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capítulo 23: O Tormento de MORS e a Luz de uma Nova Esperança

Data de publicação: 09/08/2024
Palavras: 5.128


MORS, uma entidade que transcende a compreensão, tão poderosa quanto enigmática. A personificação pura da morte, imortal e indestrutível. Sua origem? Um mistério envolto em segredos antigos e temores insondáveis.

Jhon Frederick, o celestial renegado, foi o criador de MORS. Para compreender a grandiosidade desse ato, é essencial primeiro desvendar a essência dos celestiais. Diferente dos humanos, os celestiais não nascem de maneira convencional. Eles começam sua existência como pequenos núcleos de energia divina, que se desenvolvem dentro de suas mães durante três anos, crescendo lentamente até o momento de sua extração em um ritual sagrado e complexo.

Os celestiais mais poderosos são capazes de emergir antes mesmo de completarem cem dias de desenvolvimento, manifestando-se já como crianças de cerca de cinco anos de idade, com um vigor e potencial incomparáveis. Em contrapartida, os celestiais comuns nascem com o tamanho de bebês humanos, e, embora ainda extraordinários, enfrentam restrições em seu crescimento e poder ao longo de suas vidas.

Jhon Frederick, porém, era uma anomalia desde o início. Ele cresceu no ventre de sua mãe como um bebê humano, um evento extremamente raro e, embora aceito pelos celestiais, causava desconforto entre alguns. Sua peculiaridade não parava por aí; ao nascer, seus olhos eram verdes e seu cabelo, negro como a noite.

Os celestiais consideravam cabelos negros como um sinal de maldição, acreditando que aqueles que os possuíam estavam destinados a trazer destruição. Celestiais com olhos vermelhos eram vistos como renegados, portadores de desgraças. No entanto, olhos verdes eram algo inédito e aterrorizante, pois nunca antes vistos na história celestial. A visão de Jhon Frederick, com sua aparência única, provocou medo e incerteza em seus pais e em sua comunidade.

Jhon Frederick desafiou as expectativas de sua cultura e o entendimento de seu povo. Apesar das desconfianças e do temor que sua presença evocava, ele superou as barreiras impostas pela tradição celestial. Foi essa singularidade e força interior que o levaram a criar MORS, uma entidade que refletia sua própria complexidade e poder.

Jhon Frederick, ao ser confrontado pelo Conselho dos Celestiais, declarou sua visão com firmeza:

- Vocês me temem porque não compreendem. Acham que meu cabelo e meus olhos são presságios de destruição. Mas eu sou a prova de que a mudança é inevitável e necessária.

O líder do Conselho, com uma expressão de desdém, respondeu:

- Jhon Frederick, sua existência desafia tudo o que sabemos. Como podemos confiar em alguém que nasceu fora de nossas leis e tradições?

Jhon, com um olhar determinado, replicou:

- Eu não escolhi nascer assim! Eu apenas nasci.

O silêncio que se seguiu foi preenchido pela tensão, enquanto os celestiais presentes contemplavam o significado profundo das palavras de Jhon Frederick.

Mas, voltando um pouco no passado de Jhon.

Desde a infância, Jhon enfrentava inúmeros desafios. As outras crianças não o aceitavam devido à sua aparência incomum e à aura de mistério que o cercava. No entanto, com o passar do tempo, ele começou a compreender a natureza de seus poderes e a verdadeira extensão de sua singularidade. Seus olhos verdes, distintos dos dourados tradicionais, possuíam a habilidade de ver a verdade oculta.

Com essa habilidade, Jhon se infiltrou no palácio dos celestiais que lideravam seu povo. Foi lá que ele fez uma descoberta surpreendente: os soberanos, seres com poderes que ultrapassavam os dos celestiais comuns. Durante uma dessas incursões clandestinas, Jhon ouviu uma conversa alarmante que o fez refletir sobre o destino de seu mundo. Ele descobriu que os soberanos se alimentavam da vitalidade dos seres vivos. Cada vez que alguém morria, sua vitalidade era transferida para esses seres poderosos.

Aos poucos, Jhon começou a desvendar os segredos e a corrupção tanto dos celestiais quanto dos soberanos. Com o tempo, ele reuniu uma quantidade colossal de energia, determinada a criar algo que pudesse desafiar os planos dos soberanos. Esse algo era a personificação da morte, uma entidade capaz de trazer um fim definitivo. Assim, Jhon criou MORS, um ser que unificava a alma e a vitalidade dos seres vivos, garantindo que cada morte levasse a alma diretamente para ela.

Em uma de suas incursões ao palácio, Jhon confrontou um dos soberanos após descobrir a verdade.

- Vocês se alimentam da vitalidade dos vivos, condenando-os a uma existência efêmera para manter seu poder. Isso é inadmissível - declarou Jhon com firmeza.

O soberano, com um sorriso frio, respondeu:

- E o que pretende fazer, Jhon Frederick? Você é apenas uma anomalia, um desvio de nossa perfeição.

Jhon, com os olhos verdes brilhando de determinação, replicou:

- Eu pretendo mudar tudo. Criarei algo que nem mesmo vocês podem controlar. A morte verdadeira. MORS irá garantir que suas almas não sejam mais consumidas por sua ganância.

O soberano riu, mas havia um traço de preocupação em seus olhos.

- Tente, se puder. Mas saiba que está brincando com forças que não compreende.

Jhon, imperturbável, concluiu:

- Eu compreendo mais do que vocês imaginam. E é exatamente por isso que eu criei MORS.

O tempo passou e os soberanos, perplexos, perceberam que a vitalidade dos seres vivos não chegava mais até eles. Desesperados e enfurecidos, convocaram os celestiais encarregados de seus trabalhos sujos. Acusaram-nos de roubar a vitalidade para si, crendo que estavam sendo traídos.

- Quem entre vocês ousou desafiar nosso poder? - rugiu um dos soberanos, com os olhos flamejantes de fúria.

Os celestiais, confusos e amedrontados, tentaram se defender, mas suas palavras caíram em ouvidos surdos. Os soberanos, indignados com a suposta traição, exterminaram todos os celestiais presentes na reunião.

A notícia do massacre se espalhou rapidamente, e o povo celestial entrou em pânico. Em busca de respostas, eles enviaram patrulhas para todos os cantos dos universos conhecidos, determinados a descobrir o que estava acontecendo.

Foi então que perceberam a terrível verdade: em todos os universos, seres que antes eram imortais haviam se tornado efêmeros, meros mortais. A presença de MORS e suas personificações espalhadas por toda a criação havia mudado o curso da existência.

Os celestiais, ao descobrir a extensão do que Jhon Frederick havia feito, foram tomados por uma fúria incontida. Determinados a confrontá-lo, marcharam até onde ele se encontrava, prontos para enfrentá-lo.

À frente do exército celestial, o líder dos celestiais bradou:

- Jhon Frederick, sua traição trouxe ruína ao nosso povo. Você deve pagar pelo que fez!

Jhon, com um semblante resoluto, respondeu:

- Eu trouxe liberdade aos seres vivos. Vocês não compreendem a importância do que foi feito. MORS é a libertação das correntes impostas por vocês e os soberanos.

O líder celestial avançou, seus olhos ardendo de raiva.

- Suas palavras não vão salvar você. Prepare-se para enfrentar a justiça celestial!

Jhon ergueu a mão, invocando seu poder.

- Se é sangue que vocês querem, é uma sangue que terão.

E assim, uma batalha épica se desenrolou. Raios de energia cruzavam o céu enquanto celestiais e personificações de MORS colidiam em um confronto titânico. O choque de forças reverberava por todo o universo, cada golpe ecoando a determinação de Jhon em proteger sua criação e a fúria dos celestiais em restaurar sua antiga ordem.

Subcapítulo 1: A criação de MORS e seus motivos da obsessão por seu pai.
Há mais de vigintilhão (10⁶³) de anos, uma guerra devastadora assolou a Terra Eterna, desencadeada por ideais divergentes entre os seres imortais que a habitavam. O pai de Penélope, um celestial de mente inquisitiva e questionadora, recusou-se a aceitar a noção de que todos os seres vivos deveriam ser imortais. Conhecedor de segredos sombrios que envolviam alguns de seus semelhantes, decidiu expô-los à comunidade celestial.

Ao revelar essas verdades perturbadoras, encontrou apenas hostilidade e rejeição por parte de seus pares. Determinado a obter mais poder para concretizar sua visão, lançou-se em uma jornada de ascensão, tornando-se o pioneiro e o primeiro imperador do poder. Seu poder tornou-se incomparável, e com isso, ele criou MORS, a Senhora da Morte.

A mera existência de MORS alterou o equilíbrio cósmico, tornando até mesmo os celestiais vulneráveis diante dela. MORS, por sua vez, criou suas próprias personificações e os ceifeiros para executar sua vontade, coletando as almas imortais e transformando a natureza da existência nos universos conhecidos, deixando apenas os mortais.

A reação dos celestiais à afronta do pai de Penélope desencadeou a Guerra de Sangue. Em sua determinação feroz, o pai de Penélope enfrentou e matou mais de 20 mil celestiais sozinho. No entanto, sua vitória foi breve, pois celestiais reis emergiram das sombras para desafiá-lo, deixando-o ferido e debilitado.

Diante dessa ameaça, MORS foi forçada a intervir, enfrentando sozinha e triunfando sobre 13 celestiais reis. O feito foi tão impressionante que deixou todos os celestiais atônitos, dominados pelo nervosismo e pelo medo diante do poder imensurável de MORS.

O pai de Penélope iniciou um empreendimento audacioso: a criação de seres de poder inigualável, tão formidáveis quanto MORS. Esses seres, concebidos para transcender as limitações dos celestiais, representavam uma ruptura nos planos estabelecidos pelos governantes do universo. ( Os soberanos ) Determinado a remodelar a ordem cósmica de acordo com sua própria visão, o pai de Penélope estava alinhando as peças do quebra-cabeça universal conforme considerava adequado.

Os celestiais, no entanto, não compartilhavam de sua perspectiva. Vendo suas criações como uma ameaça à estabilidade e à autoridade cósmica, lançaram ataques implacáveis contra ele. Cada golpe era uma manifestação da resistência dos celestiais à mudança, uma tentativa desesperada de preservar o status quo e manter o controle sobre os destinos do universo.

Quando Jhon, o pai de Penélope, a criou, estava mergulhado em uma tristeza profunda. A descoberta de artefatos tão antigos quanto os celestiais trouxe consigo informações cruciais para seus planos, mas ele não estava satisfeito com o que encontrara. Jhon tinha encontrado a "chave" para a liberdade de todos os seres e universos, mas os sacrifícios exigidos eram imensuráveis. Ele lamentou ter dado início a essa guerra interminável, arrependendo-se profundamente de suas ações e desejando fervorosamente nunca ter existido.

A peculiaridade dos celestiais reside no fato de que não podem lamentar sua própria existência, pois isso resultaria em seu desaparecimento imediato. No entanto, Jhon não desapareceu. Ele ficou incrédulo diante desse fenômeno incomum, pois havia lamentado sua existência do fundo do coração, mas ainda permanecia presente. Esse enigma tornou-se uma fonte de curiosidade e objetivo em seus planos, impulsionando-o a desvendar os mistérios mais profundos do universo e de sua própria natureza.

Jhon estava exausto. Sentado no trono de pedra em seu santuário oculto, ele contemplava os mapas estelares e os antigos textos espalhados à sua frente. Sua mente fervilhava com a complexidade dos planos que precisava executar para libertar os universos da tirania dos celestiais.

De repente, um ruído suave interrompeu seus pensamentos. Ele ergueu o olhar para ver Penélope, sua filha, entrando na sala. Seus olhos, refletindo a mesma determinação de seu pai, brilhavam na luz fraca das tochas.

- Pai, as patrulhas celestiais estão se aproximando. - disse ela, sua voz cheia de urgência.

Jhon suspirou, passando a mão pelo cabelo grisalho.

- Eu sabia que este dia chegaria. - ele respondeu, levantando-se lentamente. - Mas não esperava que fosse tão cedo. Temos pouco tempo.

Penélope olhou para o pai, seu coração apertado ao ver a expressão de tristeza em seu rosto.

- Não podemos fugir para sempre, pai. Precisamos enfrentar isso de uma vez por todas.

Jhon assentiu, seus olhos encontrando os de Penélope.

- Você está certa. Mas primeiro, precisamos garantir que MORS e suas criações estejam seguras. Elas são nossa única esperança.

Com um gesto, ele convocou um dos ceifeiros, que apareceu silenciosamente ao seu lado.

- Prepare os portais. Precisamos evacuar todos os nossos aliados para um lugar seguro. - ordenou Jhon.

O ceifeiro assentiu e desapareceu em um turbilhão de sombras.

Penélope se aproximou do pai, segurando sua mão.

- E quanto a você, pai? O que vai fazer?

Jhon sorriu tristemente.

- Eu enfrentarei os celestiais reis. Sozinho. É o único jeito de dar a vocês uma chance de escapar.

Penélope sentiu lágrimas brotarem em seus olhos, mas sabia que discutir seria inútil. O destino do universo estava em jogo, e ela confiava plenamente no julgamento de seu pai.

- Eu voltarei para você, pai. Prometo. - disse ela, sua voz firme apesar do medo.

Jhon a abraçou, sentindo a força e a coragem de sua filha infundir-lhe uma nova determinação.

- Eu sei que sim, minha querida. Agora, vá. O destino de todos depende de você.

Enquanto Penélope se afastava, Jhon voltou sua atenção para os textos antigos mais uma vez. Ele sabia que a chave para vencer essa guerra residia neles, e estava determinado a decifrar cada palavra antes do confronto final.

Com a guerra iminente e os celestiais se aproximando, Jhon se preparava para a batalha. A criação de MORS e a luta pela liberdade dos universos eram apenas o começo de uma nova era. E, enquanto enfrentava seus inimigos, Penélope e os aliados de MORS carregavam a esperança de um futuro onde a vida, mortal ou imortal, pudesse finalmente encontrar a verdadeira liberdade.

- Quando Penélope se encontrou com MORS, sua irmã, ela revelou os planos de seu pai. Pela primeira vez, MORS chorou, sabendo que aquele seria o fim de seu pai.

Desesperada, MORS se teleportou até ele. Ao chegar, encontrou-o no chão, sem vida. - Impossível... ninguém poderia ter vencido ele - pensou MORS, até descobrir que seu pai havia revelado um dos segredos ancestrais das escrituras, sendo condenado à morte.

Tomada por uma fúria indescritível, MORS abalou o cosmo inteiro, fazendo todos os seres vivos sentirem uma dor horrível.

Após decifrar completamente as escrituras, MORS descobriu como voltar no tempo. Diante de uma escolha agonizante, salvar seu pai ou refazer sua própria criação, MORS decidiu voltar no tempo, ao exato momento de sua criação.

- Pai, eu não posso deixar isso acontecer - murmurou MORS, com lágrimas escorrendo pelo rosto enquanto o tempo se retraía ao passado.

Num piscar de olhos, ela estava lá novamente, no instante em que sua existência começou.

- Quando MORS viu seu criador, ela sorriu de uma forma que fez suas espinhas arrepiarem. MORS era apaixonada por seu pai, e essa paixão a havia levado a voltar no tempo inúmeras vezes, desequilibrando a linha temporal.

Na sua última chance, MORS escolheu novamente o momento de sua criação. Sua paixão por seu pai era tão intensa que ela se sacrificou e modificou sua própria criação, apenas para ter a mesma cor dos olhos de seu pai. Ela queria mostrar que não era algo ruim ter olhos verdes.

- Pai, veja, os meus olhos... não são uma maldição - disse MORS, revelando seus novos olhos.

Seu pai frequentemente reclamava que seus próprios olhos e cabelos eram a causa de seus problemas. Tentando aliviar essa culpa, MORS alterou a cor dos seus olhos. Porém, o sucesso foi parcial: um olho ficou verde, enquanto o outro permaneceu vermelho.

- Eu fiz isso por você. Para que saiba que eu compreendo e compartilho sua dor - murmurou MORS, segurando as lágrimas.

Seu pai não entendia absolutamente nada do que sua filha dizia. Ele pensava que MORS era uma criação falha.

- Pai, eu não sou uma falha! - gritou MORS, desesperada. - Eu resetei o tempo diversas vezes só para salvar você!

Mas seu pai continuava confuso, incapaz de compreender suas palavras. MORS percebeu que, para ele, nada fazia sentido, então decidiu agir como se tudo estivesse normal, esperando o momento em que ele seria condenado pelas escrituras.

MORS então planejou com Penélope uma troca das escrituras por falsas, para que seu pai não pudesse decifrá-las.

- Penélope, temos que agir rápido. Essas falsas escrituras vão confundi-lo e impedir que ele revele os segredos - disse MORS com determinação.

Quando o dia chegou, Jhon Frederick tentava decifrar as escrituras, mas não conseguia. MORS trancou a base de seu pai para que ele não pudesse escapar.

- Pai, fique aqui, você estará seguro," sussurrou MORS antes de se preparar para o confronto.

MORS enfrentou os celestiais que vinham para eliminar seu pai. Com coragem e determinação, ela se ergueu contra eles, pronta para proteger Jhon Frederick a qualquer custo.

- Vocês não o levarão. Ele é meu pai e não permitirei que o matem - declarou MORS, sua voz reverberando pelo cosmos enquanto se preparava para a batalha.

Durante a batalha, um soberano apareceu e, com um golpe devastador, eliminou o pai de MORS. A visão do corpo sem vida de Jhon Frederick fez uma fúria indescritível tomar conta de MORS.

- Não! Pai! - gritou MORS, sua voz ecoando pelo cosmos enquanto uma dor profunda se transformava em raiva.

Determinado a vingar a morte de seu pai, MORS enfrentou o soberano. A batalha foi intensa, cada golpe reverberando com uma força que parecia abalar os alicerces do universo. MORS lutou com todas as suas forças, cada movimento impulsionado pelo desejo de salvar seu pai.

- Você não entenderá o que é amor verdadeiro. Não permitirei que você vença - gritou MORS, os olhos ardendo com uma mistura de lágrimas e determinação.

Após um esforço hercúleo, MORS finalmente derrotou o soberano. Exausta, ela lembrou-se do que havia descoberto nas escrituras. Usando a energia do soberano derrotado, MORS executou um ritual complexo e poderoso para ressuscitar seu pai, Jhon Frederick.

- Volte para nós, pai - murmurou MORS enquanto canalizava a energia vital.

Jhon Frederick abriu os olhos, respirando novamente. MORS nunca contou a ele sobre o sacrifício e as inúmeras vezes que viu seu pai se sacrificar pelos filhos.

- Estou aqui, pai. Tudo ficará bem - disse MORS, com um sorriso suave, ocultando a verdade e os sacrifícios que havia feito por ele.

Apesar de ter ressuscitado seu pai, MORS não encontrou a paz. Em vez disso, ela foi amaldiçoada a testemunhar o sofrimento repetidamente. Um castigo cruel, imposto pelos poderes que tentaram impedir suas ações.

Agora, MORS vive em um ciclo interminável de dor, forçada a ver seu pai ser eliminado inúmeras vezes. A cada vez que seu pai morre, o cenário se repete, e MORS é transportada de volta ao momento da perda.

Ela se vê obrigando-se a reviver cada momento de tristeza e desespero, seu coração quebrado por cada novo sacrifício. A sensação de impotência é constante, e a dor nunca diminui.

- Por que essa tortura interminável? - MORS pergunta em desespero, enquanto as lágrimas escorrem pelo seu rosto. - Eu fiz tudo por você, pai. Por que tenho que sofrer assim?

Cada eliminação de Jhon Frederick é uma facada no coração de MORS, que agora vive em um loop interminável, o peso das suas escolhas e sacrifícios se transformando em uma condenação eterna. O ciclo continua, e ela se pergunta se algum dia encontrará a liberdade de sua própria maldição.

Após incontáveis vezes no loop, um soberano apareceu diante de MORS. Com um tom frio e distante, ele revelou a verdade por trás de sua maldição.

- Tudo isso é culpa do seu pai - disse o soberano. - Ele roubou as escrituras dos soberanos, e sua punição é consequência de suas ações. Você não é a única a viver nesse loop; ele também está preso, mas de uma forma mais complexa.

MORS ficou paralisada com a revelação, o peso das palavras afundando em seu coração. Determinada a escapar desse ciclo eterno, ela começou a planejar sua fuga, cada ideia cuidadosamente elaborada para quebrar a maldição.

Mas o destino a surpreendeu. Em um ato inesperado, seu pai, Jhon Frederick, conseguiu quebrar a maldição ao criar uma nova filha a partir de seu próprio sangue: Violet. Esse ato restaurou o equilíbrio e fez o tempo resetar, voltando momentos antes dos celestiais chegarem à base de Jhon Frederick. No entanto, Jhon Frederick não se lembrava do ocorrido, nem mesmo da criação de Violet.

Quando os celestiais chegaram com o soberano, que detectou a alteração no tempo, Violet já havia tomado providências. Usando seus próprios poderes, ela havia transportado seu pai e os aliados dele para uma dimensão que ela controlava sozinha.

- Estamos seguros aqui, pai - disse Violet, com um olhar decidido. - Eu vou proteger vocês e assegurar que não enfrentem mais essa ameaça.

A nova dimensão criada por Violet era um espaço seguro, onde ela tinha total controle. Agora, enquanto os celestiais e o soberano buscavam por eles no mundo exterior, Jhon Frederick e seus aliados estavam em um refúgio protegido, longe da ameaça iminente. A história de MORS e seu ciclo interminável parecia ter chegado a uma pausa, com uma nova esperança emergindo para enfrentar o futuro.


- Virtus! Mas como você soube disso? - Luna franziu o cenho, a preocupação evidente em sua voz. - Quero dizer, se ela não te contou, quem foi que contou?

Virtus lançou um olhar significativo a todos no quarto antes de se aproximar de Luna. Com a voz baixa e cheia de cautela, pediu:

- Luna, você precisa prometer que isso fica entre nós. Ninguém mais deve saber além dos que já estão aqui.

Luna assentiu, sentindo o peso das palavras de Virtus.

- Foi Violet - ele continuou. - Ela conseguiu ver o que aconteceu, mesmo com o tempo sendo resetado várias vezes.

O silêncio que seguiu foi quase palpável, enquanto todos no quarto digeriam a revelação. Luna finalmente quebrou o silêncio, a voz quase um sussurro:

- Como é possível? E o que mais ela viu?

- Não sabemos mais do que já foi contado.

Subcapítulo 2: A casa da morte!

Reuel Ashford-Valet despertou em um lugar desconhecido. Seus olhos se abriram lentamente para um quarto de beleza deslumbrante, quase surreal. Cada detalhe ao seu redor parecia meticulosamente planejado, das intrincadas decorações em ouro aos cristais que adornavam as paredes, refletindo a luz em suaves tons brilhantes. A grandiosidade do ambiente era tamanha que o imperador Ashford se viu momentaneamente sem palavras, perdido na contemplação.

Ele olhou ao redor, ainda atordoado, procurando sua camisa. A mente, ainda turva pelo sono, não conseguia entender onde estava ou como havia chegado ali. Quando finalmente avistou a peça de roupa em um canto, uma mulher surgiu diante dele, como se tivesse se materializado do nada. Seus olhos, intensos e perturbadores, pareciam penetrar a alma de Ashford. Sem hesitar, ela agarrou a camisa, e com um simples gesto, fez com que ela se incendiasse em chamas azuis.

- Você não pode usar algo de fora aqui - disse ela, sua voz soando como um eco distante.

Ashford, ainda surpreso com a aparição repentina e com a destruição de sua camisa, a observou por um momento antes de perguntar, com curiosidade na voz:

- Quem é você? E onde exatamente eu estou?

A mulher, mantendo seu olhar intenso sobre ele, respondeu com uma calma assustadora:

- Eu sou Miri, uma das personificações da Morte. - Ela fez uma pausa, permitindo que a informação se assentasse antes de continuar. - E este lugar... é o quarto de Mors, dentro do Palácio da Morte, no Reino das Almas.

O ar parecia pesar ao redor deles enquanto Ashford processava suas palavras, tentando compreender a magnitude do que acabara de ouvir.

Ashford se levantou da cama, sentindo o frio do chão de mármore sob seus pés descalços. Ao perceber que ainda estava de calças, algo dentro dele disparou um alerta. Ele sabia que Miri não deixaria essa peça de roupa passar despercebida, especialmente depois do que havia feito com sua camisa.

Ele lançou um olhar cauteloso para Miri, antecipando o que viria a seguir. E, como esperado, ela se aproximou com um semblante determinado.

- Tire essas calças, Ashford - ordenou Miri, a voz carregada de uma autoridade que parecia indiscutível. - Elas precisam ser queimadas.

Ashford cruzou os braços, firme em sua decisão de não ceder.

- Eu não vou tirar as calças, Miri - respondeu, a irritação evidente em seu tom.

Percebendo que as palavras não a demoveriam, Ashford fez uma tentativa desesperada de escapar, correndo em direção à porta. Mas Miri era mais rápida. Num movimento ágil, ela estendeu a mão e uma chama azul-escura irrompeu de seus dedos, atingindo as calças de Ashford e reduzindo-as a cinzas em questão de segundos.

Ashford ficou ali, sem roupas, coberto apenas pela sua própria indignação. Com um gesto brusco, ele tentou cobrir suas partes íntimas com as mãos, o rosto ruborizado de vergonha e raiva.

- Isso não foi necessário! - exclamou ele, a voz carregada de frustração. - Você podia simplesmente ter me dado outras roupas antes de fazer isso!

Miri o observou por um instante, sua expressão antes inflexível agora suavizada por um raro lampejo de compreensão.

- Você tem razão - admitiu ela, sua voz, embora ainda calma, trazia uma nota de arrependimento. - Eu poderia ter agido de outra forma.

O silêncio que se seguiu foi preenchido pela tensão entre os dois, mas também por uma compreensão mútua que começou a surgir nas palavras não ditas.



Logo em seguida, MORS entrou no quarto e parou abruptamente ao ver Reuel Ashford-Valet completamente nu diante dela. Ele estava de costas, revelando sua nudez de forma inesperada. Sentindo o calor subir ao rosto, MORS desviou o olhar, tentando manter a compostura. Porém, ao notar Miri no canto do quarto, a compreensão da situação caiu sobre ela como um peso esmagador.

Sem hesitar, MORS caminhou até Miri com passos firmes, sua expressão endurecendo. Com um movimento rápido e certeiro, golpeou o estômago de Miri com força implacável. Miri desabou no chão, gemendo de dor e murmurando desculpas, a confusão estampada em seu rosto.

- Saia do quarto, agora! - ordenou MORS, sua voz fria como o gelo.

Ainda agonizando, Miri se arrastou para fora do quarto, o medo e o arrependimento em seus olhos. Assim que a porta se fechou, MORS se virou para Reuel, agora mais serena. Com um simples gesto, ela materializou uma roupa adequada para ele, cobrindo sua nudez e restaurando a dignidade da situação.

- Vista-se. Não podemos perder tempo. - disse ela, em um tom que mesclava ordem e preocupação.

Ashford-Valet pegou a roupa que estava à sua disposição e começou a se vestir, enquanto MORS permanecia de costas para ele, em silêncio. A tensão no ar era palpável, mas Ashford não conseguiu conter as perguntas que fervilhavam em sua mente.

- Por que você me trouxe aqui? - ele perguntou, tentando entender a situação em que se encontrava.

MORS hesitou, a ausência de resposta falando mais do que qualquer palavra. O silêncio era quase ensurdecedor, e Ashford não estava disposto a deixá-lo perdurar.

- Por favor, me responda! Por que você me trouxe aqui? - insistiu, sua voz carregada de urgência.

Finalmente, MORS se virou, seus olhos refletindo uma preocupação profunda.

- Você estava em perigo - ela respondeu, a seriedade em sua voz deixando claro o peso de suas palavras.

Ashford franziu o cenho, confuso.

- Em perigo? O que você quer dizer com isso? Tem a ver com o sangue que estava no meu corpo?

MORS respirou fundo antes de responder, como se estivesse reunindo coragem para dizer o que viria a seguir.

- Sim, Reuel Ashford-Valet... - ela começou, com a voz baixa e grave. - Você irritou Lilith, mas não foi só ela. Também provocou a ira de alguém com o mesmo nível de poder que Lilith... Mortheus.

Reuel Ashford-Valet começou a sentir uma estranha mudança dentro de si, uma sensação totalmente nova e distinta, que parecia reverberar em cada célula de seu corpo. Confuso e um tanto alarmado, ele não pôde deixar de perguntar:

- MORS! Que energia é essa?

MORS se voltou para ele, seu olhar carregado de uma gravidade incomum.

- Essa energia que você está sentindo - respondeu ela, sua voz calma, mas séria - é fruto do poder de Jhon Frederick.

Por um instante, as palavras pairaram no ar, e a compreensão começou a tomar forma na mente de Ashford. Ele se deu conta de que essa energia era um resquício de seu antigo eu, de quando ele havia sido um celestial. A revelação o atingiu com força, mas o alívio de entender logo foi substituído por um desconforto crescente.

- Mas... se essa energia é minha... - começou ele, com a voz hesitante, tentando compreender o que estava acontecendo.

- Essa energia foi criada especificamente para mim - interrompeu MORS, a preocupação evidente em sua expressão. - E, por isso, está afetando seu corpo de maneira adversa, especialmente porque estamos em um lugar destinado apenas às almas.

Ashford começou a sentir sua cabeça girar, o mal-estar aumentando a cada segundo. A energia que antes parecia apenas estranha, agora se tornava opressiva, como se estivesse sufocando sua força vital.

Percebendo o sofrimento de Ashford, MORS agiu rapidamente, estendendo a mão na direção dele. Com um gesto suave, quase imperceptível, ela neutralizou os efeitos daquela energia, aliviando o corpo de Reuel da pressão que o estava consumindo.

- Está tudo bem agora - murmurou MORS, sua voz suave, mas carregada de um cuidado profundo. - Eu neutralizei a energia. Você vai ficar bem.

Ashford respirou fundo, sentindo o peso em seu corpo diminuir. Mas a sensação de inquietação persistia, enquanto ele tentava assimilar a magnitude do que havia acabado de descobrir.

Reuel Ashford-Valet respirou fundo, tentando recuperar o equilíbrio após a neutralização da energia. Ainda atordoado, ele virou-se para MORS, a preocupação evidente em seus olhos.

- MORS, quanto tempo eu fiquei dormindo? - perguntou, a ansiedade crescendo em seu peito.

MORS hesitou por um momento, como se ponderasse a melhor forma de responder.

- Cinco dias - respondeu finalmente, sua voz baixa, mas clara.

Os olhos de Reuel se arregalaram em choque.

- Cinco dias? - repetiu, a preocupação tomando conta de sua expressão. - Isso é muito tempo... O que aconteceu? Por que eu fiquei tanto tempo inconsciente?

MORS observou Reuel com um olhar de compreensão, mas também com uma calma que parecia quase sobrenatural.

- Sua última luta foi intensa, Reuel. Seu corpo foi levado ao limite, exigindo mais do que ele poderia suportar sem um descanso prolongado. Por isso, eu o trouxe para cá. - MORS fez uma pausa, suas palavras carregadas de significado. - Eu o sequestrei para mantê-lo em segurança enquanto você descansava em paz.

Reuel processou a informação, sentindo uma mistura de alívio e inquietação. Ele sabia que a batalha tinha sido árdua, mas não imaginava que o preço a pagar seria tão alto. Ainda assim, a explicação de MORS não o tranquilizou por completo.

- Mas... cinco dias... - ele começou, sua voz ainda carregada de preocupação. - As coisas lá fora podem ter mudado muito enquanto eu estive aqui. Como posso recuperar o tempo perdido?

MORS esboçou um leve sorriso, uma expressão que era ao mesmo tempo reconfortante e misteriosa.

- O tempo passa de forma diferente neste lugar, Reuel. O que pareceu cinco dias aqui pode não ter sido o mesmo lá fora. O fluxo temporal neste espaço é único, distorcido... E isso é algo que eu usei a seu favor.

Reuel franziu o cenho, absorvendo essa nova informação. A ideia de que o tempo não era linear naquele espaço era desconcertante, mas também um alívio. Talvez, afinal, ele não tivesse perdido tanto tempo quanto temia.

- Então, eu ainda tenho tempo... - murmurou, mais para si mesmo do que para MORS, sentindo um pouco da tensão se dissipar.

MORS assentiu lentamente, seus olhos fixos nos de Reuel, como se tentasse transmitir a seriedade da situação.

- Sim, Reuel. Mas é crucial que você esteja preparado. Ainda há desafios à frente, e seu corpo precisará estar em perfeita forma para enfrentá-los.

- Enfrentá-los? De que você está falando?

Caso você tenha gostado da história, não deixe de curtir e seguir. Seus comentários são extremamente valiosos para mim, então sinta-se à vontade para compartilhar suas opiniões e impressões.

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