazia questão de se enturmar, mas não era esnobe, sempre oferecendo um sorriso quando entrava. Não era difícil simpatizar com ela, e com o tempo, talvez ela entrasse para a turma.

As bailarinas mais experientes ainda subestimavam seu talento. Achavam-na muito menininha, toda barbie. De qualquer forma, Leroy fora cativado por ela e tinha planos de um dia entregar à menina um papel importante.

Jasmine faria qualquer fada sentir um golpe em sua autoestima, por fazer aqueles movimentos tão lindos, tão leves. Lembrava Beth em alguns momentos. Por causa do frio, a garota usava um casaquinho cor de rosa sobre o collant preto e perneiras de lã que subiam até suas coxas. Ela terminou de dançar, dando um aceno simpático a Skylar.

— Eu fui bem? — parecia importante para a loura que a colega lhe desse um feedback positivo.

— Foi perfeito — Skylar respondeu com honestidade.

— Não vale mentir pra mim. Se não foi bom, prefiro que me fale a verdade.

— Por que eu não falaria a verdade, garota? Eu achei lindo, está muito bom, sim.

Jasmine agradeceu, passando o dedo no cabelo. O coque dela, preso por vários grampos e com uma redinha branca, não tinha um único fio fora do lugar, evidenciando um cuidado escrupuloso com sua aparência.

— Eu sempre gostei de adágios — ela confessou —, muito mais do que dos  allegros.

— Sério? Mas você executa tão bem os exercícios de batteries.

— Nem tanto. Eu costumo atrasar um pouco nos entrechat quatrès. A mestra de dança sempre pega no meu pé, é um saco.

— Não dá para ser boa em tudo, Jasmine. É balé, ou melhor, é dança. Tem sempre algo para ser corrigido. E quer saber? É isso que faz a dança valer a pena. A persistência, o esforço para superar nossos limites, a vontade de dar nosso  máximo para ser perfeita.

— Puxa, você fala igualzinho minha professora de baby class — Jasmine riu.

— É porque minha professora me ensinou assim. Ela era uma russa brava, séria, que colocava medo em todas nós só de apertar os olhos. Mas também era uma mestra de balé. Até os dez anos de idade eu não sabia girar uma única pirouette bem feita, e isso me deixava muito frustrada. Aí ela me deu uma atenção especial, me pedindo para focar nos fundamentos básicos para um giro perfeito, como distribuição de peso, um bom relevé com meia ponta alta e uma perna de passé também alta. Depois, marcação de cabeça e por último o giro. Então, de tanto treinar, peguei o jeito e me tornei a pirouetteira da turma. Mas tudo porque eu treinei muito esse movimento.

— Pirouettes e saltos sempre foram fáceis para mim — não havia modéstia nas palavras da menina. — As trocas de pernas no ar é que são complicadas. A música de repente parece que fica rápida e minha cabeça dá nó.

— Acho que você se preocupa muito em contar o tempo. Esquece disso e se deixa levar.

— Mas aí eu saio do compasso.

— Não. Não precisa disso tudo. O corpo sabe o que precisa fazer, é só se soltar. Aí tudo fica natural. Vai por mim.

Jasmine arqueou uma das sobrancelhas em dúvida, mas Skylar mostrou tanta convicção em sua tese que a garota de Nebraska pendeu a cabeça para o lado.

— Vou tentar — ela sorriu.

Skylar retribuiu ao sorriso e amarrou a saia cor de rosa e transparente, puxando para baixo a barra da blusa de moletom. As duas andaram até uma barra no centro e ficaram de frente para a outra, começando exercícios de aquecimento.

A articulação do pé da loura impressionou a moça de Iowa.

— Que arco de pé incrível — disse à meia voz.

— Normal — Jasmine riu.

Mas Skylar não pensava assim, conhecia de longe um bom pé de bailarina.

Invejosa, a voz do louco entrou em sua cabeça. Novamente ela se viu diante de seu ofensor da noite anterior, mas desta vez sem Troy ao seu lado para defendê-la.

Os batimentos do coração se lhe apressaram, a saliva secou em sua boca e ela se viu envolvida por sombras que agarraram suas pernas e rasgaram seu collant, profanando seu corpo a seguir.

— Skylar, está tudo bem?

A moça balançou a cabeça, olhou ao seu redor. Alguns bailarinos entravam, entre eles Rebecca.

— Está, sim — ela fugiu à preocupação do olhar de Jasmine. — Foi só uma tontura.


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