Capítulo 17 - Sam
Eu estava deitada no sofá da casa de Arthur com as pernas no encosto e a cabeça para fora do assento, enquanto Arthur estava na mesma posição no outro canto do sofá e Natasha estava literalmente deitada em cima de nós com a cabeça na minha barriga e os pés na de Arthur. Não existe pessoa mais folgada que ela. Isso é fato.
— Sam, vai na cozinha pegar um copo de água pra mim? — Natasha virou a cabeça em minha direção e eu desviei o olhar do celular.
— Ainda vejo duas pernas aí, Natasha — disse olhando para os pés dela.
— Hunf. Vocês não têm compaixão não né? — Ela levantou rapidamente fazendo com que Art soltasse um murmúrio pela força que ela botou em sua barriga.
— Vai buscar sua água logo criatura! — ele disse sem tirar os olhos da tela do celular.
Meu telefone vibrou e logo a notificação de uma mensagem apareceu na tela.
Gabe: Você sabe que eu não sou fofoqueiro, mas é que a situação foi realmente séria.
Sam: Que foi garoto?
Gabe: Os pais de Clara sofreram um acidente quando estavam vindo pra cá.
Gabe: Eles morreram Sam.
Gabe: O barco que trazia eles explodiu sem explicação. Clara tá muito mal e só você pode animar ela.
Sam: Você só esqueceu que ela não quer me ver.
Gabe: Você vai deixar mesmo que uma implicância daquele namoradinho dela te impeça de apoiar sua amiga no momento que ela mais precisa Samantha? Ou você é amiga dela ou não é! Você decide... Tá nas suas mãos, a minha parte eu já fiz.
Não tive como responder. Gabe sabe como confrontar as pessoas.
Clara precisa de mim. Eu cresci com ela, convivi com os pais dela, eles eram um casal apaixonado e que sempre faziam de tudo pra ver ela feliz.
Eu preciso ajudar a minha amiga. Mesmo que ela não queira.
Não sei quantas vezes já levantei a mão pra tocar a campainha da casa e desisti. Sim, eu tenho medo da reação de Clara. Não sei o que vai acontecer, não sei se ela me quer aqui, nesse momento.
— Se você não tocar essa maldita campainha eu vou tocar! — Gabe surgiu do meu lado me matando de susto.
— Eu já ia tocar senhor apressado — disse como se não estivesse desistindo de tocar a bendita campainha.
— Samantha, eu acho que ainda tenho dois olhos que enxergam muito bem e tenho certeza de que não vi você tocar essa porcaria — rebateu cruzando os braços na frente do corpo.
— Por que você é tão petulante? — perguntei sarcástica.
— Por que você ainda não tocou a campainha?
Gabe, eu te odeio.
— Samantha? Pensei que Clara não quisesse mais te ver! — Cora falou assim que desci as escadas.
— Bom dia pra você também, Cora. Pelo que eu saiba a minha vida não te diz respeito e muito menos o que eu faço ou deixo de fazer — respondi com um sorriso cínico.
— Só achei estranho você estar aqui. Nada demais aconteceu.
O quê?
— Nada demais, Cora?! Os seus tios estão MORTOS e você diz que não foi nada demais?
— Pessoas morrem, Samantha. Umas propositalmente e outras não — respondeu enquanto bebericava o café.
Algo está acontecendo. E não é nada bom.
N/A
E as coisas começam a esquentar...
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