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Capítulo 8: Um sonho impossível? - Parte 1

Data de publicação: 20/01/2024
Palavras: 5.685

Virtus permanecia nas sombras, observando o imperador Re com um misto de fascínio e inquietação. A despeito da idade avançada de seu mestre, as marcas do tempo não se manifestavam em rugas, mas sim na aura sutil de sabedoria que pairava ao seu redor. Era como se Virtus testemunhasse o vigor de uma alma antiga que transcende as limitações do corpo, enquanto seu pai e mentor se encontrava à beira do inexorável destino.

Observando seu mestre, virtus lamentava:

"Nas teias do tempo, um celestial ancestral renasceu, dotado de poderes estelares que ecoam por eras. Sem memórias, ele trilha o caminho incerto da existência, sem saber que a luz que emana dele também é a sombra que o consome."

A melancolia de Virtus pesava como uma sombra escura sobre sua alma, impondo uma paralisia emocional que o impedia de agir para socorrer seu mestre à beira do abismo. Esse abismo não era apenas físico, mas uma metáfora de uma crise que transcendia o palpável.

Nas entranhas do desespero, Virtus desencadeou um poema impregnado de tristeza e impotência. As palavras, como lágrimas da sua própria angústia, fluíam em versos intricados que ecoavam nas paredes da sua alma atormentada. Cada estrofe era um grito silencioso, uma tentativa desesperada de dar voz à dor que o envolvia.

"Nos grilhões da inação, Virtus se debate,
Um espectador cativo, à beira do lamento.
Mestre agoniza, o peso do destino a esmagar,
Mas minhas mãos, como prisioneiras, não podem aliviar."

O poema tornou-se o eco melancólico da impotência de Virtus, uma tentativa desesperada de expressar o inexprimível. Cada palavra, como uma gota de chuva em um dilúvio emocional, procurava traduzir a complexidade do conflito interno que assolava o titã de virtude diante da incapacidade de agir para salvar aquele que o guiara.

No despertar de estrelas há muito adormecidas,
Um celestial ancestral renasce, nas eras perdidas.
Em seu ser, poderes cósmicos dançam, vibrantes,
Mas nas sombras da amnésia, ele caminha hesitante.

O tempo tece fios de esquecimento profundo,
Memórias perdidas, como estrelas sem segundo.
Seu corpo humano, envolto em poderes supremos,
Ignora a verdade que se esconde nos extremos.

No vórtice da existência, ele se debate, perdido,
A luz que irradia é também seu próprio gemido.
Em cada feixe de poder, um eco de agonia,
Pois, na amnésia, a morte sutil o guia.

Caminha o celestial, alheio ao seu tormento,
Desconhecendo que o que dá vida também é seu lamento.
Poderes extremos, como chamas que consomem,
Um renascimento trágico, onde a morte o consome.

Que as estrelas testemunhem sua jornada incerta,
O celestial ancestral, na dança da própria descoberta.
Na perda de memórias, uma tragédia escrita nas constelações,
Um ser estelar perdido nas tramas das eras e das paixões.

Virtus, um Titã imponente, personificação viva da própria virtude, viu-se envolvido em um paradoxo perturbador. Contrariando sua própria essência, começou a quebrar as regras sagradas que ele, por tanto tempo, personificou como a própria encarnação da virtude. Nesse dilema, as fundações de seu ser tremiam, enquanto a sombra da contradição se projetava sobre o ícone outrora inabalável da retidão.

- Vim para proteger e assegurar o renascimento do meu mestre, mas vejo-o inadvertidamente dilapidando seu próprio corpo. Estou em uma encruzilhada, sem saber como agir; ele pairou no limiar do descontrole.

Vírtus mergulhava em uma melancolia profunda, questionando não apenas suas decisões, mas também a própria razão de sua existência, uma sombra perigosa pairando sobre ele. Sua mente era um turbilhão de inquietação, um campo de batalha onde a autodestruição ameaçava.

Em meio ao silêncio sufocante, uma voz suave ecoou, ressoando como o lamento de uma alma atormentada. - Dói profundamente, não é mesmo? Possuir tanto poder e ainda assim sentir-se incapaz de agir. Meu pai, ele foi o ser mais triste que já conheci. Tinha um poder avassalador, mas era prisioneiro da própria inércia, assim como você, Vírtus.

A presença desconhecida mergulhava nas profundezas da mente de Vírtus, revelando uma compreensão íntima de suas angústias. Ele se assustava, pois ninguém jamais conseguira penetrar seus pensamentos, nem mesmo seu mestre. Vírtus, um ser imprevisível tanto fisicamente quanto mentalmente, sentia-se vulnerável diante dessa invasão. A voz, suave e gentil, desprovida de hostilidade, respondia à perplexidade de Vírtus:

- Como consigo entrar em sua mente? Em todos os anos de sua vida, ninguém conseguiu! Além de sua irmã morta.

A voz persistia na intriga, questionando o nome da irmã de Vírtus. Com um olhar carregado de tristeza, Vírtus revelava o nome que ecoava em suas lembranças dolorosas:

- Penélope, a mais jovem entre meus irmãos.

A voz misteriosa persistia em provocar Virtus, suas palavras ecoando como sombras densas:

- Você permanecerá inerte? Observará seu mestre, seu pai, definhar até a morte em um corpo humano, desfeito pela guerra. Se ele perecer nessa condição, sua alma seguirá o mesmo destino. Esta é a última ressurreição dele, incapaz de retornar dos mortos, de reconstruir corpo e alma como outrora. Seu poder agora é uma sombra do que foi. Você, Virtus, personificação da própria virtude, como pode apenas observar seu pai e não agir? Nada impede que você busque a ajuda de seus irmãos. Enquanto você se lamenta, o tempo escorre como areia pelos dedos, levando consigo o sonho de seu mestre.

Em um momento, Virtus, o guardião cujo poder emanava da virtude, sentiu a pulsante essência das virtudes que o definiam. Virtus sussurrou com determinação:

- A hora de reunir a família chegou; minha nova missão é buscar meus irmãos, e um deles já foi encontrado.

Desde o início da misteriosa conversa, Virtus analisava a voz, recordando-se da entidade. A memória da voz era nítida, mas ele hesitava, consciente da importância em escolher um guardião para proteger seu mestre, o Celestial renascido, Re.

- Minha irmã, você pode proteger nosso pai enquanto busco nossos irmãos?

A voz misteriosa revelou fragilidade em seu tom, envergonhada.

- Nana... não, não sou sua irmã. Deve estar me confundindo com Penélope. Não sou ela...

Antes que pudesse continuar, Virtus interrompeu.

- Penélope, sua discrição nunca foi sua virtude, tampouco a atuação. Fico feliz que esteja viva após a guerra dos lamentos, embora muitos tenham se perdido, principalmente você.

Penélope, filha do primeiro imperador do poder, a mais jovem e atrapalhada, tornara-se a guardiã do Celestial renascido.

- Minha volta teve um preço alto, meu irmão. Recuperei meu corpo, mas estou sem energia para defender nosso pai. Pode transferir uma parte de sua energia?

Sem hesitar, Virtus compartilhou generosamente mais do que um pouco de energia, transferindo 90%. Penélope, surpresa e temerosa por seu irmão, expressou sua preocupação.

Penélope, ao ouvir a oferta de Virtus, revelou sua preocupação com uma voz trêmula e ansiosa.

- Virtus, meu irmão, temo que ao compartilhar tamanha porção de sua energia, você possa sofrer consequências. Eu não desejo que se machuque por minha causa. Será que suportará essa carga?

Virtus, com serenidade, respondeu à apreensão de Penélope.

- Não se preocupe, irmã. Mi Ryate e eu temos um vínculo de alma agora, ela é uma extensão de mim. Juntos, somos mais fortes. Esta decisão é necessária para proteger nosso pai e manter o equilíbrio contra a ameaça que paira sobre nós. Confie em mim.

Penélope, ainda incerta, aceitou as palavras de seu irmão, mas uma sombra de preocupação persistiu em sua voz quando respondeu:

- Espero que esteja certo, Virtus. Prometo honrar a confiança depositada em mim. Farei o meu melhor para proteger nosso pai, mesmo que a responsabilidade me pese como uma armadura.

Penélope, com tristeza na voz, respondeu serenamente a Virtus:

- Não sou forte o suficiente, mesmo com sua energia. Não consigo proteger ninguém.

Virtus, em tom suave, advertiu Penélope.

- Sua força transcende o que conhecemos. Você é, única, a mais fraca entre nós, mas seu poder é incomparável. Você tem mais capacidade do que imagina. Até a próxima, minha irmãzinha...

Virtus desvaneceu-se nas sombras, um sorriso dissimulado oculto sob seu elmo, confiando a Penélope a intrigante responsabilidade de proteger aquele que detém um poder misterioso, o único guerreiro suspeitamente capaz de enfrentar a entidade malévola que ameaça desencadear o desconhecido sobre a existência dos universos. O que torna este guerreiro único permanece oculto nas dobras do enigma, e somente através de seus segredos poderá desvendar o destino entrelaçado dos cosmos.

A ascensão de Penélope ao papel de guardiã desencadeou uma cerimônia ancestral, ecoando nas alturas de uma montanha majestosa no vasto mundo de Eldarya. Ali, em meio à dança sutil entre sombras e luz, o renascimento dela começou, uma ressurreição que transcenderia a própria essência da vida.

Sobre o topo da montanha, um espetáculo de metamorfose tomou forma, como se a realidade se curvasse à vontade de Penélope. Uma fusão de sombra e luz, em movimento circular como um líquido etéreo, esculpiu meticulosamente um esqueleto humano. Cada osso, desde o calcâneo até as delicadas costelas e o crânio, emergiu na perfeição de sua forma, como uma coreografia orquestrada pela própria essência de Eldarya.

No epicentro dessa dança cósmica, um coração vermelho, vivaz e pulsante, surgiu como o maestro de uma sinfonia biológica. De suas pulsações, as veias se estenderam como rios sanguíneos, dando origem à carne e aos músculos que começaram a moldar o corpo. A pele, suave como a promessa de um novo começo, envolveu o corpo feminino recém-recriado, refletindo a luz do sol que se derramava sobre aquele cenário celestial.

Enquanto os cabelos de Penélope começaram a formar-se, a luz solar que antes dominava o firmamento começou a desaparecer, um crepúsculo se estendendo sobre Eldarya. A transformação era tão imponente que até o céu curvou-se à grandiosidade desse renascimento.

Os olhos de Penélope, agora profundos e negros como o ébano, espelhavam mais do que apenas a anatomia recém-criada. Eles carregavam consigo a tristeza ancestral, um lamento entrelaçado com a essência de tudo o que era vivo. Naquele olhar, residia a narrativa de uma guardiã que renascia não apenas fisicamente, mas também emocionalmente, carregando o peso da responsabilidade que a vida havia confiado a ela.

Assim, sobre a montanha sagrada de Eldarya, a nova guardiã emergiu, seu renascimento marcando não apenas o início de uma missão divina, mas também o ressurgimento de uma força que desafiaria os próprios destinos entrelaçados dos mundos conhecidos.

Penélope, agora revigorada pela completa reconstrução de seu corpo, embarcou em uma jornada imponente em direção à majestosa capital do reino mais próximo. Cada passo ressoava com a determinação renovada que pulsava em seu ser, como se a própria essência da transformação conduzisse seu caminho.

Ao se mover pelas terras que se estendiam diante dela, a nova Penélope exibia uma aura revitalizada, cada fibra de seu ser uma sinfonia de renascimento. Seu destino convergia para a capital, onde as torres elevadas e os muros imponentes testemunhariam a chegada da guardiã recém-emergida, envolta na luz da renovação e imbuída da responsabilidade divina que carregava.

O sol, ao lançar seus raios sobre ela, parecia bendizer essa caminhada, destacando os contornos de sua figura imortalizada por uma nova força. Cada detalhe do cenário ao redor respondia à presença de Penélope, como se a própria natureza reconhecesse a magnitude da transformação que acontecera.

Cada passo que Penélope ousava dar pela densa floresta ecoava como uma sinfonia peculiar de vida e morte, uma coreografia onde a natureza se tornava o palco de uma manifestação mágica. À medida que seus pés tocavam o solo, as árvores estremeciam com uma vitalidade rejuvenescida, suas folhas dançavam em resposta à energia revitalizante que fluía de Penélope.

As flores, antes adormecidas, desabrochavam com cores vivas e aromas intoxicantes, como se estivessem ansiosas para revelar sua beleza ao mundo sob a influência encantadora da guardiã. Pássaros entoavam melodias melodiosas, e animais pacíficos emanavam uma aura de tranquilidade que ecoava pela floresta.

No entanto, a dualidade da presença de Penélope se revelava de maneira ainda mais impactante quando se tratava dos monstros que habitavam a região. Goblins, cães do inferno e cobras de chifre, criaturas que outrora exibiam uma ferocidade desmedida, agora experimentavam uma transformação inusitada. Suas vitalidades e energias eram drenadas, deixando para trás uma sombra de tristeza, lamento, angústia, desprezo, fragilidade e insegurança. A hostilidade que antes dominava essas criaturas foi substituída por uma aura carregada de emoções negativas, como se a presença de Penélope desencadeasse uma metamorfose no cerne de suas existências.

O cenário que se desdobrava era tão extraordinário quanto misterioso. Penélope, uma força da natureza, era uma agente de mudança que alterava o equilíbrio entre a vida e a morte na floresta. A sua presença, tão incomum quanto fascinante, conferia à paisagem um tom de encanto e mistério, onde cada passo dela se tornava uma marca indelével na tessitura mágica do ambiente ao seu redor.

Penélope, envolta pela mágica transformadora que emanava dela, caminhava nua pela floresta. Cada passo deixava uma impressão etérea no solo, enquanto a energia que fluía de seu corpo nu parecia criar um rastro de encanto e mistério. As árvores se inclinavam delicadamente, como se curvassem diante da presença divina da guardiã.

Sob o manto da floresta, Penélope decidiu forjar seu vestido. Num gesto digno de uma feiticeira, ela ergueu as mãos, convocando as sombras dos monstros que haviam perdido sua vitalidade. As sombras se contorceram e dançaram ao seu comando, formando um vestido simples, mas extraordinariamente elegante, que se moldava à sua figura esbelta.

Cada fio de sombra se entrelaçava, criando um padrão de teias etéreas que envolviam o corpo de Penélope. O vestido negro, tingido pela essência das criaturas que habitavam a floresta, parecia pulsar com uma energia própria. Era uma manifestação da dualidade da natureza que cercava Penélope, um reflexo do poder que ela detinha sobre vida e morte.

Enquanto trabalhava com as sombras, Penélope entoava palavras antigas, uma melodia ancestral que reverberava pela floresta. Seus olhos negros, profundos como a noite, emanavam determinação e uma sabedoria milenar enquanto moldava o vestido. Ela falava com as sombras como se fossem aliadas, ali para servi-la em sua jornada.

Enquanto isso, rumores da presença nua de Penélope na floresta se espalharam entre os guerreiros que patrulhavam a região. Alguns, corajosos o suficiente para se aproximar, ficaram divididos entre o medo e a fascinação diante da visão extraordinária. Diálogos sussurrados preenchiam a folhagem, revelando a ambiguidade de emoções entre aqueles que testemunhavam a guardiã em sua forma crua.

- Você viu aquela mulher na floresta? Nua!

- Sim, mas fiquei com medo de me aproximar. Senti uma energia estranha vindo dela.

- Ela criou um vestido com sombras... nunca vi nada igual.

- É incrível, mas ao mesmo tempo assustador. Você acha que é seguro nos aproximarmos?

- Não sei, mas há algo nela que me intriga. Uma beleza selvagem e uma força indomável.

Essa dualidade de medo e atração envolvia a floresta, enquanto Penélope, agora envolta em seu vestido de sombras, continuava sua jornada, uma presença mística que deixava uma marca indelével naqueles que ousavam cruzar seu caminho.

Enquanto Penélope se aventurava pela floresta, o murmúrio sobre a visão única que ela proporcionara se espalhava como fogo entre os habitantes do reino. Curiosidade e especulação pairavam no ar, como se a própria natureza da guardiã intrigasse a alma daqueles que testemunhavam sua passagem.

- Você viu aquela mulher com o vestido de sombras? É como se ela controlasse a própria essência da floresta.

- Não sei se é seguro seguir alguém tão poderoso. Mas é impossível não ficar fascinado.

À medida que Penélope avançava, alguns indivíduos, atraídos pela aura enigmática que ela emanava, começaram a seguir seus passos furtivamente. Entre sombras e murmúrios, esses curiosos seguidores se tornavam testemunhas silenciosas da jornada da guardiã, sentindo a pulsante energia que ela deixava em seu rastro.

- Devemos segui-la? É como se estivéssemos diante de algo sobrenatural.

- Não podemos perder essa chance. Quem sabe o que ela é capaz de fazer? Talvez possamos aprender algo com ela.

Enquanto o séquito silencioso se formava, Penélope, alheia à presença deles, continuava sua caminhada decidida. Seu destino se desdobrava à medida que ela se aproximava dos imponentes portões da capital mais próxima, onde a magnitude de sua chegada não passaria despercebida.

Ao atingir os muros da cidade, um pequeno exército, despertado pelos rumores de uma guardiã misteriosa, aguardava com uma mistura de apreensão e admiração. Os soldados, posicionados como uma barreira humana, observavam em silêncio enquanto Penélope se aproximava.

- Quem é ela? Uma feiticeira? Uma deusa enviada para nos proteger?

- Não sei, mas nunca vi alguém com tanto poder. Cuidado, ela é imprevisível.

Penélope, envolta pelo vestido de sombras que dançava sutilmente ao seu redor, enfrentou o pequeno exército com uma calma sobrenatural. Seus olhos profundos encontraram os dos soldados, e um silêncio tenso pairou no ar.

- Quem ousa desafiar os portões da capital?

Um comandante, corajoso o suficiente para falar, quebrou o silêncio.

Penélope, com uma voz serena carregada de mistério, respondeu: "Não busco desafiar, mas sim proteger. Meu nome é Penélope, guardiã da vida e da morte. Estou aqui para cumprir um destino que transcende os limites desta floresta. Abrirei caminho para onde a magia e o desconhecido se entrelaçam. Estão prontos para seguir-me?"

O pequeno exército, que guardava os imponentes portões da capital, encarou Penélope com uma mistura de desconfiança e determinação. O comandante, ao ouvir as palavras da guardiã, franzia a testa, enrijecendo sua postura, enquanto os soldados ao seu redor mantinham as mãos firmes em suas armas.

- Uma guardiã da vida e da morte? Isso é algum tipo de brincadeira? Não permitiremos que estranhos adentrem nossa capital sem justificação.

Os soldados, fortalecidos pela lealdade à sua cidade, recusaram-se a seguir Penélope, interpretando sua presença como uma ameaça. Determinados, ergueram lanças e escudos, ameaçando atacar a guardiã que desafiava seus princípios de segurança.

Contudo, Penélope reagiu de maneira intrigante. Sem pronunciar uma única palavra, ela começou a caminhar em direção ao centro da capital. Seu vestido de sombras flutuava ao redor dela, como se dançasse em sintonia com sua passagem, uma manifestação de poder que transcendia a compreensão dos soldados.

- O que ela está fazendo? Deveríamos atacá-la agora, antes que seja tarde demais!

Os soldados, embora se sentissem ameaçados pela presença enigmática de Penélope, hesitavam em agir contra ela. A coragem que inicialmente os impulsionara se transformou em insegurança diante da aura sobrenatural que ela emanava.

Penélope, com uma tranquilidade impenetrável, cruzou os portões da capital sem nenhum soldado ousar atacá-la. O silêncio pairava enquanto ela avançava, os soldados ficaram paralisados pela ambiguidade de seus sentimentos, uma mistura de medo e desorientação.

- Por que não a atacamos? Ela poderia ser uma ameaça real!

- Eu não sei, algo sobre ela... é como se a própria natureza a protegesse. Não consigo tirar a espada.

Os murmúrios entre os soldados revelavam uma confusão profunda. Penélope, agora dentro da capital, continuava sua jornada misteriosa, deixando para trás um pequeno exército desorientado e inseguro, que ousou questionar se tinham feito a escolha certa ao não desafiar a guardiã que caminhava entre sombras e mistérios.

Penélope, agora dentro das muralhas da capital, caminhava pelas ruas com uma elegância sobrenatural. Seu vestido de sombras se movia como uma extensão de sua vontade, envolvendo-a em um halo misterioso que capturava a atenção de todos ao seu redor. À medida que ela avançava, os murmúrios se espalhavam como fumaça, ecoando o fascínio e a incerteza que pairavam sobre a cidade.

- Quem é essa mulher?

- É a guardiã da vida e da morte, Penélope. Ela atravessou nossos portões sem ser detida!

- Você viu o que ela fez com as sombras? Nunca vi nada assim!

As pessoas nas ruas, inicialmente surpresas e confusas, começaram a se perguntar se os poderes de Penélope poderiam realizar o impossível. Uma onda de expectativa e sonhos outrora considerados inatingíveis se espalhou pela multidão. As mentes daqueles que a observavam começaram a dançar com possibilidades antes consideradas absurdas.

- Será que ela pode trazer os mortos de volta à vida?

- Talvez ela possa curar qualquer doença. Imagine viver em um mundo sem dor!

Os sonhos, alimentados pela presença enigmática de Penélope, tornaram-se tão palpáveis quanto a própria sombra que a envolvia. As pessoas, deslumbradas por possibilidades antes inimagináveis, começaram a seguir Penélope pelas ruas estreitas da cidade. Uma fila de curiosos, ansiosos por testemunhar os limites dos poderes da guardiã, formou-se à medida que ela avançava.

- Você acha que ela pode realizar desejos? Talvez eu possa recuperar o que perdi...

- Se ela pode controlar sombras, será que pode moldar a realidade à nossa vontade?

Enquanto a multidão crescia, as mentes das pessoas se enchiam de aspirações antes relegadas ao reino do impossível. A presença de Penélope não só despertou admiração, mas também acendeu a chama da esperança em corações antes céticos.

- Vamos segui-la. Quem sabe o que ela pode nos proporcionar? Um novo começo, talvez?

Atrás de Penélope, uma procissão de sonhadores se formou, ansiosa para testemunhar o que a guardiã da vida e da morte poderia trazer a uma cidade que agora se via envolta em expectativa e possibilidades antes consideradas inalcançáveis.

Enquanto ela se aproximava da capital, o coração da civilização, o eco de sua jornada reverberava pelas ruas, provocando curiosidade e respeito. Sua entrada na cidade não era apenas uma visita; era uma chegada triunfante, uma manifestação viva de sua nova missão como guardiã.

A capital, com suas praças movimentadas, mercados pulsantes e muralhas que testemunharam eras de história, aguardava a chegada de Penélope como se fosse a protagonista de um antigo mito reescrito. A cidade murmurava em antecipação, os ventos carregando a notícia de uma guardiã renascida, cujo propósito transcendia as fronteiras do ordinário.

Enquanto a multidão a seguia pelas ruas da cidade, Penélope sentia os olhares curiosos e as murmurações que ecoavam ao seu redor. Ela percebeu a sede de possibilidades e anseios nos corações daqueles que a observavam com uma mistura de fascínio e esperança.

- Qual é o nome deste reino? - Penélope perguntou a um dos cidadãos que caminhava ao seu lado.

- Este é o Reino de Valoria, governado pela poderosa Rainha Elara. - respondeu o homem, surpreso pela inesperada interação com a guardiã.

Penélope refletiu sobre o nome, deixando-o dançar em sua mente como sombras em movimento. Ela continuou sua caminhada, agora consciente do ambiente ao seu redor.

- Parece que Valoria abriga mais do que eu imaginava. E a Rainha Elara, como ela é?

Outra pessoa, ouvindo a pergunta, se aproximou, ansiosa para compartilhar informações sobre a governante daquele reino.

- A Rainha Elara é uma líder sábia e justa. Seus súditos a admiram por sua sabedoria e pela prosperidade que trouxe ao nosso reino.

Penélope acenou em agradecimento, mergulhando nos pensamentos enquanto a procissão de seguidores continuava a crescer. Ela se deparou com uma encruzilhada na cidade e, ao escolher um caminho, seu vestido de sombras ondulou como se respondesse a uma energia invisível.

- A Rainha Elara, governante de Valoria. Será que ela também sentiu a perturbação nos tecidos do destino que me trouxe aqui?

A multidão, agora formada por uma mistura de curiosos e sonhadores, aguardava ansiosamente a próxima revelação da guardiã. Enquanto Penélope avançava, os murmúrios sobre o propósito de sua visita se espalhavam pela cidade, alimentando a chama da especulação e da esperança.

Os aldeões, agora reunidos ao redor de Penélope, começaram a questionar a guardiã sobre o motivo de sua presença pacífica na cidade. As vozes curiosas ecoavam, criando uma sinfonia de perguntas no ar.

- Por que não ataca nossa cidade, guardiã?

- Se tem tanto poder, por que não nos submete?

Penélope, envolta em sua aura misteriosa, olhou para os rostos ansiosos que a cercavam. Sua resposta, proferida com uma calma inabalável, cortou o murmúrio crescente.

- Não venho como uma ameaça. Atacar esta cidade seria desnecessário. Meu propósito aqui é outro.

As palavras de Penélope ecoaram como uma brisa tranquila, dissipando a tensão que começava a se formar entre os aldeões. Uma mistura de alívio e surpresa estampou os rostos daqueles que aguardavam uma explicação.

- Então, o que você quer de nós?

- Seu propósito é bom ou somos apenas peões em seu jogo?

Penélope, com uma serenidade profunda, respondeu às perguntas com uma clareza que desarmava qualquer suspeita.

- Não sou uma jogadora de jogos, nem vim impor minha vontade sobre vocês. Estou aqui para entender, para observar. O tecido da realidade está intrincado, e eu sinto que há algo aqui que requer minha atenção.

Os aldeões, inicialmente céticos, começaram a absorver as palavras de Penélope. A atmosfera de desconfiança deu lugar a uma cautelosa aceitação. Enquanto ela continuava a caminhar pela cidade, os murmúrios evoluíram de inquietação para uma expectativa contida. Aguardavam para descobrir qual seria o papel deles nessa narrativa que parecia transcender sua compreensão.

Enquanto Penélope desfilava pelas ruas majestosas de Valoria, um dos leais soldados de Elara veio correndo pelos corredores do imponente castelo. Seus passos ecoaram nas paredes de pedra enquanto ele subia apressadamente as escadas, ansioso para relatar à rainha sobre a misteriosa mulher cujo nome era sussurrado como um segredo nas esquinas da cidade.

O soldado, com a respiração acelerada, proferiu palavras carregadas de urgência, descrevendo os murmúrios crescentes que envolviam Penélope. Elara, postada diante da janela que proporcionava uma visão privilegiada do tumulto lá fora, absorveu cada detalhe com aguçada curiosidade. Enquanto o povo seguia Penélope pelas ruas, a rainha notou uma aura única emanando da mulher enigmática, uma energia que sutilmente reavivou memórias enterradas.

Em meio à agitação, a voz da multidão ecoou nas muralhas do castelo, e Elara, com olhos perspicazes, captou indícios de murmúrios dispersos. Algumas falas perdidas chegavam até ela, revelando a crescente intriga e fascinação do povo.

- Quem é essa mulher?

sussurravam alguns, enquanto outros trocavam teorias sobre sua origem e propósito.

Em resposta, Elara, com um tom de comando, dirigiu-se aos soldados ao seu redor, - Escoltem-na até aqui, quero descobrir mais sobre essa mulher que parece ter uma energia tão familiar.

A ordem reverberou pelos corredores do castelo, tornando o início de uma intriga que envolveria tanto a soberana quanto a misteriosa Penélope.

Cautelosa, Elara tentou desvendar a origem daquela familiaridade, até que um lampejo de recordação surgiu em sua mente. Era a mesma energia que MORS, a enigmática entidade que havia desempenhado um papel crucial na reconstrução do castelo para o imperador Re, possuía. Surpresa e curiosidade dançaram nos olhos da rainha, enquanto ela escolhia como agir diante de Penélope.

Recebendo Penélope como uma convidada de honra, Elara tratou-a com cortesia e respeito, embora um leve traço de insegurança percorresse sua expressão. Em uma sala adornada com tapeçarias suntuosas, a rainha e Penélope compartilharam um momento tenso de silêncio antes de Elara, com a dignidade que lhe era característica, quebrou-o.

- Por que escolheu Valoria como seu caminho, Penélope? - questionou Elara, sua voz soando firme, mas com um toque de curiosidade velada.

Penélope, serena, respondeu com um sorriso enigmático

- Vim aqui porque senti uma energia que clamava por respostas. E, majestade, parece que você compartilha dessa energia. Uma energia que tece destinos impossíveis.

Os olhares das duas mulheres se encontraram, e Elara, intrigada, indagou mais profundamente

- Destinos impossíveis? O que quer dizer?

Penélope, com uma aura de sabedoria enigmática, revelou:

- Você sonha com um amor que parece além do alcance, um casamento que parece fugir das garras da realidade. Se me permite, rainha Elara, estou aqui para falar sobre os sonhos impossíveis que você carrega em seu coração. E sobre a carga que o homem que ocupa seu coração está suportando.

A narrativa de Penélope desvendava os véus do passado, revelando cicatrizes emocionais e traições que se entrelaçavam à história de Elara e do imperador. Com uma eloquência tocante, Penélope descreveu como o amor de Elara por aquele monarca era um fio tênue, constantemente tensionado pelas sombras de uma traição passada.

- Majestade, o imperador carrega o peso da desconfiança, forjado nos espinhos da traição. Suas palavras, outrora doces como o néctar, tornaram-se amargas, e sua confiança, outrora inabalável, desmoronou como um castelo de cartas. Sua traição passada deixou marcas profundas, erguendo uma barreira que o amor de Elara não consegue transpor - proferiu Penélope com uma gravidade que permeava a sala.

Elara, absorvendo cada palavra como um golpe, sentiu o peso da verdade ressoar em seu peito. Entre olhares carregados de significado, começou a compreender a magnitude das consequências de seus atos no coração do imperador.

- Mas... como superar essa barreira? - indagou Elara, sua voz quase um sussurro, trazendo à tona uma mistura de desespero e anseio.

Penélope, com um olhar compassivo, respondeu - O caminho para conquistar o coração do imperador é intricado, repleto de redenção e sinceridade. A jornada será árdua, mas se verdadeiramente deseja unir-se a ele, precisará enfrentar os espinhos que ela mesma plantou no passado.

A sala ficou impregnada com a complexidade dos sentimentos, enquanto Elara confrontava não apenas o imperador, mas também suas próprias escolhas e a possibilidade de um amor perdido.

Num instante de lucidez, Elara percebeu a sutil manipulação na trama da conversa. Desviando do curso delineado por Penélope, a rainha decidiu retomar o controle e questionou com uma assertividade cautelosa.

- Penélope, como você adentrou tão profundamente nos recantos dos meus sentimentos pelo imperador? E, além disso, como pode afirmar conhecer tão intimamente o imperador? Quem é você? - interpelou Elara, seus olhos penetrando na enigmática figura diante dela.

Penélope, com um sorriso sereno, respondeu, revelando um vínculo inesperado:

- Os sentimentos que pulsam em você são reflexos do que sou. E quanto ao imperador, ele é meu pai. Conheço suas alegrias e dores, seus triunfos e derrotas, como apenas uma filha poderia conhecer. Estou aqui não apenas como conselheira, mas também como testemunha de uma jornada que entrelaça nossos destinos de maneira inesperada.

Elara, atônita com a revelação, sentiu as peças de um quebra-cabeça se encaixarem, enquanto a compreensão do laço entre Penélope e o imperador a envolvia como uma névoa misteriosa. O peso da verdade revelada pendia no ar, deixando a rainha em um limiar entre o passado e o presente, entre sua própria história e a trajetória entrelaçada com a enigmática Penélope.

Penélope, revelando segredos cósmicos, continuou sua narrativa diante de Elara, desvendando os véus que encobriam o imperador de Partum.

- Rainha Elara, o imperador de Partum é mais do que apenas um líder. Ele é um Celestial ancestral, cuja existência transcendente foi entrelaçada com os destinos deste reino. Em uma batalha épica no passado, ele enfrentou um destino inevitável, e sua luz celestial desvaneceu. No entanto, para surpresa de todos, ele renasceu em forma humana, um mistério que até agora desafia toda compreensão - disse Penélope, sua voz carregada de reverência.

Elara, absorvendo a magnitude da revelação, questionou com olhos inquisitivos - Como isso é possível? Como um Celestial ancestral pode renascer como humano?

Penélope, com um olhar que refletia séculos de sabedoria, respondeu - Essa é uma incógnita que ecoa pelos corredores do tempo. O renascimento do imperador é um enigma cósmico, uma teia de eventos que escapa à compreensão mortal. Seu papel transcendental ainda molda o curso de Partum, guiando-o por um destino entrelaçado entre a divindade e a humanidade.

Enquanto as palavras de Penélope ecoavam na sala, Elara sentiu-se envolta por um mistério ancestral, ciente de que estava diante de verdades cósmicas que desafiavam a lógica comum. O imperador, um ser celestial reencarnado, lançava uma sombra mágica sobre o reino, e Elara, agora mais do que nunca, ansiava desvendar os fios que teciam a trama intricada do destino.

Penélope, desvendando os mistérios do celestial renascido, revelou a Elara que suas memórias foram perdidas na transição entre a divindade e a humanidade, e agora ele se recuperava gradualmente desse estado nebuloso.

- Rainha Elara, seu reino enfrentará desafios inéditos, e o imperador precisa de proteção. Por isso, peço que crie um exército de elite, uma força capaz de salvaguardar os destinos entrelaçados de Partum e do celestial renascido - disse Penélope, seu olhar firme refletindo a gravidade da situação.

Elara, surpresa com a magnitude do pedido, respondeu com sinceridade - Criar um exército que se compare a um celestial é uma tarefa colossal, quase impossível.

Penélope, sutil, retrucou - Não precisa ser um exército celestial, majestade. Apenas uma força capaz de proteger o imperador em sua jornada de redescobrimento. E há mais uma questão premente: devemos localizar Gustavo, o guerreiro mago, amigo de meu pai.

Então, a conversa tomou um rumo inesperado quando Elara revelou suas dúvidas sobre encontrar Gustavo, o guerreiro mago e amigo do imperador. Ela argumentou que Gustavo estava preso em um lugar desconhecido, tornando-se uma missão impossível localizá-lo.

Penélope, com confiança e determinação, assegurou - Não se preocupe, rainha Elara. Ajudarei a encontrá-lo. Juntos, podemos tecer os fios do destino e guiar Partum através das sombras iminentes.

E assim, diante dos desafios cósmicos que se desenrolavam, Elara e Penélope iniciaram uma aliança destinada a moldar o futuro de Partum e do celestial renascido.

Penélope, com um brilho determinado nos olhos, insistiu - Mais uma coisa importante, meu pai sempre quis criar seu próprio universo, porém nunca conseguiu; havia limites para ele. Vamos ajudá-lo a conquistar esse sonho.

Elara, perplexa diante da ousadia da proposta, começou a questionar não apenas a sanidade de Penélope, mas também a natureza dos desafios que ela e o Imperador estavam prestes a enfrentar. Em um misto de incredulidade e cautela, Elara respondeu:

- Você está louca? Mal nos conhecemos, e você entra aqui controlando o rumo da conversa, pedindo-me para realizar feitos impossíveis. Além disso, insulta-me afirmando que não conquistarei o coração daquele a quem amo. Você é uma incógnita, e suas demandas beiram o impossível. Explique-se melhor antes de envolver-me em algo maior do que consigo compreender. Além de tudo isso, você nem se apresentou ainda!

Elara, expressando sua frustração e perplexidade, apontou para a falta de formalidade de Penélope diante das circunstâncias intrigantes que envolviam a conversa.

Penélope, com um olhar triste no rosto, expressando arrependimento por não se apresentar adequadamente.

- Permita-me corrigir minha falta de respeito. Meu pai certamente ficaria desapontado com meu comportamento. Deixe-me me apresentar da maneira apropriada.

- Sou Penélope, a filha do sangue do primeiro imperador do poder, uma Celestial da era ancestral dos Locus. Guardiã da vida e da morte, ou como sou chamada, Lamento da existência. É uma honra conhecê-la!


( Imagem ilustrativa: Penélope, Lamento da existência )

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