Capítulo 7: Sinfonia de Sangue...
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Capítulo 7: "Sinfonia de Sangue: A Saga da Linhagem Pura e a Criação dos Vampiros Eternos"
Data de publicação: 10/01/2025
Palavras: 8.514
- Crianças! Agora, preparem-se para embarcar em uma jornada repleta de mistério e fascínio...
- Eldarya! Elas são apenas crianças, seja mais sensível. Será que este capítulo é realmente tão crucial?
Eldarya responde, seu olhar agora tingido de melancolia:
- Sim, minha querida. "A Sinfonia de Sangue: A Saga da Linhagem Pura e a Criação dos Vampiros Eternos." Não estaria em meu livro se não fosse essencial.
- Nosso livro, querida! Nosso. Você está cansada! Leve as crianças para dormir, eu vou dar continuidade a essa narrativa, uma história reservada aos adultos... ou àqueles que conseguem enfrentá-la, heheh.
- Tiooo, isso é injusto... eu sou forte.
- Vocês têm ouvido a sua tia desde que chegaram. Agora é hora de ir para a cama. Amanhã, a tia Eldarya continuará para vocês.
- Bem, por onde começamos? Hoje, vou revelar a história dos primeiros vampiros, uma saga que ecoa através de todo o tempo... Os vampiros primordiais.
Há um bilhão de anos, no que um dia foi conhecido como o Núcleo dos Celestiais Gêmeos (NCG), o mundo era um tumulto de caos, desprovido de deuses para governar. Portais interligavam realidades, tempo, espaço e universos, testemunhando um passado de guerras celestiais e soberanos que deixavam suas marcas. O NCG abrigava uma miríade de raças de universos diversos, um caldeirão tumultuado, até que PERPÉTUA, uma das soberanas, adentrou esse mundo acidentalmente.
Vinda de uma guerra contra os irmãos de Malum, PERPÉTUA emergiu vitoriosa contra todos, exceto Killa, uma aberração sombria e mágica. Uma batalha épica entre PERPÉTUA e Killa se desenrolou, resultando na destruição de metade do mundo e a perda de 50% da população. PERPÉTUA emergiu como a triunfante, buscando redimir-se com os sobreviventes ao criar um refúgio seguro, um pequeno paraíso batizado como Partum, onde a vida poderia florescer livremente entre as pétalas e o calor reconfortante.
Três anos se passaram, durante os quais PERPÉTUA ajudou e ensinou os habitantes do NCG antes de partir em busca de seu irmão perdido.
A morte de Killa deixou para trás seu colossal corpo, levando os habitantes a explorar os segredos que residiam em suas entranhas. Anos de pesquisa revelaram mais de seis mil magias incrivelmente poderosas, uma herança sombria e mágica que mudaria o curso do NCG para sempre.
Cinco mil anos se desdobraram, dando origem a civilizações repletas de cidades grandiosas, reinos "prósperos e impérios majestosos". Este mundo, que inicialmente buscava ser uma "utopia" impulsionada pela descoberta da magia, viu-se transformado em uma tapeçaria de complexidade.
No ápice desse período, erguia-se o Império de Shadow Anarchimus, onde o caos reinava soberano. Mortes e torturas tornaram-se a ordem, a lei servia apenas à realeza, ignorando o sofrimento do povo.
Ao longo de seis séculos, o mundo buscou equilíbrio, porém, muitas magias foram proibidas, com destaque para as cinco mil magias extremamente poderosas e úteis que foram banidas - as temidas "Magias do Sangue de Killa". Puras, mas intrinsecamente malignas.
Uma nobre família foi incumbida de proteger os livros dessas magias, encantados para resistir a qualquer dano. Imortalizados pela magia, os membros dessa família defenderam esses tomos por quatrocentos anos, enfrentando inúmeros ladrões.
- Depois de muitos anos eles tiveram 9 filhos.
Quatro filhas gêmeas, três filhos homens e duas filhas mulheres disputavam o título de irmã mais velha, enquanto os pais, sadicamente, incentivavam as discussões.
Num dia chuvoso, o pai presenciou um conflito entre seu filho Andrew e suas irmãs por causa de um cachorro. Aproveitando a oportunidade, ele agarrou o animal com firmeza e ordenou:
- Pegue a espada na parede atrás de você! E mate esse cachorro.
A criança, aterrorizada, recusou-se. Antes que pudesse completar sua objeção, seu pai o atingiu com uma cadeira de madeira e o obrigou a realizar o ato sob ameaças às suas irmãs. O pai, ciente da sensibilidade de Andrew em relação às irmãs, forçou-o a matar o animal.
As crianças choraram, mas a mãe, observando do segundo andar, mandou que calassem a boca. Incapazes de conter o medo diante de seus pais, tentaram, sem sucesso, permanecerem em silêncio, resultando em tortura nas mãos da mãe. Com uma crueldade desprovida de compaixão, empatia ou remorso, esses pais encontravam prazer em maltratar seus próprios filhos.
A história dessa família prossegue em um ambiente sombrio, onde os pais impiedosos continuam a praticar atos cruéis contra seus próprios filhos. Crystalis, a mais velha, muitas vezes se tornava alvo de seus caprichos sádicos, pois sua posição de primogênita a colocava sob constante perigo.
Em um dia, Killa, o filho do meio, encontrou-se subitamente sob a mira do pai, sofrendo por qualquer pequeno deslize em suas atividades diárias. Geigei, cujo nome ecoava a escuridão que pairava sobre sua existência, frequentemente era vítima de punições injustas, pois a crueldade dos pais não conhecia limites.
Salli, a segunda filha mais velha, também experimentava os rigores de suas práticas sádicas. Sua delicadeza não a protegia do sadismo dos pais, que encontravam prazer em subjugar a vulnerabilidade de seus próprios descendentes.
As quatro gêmeas, cujos nomes ecoavam uma melodia cruel, enfrentavam um destino semelhante. Callista é uma alma vibrante, sempre no centro das atenções, com um sorriso contagiante e uma energia que ilumina qualquer ambiente. Lysandra, ao contrário, é a personificação da timidez, delicada e reservada, mas com uma profundidade encantadora quando se sente à vontade. Thalassa é a mente reflexiva, perdida em seus pensamentos, com uma serenidade que esconde um oceano de pensamentos profundos. Aetheria, como o nome sugere, envolve-se em uma aura etérea, misteriosa e fascinante, parecendo existir em um plano sutil além da compreensão comum. todas eram vítimas das mesmas atrocidades.
O porão, testemunha silenciosa dos horrores, tornou-se palco de incontáveis episódios de tortura psicológica e física. Cada filho carregava as cicatrizes de suas experiências traumáticas, um testemunho sombrio da crueldade que permeava aquele lar outrora corrompido.
Crystalis, a primogênita, tornou-se não apenas uma vítima frequente dos caprichos sádicos dos pais, mas também uma protetora feroz de seus irmãos mais jovens. Seu papel na família transformou-se em uma luta constante para amenizar o sofrimento de Andrew, Killa, Geigei, Salli e as quatro gêmeas, Callista, Lysandra, Thalassa e Aetheria.
Em um desses cenários sombrios, Crystalis, diante da tirania de seus pais, encontrava-se em uma posição onde tinha que sacrificar sua própria dignidade para desviar a atenção de seus irmãos mais novos. Sob a ameaça constante da violência, ela desenvolveu uma astúcia excepcional para distrair os pais de suas vítimas mais vulneráveis.
Em uma noite particularmente cruel, quando os pais estavam prestes a dirigir sua ira contra Andrew, Crystalis interveio, voluntariamente tornando-se alvo das agressões. Essa atitude desesperada visava proteger o irmão mais novo, oferecendo a ele um breve alívio em meio ao caos familiar.
Os gritos de Crystalis ecoavam pelos corredores enquanto ela suportava o tormento físico e psicológico imposto pelos pais. Entretanto, seu sacrifício momentâneo proporcionava um breve refúgio para os outros filhos, enquanto ela esperava que a tormenta passasse.
Nesses cenários de horror, Crystalis emergia como uma luz fraca, uma resistência silenciosa contra o mal que permeava aquela casa. Sua coragem e determinação eram as únicas âncoras de esperança em um mar de escuridão, mostrando que, mesmo nas circunstâncias mais adversas, a chama da proteção fraternal podia brilhar intensamente.
À medida que os anos avançavam, a crueldade dos pais atingia novos patamares de perversidade, especialmente quando seus filhos alcançavam os 16 anos. Este marco desencadeava uma sequência de eventos ainda mais sombrios, marcando uma virada brutal na vida de Crystalis e seus 8 irmãos.
4 anos se passaram... Crystalis, agora com 20 anos, tornou-se o alvo primário da fúria descontrolada dos pais. Seu instinto protetor crescia à medida que assumia sobre si grande parte das agressões físicas e emocionais que, de outra forma, teriam sido destinadas a seus irmãos mais jovens.
Andrew, o caçula, com seus 16 anos, vivenciou uma transformação perturbadora. Sob os olhos impiedosos dos pais, ele se tornou alvo frequente de violência, sem poder entender completamente a natureza sombria de sua nova realidade.
Killa, com 18 anos, via-se preso em um ciclo incessante de tortura, enquanto Geigei, com 17 anos, enfrentava os rigores físicos e psicológicos de seus progenitores sádicos.
Salli, a segunda filha mais velha, com 19 anos, experimentava uma intensificação do tormento, enquanto as gêmeas Callista, Lysandra, Thalassa e Aetheria, cada uma com 16 anos, eram agora alvo da crueldade que antes só Crystalis enfrentava.
Os pais, enraivecidos e impiedosos, viam nos 16 anos uma linha divisória que desencadeava sua ira ainda mais intensa. Com 442 anos de idade, revelavam uma malevolência que crescia proporcionalmente à dor que infligiam. A casa que, um dia, deveria ser um refúgio tornou-se uma prisão de horrores, onde os gritos dos filhos ecoavam, perdidos em um ambiente saturado de crueldade e sofrimento.
A atmosfera sufocante naquela casa de horrores intensificou-se à medida que os pais revelaram o segredo guardado por 400 anos. Uma noite sombria, após uma rodada particularmente brutal de violência, os pais arrastaram seus filhos para o porão, onde os tomos proibidos das "Magias do Sangue de Killa" repousavam.
Entre sussurros sinistros, os pais revelaram a verdade chocante sobre essas magias, despejando uma narrativa de escuridão e malevolência que pairava sobre suas vidas. A cada palavra, o terror se instalava mais profundamente nos corações dos filhos, revelando um pacto sombrio que ligava a família a essas magias malignas.
Na mesma noite, os pais obrigaram seus filhos, já marcados pelo tormento, a beberem uma substância desconhecida. Prometendo juventude eterna em troca de obediência cega, os filhos, frágeis e aterrorizados, engoliram a amarga poção que os manteria perpetuamente jovens, uma maldição disfarçada de benção.
Assim, sob o domínio implacável dos pais, a família tornou-se cativa de um ciclo interminável de violência e mágica sombria. O porão, outrora local de proteção dos livros proibidos, transformou-se em uma câmara de rituais sinistros, onde os laços sanguíneos eram selados com sofrimento e os filhos, aprisionados em uma eterna juventude, enfrentavam a terrível perspectiva de uma vida sob o jugo cruel de seus progenitores.
A passagem do tempo não trouxe alívio para os filhos, mesmo quando ultrapassaram os 25 anos. Pelo contrário, a crueldade persistiu, disseminando-se para além dos confins da casa e infiltrando-se nas estruturas sociais da cidade, do castelo do Rei e entre os próprios cidadãos. Um mal insidioso se espalhava como uma sombra.
Nas ruas movimentadas da cidade, os filhos eram constantemente vigiados pelos olhos atentos de cidadãos coniventes com os pais sádicos. Crystalis, Andrew, Killa, Geigei, Salli e as gêmeas Callista, Lysandra, Thalassa e Aetheria tornaram-se pawns em um jogo perigoso, uma vez que a perversidade de seus pais encontrou eco nas mentes daqueles ao seu redor.
Até mesmo o castelo do Rei, símbolo de poder e autoridade, tornou-se um palco para os atos impiedosos dos pais e daqueles que adotaram sua visão distorcida. O Rei, um governante das trevas, cúmplice das atrocidades que ocorriam sob o próprio teto.
Os cidadãos, marcados pelo mesmo mal que assolava a família, viram nos filhos alvos convenientes para descontar suas frustrações e amarguras. O que começou como um ciclo familiar de violência transformou-se em uma epidemia social, onde a crueldade tornou-se moeda corrente e a compaixão uma raridade.
Em um mundo mergulhado na escuridão, os filhos, mesmo após ultrapassar os 25 anos, eram impotentes diante do cerco implacável da tirania que os envolvia. Uma vida sombria e tortuosa, onde a maldade transcendeu os limites da família para permear todos os aspectos da vida.
Em meio à escuridão sufocante, um dos filhos homens, Geigei, finalmente decidiu desafiar o domínio dos pais. Movido por uma coragem que havia sido silenciada por anos, ele buscou um dos livros de magia proibida, desejando usar as próprias forças ocultas contra aqueles que haviam sido seus opressores.
A batalha começou em um cenário caótico, onde estruturas foram reduzidas a destroços sob o impacto dos poderes mágicos. Geigei, empunhando o conhecimento das magias do sangue de Killa, enfrentou os pais em um confronto épico que abalou as fundações da casa que servira como palco para incontáveis horrores.
Os poderes sombrios fluíam, e Geigei, uma vez vítima, agora se tornava o arquiteto de sua própria vingança. As paredes tremiam, os corredores escuros eram iluminados por explosões mágicas, e o som de colisões titânicas ecoava como um trovão distante.
A determinação de Geigei colidia com a malevolência dos pais, cada feitiço lançado carregado de anos de tormento e desespero. Estruturas antes estáveis desmoronavam sob a intensidade da batalha sobrenatural, refletindo o tumulto interior que consumia a família.
Enquanto o confronto se desdobrava, a casa, que um dia foi um abrigo distorcido, transformou-se em um campo de batalha. Geigei, agora guiado pela luz de sua própria coragem, desencadeava um vendaval de poderes ocultos, desafiando as correntes que o mantiveram cativo por tanto tempo. Uma batalha que transcendia os limites físicos, tornando-se uma representação visível da luta entre a opressão e a busca por liberdade.
A batalha entre Geigei e seus pais atingiu um ápice angustiante, onde as explosões mágicas pintavam o ar com cores vibrantes de desespero. No entanto, a crueldade dos pais não conhecia limites. Em um momento de traiçoeiro, enquanto Geigei acreditava estar à beira da vitória, os pais lançaram um feitiço sombrio e letal que o consumiu.
A energia mágica se desvanecia, e o corpo de Geigei tombou no solo, um testemunho silencioso da brutalidade que assolava aquela casa há tanto tempo. Os pais, imperturbáveis, olhavam para o corpo inerte de seu filho como se fosse apenas um peão sacrificado em seu jogo perverso.
A morte de Geigei não foi apenas um desfecho trágico, mas tornou-se um exemplo sinistro, uma advertência tácita para os filhos restantes. Os pais, de maneira fria e calculada, usaram o corpo de Geigei como um troféu macabro, exibindo-o como um aviso aos outros.
O cenário agora estava envolto em um silêncio pesado, quebrado apenas pelos suspiros sufocados dos filhos restantes. Crystalis, Andrew, Killa, Salli e as gêmeas Callista, Lysandra, Thalassa e Aetheria eram forçados a testemunhar não apenas a morte de um irmão, mas a crueldade que seguiria como consequência.
Os pais, sem qualquer sinal de remorso, encararam seus filhos sobreviventes, deixando claro que a resistência era fútil. A casa, agora marcada pela destruição da batalha e pela morte de Geigei, tornou-se um túmulo sombrio que engolia qualquer faísca de esperança que ousasse surgir.
Andrew, impulsionado pelas sombras do ressentimento, hábil e sutil, adentrou o obscuro reino da traição, preparando-se meticulosamente para envenenar os próprios progenitores. Astutamente, ele desvelou os venenos mais letais, envolvendo-se em uma dança macabra entre ingredientes sinistros e arte nefasta. Utilizando sua destreza mágica, entrelaçou feitiços para potencializar a malevolência dos elixires, transformando sua busca por vingança em uma sinfonia venenosa de engano e intriga.
A vingança de Andrew, embora tecida com detalhes sinistros, revelou-se uma armadilha cruel. O veneno, engenhosamente dissimulado na refeição, falhou em cumprir sua missão letal. Os pais, detectando a traição, encararam Andrew com olhos frios e cheios de cólera.
Um silêncio tenso encheu a sala, interrompido apenas pelos batimentos acelerados do coração de Andrew. A atmosfera, que antes carregava a promessa de vingança, transformou-se em um espectro de desespero. Os pais, agora cientes da trama de seu filho mais novo, decidiram infligir uma punição terrível.
A tortura começou como uma coreografia macabra, onde os pais, envoltos em sombras, submeteram Andrew a uma agonia indescritível. Cada chicoteada era uma lembrança de sua tentativa fracassada, enquanto sua pele se tornava o palco para a manifestação da fúria parental.
A sala testemunhou a dança da crueldade, onde gritos de dor se misturavam com o ranger de dentes e a risada distorcida dos pais. O corpo de Andrew, outrora cheio de determinação, tornou-se um quadro de sofrimento e desespero.
A pele, arrancada em tiras, revelava a carne crua e exposta, um testemunho gráfico da punição que os pais infligiam. Cada momento era um mergulho mais profundo na espiral do horror, onde a vingança de Andrew se transformava em um pesadelo pessoal.
Enquanto a sala se enchia com os lamentos torturados de Andrew, os pais, satisfeitos com sua vingança, permaneciam imperturbáveis. A escuridão na casa tornava-se uma testemunha silenciosa da tragédia que se desdobrava, onde o ciclo de crueldade persistia, inabalável diante das tentativas desesperadas de quebrá-lo.
Ao longo dos 5 mil anos que se seguiram, a casa onde o terror reinava tornou-se um eco silencioso do sofrimento que havia transcorrido. Os filhos restantes, marcados por cicatrizes físicas e emocionais, submeteram-se à aparente "obediência" aos pais, uma falsa calmaria que encobria o medo arraigado.
Crystalis, a filha mais velha, havia se tornado uma mestra na arte da dissimulação. Por trás da fachada de submissão, ela estudava incansavelmente os livros de magia proibida, escondendo seu conhecimento profundo dos olhos atentos de seus pais e irmãos. Cada página lida, cada feitiço decifrado, era um passo meticuloso em direção à liberdade.
Em segredo, ela compartilhava seus conhecimentos com seus irmãos, alimentando a chama da esperança em seus corações. Juntos, tramavam um plano audacioso para fugir do jugo opressor que os aprisionava há milênios. Crystalis, agora uma estrategista astuta, estava determinada a quebrar as correntes da escravidão que envolviam sua família.
A casa, outrora palco de horrores, tornou-se um campo de treinamento clandestino, onde os filhos se preparavam para o dia da fuga. Cada movimento era calculado, cada palavra sussurrada nas sombras contribuía para o crescente tumulto de rebelião que se aproximava.
Os laços de sangue, uma vez manchados pela crueldade, tornaram-se agora a força motriz que impulsionava os irmãos em direção à liberdade. Crystalis liderava-os com a determinação de uma líder relutante, guiando seus irmãos entre as sombras da noite, onde a esperança finalmente encontraria espaço para florescer.
Crystalis, astuta e calculista, percebeu que a chave para a liberdade estava na manipulação sutil do mundo ao redor. Em uma jogada ardilosa, ela sugeriu aos pais uma ideia aparentemente inofensiva: a utilização da magia para melhorar as estradas e criar uma paisagem mais bonita ao redor da casa. Sob a máscara da submissão, ela apresentou o plano como uma forma de agradar os pais e transformar a morada opressiva em um paraíso.
Os pais, seduzidos pela ideia de um entorno mais esplêndido, concordaram com entusiasmo. Sob o comando de Crystalis, a magia fluía, moldando o terreno de acordo com a vontade dos pais. Estradas ladeadas por flores encantadas surgiram, e a casa, agora envolta por uma paisagem idílica, escondia a verdadeira intenção por trás daquele encanto.
Enquanto os pais aplaudiam a suposta melhoria, Crystalis e seus irmãos trabalhavam nos bastidores, acumulando conhecimento mágico para a fase seguinte do plano. Cada feitiço lançado, cada manipulação do terreno, era um passo mais próximo de sua liberdade e da justiça que tanto ansiavam.
O verdadeiro objetivo de Crystalis emergiu nas sombras da noite. Com o terreno magicamente moldado sob seu controle, ela planejava criar uma montanha gigante que se elevaria majestosamente sobre a casa de seus pais. Essa montanha, mais do que uma obra de arte da natureza, seria a prisão eterna que aprisionaria os opressores. Uma prisão escondida sob a beleza aparente do cenário transformado.
A manipulação da magia tornou-se a arma que Crystalis empunhava para reescrever o destino de sua família. Enquanto os pais celebravam a suposta melhoria do terreno, não percebiam que, nas entranhas daquela beleza, um plano audacioso estava se desdobrando, traçando o caminho para a libertação final.
Enquanto Crystalis e seus irmãos avançavam com seu plano, os pais, mergulhados em sua própria busca por poder, dedicavam-se a experimentos mágicos e biológicos intrincados. Killa, o filho do meio, tornou-se o alvo principal dessa obsessão, pois os pais se empenhavam em ressuscitar o verdadeiro Killa, aquele que havia perecido na batalha épica contra PERPÉTUA.
Os corredores da casa ecoavam com murmúrios de encantamentos e os sons de instrumentos mágicos, enquanto os pais mergulhavam nas artes obscuras para trazer à vida o Killa original. A cada tentativa, a tensão no ar crescia, pois a fronteira entre a vida e a morte era desafiada em nome da ambição desenfreada.
Os filhos, cientes dos perigos desses experimentos, observavam em silêncio, mantendo-se nas sombras enquanto seus próprios planos continuavam a se desenrolar. Crystalis, em particular, acompanhava os movimentos dos pais, ponderando sobre como esse enigma recém-despertado poderia afetar seu plano de liberdade.
A casa tornou-se um palco de dualidade: de um lado, a criação de uma paisagem encantadora e a tramóia da liberdade; do outro, a ressurreição de um ser há muito perdido. Os filhos, divididos entre suas próprias agendas e o espetáculo macabro dos experimentos, enfrentavam um futuro incerto onde as linhas entre magia e mortalidade se distorciam perigosamente.
O plano de Crystalis começou a se desdobrar quando, em uma fuga audaciosa, ela conseguiu escapar pela porta dos fundos da mansão junto com seus irmãos. Entretanto, a alegria da liberdade foi efêmera, pois os pais, astutos e implacáveis, conseguiram segurar as quatro gêmeas restantes.
Enquanto as gêmeas eram capturadas, os pais ativaram a magia em Killa. Uma sinistra transformação se desencadeou, e Killa emergiu como uma criatura caçadora, guiada pela programação sombria imposta pelos pais. Crystalis, agora confrontada não apenas pelos perigos do terreno modificado, mas também pela ameaça encarnada de seu próprio irmão, sabia que a batalha pela liberdade estava longe de ser vencida.
A magia que modificou o terreno começou a se ativar, revelando seu verdadeiro propósito. A paisagem idílica se transformou em um cenário de caos e perigo, enquanto a casa dos pais era engolida por uma montanha gigante, uma prisão oculta que aprisionaria seus opressores.
Crystalis, percebendo a necessidade de se adaptar para sobreviver, utilizou a magia que residia dentro dela. Uma metamorfose ocorreu, transformando-a em uma nova espécie de criatura dotada de força e velocidade extraordinárias. Seus irmãos, testemunhando a transformação, seguiram seu exemplo para enfrentar os desafios que se desenrolavam.
A perseguição começou, com Killa caçando implacavelmente sua própria irmã. Enquanto a magia e as criaturas se entrelaçavam em um ballet sombrio, Crystalis e seus irmãos corriam pela noite, determinados a escapar das garras dos pais e da terrível magia que ameaçava consumi-los. A jornada pela liberdade tornou-se uma corrida contra o tempo e contra as sombras que os perseguiam.
A transformação das gêmeas, desencadeada pela necessidade de sobreviver, trouxe consigo um poder surpreendente. Feridas profundas foram infligidas aos pais, que, por um breve momento, sentiram a dor que haviam causado por tantos anos. As gêmeas, agora dotadas de uma força antes inimaginável, aproveitaram a oportunidade para lançar um contra-ataque corajoso.
A batalha na mansão tornou-se um espetáculo caótico, onde as criaturas mágicas e as explosões de poder rivalizavam com os gemidos agonizantes dos pais. O cenário, antes governado pelo medo, tornou-se o palco de uma revolta há muito esperada.
As gêmeas, guiadas por uma mistura de vingança e desespero, feriram gravemente os pais, abrindo uma brecha na muralha de crueldade que os envolvia. O gosto da liberdade estava ao alcance, mas o tempo era um inimigo implacável.
Correndo contra o relógio, as gêmeas conseguiram escapar pela porta de trás da mansão e se lançaram sobre a montanha que ameaçava fechar-se por completo. Com habilidade e coragem, elas escalaram a superfície íngreme, a perseguição incessante dos pais ainda ecoando nas sombras.
Por um fio, as gêmeas conseguiram alcançar o topo da montanha antes que ela se fechasse, selando o destino dos pais em sua prisão eterna. A respiração entrecortada, os corpos machucados, elas se depararam com um horizonte vasto e desconhecido, onde a liberdade, finalmente conquistada, aguardava do outro lado. A jornada pela liberdade agora continuaria, mas, desta vez, era guiada pelo fio da esperança e pela promessa de um novo começo.
A transformação das gêmeas e de Crystalis, ao desencadear poderes antes inimagináveis, teve um preço extraordinário. Elas se tornaram as primeiras vampiras, cada uma carregando consigo uma essência única e uma maldição inescapável. Enquanto a noite testemunhava sua libertação, as gêmeas e Crystalis emergiam como criaturas da escuridão, sedentas por sangue e condenadas a uma existência sombria.
Cada uma das irmãs tornou-se um tipo distinto de vampiro, com características e habilidades únicas que refletiam a natureza de sua transformação. Crystalis, a pioneira, não carregava as fraquezas comuns aos vampiros; ela era imune à queima da luz do sol e podia nutrir-se da escuridão sem a necessidade de sangue humano.
Por outro lado, Killa, transformado inadvertidamente, tornou-se o mais perverso dos vampiros. Sua humanidade perdida o conduzia a uma sede insaciável de destruição e à tentativa incessante de eliminar suas próprias irmãs. Ao longo de 50 mil anos, ele perseguia as gêmeas com uma ferocidade desumana, uma sombra implacável que se movia entre as trevas.
Cada vampiro mais fraco apresentava suas próprias complexidades. Enquanto um deles podia alimentar-se do sangue humano, outros enfrentavam a queima dolorosa da luz do sol. No entanto, cada vampiro possuía uma habilidade especial, uma dádiva sombria que adicionava camadas de complexidade à sua existência imortal.
A jornada das irmãs como vampiras era um equilíbrio delicado entre poder e maldição. Enquanto Crystalis explorava sua nova condição com uma graça sobrenatural, as gêmeas enfrentavam os desafios de suas habilidades especiais, ao passo que Killa personificava a escuridão internalizada. A noite, agora aliada e inimiga, testemunhava as complexidades de sua existência eterna.
À medida que a noite estendia seu manto sobre o mundo, as irmãs vampiras desbravavam os séculos, suas transformações ecoando na própria essência do tempo. A maldição que as tocara estendeu-se além das fronteiras da família, alcançando outras almas perdidas que, por sua vez, foram agraciadas ou amaldiçoadas com a dádiva da imortalidade vampírica.
Crystalis, a Matriarca da Escuridão:
Crystalis, além de suas habilidades naturais como vampira, possuía três habilidades especiais. A primeira era o controle sobre os vampiros recém-criados, uma conexão que lhe permitia guiar e influenciar suas crias. Sua segunda habilidade era Sombra Entrelaçante:Crystalis domina a Sombra Entrelaçante, uma habilidade que lhe permite manipular e dar forma às sombras ao seu redor. Utilizando essa habilidade sombria, ela cria ilusões envolventes que vão além da simples confusão visual. As sombras ganham vida, obscurecendo a realidade e mergulhando seus inimigos em um terreno de incerteza, onde o medo e a escuridão se entrelaçam em uma dança sinistra. A terceira habilidade, um segredo guardado a sete chaves: a habilidade chamada "Fenda do Destino". Com essa dádiva sombria, ela não apenas enxergava a abertura de portais entre as realidades da luz e escuridão, mas também podia sentir o verdadeiro poder e destino iminente de seus oponentes. Essa conexão profunda com o tecido do destino concedia a Crystalis uma vantagem temível, permitindo-lhe antecipar e moldar os eventos conforme sua vontade.
proporcionando uma vantagem estratégica única.
Killa, o Devorador de Almas:
Killa, impregnado pela escuridão, desenvolveu a habilidade de drenar a energia vital de suas vítimas com um toque. Cada alma absorvida alimentava sua sede insaciável, tornando-o uma força a ser temida na obscuridade. Sua aura exalava um frio intenso, congelando o ambiente ao seu redor.
As Quatro Gêmeas, Artífices do Sangue:
Cada uma das quatro gêmeas adquiriu uma habilidade distinta. Uma delas podia manipular o sangue, transformando-o em uma extensão de seu poder. Ela podia moldar o fluido vital em armas afiadas, criando uma sinfonia mortal de hemoglobina no campo de batalha. A segunda irmã desenvolveu a capacidade de controlar as mentes, mergulhando suas presas em um transe hipnótico, onde a realidade se torcia aos seus desejos. A terceira gêmea, como uma habilidade especial, podia se fundir com as sombras, tornando-se praticamente invisível. A quarta gêmea tinha o dom de manipular a energia vital, permitindo-lhe curar ferimentos próprios e de outros com um simples toque, mas esse poder vinha acompanhado de um preço, exigindo dela um esforço mental significativo.
O quarteto de habilidades especiais, um reflexo da diversidade entre as gêmeas, amplificava ainda mais a complexidade de sua existência como vampiras. Cada uma enfrentava desafios únicos, guiadas por seus dons sombrios e amaldiçoadas pelos mesmos.
No entanto, o preço de suas habilidades especiais era notável. Cada vampiro, ao explorar seus dons sombrios, tinha que enfrentar as consequências: a necessidade de se alimentar do sangue humano e a vulnerabilidade à luz solar. Enquanto a noite abrigava suas proezas, a luz do dia tornava-se uma ameaça constante, consumindo-os com chamas invisíveis. A existência desses vampiros, cada um carregando o peso de sua própria maldição, era uma sinfonia trágica de poder e sofrimento, uma dança eterna entre a escuridão que os impulsionava e a luz que os caçava implacavelmente.
A vulnerabilidade ao sol e a dependência do sangue humano eram como algemas indesejadas após uma transformação vampírica. No entanto, Crystalis, ao passar pelo processo, não viu essas fraquezas como inerentes, mas sim como falhas a serem superadas. Sua busca pela transformação completa se tornou uma jornada de autotranscendência, uma dança entre a escuridão e a luz.
Ao longo dos anos, antes de sua fuga ousada da casa dos pais perversos, Crystalis se dedicou a moldar seu próprio destino. Cada pequena transformação temporária era um passo em direção à perfeição, ajustando seu corpo para alcançar uma metamorfose sem dor e mais rápida. Sua resiliência foi tamanha que, na última e decisiva transformação enquanto fugia, ela alcançou a maestria, escapando das algemas solares e da dependência de sangue humano.
As gêmeas, por outro lado, em sua tentativa apressada de escapar da opressão dos pais, realizaram apenas uma transformação. A pressa delas, em meio à fuga, as privou da oportunidade de se submeterem ao processo sob a luz do sol. Essa lacuna na adaptação de seus corpos resultou na criação de uma fraqueza específica. A transformação, uma fusão de desejo impuro e a necessidade de sobreviver, moldou não apenas sua natureza vampírica, mas também suas fraquezas.
Cada vampira, impulsionada por desejos impuros e motivada a fortalecer seus pontos fracos, desenvolveu habilidades especiais únicas. Killa, o último irmão homem vivo, e Crystalis, ao enfrentarem o sol diretamente durante sua transformação, construíram uma resistência solar que os tornava exceções à regra. Suas jornadas, entrelaçadas com a magia e as sombras, eram testamentos de resiliência e autodeterminação em um mundo onde as trevas espreitavam e a luz do sol, outrora adversária, agora não passava de uma lembrança distante.
Exausta de fugir de seu implacável irmão, Killa, Crystalis, decidida a pôr um fim nesse conflito, opta por enfrentá-lo de frente, com a intenção sombria de encerrar de uma vez por todas a ameaça que ele representa.
O encontro épico entre os irmãos se desenrola nas ruas da grandiosa Geovanete, uma cidade colossal naquela era, cujas torres pareciam tocar os céus. O cenário urbano imponente amplifica a gravidade do confronto iminente.
Antecipando a chegada de Killa, Crystalis aguarda com uma tensão palpável, imbuída de uma determinação sombria que reflete em seus olhos vampíricos. O solo da cidade treme sob a magnitude da batalha iminente.
Antes mesmo de Killa adentrar Geovanete, ele tece suas próprias tramas obscuras. Transforma milhares de vampiros, dotando-os do conhecimento crucial sobre o segredo de Crystalis. A transformação pelo primeiro vampiro não apenas confere ao convertido a habilidade de controlar outros vampiros, mas também garante uma força e velocidade superiores. O primeiro vampiro torna-se uma entidade formidável, com regeneração instantânea, desafiando as leis naturais.
Quando Killa e seu exército vampírico invadem Geovanete, as ruas se tornam o palco caótico de uma guerra entre sombras. A ordem do líder é clara: eliminar Crystalis. O conflito se desdobra como uma dança sinistra, onde vampiros destemidos colidem em meio a construções imponentes, e o destino dos irmãos está intrinsecamente entrelaçado com o destino da cidade. A guerra, marcada pela ferocidade e desespero, lança Geovanete nas sombras de uma noite que será lembrada nos anais do tempo.
Nos estreitos corredores das ruas de Geovanete, a dança sangrenta de Crystalis contra os vampiros de Killa se desenrolava em uma coreografia macabra. Em menos de um minuto, mais de duzentos vampiros caíram sob a ira implacável de Crystalis. Seus movimentos eram um espetáculo letal, uma sinfonia de destruição que ecoava pela cidade sombria.
A fúria impulsionava Crystalis, alimentando sua determinação de eliminar os vampiros sem hesitação. O pensamento de controlá-los sequer cruzou sua mente; sua sede de vingança focalizava-se exclusivamente em seu irmão. Cada vampiro que se interpunha em seu caminho era uma presa destinada à sua fúria crescente.
No entanto, a monotonia da batalha começava a entediar Crystalis. O confronto com seres tão inferiores despertava pouco mais do que desinteresse. Foi então que, em um momento inesperado, ela decidiu elevar a aposta. Com uma ordem opressora e absoluta, Crystalis exigiu a morte imediata dos vampiros na cidade de Geovanete. A eficácia da sua ordem era tão implacável que os vampiros sucumbiram instantaneamente. Seus corações pararam, o sangue que outrora fluía como vida tornou-se um veneno mortal, e os vampiros caíram como marionetes desarticuladas.
A surpresa estampada no rosto de Killa revelava o impacto da habilidade de Crystalis. Mesmo ele, resistente, sentiu os efeitos, embora tenha sofrido apenas ferimentos. Questionando sua irmã, ele elogia a poderosa habilidade:
- Mãnia! Que habilidade especial poderosa, eu vou roubá-la de você depois que eu te matar.
Crystalis, encarando-o com uma expressão de ira e desdém, responde com frieza:
- ...Especial? Habilidade especial? Você acha que eu usaria uma habilidade especial para eliminar seus vampiros ou até mesmo para eliminar você? Eu simplesmente ordenei a morte deles. Você não merece piedade alguma, meu irmão. Você se entregou aos nossos pais e permitiu que eles o transformassem em uma cobaia. Depois de se tornar vampiro, você transforma humanos e outras criaturas em vampiros apenas para ter seus seguidores. Não há redenção para você.
Killa responde com uma risada sombria:
- Sobre isso... eu desejo me erguer como um ser supremo da escuridão, forjar meus seguidores nas sombras e tornar-me a personificação da perversidade, alimentando-me da essência da noite...
Antes que Killa pudesse concluir sua sentença, Crystalis, impelida pela fúria, irrompe contra seu irmão. Um estampido ecoa pelo ar quando ela desfere um tapa em seu rosto, uma explosão de poder que o arremessa pelos ares até pousar às margens do lago, aos pés da montanha no extremo oposto da cidade.
O título de Crystalis, Matriarca da Escuridão, não era apenas uma mera designação; era uma manifestação de poder materno sobre seus súditos vampíricos. O ataque que ela lançou sobre Killa não era um golpe comum, mas sim a temida "Ressonância do Sangue". Este era um golpe que transcendia os limites físicos, ecoando pela alma e corrente sanguínea de Killa, causando danos profundos e duradouros com uma facilidade que traía a brutalidade subjacente.
Crystalis, após o ataque, observa com olhos de uma predadora, o lago ondulando com as consequências de sua ira. Sua expressão permanece imperturbável, uma rainha sombria regendo um jogo onde as peças eram tingidas de sangue.
À medida que Killa se recupera da força avassaladora do tapa, suas pupilas dilatam, e um sorriso sádico se insinua em seus lábios. A risada sombria, como um eco distorcido, ressoa pelo local, revelando a essência retorcida do vampiro ambicioso.
- Parece que a Matriarca não tolera aspirantes ao trono sombrio... - Killa murmura, enquanto se ergue lentamente, seus olhos fixos nos de Crystalis.
A cidade de Geovanete, agora imersa na penumbra da noite, serve como testemunha silenciosa dessa disputa titânica entre irmãos. As sombras dançam ao redor deles, como se o próprio ambiente reconhecesse a magnitude do confronto iminente.
Crystalis, encarando Killa com um olhar penetrante, não responde imediatamente. O silêncio pesado é rompido apenas pelo suave murchar das ondas do lago, ecoando a tensão que paira no ar.
- Irmão, sua ambição o cega para a verdade. O trono que você busca está manchado com as sombras que esconde. - Crystalis finalmente responde, sua voz carregada de uma autoridade sombria. Seus olhos, rubros como o sangue, emanam uma aura que ecoa com a natureza transcendental de sua linhagem vampírica.
Killa, entretanto, não parece intimidado. Sua expressão se transforma em desdém, e ele avança para o centro do lago, onde as águas refletem a lua sombria.
- Você não entende, Crystalis. O poder está na escuridão, na submissão da noite ao meu comando. Seu trono é apenas uma ilusão diante do que eu almejo.
Sem esperar mais, Crystalis se prepara para outro embate. Seus olhos brilham com uma intensidade sobrenatural, enquanto ela invoca a Ressonância do Sangue mais uma vez. A noite, agora repleta de um presságio sombrio, aguarda o desfecho dessa batalha que transcende o simples conflito entre irmãos, mergulhando nas profundezas de uma guerra pelo trono das sombras.
Enquanto as ondas do lago sussurram sua canção noturna, o ar pesa com a eletricidade da confrontação iminente. Killa, erguendo-se do solo, exibe um semblante desafiador, seu sorriso sádico refletindo a confiança alimentada por suas ambições sombrias.
- Tolere ou não, Crystalis, eu ascenderia mesmo que isso signifique desafiar a própria escuridão. - A voz de Killa, melódica como um lamento noturno, reverbera pela cidade adormecida.
A Matriarca da Escuridão não recua diante das palavras provocadoras de seu irmão. Seus olhos rubros, portais para o insondável poder que ela controla, permanecem fixos nos de Killa. O silêncio tenso é rompido apenas por uma brisa que acaricia a escuridão, enquanto os dois vampiros imortais se enfrentam, cada qual envolto em sua aura única de poder.
- As sombras que você busca, Killa, são como areia escorrendo por entre os dedos. Cada ato obscuro te afasta mais da verdadeira essência da escuridão. - A resposta de Crystalis é carregada de uma sabedoria antiga, ecoando através das eras de sua existência.
Killa, respondendo com uma risada zombeteira, desaparece nas águas escuras do lago. A visão de seu contorno desaparecendo é apenas um prelúdio para a tempestade iminente.
Subitamente, a superfície do lago se agita, e Killa emerge como um espectro das profundezas, avançando em direção a Crystalis com uma velocidade sobrenatural. Mas, antes que ele possa lançar um único golpe, a mão de Crystalis voa em direção ao rosto de Killa em um movimento rápido e preciso.
O estampido do tapa ressoa pela noite, e Killa é lançado para trás, as águas do lago agora agitadas com a intensidade do confronto. O tapa, a Ressonância do Sangue, faz com que a força reverbere através do corpo de Killa, infligindo não apenas dano físico, mas tocando as profundezas de sua essência vampírica.
- A verdadeira escuridão não é conquistada pela força bruta, irmão. É forjada na compreensão sutil das sombras que dançam entre a luz e a noite. - A voz de Crystalis corta a escuridão, ecoando como uma profecia.
O embate entre os irmãos, agora elevado a uma sinfonia de trevas, continua a desdobrar-se sob o manto noturno, onde cada tapa é um eco da eternidade e cada movimento é um passo mais profundo na dança sombria que moldará o destino de Geovanete.
Os arredores do lago se tornam um cenário para a dança obscura entre Crystalis e Killa. A aura da Matriarca irradia poder, contrastando com a determinação distorcida que arde nos olhos de Killa. O som das águas agitadas espelha a tensão que se acumula, como se a própria noite estivesse prestes a se inclinar para um destino sinistro.
Killa, a cada tentativa de avanço, se vê frustrado pela habilidade única de Crystalis. Cada investida é recebida com um tapa preciso, a Ressonância do Sangue ressoando em cada golpe como uma sinfonia de punição vampírica. Os olhos de Crystalis, imperturbáveis, refletem a promessa de uma noite que apenas começou a desvendar seus segredos.
- Você busca o poder, mas subestima a complexidade da escuridão, Killa. - A voz de Crystalis serpenteia pelos corredores sombrios da noite, enquanto seu irmão continua a tentar romper sua defesa com investidas impetuosas.
Killa, movendo-se como uma sombra desesperada, começa a sentir o peso de seu desafio. Cada tapa de Crystalis não apenas marca seu rosto, mas também seu âmago vampírico, criando fissuras na autoconfiança que o alimentava.
- Sua ambição é como um fio frágil diante da vastidão da escuridão, Killa. - Crystalis, com um olhar que corta como a lâmina de uma adaga, lança essas palavras sombrias no crepúsculo.
Killa, agora inseguro, tenta se reerguer, mas é interceptado por outro tapa poderoso. O medo, antes oculto sob sua fachada de confiança, começa a emergir como uma sombra crescente em seus olhos.
- Crystalis, não faça isso... Você pode ter o que quiser. - Killa suplica, a arrogância se desfazendo em uma mistura de desespero e terror.
- O trono que você busca está na essência da compreensão, não da dominação, irmão. - A resposta de Crystalis é como uma sentença proferida pelas próprias sombras.
Cada tentativa de Killa é respondida com a mesma eficiência sobrenatural. A noite se torna um palco sombrio onde os tapas de Crystalis ressoam como a batida do coração da escuridão. O embate entre os irmãos, agora mais uma dança do que uma batalha, continua a desdobrar-se sob o manto noturno, onde o temor crescente de Killa é o eco de uma verdade que ele tentou ignorar.
As ondas do lago, testemunhas silentes do embate entre Crystalis e Killa, passam a ecoar com um presságio ainda mais sombrio. Killa, ciente de que a força bruta não pode derrotar sua irmã, traça um plano sinistro para minar a resistência de Crystalis.
Num murmúrio ancestral, Killa invoca seus poderes sombrios e desencadeia a presença de suas quatro irmãs gêmeas. As sombras dançam ao seu comando, e quatro figuras etéreas emergem, cada uma delas refletindo a imagem distorcida de Crystalis. Os olhos das irmãs gêmeas brilham com a mesma intensidade rubra, revelando a manipulação sombria que agora as controla.
- Você não entende, Crystalis. A verdadeira escuridão é a maestria sobre aqueles que deveriam ser seus iguais. - Killa sorri, os olhos cheios de malícia enquanto as gêmeas assumem uma formação sinistra ao redor de Crystalis.
A Matriarca, percebendo a traição, prepara-se para enfrentar não apenas seu irmão, mas agora também suas próprias imagens distorcidas. As gêmeas avançam com graça predatória, os movimentos orquestrados como uma dança macabra.
- Irmãs, mostrem a ela o que acontece quando se desafia o verdadeiro senhor da escuridão. - A voz de Killa, ecoando como uma maldição, reverbera pelos corredores da noite.
Cada gêmea ataca com a ferocidade de uma sombra traída, enquanto Crystalis, cercada, move-se com uma elegância mortal. Seus tapas, ainda sua arma de escolha, agora têm que encontrar seus alvos entre as investidas coordenadas das gêmeas.
- Killa, sua traição só enfraquece sua causa. A escuridão verdadeira não é construída sobre a manipulação e submissão. - Crystalis, apesar das adversidades, permanece firme, seus olhos fixos no irmão traidor.
A batalha, agora mais complexa do que nunca, desenrola-se como uma narrativa sombria, onde cada tapa de Crystalis torna-se uma defesa contra as gêmeas controladas por Killa. A noite, testemunhando essa teia de traição e vingança, aguarda o desfecho de uma luta que transcende os limites da família e mergulha nas profundezas da escuridão.
O lago, outrora sereno, torna-se o epicentro de um conflito que transcende a compreensão. Killa, em um ato desesperado, invoca uma magia proibida, uma força cujos segredos ele apenas vislumbrou nas páginas sombrias dos pergaminhos antigos. As sombras respondem ao chamado, torcendo-se e dançando ao redor dele como uma tempestade escura prestes a desabar.
- Crystalis, você não pode compreender o verdadeiro poder que eu agora comando. Esta magia abrirá portais entre as dimensões, moldando a própria realidade à minha vontade. - Killa declara, a loucura faiscando em seus olhos enquanto ele canaliza as energias proibidas.
No entanto, a magia que Killa desencadeia transcende sua compreensão, e as fronteiras entre espaço, tempo e realidade começam a desvanecer. A noite ao redor dos irmãos se retorce em distorções inimagináveis, como se o tecido do universo estivesse sendo rasgado.
Crystalis, percebendo a ameaça iminente, tenta conter a magia com seus próprios poderes. Seus olhos rubros brilham intensamente enquanto ela tece uma rede de energia para conter o caos que se desdobra. No entanto, mesmo para a Matriarca da Escuridão, a magnitude da magia proibida é avassaladora.
- Killa, você está desencadeando forças que nem mesmo os vampiros ousam tocar. Pare agora antes que destrua não apenas a nós, mas todo o equilíbrio da escuridão. - Crystalis, em meio à sua tentativa de conter a magia, roga com urgência ao irmão.
O espaço ao redor deles torce-se em espirais distorcidas, e o tempo parece diluir-se em fragmentos. As gêmeas controladas por Killa vacilam nas distorções da realidade, enquanto os ataques de Crystalis se tornam gestos desesperados para dissipar o poder que ameaça devorá-los.
Em meio ao caos, as figuras sombrias dos irmãos tornam-se contornos difusos. A luta, agora uma batalha não apenas entre vampiros, mas entre as próprias fundações do universo, alcança uma intensidade avassaladora. O destino de Geovanete, e talvez de toda a escuridão, pende perigosamente na borda da aniquilação.
Num mundo onde a realidade é distorcida, a cidade de Geovanete se transforma em um cenário macabro, onde seus habitantes tornam-se monstruosas criaturas. Crystalis, por um breve instante, avista um homem confuso segurando um diário, seus olhos refletindo tristeza e solidão. A pergunta ressoa: "Quem é você?"
A memória de Crystalis entrelaça-se com visões do futuro, onde o homem de olhos verdes e cabelos pretos é familiar. Diante do estrago causado por seu irmão Killa, ela desesperadamente busca corrigir a distorção, utilizando magias proibidas para selar fendas entre dimensões, realidades e universos paralelos.
Exausta, Crystalis vê seus irmãos vampiros atacá-la, aproveitando sua fraqueza. No entanto, ao se aproximarem, uma divindade obscura surge: Miri, a personificação da morte. Com um único golpe, ela decapita os irmãos de Crystalis, agradecendo-lhe por corrigir o erro de Killa.
Indignada, Crystalis argumenta que suas irmãs estavam sendo controladas, contestando a necessidade da morte delas. Miri, sorrindo perturbadoramente, explica que pode salvar as irmãs ao transformá-las em vampiras, incentivando Crystalis a exagerar em seu raro poder para ordenar-lhes uma nova vida. A troca de palavras entre elas revela tensões e possibilidades sombrias no intricado tecido da realidade distorcida.
Crystalis corre desesperada até os corpos inertes de suas irmãs, seus membros caídos e cabeças deslocadas em uma cena desoladora. Determinada a restaurar a vida a elas, Crystalis utiliza o sangue derramado como um elixir de cura, mas a magia da vampira revela-se insuficiente para ressuscitá-las por completo.
Num ato desesperado, Crystalis afunda suas presas no pescoço de cada irmã, injetando nelas seu próprio sangue vital. A transformação desencadeia-se com uma intensidade palpável, uma metamorfose carregada de energia sombria. A aura ao redor delas cintila enquanto a mordida de Crystalis ativa o renascimento vampírico.
Com um comando firme, Crystalis ordena o retorno de suas irmãs à consciência. As quatro gêmeas despertam, olhos antes opacos agora brilhando com uma nova vitalidade. Seus corpos, antes quebrados e sem vida, agora emanam uma aura vampiresca completa, refletindo a intensidade da transformação que passaram sob a tutela de Crystalis. "O vínculo entre as cinco vampiras fortalece-se, marcando o início de uma nova e poderosa aliança entre elas", era o que Crystalis pensava.
No ápice da trama, quando a fragilidade de Crystalis estava mais evidente, surge um caçador de vampiros implacável. Este astuto caçador, discernindo a fraqueza momentânea da vampira, desencadeia sua ofensiva. As irmãs de Crystalis, apesar dos esforços valentes, encontram-se impotentes diante do caçador, cujo artefato especial emana uma aura de contenção.
Este artefato, uma relíquia ancestral imbuida de poderes anti-vampíricos, não consegue subjugar totalmente as vampiras, dada a sua formidável resistência. Contudo, cria uma barreira etérea, afastando as irmãs de Crystalis do caçador. A luminosidade mágica da barreira pulsava, delineando a desigual batalha entre forças sobrenaturais.
Crystalis, encurralada dentro da barreira protetora, é vítima de sua própria debilidade. A exaustão a envolve, e a tentativa de resistência culmina em seu desmaio, enquanto a barreira mantém suas irmãs afastadas.
Em um momento de tensão, as irmãs de Crystalis, inicialmente corteses, pedem ao caçador que entregue sua irmã. Contudo, o caçador, imperturbável, recusa a oferta imediatamente. A paciência das quatro gêmeas, então, chega ao limite, e uma onda de poder sobrenatural percorre a cidade, transformando os remanescentes humanos em vampiros em uma exibição de sua ira.
O caçador de vampiros, agora temeroso, não hesita em agir. Num gesto de precaução, ele ergue Crystalis nos braços, carregando-a até seu cavalo. Enquanto foge às pressas da cidade, Crystalis, ainda atordoada, desperta brevemente. Seus olhos, uma mistura de confusão e consciência, testemunham o caos que suas irmãs provocam, transformando rapidamente os humanos em criaturas da noite.
O cavalo do caçador galopa pela escuridão, afastando-se da cidade mergulhada na metamorfose vampírica. A cena intensifica-se com a dualidade de Crystalis sendo carregada para longe da batalha, enquanto suas irmãs, envoltas em poder sobrenatural, continuam sua cruzada noturna, marcando a cidade com uma transformação irreversível.
Quando o caçador de vampiros triunfou ao escapar da cidade com Crystalis, uma tempestade desencadeou o caos no coração de Geovanete. Raios arroxeavam o céu, dançando freneticamente, enquanto uma névoa vermelha sinistra se infiltrava nas ruas da cidade. Em um breve momento, meros segundos que pareciam uma eternidade, todos os que haviam sido transformados em vampiros simplesmente desapareceram.
Eldarya, a Deusa soberana deste mundo, percebeu uma presença perturbadora invadindo seu domínio celestial. Um ser misterioso havia sequestrado todos os vampiros, dispersando-os por distintos universos, realidades e até mesmo períodos temporais. As quatro irmãs gêmeas que compunham o cerne divino ficaram atordoadas, incapazes de compreender completamente o que acabara de se desenrolar diante delas.
O medo permeava o ambiente, enquanto o mundo de Eldarya se via confrontado por uma força sombria que transcendia fronteiras dimensionais.
O caçador de vampiros, mergulhado em sua missão, permanecia alheio ao turbilhão de acontecimentos que se desdobravam. Conduziu Crystalis a uma prisão meticulosamente concebida para vampiros, onde centenas de seus colegas de ofício aguardavam ansiosos. As grades da cela eram forjadas a partir de uma estrela adormecida, um aço capaz de conter até mesmo os vampiros mais poderosos.
Ao adentrar aquele recinto sombrio, os caçadores de vampiros depositaram Crystalis em uma cela especialmente projetada para ela. As grades, feitas da mencionada estrela adormecida, emanavam uma aura de contensão mágica, desafiando qualquer tentativa de fuga. No entanto, Crystalis, sendo a primeira vampira, transcendia as limitações da própria prisão.
Mesmo com sua força excepcional, Crystalis encontrava-se debilitada após cinco mil anos de aprisionamento. Durante esse tempo, ela desvendara segredos sobre sua origem. Descobriu que seus pais, antes de seu nascimento e o de seus irmãos, tiveram oito filhos, todos submetidos a experimentos biológicos e mágicos. Diante do fracasso dessas pesquisas, os pais, em um ato desesperado para "proteger" os filhos, lançaram uma magia poderosa que transferiu as mentes e almas dos oito filhos para o corpo de Crystalis, que ainda se desenvolvia no ventre de sua mãe. Assim, Crystalis carregava consigo não apenas sua própria existência, mas as mentes e almas de oito outros seres, uma fusão complexa de destinos entrelaçados ao longo dos milênios.
Continuação...
( Subcapítulo 1 ao 6)
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