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Capítulo 10 - Sam

— Clara? Por que essa agressividade toda com sua amiga? — Úrsula perguntou.

— Há, há, há! Faça-me rir Úrsula! Essa aí não merece nem a roupa que veste! — respondeu debochada.

— Eu não sou obrigada a ouvir isso! — murmurei e irritada coloquei minha mochila no ombro e sai sem ao menos olhar nos olhos de Clara.

Agradeci mentalmente por ninguém estar andando pelo jardim e corri o máximo que pude até passar do portão.

Eu não tinha mais controle algum sobre minhas lágrimas e tenho certeza de que se alguém me visse agora eu seria a definição completa de caos.

Eu só queria entender o motivo de tudo isso acontecer. Não é como se pudesse jogar uma amizade de anos pelo ralo sem uma explicação plausível pra isso.

Eu nunca fui de relevar ou "deixar passar" algo assim tão facilmente. Talvez seja um defeito ou até mesmo uma qualidade, mas eu simplesmente não me enquadro nessa parcela da humanidade que tem a capacidade de agir como se nada tivesse acontecido.

Eu sou uma pessoa de sentimentos e eu gosto de explorá-los até o último momento, pois assim, só assim, eu poderei ter a completa certeza de que eu tentei e de que eu não vou me arrepender de forma alguma.

Eu já me cansei de me privar de tantas coisas que talvez por isso eu viva assim, saboreando cada milésimo de segundo com a maior intensidade possível.

E talvez, só talvez, eu seja privilegiada por agir desse jeito e depois ter a oportunidade de dizer com todas as letras, sílabas, palavras e espaços: eu tentei e não me arrependo de nada.

Talvez esse seja o motivo de eu estar no banco da praça chorando sem motivo aparente enquanto as pessoas passam de um lado a outro sem perceber o que acontece.

Isso pode até soar clichê ou melancólico demais, mas para uma pessoa de muitos sentimentos, meia palavra é o suficiente para ativar o vulcão adormecido.

— Samantha? — Ouvi alguém chamar. A voz era conhecida, mas eu não tinha ânimo para sequer levantar minha cabeça dentre os joelhos.

Eu estava sentada nessa posição há muito tempo. Não sei quanto ao certo, mas sei que foi o suficiente para ficar com uma dor terrível no pescoço.

— Hum — murmurei em resposta. Eu definitivamente não estava a fim de papo.

— O que houve Sam? — perguntou.

— Nada — respondi baixo.

— Olha só! Eu não vou sair daqui até você levantar daí e parar de passar mico em plena praça pública. Samantha! Você está parecendo aqueles bêbados que vivem nesses bancos! Não necessariamente nesses, já que estamos em um condomínio fechado, mas...ah! Você me entendeu! Agora levanta daí e engole esse choro! — E então, ela abruptamente me puxou e meus olhos arderam pelo contato com o sol.

— Natasha? — perguntei ainda tentando enxergar.

— Não! O Papai Noel! — respondeu revirando os olhos, ou algo parecido, não posso confiar na minha visão. — Anda vamos! Levanta logo daí!

— Ai! Me deixa sofrer em paz com meu banco de praça! Ele sim é meu amigo de verdade! Ele sim me dá valor! Não é meu amigo?! — respondi abraçando o banco.

— Ai Senhor! Dai-me paciência pra aturar essa criatura! — disse levantando as mãos. — Você bebeu por acaso?

— Não! Mas eu me embriaguei com minhas próprias lágrimas de dor e sofrimento!

— O sol deve estar te fazendo mal mesmo! Vamos antes que você comece a cantar aqui no meio da praça!

— Agradeça por seu quadro não ter agravado e não se exponha mais por tanto tempo ao sol. — Dr.Silvera falou guardando seus equipamentos.

Depois de Natasha conseguir me desgrudar do banco eu comecei a cantar músicas sem sentido até sentir minha perna doer e me sentir cansada demais de repente. Ela percebeu que eu não estava bem, me levou até minha casa e ligou para um médico conhecido que chegou em poucos minutos.

Aparentemente eu passei muito tempo exposta ao sol sem me hidratar corretamente e por isso tive um início de insolação. Se demorasse mais um pouco seria bem pior. Porém, Graças a Deus Natasha apareceu antes disso.

O médico fez um banho de gelo e eu sinceramente quase desisti quando vi aquela banheira cheia de água e gelo, mas era isso ou ter que me enrolar em um monte de cobertores térmicos e ter blocos de gelo em várias partes do meu corpo.

Se era pra ser doloroso que fosse de uma vez só.

Depois de tudo me senti mais cansada do que antes, mas claro que minha mãe não me deixaria dormir até saber de tudo. Não sei se foi recomendação do médico ou por livre e espontânea vontade, mas ela estava mesmo destinada a não me deixar dormir.

Contei tudo que aconteceu e depois fui comer um pouco, já que não comi nada desde que saí da casa de Clara mais cedo.

Natasha foi embora um pouco depois do médico, assim que garanti que estava bem o suficiente para não me agarrar em bancos aleatórios.

Com tudo que aconteceu hoje eu só quero mesmo é descansar e aproveitar que amanhã não acordarei cedo pra ir ao colégio. Ao menos uma coisa boa aconteceu.

Até terça <3

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