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Capítulo 18 - Clara

Eu estava nessa posição há horas. Meu corpo seguia o ritmo da minha mente e por mais que eu tentasse, não conseguia me mexer. Eu não estava chorando, muito menos desesperada. Eu somente estava impassível, encolhida no canto do quarto sentindo o frio gélido da madeira contra minha pele, minha mente não processava e meu corpo seguia seu ritmo.

O silêncio era tão grande que podia ouvir as batidas ritmadas do meu coração, tamborilando calmamente como se nada tivesse acontecido.

Como se eles não estivessem mortos.

Ouvi passos vagarosos se aproximarem e diminuírem consideravelmente até que três batidas me fizeram levantar a cabeça.

Não tinha força pra responder, muito menos para levantar dali, então permaneci quieta e calada olhando para porta, esperando sei lá quem ir embora e me deixar ali.

Três batidas novamente. Quem quer que seja está obstinado a não me deixar em paz.

- Clara? - Uma voz quase inaudível soou detrás da porta.

Samantha.

- Eu sei que você está aí. Só... Só me deixa entrar - pediu. - Se você não quiser, tudo bem. Eu vou embora. Clara?

- Pode entrar - sussurrei com a única força que encontrei.

A porta abriu devagar, se não conhecesse Samantha diria que ela estava com medo de entrar ali.

Seu olhar percorreu todo o quarto até bater em mim, sua expressão se transformou em... Compaixão?

Ela correu até mim e me abraçou. Meu corpo começou a tremer em reação ao choro descontrolado.

Talvez eu estivesse precisando de um abraço.

- Calma, calma - ela repetia enquanto passava as mãos em minhas costas. - Respire fundo e devagar Cla.

Acabei adormecendo ali mesmo.


- O que você veio fazer aqui, Samantha? - perguntei calmamente enquanto bebia o copo de água que Úrsula havia deixado pra mim.

- Eu sei que eu sou a última pessoa que você gostaria de ver aqui, Clara. Mas eu também sabia que você estaria precisando de alguém e sinceramente eu ainda continuo sendo sua amiga mesmo depois de você se afastar. Eu continuo aqui pro que der e vier, mas isso não significa que você pode me usar quando estiver precisando e depois descartar. Até porque eu queria saber onde está aquele seu namoradinho? Não deveria estar aqui? Te consolando em um momento como esse? Sinceramente Clara, eu gosto muito de você, mas parece que você não gosta de você mesma - ela despejou em cima de mim antes de sair do quarto.

Matheus está certo. Eu não tenho amigos. Samantha acabou de me provar isso. Como ela se diz minha amiga e me fala coisas desse tipo quando eu estou fragilizada a esse ponto? Antes ela me deixasse sozinha! Eu não pedi pra ela vir aqui.

Levantei no impulso e corri escada abaixo para alcançá-la, por sorte ela estava no jardim ainda.

- Samantha, espere aí! - falei e ela parou se virando em minha direção.

- O que foi?

- Você acha que vai vir até aqui, me falar todas essas coisas e ir embora? Eu esperava mais de você, Sam. Você diz que é minha amiga, mas fala esse monte de coisas no pior momento da minha vida! Eu não pedi pra você vir até aqui! Eu não te pedi nada!

- É justamente por isso Clara! Você nunca reconhece quando eu tento te ajudar. Chega! Eu cansei! Agora quem vai embora de vez sou eu mesmo. Mas antes, eu queria só saber qual o motivo de você me tratar assim. O que foi que eu fiz pra você? Hein, Clara? Me responde! - gritou.

- Sério que você vai se fazer de desentendida? Ora Samantha, o sarcasmo não combina com você! - respondi em tom de deboche.

- Eu não estou sendo sarcástica, Clara - disse com a expressão fechada enquanto cruzava os braços. - Por que me afastou? O que eu fiz ou sei lá o que aconteceu pra chegarmos a esse ponto?!

- Matheus me contou tudo o que você fez, Samantha! Não adianta tentar se fazer de desentendida.

- E que merda foi que eu fiz hein? Responde caramba! - falou se exaltando.

- Já que você não se lembra, vou te recordar. Naquela noite em que você estava aqui, Matheus me buscou de carro aqui em casa, foi coisa decidida em cima da hora mesmo. Ele me levou até uma sorveteria perto do Cafeteca, primeiro ele começou perguntando sobre nossa amizade e outras coisas, até que eu percebi que tinha algo que ele queria me falar e eu perguntei. Ainda não acredito que fiz aquela pergunta. - Ri em deboche. - Como você pode descer tanto seu nível, Samantha? Tentar beijar Matheus e ainda por cima dizer que eu não prestava pra ele?! Sinceramente, eu confiava em você, confiava até demais!

- E você fez isso tudo baseada em quê? Num romancezinho de escola? Decidiu acreditar num garoto que você havia acabado de conhecer? EU ESTIVE PRESENTE DURANTE 12 ANOS DA SUA VIDA! E você decidiu confiar em um garoto?! Eu que esperava mais de você, Clara. Parece que eu era a única a ter uma amizade entre nós.

Dizendo isso ela me deixou ali, parada no jardim olhando-a ir embora enquanto enxugava as lágrimas.

O que eu fiz com a minha vida nesses meses?

PLA tem playlist no spotify!!!!!! Pra você que gosta de ler ouvindo música. O link está no comentário aqui ao lado (Ou você pode procurar por "passa longe amor")➡

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