Capítulo 7 - Sam
Assim que abri a porta de casa uma cheiro de mofo invadiu meu nariz.Talvez não tenha sido muito inteligente deixar uma casa trancada sem nenhuma ventilação durante uma semana.
Tateei a parede até chegar ao interruptor de luz e acendi a lâmpada iluminando o local. Voltei alguns passos até o lado de fora e puxei com muito esforço a mala que Gabe deixou na varanda. Encostei-a no vão da porta e fui até o andar de cima para abrir as janelas e cortinas dos quartos. Fiz o mesmo no andar de baixo e depois fui a procura de uma vassoura para limpar toda aquela poeira que já me fazia espirrar.
Com todo o recurso que temos, mamãe insiste em não contratar empregados para cuidar de uma casa de dois andares, sete quartos, duas salas, cozinha, três salas de estar e um jardim enorme. Eu sou escravizada nesse lugar!
Depois de duas horas varrendo todo o chão, me joguei no sofá e dei graças à Deus por ter lavado os pratos antes de ir pra casa de Clara.
Depois de estar devidamente descansada fui até meu quarto levando a bendita mala parando degrau por degrau por conta do peso. Pensei até em abrir e levar peça por peça de roupa, mas iria gastar o mesmo tempo e cansar mais.
Desfiz a mala e troquei as cobertas da cama. Não iria arriscar dormir nas que já estavam lá.
Chequei a mensagem que mamãe havia me enviado com o horário que eles provavelmente chegariam e faltavam apenas trinta minutos.
Fui até a cozinha preparar uma pipoca de microondas para matar a fome.
O barulho do microondas sempre me assusta. Aquilo parece uma bomba relógio prestes a explodir, além de ser agudo demais.
Me sentei no sofá com a pipoca e uma lata de refrigerante e resolvi terminar a temporada de TW* que já estava atrasada.
Não demorou muito e ouvi o barulho da fechadura da porta.
Mudei rapidamente a Tv e me sentei de forma ereta no sofá como se fosse a coisa mais normal do mundo estar assistindo um programa jurídico comendo pipoca no fim de tarde.
— Filhota?! — Mamãe perguntou assim que entrou em casa, na tentativa de me localizar.
— Oi mãe! — Saltei do sofá e lhe dei um abraço. — Oi pai! — Fiz o mesmo com papai. — Como foi a viagem?
— Nunca mais entro em um navio na minha vida! — Ela disse arracando-me gargalhadas.
— Sua mãe passou a viagem inteira trancada no quarto com o colete salva-vidas vinte e quatro horas no corpo! — Papai falou da cozinha, onde tinha ido logo após deixar as malas na sala.
— Claro! Vai que eu afundava! A vida real não é igual ao Titanic — respondeu.
— Estava com saudades de vocês! — A abracei novamente me dando conta de que realmente estava com saudade deles.
— Também estávamos com muita saudades de você minha pequena! — Papai me esperava com os braços abertos na porta da cozinha. Corri até ele e me aninhei em seu abraço.
— Eu sei que você estava assistindo Teen Wolf mocinha. — ele sussurrou brincando comigo.
— Ah é? E quem vai provar? — sussurrei de volta entrando na brincadeira.
— A Netflix ainda está conectada — disse triunfante.
— Maldita tecnologia! — disse e rimos logo depois.
— Esse será nosso segredo! — ele sibilou de longe enquanto subia as escadas.
Balancei a cabeça em negação com um sorriso idiota no rosto.
Amo a minha família!
*Teen Wolf foi uma série de televisão americana desenvolvida por Jeff Davis para a MTV. A série é vagamente baseada no filme de 1985 de mesmo nome.
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