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Capítulo 21: O começo da carnificina

Data de publicação: 19/07/2024
Palavras: 8.715

O silêncio que precedia o amanhecer foi quebrado por um presságio sinistro, como se a própria terra estivesse se preparando para um evento que mudaria a história do mundo. Todos aqueles que já foram à guerra ou lutaram sentiram algo aterrorizante se aproximando: uma brisa fria carregada com o cheiro metálico de sangue. Os guerreiros mais fortes de cada canto do mundo sentiram o aviso da mãe natureza: a guerra estava chegando! E nada poderia impedir que a guerra começasse.

O império de Partum havia se expandido por todo o continente de Aeternia, agora dominando um vasto território. As vantagens estavam ao seu favor. A reconstrução e limpeza dos castelos e palácios anteriormente congelados eram agora meticulosas e organizadas. No entanto, algo ainda preocupava o imperador de Partum: os anjos que se aproximavam a apenas um dia de Darkmoor. O reino de Darkmoor já estava preparado para recebê-los, mas as verdadeiras intenções dos anjos continuavam envoltas em mistério.

O sol poente tingia o céu de tons de laranja e roxo enquanto Reuel Ashford-Valet, o imperador de Partum, contemplava o horizonte do alto de uma das torres restauradas. O vento gélido da tarde agitava suas vestes enquanto ele refletia sobre o significado da aproximação dos anjos. "Será que eles vêm em paz ou trazem consigo uma tempestade oculta?", pensava ele em silêncio.

Ao seu redor, os corredores do palácio ecoavam com o som dos passos dos serviçais, ocupados com os preparativos para a iminente visita celestial. Os sinais de reconstrução eram visíveis por toda parte: tapeçarias desbotadas agora eram substituídas por tecidos ricos e vibrantes, enquanto estátuas antes quebradas eram restauradas à sua antiga glória. Partum se erguia novamente, não apenas como um império poderoso, mas também como um símbolo de ressurgimento e renovação.

No entanto, apesar da aparente calma e prosperidade, o imperador sabia que os ventos da mudança sopravam. A chegada dos anjos representava não apenas uma ameaça potencial, mas também uma oportunidade de entendimento e aliança. A incerteza pairava no ar, alimentando as conversas sussurradas nos salões e corredores do palácio. "Eles trazem consigo o futuro de Aeternia", murmurava um conselheiro ao passar por Reuel.

Enquanto o sol se punha lentamente sobre o horizonte, o imperador de Partum ponderava sobre os desafios que aguardavam seu império. Ele sabia que a diplomacia e a sabedoria seriam suas armas mais poderosas nos dias que estavam por vir. A guerra podia ser evitada, mas somente se ele compreendesse verdadeiramente as intenções dos seres celestiais que se aproximavam.

— Que venham — disse Reuel para si mesmo, erguendo o olhar para o céu agora tingido de tons dourados. — Estamos prontos para o que quer que o destino nos traga.

O dia passou lentamente, enquanto a tensão aumentava. Os guardas estavam em posição, prontos para receber os anjos. O imperador Reuel tinha uma ideia ousada em mente, algo que poderia mudar o curso dos eventos.

Os anjos voavam pelos céus de Partum, em uma formação majestosa. Eram tantos anjos juntos que parecia um espetáculo celestial, uma visão magnífica que prendia a atenção de todos. Eles desceram graciosamente no reino de Darkmoor, suas asas brilhando sob a luz do sol. O primeiro-ministro, Cytriano, aguardava sua chegada com uma expressão resoluta.

Um arcanjo grande e imponente desceu dos céus, suas asas enormes e sua armadura excepcional reluzindo. Ele pousou suavemente diante de Cytriano e, com uma voz autoritária, perguntou:

— Quem é o representante desta nação?

Cytriano, mantendo a compostura, deu um passo à frente.

— Eu represento o imperador Reuel Ashford-Valet, e...

Antes que pudesse continuar, o arcanjo ergueu uma mão, interrompendo-o.

— Exijo a presença do líder desta nação — disse ele, sua voz ressoando com uma autoridade inquestionável. — Somente ele pode falar por Partum.

Nesse momento, Reuel apareceu, descendo a escadaria principal com um ar de confiança e serenidade. Ele usava uma túnica real, adornada com bordados que refletiam a glória de seu império.

— Eu sou Reuel Ashford-Valet, imperador de Partum — declarou ele, sua voz firme e clara. — Fui informado que desejam falar comigo diretamente.

O arcanjo observou Reuel por um momento, como se avaliando sua postura e determinação. Em seguida, inclinou a cabeça em um gesto de respeito.

— Muito bem, imperador Reuel — disse ele. — Sou Arkanos, líder dos anjos. Estamos aqui para discutir um futuro que pode beneficiar ambos os nossos povos.

Reuel assentiu, sinalizando para que todos os presentes se acomodassem.

— Sigam-me até a sala do trono, Arkanos — disse ele. — Temos muito o que discutir.

Enquanto caminhavam juntos pelo castelo, os corredores ecoavam com os murmúrios dos serviçais e guardas, todos curiosos sobre o desenrolar daquele encontro histórico. As tapeçarias nas paredes pareciam ganhar vida, refletindo a tensão e a esperança daquele momento.

Chegando à sala do trono, Reuel indicou um lugar de destaque para Arkanos e seus acompanhantes. Ele sabia que cada palavra dita ali poderia definir o destino de Partum e de toda Aeternia.

— Vamos falar abertamente — disse Reuel, tomando seu lugar no trono. — O que os trouxe até nós e como podemos trabalhar juntos para um futuro de paz?

Arkanos respirou fundo, suas asas tremulando ligeiramente.

— Viemos em busca de uma aliança — começou ele. — Aeternia enfrenta ameaças que nenhum de nós pode combater sozinho. Juntos, podemos proteger nossas terras e nosso povo.

Reuel ouviu atentamente, sua mente já trabalhando em estratégias e possibilidades.

— Uma aliança... — repetiu ele, pensativo. — Isso pode ser o começo de algo grande, Arkanos. Vamos explorar todas as opções e ver como podemos fortalecer nossos laços.

E assim, com um ar de expectativa e determinação, Reuel e Arkanos iniciaram as negociações que poderiam moldar o futuro de seus mundos.

Em meio à conversa, o arcanjo Arkanos revelou que os anjos estavam enfrentando uma escassez de recursos. Mesmo sendo seres celestiais, eles precisavam desses recursos para alimentar os mais jovens e manter a missão que a Deusa lhes havia confiado. Reuel Ashford-Valet, atento às palavras do arcanjo, fez uma pergunta crucial:

— Qual é essa missão dada pela Deusa?

Arkanos olhou ao redor, como se verificando se estavam realmente sozinhos, e pediu discrição antes de revelar os detalhes.

— A missão é encontrar a filha de Eldarya — começou ele, a voz baixa e carregada de peso. — Ela deveria estar morta, mas nosso objetivo é trazê-la de volta, para que a Deusa possa perdoá-la. Além disso, precisamos recuperar as armas das deusas, que foram usadas no passado para combater uma vampira poderosa. Essas armas são extremamente poderosas e perigosas.

Reuel Ashford-Valet escutava com atenção, percebendo a seriedade e a complexidade da situação. Após um momento de reflexão, ele falou com determinação:

— Concordo em ajudar vocês, mas com uma condição.

Arkanos ergueu uma sobrancelha, intrigado.

— E qual seria essa condição, imperador?

Reuel fixou seu olhar no arcanjo, sua voz firme e inabalável:

— Eu quero conversar com a Deusa pessoalmente.

Os olhos de Arkanos se arregalaram em surpresa, sem acreditar na ousadia do pedido. Por um momento, o silêncio reinou na sala, enquanto ele tentava processar a demanda.

— Imperador Reuel, esse é um pedido... inusitado — disse Arkanos finalmente, ainda tentando manter a compostura. — A Deusa raramente interage diretamente com mortais.

Reuel manteve sua posição, sem desviar o olhar.

— Entendo os riscos e a raridade desse encontro, mas, para que eu possa liderar meu povo e ajudar em uma missão tão vital, preciso entender plenamente as intenções e o desejo da Deusa.

Arkanos suspirou, reconhecendo a firmeza do imperador. Ele sabia que tal pedido não poderia ser ignorado.

— Farei o possível para transmitir seu pedido à Deusa — respondeu o arcanjo. — Mas não posso garantir que ela aceitará. No entanto, sua ajuda é crucial, e farei o que estiver ao meu alcance.

Reuel assentiu, satisfeito com a resposta. Ele sabia que estava diante de uma situação delicada, mas também sentia que sua posição estratégica poderia beneficiar ambos os lados.

— Agradeço, Arkanos. Vamos trabalhar juntos para encontrar uma solução que seja benéfica para todos nós.

Com essas palavras, a reunião se encerrou, mas as implicações daquele encontro estavam apenas começando a se desdobrar. Reuel sentia que uma nova era estava prestes a começar, e ele estava determinado a estar à altura dos desafios que se apresentariam.

Arkanos, ainda visivelmente impressionado com a ousadia de Reuel, ajustou suas asas e se recompôs.

— Há mais alguns anjos e arcanjos a caminho, dirigindo-se diretamente ao palácio de Partum — informou Arkanos. — Precisamos de um local adequado para que possam ficar durante nossa missão.

Reuel Ashford-Valet, sem hesitar, assentiu.

— Isso não será um problema. Vamos garantir que todos estejam bem acomodados.

O arcanjo, demonstrando um leve alívio, continuou.

— Agradeço, imperador. Precisamos de um lugar que possa oferecer abrigo e recursos suficientes para todos nós.

Reuel sorriu, já tendo uma solução em mente.

— O reino de Darkmoor será seu — declarou ele, sua voz carregada de generosidade. — Considerem isso um presente de boas-vindas. Um reino inteiro, “vazio”, mas repleto de recursos e com total liberdade para que possam reconstruí-lo conforme suas necessidades.

Arkanos ficou visivelmente surpreso e tocado pela generosidade de Reuel. Ele inclinou a cabeça em um gesto de respeito profundo.

— Imperador Reuel, suas ações são verdadeiramente nobres. A Deusa e todos os anjos agradecerão por esta dádiva.

— Espero que isso fortaleça nossa aliança — respondeu Reuel, com um sorriso acolhedor. — E que possamos trabalhar juntos para enfrentar os desafios que estão por vir.

O arcanjo assentiu, reconhecendo a importância daquele momento. Ele sabia que a generosidade de Reuel poderia ser um divisor de águas na missão que tinham pela frente.

— Com certeza, imperador. Vamos reconstruir Darkmoor e transformá-lo em um bastião de esperança e poder para todos nós.

Com essa decisão tomada, Reuel ordenou que os preparativos fossem iniciados imediatamente. Servos e soldados começaram a organizar a logística para a chegada dos anjos, garantindo que tudo estivesse pronto para recebê-los em Darkmoor.

Enquanto isso, Reuel e Arkanos continuaram a discutir os detalhes da missão e a planejar as próximas etapas. A sala do trono agora vibrava com um renovado senso de propósito e determinação.

— Reuel — começou Arkanos, quebrando o silêncio que se seguiu a uma intensa sessão de planejamento. — Sua disposição em ajudar vai além do que esperávamos. Posso sentir que a Deusa olhará favoravelmente para você e seu povo.

— Assim espero, Arkanos — respondeu Reuel. — Assim espero.

E, enquanto o sol se punha sobre o horizonte de Partum, iluminando o castelo com um brilho dourado, a nova aliança entre humanos e anjos começava a se solidificar. Reuel sabia que muitos desafios ainda estavam por vir, mas com a união de forças, ele sentia que poderiam superar qualquer adversidade.

Reuel Ashford-Valet se teleportou de volta para seu palácio, ansioso pela chegada dos anjos restantes. O que ele não esperava, no entanto, era a presença de uma tropa de arcanjos de elite. Estes eram os mais poderosos entre todos os arcanjos, cada um emanando uma aura de força e majestade incomparáveis.

Quando a noite caiu sobre o continente de Aeternia, as estrelas começaram a aparecer lentamente no céu, como lanternas acesas uma a uma por mãos invisíveis. No palácio de Partum, o ambiente se encheu de uma quietude tensa. A expectativa permeava cada sala e corredor.

Reuel desceu da torre e caminhou pelos corredores do palácio. As tapeçarias recém-restauradas pendiam nas paredes, contando histórias de batalhas passadas e glórias antigas. Ele observou os serviçais trabalhando diligentemente, seus rostos mostrando uma mistura de ansiedade e determinação.

— Majestade — chamou um dos conselheiros, aproximando-se com passos rápidos. — Os preparativos estão quase completos. As acomodações para os anjos estão prontas, e reforçamos a segurança ao redor do palácio.

— Muito bem, Elion — respondeu Reuel, com um aceno de aprovação. — Mas lembre-se, nossa segurança não deve parecer uma ameaça. Estamos recebendo visitantes, não inimigos.

Elion assentiu, a preocupação ainda marcando suas feições. Reuel sabia que, apesar de todas as precauções, havia um medo latente. Os anjos eram seres poderosos e enigmáticos, e suas intenções ainda estavam envoltas em mistério.

— Precisamos estar preparados para qualquer eventualidade — continuou Reuel, sua voz firme. — Mas também devemos mostrar nossa hospitalidade e disposição para o diálogo. A diplomacia será nossa maior aliada.

Ao caminhar pelo palácio, Reuel fez uma breve pausa na sala do trono. O grande salão estava adornado com ricos brocados e lustres cintilantes. No centro, o trono de Partum se erguia majestoso, um símbolo de poder e autoridade. Reuel sentou-se por um momento, permitindo-se um breve instante de reflexão.

— Anjos... — murmurou para si mesmo. — O que realmente buscam? Paz ou guerra? Aliança ou dominação?

Ele sabia que a resposta a essas perguntas poderia definir o destino de Aeternia. A visita dos anjos era uma oportunidade única, uma chance de fortalecer seu império ou de cair em um conflito devastador.

Pouco depois, Reuel dirigiu-se aos seus aposentos para um breve descanso antes da chegada dos anjos. O vento da noite soprava suavemente pelas janelas abertas, trazendo consigo o cheiro das flores do jardim real. Ele fechou os olhos por um momento, buscando força e clareza em seus pensamentos.

Na manhã seguinte, o palácio estava em alvoroço. A notícia de que os anjos estavam a apenas algumas horas de Darkmoor se espalhara rapidamente. Reuel se preparou meticulosamente, vestindo suas melhores roupas e ajustando a coroa em sua cabeça. Ele queria passar uma imagem de poder e serenidade, mostrando que Partum estava pronto para receber qualquer desafio.

No pátio principal, os soldados de elite do império estavam em formação, suas armaduras brilhando à luz do sol nascente. Os conselheiros e nobres estavam reunidos, trocando olhares apreensivos. Reuel sabia que todos esperavam sua liderança e sua capacidade de navegar pelas águas incertas da política celestial.

— Lembrem-se — disse ele, sua voz ressoando clara e firme pelo pátio. — Estamos aqui para buscar a paz e a aliança. Mostrem força, mas também cortesia. Este é um momento crucial para o futuro do nosso império.

Quando os anjos finalmente chegaram, descendo graciosamente do céu em uma formação impecável, o silêncio caiu sobre o pátio. Seus trajes brilhavam com uma luz própria, e suas asas majestosas se estendiam como símbolos de poder celestial. O líder dos anjos, um ser de beleza e autoridade incomparáveis, deu um passo à frente.

— Eu sou Seraphiel — disse ele, sua voz ecoando como música pelos corredores de Partum. — Viemos em paz e desejamos falar com o imperador de Partum.

Reuel deu um passo à frente, encontrando o olhar penetrante de Seraphiel. Ele sabia que aquele momento poderia definir o destino de Aeternia. Com um leve sorriso, ele fez uma reverência respeitosa.

— Bem-vindos a Partum, Seraphiel — disse ele, sua voz firme e acolhedora. — Vamos discutir lá dentro.

E assim, com o sol brilhando alto no céu, Reuel conduziu os anjos para dentro do palácio, onde as negociações que moldariam o futuro de Aeternia estavam prestes a começar.

Ao Entrarem no salão principal onde ficava o trono do imperador, os arcanjos admiravam a grandiosidade e a riqueza de detalhes do lugar. Um dos arcanjos, com uma expressão grave, avançou mais à frente, desejando ver de perto o rosto do imperador de Partum.

Quando os olhos do arcanjo encontraram os de Reuel Ashford-Valet, uma ira inexplicável tomou conta de suas ações. Em um movimento súbito e feroz, o arcanjo atacou, desferindo um golpe certeiro e rápido que arremessou o imperador pelo ar. Reuel colidiu com o chão com um estrondo, a dor irradiando por todo o seu corpo.

Seraphiel, incrédulo, assistia à cena, chocado com a insubordinação de seu soldado. Tentando recobrar o controle da situação, ele gritou:

— O que está fazendo? Pare imediatamente!

Reuel tentou se levantar, a visão turva pela dor. Antes que pudesse se recompor, o arcanjo rebelde o atingiu novamente no estômago, arrancando-lhe um gemido agonizante.

Vendo a gravidade da situação, Seraphiel interveio, agarrando o arcanjo rebelde com força.

— Você perdeu o juízo? - bradou Seraphiel, tentando imobilizá-lo.

Mas o arcanjo rebelde, tomado por uma fúria cega, conseguiu se libertar e jogou Seraphiel ao chão. Avançou novamente em direção a Reuel, determinado a acabar com ele.

Nesse momento, Klaus, o dragão ancestral, emergiu de trás do trono, sua presença imponente dominando o salão. Com um rugido profundo, ele se interpos entre o imperador e o arcanjo rebelde, suas escamas brilhando ameaçadoramente.

Os arcanjos pararam instantaneamente, o medo e a surpresa estampados em seus rostos. Reconhecendo Klaus, o lendário dragão, todos se ajoelharam em sinal de respeito e arrependimento.

— Por favor, perdoe-nos disse Seraphiel, a voz cheia de remorso. Não sabíamos que Klaus estava aqui. O ataque foi um erro imperdoável.

Klaus lançou um olhar severo para o arcanjo rebelde, que agora tremia visivelmente. Reuel, recuperando-se lentamente, apoiou-se em Klaus para ficar de pé.

— Acalmem-se, todos disse Reuel, sua voz fraca mas resoluta. Entendo que houve um mal-entendido. Mas este ataque não pode ser ignorado.

Seraphiel assentiu, a vergonha claramente visível em seu rosto.

— Tomarei as devidas providências contra este arcanjo. Garanto que isso não se repetirá.

Reuel fez um gesto de concordância, sua expressão séria.

— Espero que sim, Seraphiel. Temos uma missão importante pela frente, e não podemos nos permitir ser divididos por desconfianças e impulsos irracionais.

Com o incidente controlado, os arcanjos se ergueram lentamente, suas cabeças ainda baixas em sinal de respeito. A presença de Klaus ao lado de Reuel servia como um lembrete poderoso do equilíbrio delicado entre força e sabedoria que todos ali precisavam manter.

Eles concordaram com a proposta, e sem perder tempo, o arcanjo avançou rapidamente em direção a Reuel Ashford-Valet. O imperador, percebendo a presença de outro arcanjo escondido nas sombras, tomou uma decisão arriscada: desativou todas as suas defesas, permitindo que o ataque do arcanjo fosse potencialmente fatal.

No entanto, antes que o arcanjo rebelde pudesse alcançá-lo, o arcanjo misterioso emergiu da escuridão e interveio na situação. Com um golpe preciso, ele nocauteou o arcanjo rebelde, neutralizando a ameaça iminente. Sua presença era assustadora, porém permeada por uma tristeza profunda. Apesar disso, ele mantinha uma postura de formalidade impecável.

Reuel, ainda se recuperando do susto, olhou para o arcanjo misterioso com curiosidade e respeito.

— Quem é você? — perguntou ele, sua voz firme, mas tingida de admiração pela ação rápida do arcanjo.

O arcanjo misterioso ergueu o olhar para Reuel, seus olhos emitindo uma intensidade que revelava uma história complexa por trás da máscara de formalidade.

— Sou Azrael, guardião das sombras — respondeu ele, sua voz grave ecoando pelo salão. — Eu estava observando de perto esta situação. O ataque do arcanjo rebelde não era parte dos planos.

Reuel assentiu, reconhecendo a habilidade e a lealdade de Azrael.

— Agradeço por sua intervenção rápida, Azrael. Sua presença aqui é “inesperada”, mas bem-vinda.

Azrael inclinou a cabeça em um gesto de cortesia.

— Estou aqui para assegurar que nada prejudique o equilíbrio que devemos manter entre os reinos.

Os arcanjos restantes observavam em silêncio, respeitando a autoridade e o poder de Azrael. A atmosfera no salão principal do palácio de Partum estava carregada de tensão e expectativa, mas também de um entendimento mútuo de que, apesar das diferenças, todos compartilhavam o mesmo objetivo: proteger seus povos e cumprir suas missões com honra e sabedoria.

Klaus reconheceu o arcanjo Azrael imediatamente. Seus olhos se fixaram no arcanjo por um instante, mas logo desviou o olhar e discretamente deixou o salão, mantendo-se discreto. Após a retirada dos anjos, Azrael pediu para conversar em particular com o imperador.

A conversa começou com Azrael pedindo desculpas pela situação anterior. Ele confessou que seu plano era verificar se o imperador de Partum era um Bestial de categoria 10. O imperador, confuso, perguntou:

— Por que você acha que sou um Bestial de categoria 10? O que é um Bestial?

Azrael respondeu com uma expressão grave:

— Bestiais são criaturas de um poder comparável ao de um lorde demônio ou até mesmo de um rei demônio. Extremamente poderosos e brutais, esses seres humanoides possuem características bestiais. Os mais fortes entre eles geralmente têm uma armadura corporal natural.

O imperador franziu a testa, ainda sem entender completamente.

— E os Bestiais de categoria 10? — perguntou ele.

— Os Bestiais de categoria 10 — explicou Azrael, seu tom agora mais sombrio — são os únicos que podem manter a aparência humana.

O imperador refletiu sobre essas palavras, sentindo um calafrio percorrer sua espinha.

O imperador se levantou e pediu a uma das serviçais que trouxesse um chá de camomila bem forte. Enquanto aguardava, ele se voltou para Azrael e perguntou:

— Por que você pensa que eu seria um Bestial?

Azrael, com uma expressão séria, respondeu:

— A energia que você emana é semelhante à dos Bestiais. É uma energia ancestral, sempre pulsante, como um coração.

O imperador ficou assustado ao perceber que o arcanjo conseguia ver sua energia mágica com tanta clareza.

— Você consegue ver minha energia tão perfeitamente? — indagou o imperador, a voz carregada de incredulidade.

Azrael assentiu lentamente, observando o imperador com olhos penetrantes.

— Sim, e é essa energia que me levou a acreditar que você poderia ser um Bestial de categoria 10.

O imperador, intrigado, perguntou:

— O que você quer com os Bestiais, Azrael?

Azrael desviou o olhar para a janela, refletindo por um momento antes de responder. A luz do sol tocava seu rosto, acentuando a tristeza em seus olhos.

— Um Bestial atacou todos os anjos quando chegamos aqui. Minha irmã mais velha morreu no ataque. — Ele fez uma pausa, a dor evidente em sua voz. — Já faz 900 anos.

O imperador ficou em silêncio, sentindo o peso da revelação.

O silêncio da sala foi quebrado quando Crystalis abriu a porta com urgência, seus olhos brilhando de preocupação.

— Imperador, um exército se aproxima de Partum! — ela anunciou.

Azrael, o arcanjo, levantou-se abruptamente, seus olhos fixos na figura de Crystalis.

— O que faz aqui, vampira imunda? — ele perguntou, a suspeita tingindo suas palavras.

Antes que Crystalis pudesse responder, o imperador Reuel interveio.

— Ela é minha subordinada, Azrael. Tenha mais respeito!

Azrael olhou profundamente nos olhos do imperador, buscando qualquer indício de traição. O olhar fixo revelou a verdade, mas a mente do arcanjo estava atormentada pela possibilidade de uma aliança traiçoeira com os vampiros, inimigos jurados da deusa Eldarya.

— Você está colaborando com os vampiros? — Azrael vociferou, sua voz carregada de ira. — Isso foi planejado desde o início?

Antes que a tensão pudesse explodir, Luna, a irmã do imperador, entrou na sala, seu rosto pálido refletindo a urgência da situação.

— Reuel, precisamos de uma resposta rápida para o ataque iminente ao império! — ela exclamou.

Azrael, consumido pela fúria e confusão, avançou contra o imperador Reuel. Seu golpe foi rápido e certeiro, fazendo o nariz do imperador sangrar. Luna correu para proteger seu irmão, mas foi rapidamente nocauteada pelo arcanjo.

Crystalis tentou intervir, mas foi impedida por Wise, o mordomo do palácio.

— Arcanjo Azrael, saia do palácio imediatamente — Wise ordenou, sua voz calma, mas firme. — Há questões mais importantes a serem resolvidas.

— Ele atacou o imperador! — Crystalis alertou, sua voz carregada de preocupação.

Wise manteve sua calma, mas sua presença impôs respeito. Ele avisou a Azrael que, se não deixasse o palácio, enfrentaria graves consequências.

Azrael, sentindo a presença avassaladora de Wise, percebeu que o mordomo não era um simples humano, mas algo muito mais poderoso. Temendo o que poderia enfrentar, o arcanjo tentou ser educado.

— Peço desculpas — ele disse, antes de sair da sala.

Após a saída de Azrael, Wise se transformou, revelando sua verdadeira identidade. Sua forma humana desfez-se, dando lugar a Virtus, uma entidade de poder incomensurável.

— Virtus... — Reuel murmurou, segurando o nariz ainda sangrando.

Virtus olhou para todos na sala, sua expressão serena.

— Precisamos estar preparados para o que está por vir — ele disse calmamente. — O verdadeiro inimigo ainda não se revelou.

Luna, recuperando-se, olhou para Virtus com gratidão.

— Obrigada, Virtus. Sem você, estaríamos perdidos.

Crystalis aproximou-se, sua preocupação visível.

— O exército está cada vez mais próximo. O que faremos?

Reuel, com o sangue ainda escorrendo pelo rosto, ergueu-se com dificuldade.

— Vamos nos preparar para a batalha. Não podemos permitir que Partum caia — disse Reuel, interrompendo-se ao ver sua irmã ferida. Sua expressão endureceu de raiva.

Virtus assentiu, sua presença irradiando confiança.

— Estarei ao seu lado. Juntos, protegeremos este império.

Com a decisão tomada, todos se mobilizaram para a iminente batalha, conscientes de que a verdadeira luta ainda estava por vir.

O imperador Reuel fitou Crystalis com um olhar de preocupação e inquiriu:

— De que nação são esses exércitos inimigos?

Crystalis respondeu com firmeza:

— São de Darkmoor.  O rei, que desapareceu na última guerra, está agora liderando seu pequeno exército que fugiu com ele. Além disso, ele se aliou com os exércitos de dois outros reinos que resolveram tomar o território de Partum. O reino de Ylay e Malldu.

Reuel estreitou os olhos, analisando as informações. 

— Por que voltou da sua missão tão cedo? — perguntou ele, ainda desconfiado.

Crystalis manteve a calma ao responder:

— Já havia terminado a missão, Majestade.

O imperador ficou pensativo por um instante, pesando suas opções. Então, com um suspiro determinado, deu suas ordens:

— Prepare nosso exército de defesa e feche todas as estradas de entrada do império. Você é a única rápida o suficiente para correr por todo o império e avisar os reinos.

Crystalis assentiu, pronta para agir. Reuel, por sua vez, se arrumou com pressa e caminhou até Luna. Ele segurou suas mãos e disse com seriedade:

— Luna, preciso que cuide dos anjos. Eu pessoalmente lidarei com este ataque ao nosso império.

Luna assentiu, a determinação brilhando em seus olhos. 

— Sim, irmão. Proteja nosso reino e nossa família. Eu cuidarei dos anjos.

Com as decisões tomadas, Reuel e Crystalis se prepararam para enfrentar a ameaça iminente, sabendo que o destino de Partum estava em jogo.

O imperador voltou sua atenção para Virtus, sua voz firme e cheia de autoridade.

— Virtus, preciso que voe pelos céus do reino que será atacado. Teleporte os habitantes para a capital do império para garantir sua segurança. Além disso, isole o reino com magia. Assim, os invasores poderão entrar, mas não conseguirão sair.

Virtus assentiu, sua expressão séria refletindo a gravidade da situação.

— Considera feito, meu senhor.

Rapidamente, Virtus se lançou aos céus, sua figura desaparecendo em um borrão de velocidade enquanto começava a cumprir sua missão.

Enquanto isso, o imperador dirigiu-se para seus aposentos. Com movimentos precisos, trocou suas roupas por um traje todo branco e flexível, ideal para combate. A cor imaculada do traje refletia tanto sua pureza de propósito quanto sua prontidão para a batalha iminente. Ao terminar, ele chamou uma das serviçais mais confiáveis e instruiu-a.

— Avise a todos os membros da Golden Blood para se vestirem de branco. Precisamos estar unidos e facilmente reconhecíveis no campo de batalha.

A serviçal fez uma reverência profunda antes de sair apressadamente para cumprir as ordens do imperador.

Agora, vestido e preparado, o imperador respirou fundo, sentindo o peso da responsabilidade sobre seus ombros. Ele sabia que a batalha que se aproximava não seria fácil, mas estava determinado a proteger seu império e seu povo a qualquer custo.

O imperador foi até a varanda de seu quarto e olhou para os céus. O dia estava tranquilo, mas uma tensão silenciosa pairava no ar. Ele parou e refletiu sobre seus próximos passos para a batalha iminente. Com um suspiro profundo, ele murmurou para si mesmo:

— Não posso usar magia nessa batalha. Mostrarei que minha espada será o suficiente.

Isso era o que ele dizia a si mesmo. A verdade, porém, era que antes de levar um soco de Azrael, ele tentou se defender com magia. No entanto, uma memória perturbadora surgiu em sua mente, deixando-o completamente sem reação, incapaz de se defender. 

Antes de sair, ele foi interrompido por MORS, que surgiu das sombras com sua presença enigmática.

— Não tem espaço suficiente nos cemitérios — disse MORS com um sorriso sardônico. — Então, pegue leve.

O imperador voltou-se para MORS, curioso e levemente exasperado.

— Por que você não participa da batalha? — perguntou ele, seu tom misturando incredulidade e desafio.

MORS deu de ombros, um brilho malicioso em seus olhos.

— Seria muito injusto para os inimigos e perderia a graça. Prefiro observar você, Reuel Ashford-Valet, derrotando-os. É sempre um espetáculo interessante.

Reuel assentiu, compreendendo a peculiar lógica de MORS. Com um último olhar para o céu, ele se preparou para enfrentar o que estava por vir, determinado a proteger seu império com a força de sua espada.

Reuel Ashford-Valet se teleportou para o pacífico reino de Sylvan, governado pelo Rei Cal Aurelius, conhecido por suas vastas terras agrícolas e tranquilidade inabalável.

Ao chegar, encontrou-se diante de um exército de sete mil guerreiros. Sem hesitar, ordenou que se organizassem em grupos de vinte e se dispersassem pelo reino, ocultando-se até o aviso ser dado.

Enquanto os membros da Golden Blood se reuniam e se preparavam para a defesa, o imperador instruiu Morgrim a usar magia de ilusão. A ideia era simular uma população ativa na cidade, induzindo o exército inimigo a atacar dentro dos limites urbanos e não fora deles. Crystalis, ao chegar e ouvir o plano, discordou, argumentando que não seria suficiente. Com um gesto de magia, invocou um pequeno exército de mil fantoches humanoides para atrair e distrair os atacantes.

Surpreendido pela iniciativa de Crystalis, Reuel admirou-a e expressou sua gratidão:

— Por essa ideia maravilhosa, hoje você pode liberar toda sua força.

Crystalis sorriu, um sorriso perturbador que refletia sua ansiedade e determinação.

O exército inimigo avançou pelo portão principal do reino de Sylvan, liderado pelo Rei Lord Sylas. Centenas de soldados marchavam em formação disciplinada, prontos para enfrentar qualquer resistência que encontrassem. À frente, os comandantes gritavam ordens, encorajando seus soldados a manterem-se focados e preparados para o combate.

No interior do reino, Reuel e seus estrategistas haviam planejado uma astuta estratégia. Em vez de fantoches, utilizaram ilusões mágicas para criar a ilusão de uma população movimentada e despreparada, como se estivesse sendo atacada de surpresa. As ilusões, habilmente manipuladas por Morgrim e Crystalis, pareciam pessoas reais indo sobre suas vidas cotidianas, sem perceberem a ameaça iminente.

Os soldados inimigos, vendo o movimento aparentemente desprotegido dentro do reino, se animaram e avançaram com renovada determinação. Acreditavam ter pego Sylvan de surpresa e estavam determinados a conquistar rapidamente o território.

Os primeiros confrontos foram intensos. Os soldados inimigos atacaram com fúria as ilusões, desferindo golpes contra as formas etéreas que, para eles, representavam os habitantes indefesos do reino. A ilusão era tão convincente que até mesmo os comandantes inimigos foram enganados, acreditando que estavam ganhando terreno rapidamente.

Enquanto os inimigos se concentravam em atacar as ilusões, o exército de defesa de Sylvan permanecia oculto, esperando pacientemente pelo momento certo para contra-atacar. Reuel observava calmamente de um ponto estratégico, segurando sua espada firmemente, mas ainda não avançando. Sabia que a hora certa para revelar a verdadeira força de Sylvan ainda não havia chegado.

O sol começava a se pôr no horizonte, tingindo o céu com tons de laranja e vermelho, enquanto a batalha se desenrolava no reino de Sylvan. A tensão no ar era palpável, e tanto os defensores quanto os invasores estavam determinados a alcançar seus objetivos, cada lado testando as habilidades e estratégias do outro neste jogo mortal de guerra e magia.

As horas foram passando lentamente até que, ao entardecer, o exército inimigo finalmente percebeu que estavam lutando contra ilusões e fantoches. A confusão se espalhou entre os soldados, e o Lord Sylas, líder do exército inimigo, percebeu tarde demais que haviam caído em uma armadilha. Seus 30 mil homens estavam completamente cercados dentro dos limites do reino de Sylvan.

― É uma armadilha! Retirem-se! ― gritou Sylas, tentando reorganizar suas tropas. Mas seu comando veio tarde demais.

O imperador Reuel, observando de sua posição estratégica, deu a ordem decisiva.

― Ataquem agora! Não deixem nenhum deles escapar! ― sua voz ressoou com autoridade.

O exército de defesa, composto por soldados preparados e bem descansados, emergiu de seus esconderijos com uma fúria inigualável. Em questão de minutos, o caos tomou conta das fileiras inimigas. A surpresa e o cansaço jogaram contra os invasores, e as baixas começaram a se acumular rapidamente. Em apenas 20 minutos, mais de 4 mil homens do exército inimigo jaziam mortos no chão, suas vidas ceifadas pela estratégia impecável do imperador e a ferocidade dos membros da Golden Blood.

Reuel avançou com uma velocidade impressionante, focado em eliminar os guerreiros mais fortes do inimigo. Sua espada brilhava ao sol poente enquanto ele desferia golpes precisos e letais. Ao seu redor, o exército invasor diminuía rapidamente, as ruas do reino de Sylvan se tornando rios de sangue.

― Lord Sylas, você voltou é… sua barata miserável! ― bradou Reuel, sua voz cortando o ar enquanto derrubava mais um inimigo.

Sylas, vendo seu exército ser dizimado, tentou resistir, mas logo foi confrontado pelo próprio imperador. Em um duelo breve e feroz, Reuel derrotou Sylas, selando o destino do exército inimigo.

A batalha foi curta, mas intensa. O chão de Sylvan estava coberto de corpos e sangue, mas o reino estava seguro. O imperador, com sua espada ainda pingando sangue, olhou ao redor, satisfeito com a vitória, mas ciente de que novos desafios viriam.

― Que isso sirva de lição para aqueles que ousam atacar Partum. ― murmurou ele, enquanto o vento da noite começava a soprar, carregando consigo o cheiro da batalha recém-terminada.

O exército inimigo havia sido completamente aniquilado; não restava sequer uma alma viva. Morgrim se aproximou do imperador e perguntou sobre o que fariam com os corpos.

— Esqueça isso por enquanto — disse o imperador. — Vá verificar quantos dos nossos aliados foram perdidos ou feridos.

Enquanto aguardava, o imperador refletia sobre os próximos passos. Após uma hora, Morgrim retornou com um relatório:

— Dezessete homens foram gravemente feridos.

— Cuide deles imediatamente — ordenou o imperador. — E quanto aos corpos inimigos, decapite-os.

Morgrim hesitou.

— São cabeças demais para decapitar em um dia, senhor.

O imperador, impaciente, usou sua magia para decapitar os corpos em um instante, reunindo todas as cabeças em um só lugar. Ele então encarou Morgrim com um olhar decidido.

— Leve essas cabeças até o reino que ajudou Lord Sylas. Espalhe-as por todo o castelo. Quanto à cabeça de Sylas, coloque-a na cama do rei que o ajudou.

Depois dessa conversa macabra, o imperador chamou Crystalis e deu-lhe novas instruções.

— Crystalis, leve os corpos dos soldados para as fazendas do reino que tentou invadir Partum. Deixe-os bem expostos.

Crystalis expressou sua preocupação.

— Isso pode trazer uma reputação muito ruim para o império de Partum.

O imperador, com um olhar firme, respondeu:

— Quero mostrar que devolvemos os corpos dos guerreiros que ousaram atacar Partum. Assim, os reinos pensarão duas vezes antes de nos desafiar novamente.

Com essas ordens sombrias, o imperador consolidou a vitória, deixando uma mensagem clara para todos os que ousassem ameaçar seu império.

Depois dessa intensa batalha, o reino começou a ser limpo. Durante três dias, os habitantes e os soldados lavaram as casas e as ruas, utilizando muita magia para restaurar os locais destruídos e para remover o sangue. O imperador Reuel e os membros da Golden Blood participaram ativamente desse esforço.

No terceiro dia, ao entardecer, Reuel se reuniu com seus principais aliados no salão principal do castelo.

— Precisamos garantir que todos os sinais da batalha sejam apagados — disse Reuel, olhando para os membros da Golden Blood. — A magia deve ser usada com sabedoria para restaurar nossa cidade ao estado original.

Crystalis assentiu, sua expressão mostrando determinação.

— Já estamos trabalhando nisso, senhor. As ruas já estão quase limpas, e as casas mais danificadas estão sendo reparadas.

No quarto dia, os habitantes do reino começaram a voltar para suas casas, aliviados ao verem que o pior havia passado. As ruas, antes cobertas de sangue e destroços, agora brilhavam com a luz do sol, limpas e restauradas.

Reuel observou enquanto as famílias se reuniam novamente, sentindo uma sensação de alívio misturada com responsabilidade.

— Fizemos um bom trabalho, mas não podemos baixar a guarda — disse Reuel, voltando-se para seus aliados. — Devemos estar sempre preparados para proteger nosso povo e nosso reino.

Com a cidade restaurada, a vida em Sylvan começou a voltar ao normal, mas a lembrança da batalha recente serviu como um lembrete constante da fragilidade da paz e da necessidade de vigilância constante.

Enquanto o imperador descansava e refletia sobre os próximos passos, uma ideia brilhante tomou forma em sua mente: aumentar a demanda de recursos e mão de obra para fortalecer as muralhas principais do império. Ele sabia que isso exigiria uma quantidade enorme de moedas de ouro, mas a visão de uma muralha perfeita e impenetrável era irresistível.

Reuel Ashford-valet, o imperador de Partum, levantou-se decidido e se teleportou para o seu palácio. Lá, ele começou a esboçar os preparativos com entusiasmo renovado. Seu plano era audacioso, mas ele acreditava plenamente em sua execução.

Chamando seus principais conselheiros, Reuel compartilhou sua visão:

— Precisamos investir fortemente nas muralhas do império. A segurança de nosso povo e a proteção de nossas terras dependem disso. Não pouparemos esforços nem recursos.

Os conselheiros, impressionados com a determinação do imperador, assentiram e começaram a discutir os detalhes do projeto.

Virtus, sempre ao lado de Reuel, comentou:

— Será uma tarefa árdua, mas com nossa união e empenho, certamente alcançaremos esse objetivo. 

Reuel olhou para seus conselheiros e, com firmeza, declarou:

— Vamos mostrar ao mundo que Partum é inabalável. Iniciem os preparativos imediatamente. A partir de agora, cada recurso e cada mão de obra disponível devem ser direcionados para essa missão.

Assim, com um novo propósito, o imperador e seus aliados começaram a trabalhar incansavelmente para transformar a ideia de Reuel em realidade.

Os dias passaram e, após três semanas, 60% da muralha já estava pronta. Os reinos do império de Partum trabalharam arduamente no projeto, acelerando seu progresso. Enquanto isso, Luna conversava frequentemente com o arcanjo Azrael, insistindo para que ele pedisse desculpas ao imperador Reuel Ashford-Valet por tê-lo atacado sem motivo.

— Azrael, você precisa entender a gravidade de seus atos. — Luna argumentava pacientemente. — O imperador não fez nada para merecer sua agressão. Ele estava apenas protegendo nosso povo.

Azrael, no entanto, permanecia inflexível.

— Não posso pedir desculpas por agir em nome da segurança de Eldarya. Não confio nos vampiros, nem em seus aliados. — Ele dizia, sua voz firme e determinada.

Enquanto isso, os anjos se aliaram a Darkmoor, realizando diversas reformas em seu território. Mesmo assim, Azrael recusava-se a pedir desculpas ou a deixar o território de Partum.

Reuel, observando a situação, sabia que precisava encontrar uma solução para esse impasse.

— Não podemos permitir que essa tensão continue. — Reuel refletia, pensando nas próximas ações a serem tomadas.

Apesar das dificuldades, a construção da muralha avançava e o imperador permanecia focado em proteger seu império, buscando um equilíbrio entre a segurança de Partum e a paz com os anjos.

Reuel Ashford-Valet já havia explicado detalhadamente como Crystalis se tornará sua subordinada, mas Azrael, indiferente, não se importava. O arcanjo permanecia impassível, teimosamente recusando-se a pedir desculpas ou a deixar o território de Partum.

Em um momento de reflexão profunda, o imperador teve uma ideia brutal.

— Azrael, já que você se recusa a pedir desculpas ou a deixar nosso território, você sofrerá as consequências por seus atos — declarou Reuel com frieza. — Vá até seu povo e avise-os que você não voltará mais para casa.

Azrael, orgulhoso e arrogante, questionou com desdém:

— O que você está planejando, imperador?

Reuel olhou diretamente nos olhos de Azrael, sua voz firme e resoluta.

— Vou executar você.

A sala ficou em silêncio, o ar carregado de tensão. Azrael tentou manter a postura altiva, mas a ameaça implícita nas palavras de Reuel era inegável.

— Você realmente acha que pode fazer isso? — Azrael retrucou, tentando disfarçar o nervosismo.

— Eu não apenas acho, eu sei — respondeu Reuel, sua voz imperturbável. — E você verá que meu império não tolera desrespeito.

Azrael, sentindo a gravidade da situação, deu um passo para trás, seus olhos cintilando com uma mistura de raiva e apreensão.

— Isso é loucura — ele murmurou.

Reuel apenas assentiu, um leve sorriso nos lábios.

— Talvez, Azrael, mas é a única maneira de garantir que todos entendam a seriedade das nossas regras e a extensão do nosso poder.

O arcanjo hesitou, mas o imperador permaneceu implacável. Azrael sabia que estava diante de um líder que não se curvava diante de ameaças. Reuel Ashford-Valet estava determinado a proteger seu império a qualquer custo.

Azrael, sentindo a pressão do imperador e percebendo a seriedade de sua situação, deu um passo rápido para trás e fugiu da sala. Seu coração batia acelerado enquanto ele se dirigia ao acampamento dos anjos, determinado a reunir suas tropas e atacar o imperador de Partum.

Ao chegar, Azrael convocou os anjos, sua voz carregada de urgência.

— Irmãos! O imperador Reuel ameaça a nossa existência! Ele pretende me executar e não podemos permitir que isso aconteça. Devemos atacá-lo agora, antes que ele possa agir contra nós!

Os anjos, inicialmente atordoados, começaram a murmurar entre si. O silêncio pesado foi rompido por um dos anjos mais velhos.

— Azrael, fomos enviados aqui para proteger este território e suas pessoas, não para provocar conflitos desnecessários — disse ele calmamente.

Azrael olhou ao redor, seus olhos cheios de frustração e desespero.

— Vocês não entendem! Se não agirmos agora, estaremos todos em perigo! Ele é implacável!

Mas, um a um, os anjos começaram a se afastar, sacudindo a cabeça em desaprovação.

— Não podemos seguir por esse caminho, Azrael — disse outro anjo. — Esta não é a nossa batalha.

A maioria dos anjos se recusou a ajudá-lo, suas expressões refletindo uma mistura de pena e desaprovação. Sentindo-se traído e isolado, Azrael persistiu em seu apelo.

— Alguém deve ver a razão! Quem está comigo?

Poucos anjos aceitaram, se colocando ao lado de Azrael, suas faces mostrando lealdade, mas também hesitação. Com esse pequeno grupo, Azrael percebeu a dura realidade de sua situação. Ele estava enfraquecido, com apenas uma fração de suas forças ao seu lado.

Determinado a não ceder, Azrael se voltou para seus poucos aliados.

— Muito bem, então. Iremos avançar com quem temos. Reuel pagará por sua arrogância, mesmo que seja a última coisa que façamos.

Reunidos, os anjos leais a Azrael começaram a planejar seu ataque, sabendo que enfrentariam uma batalha desesperada contra o poderoso imperador de Partum.

À medida que a noite caía, 17 anjos se preparavam para o ataque, voando silenciosamente pelos céus em direção ao palácio. Ao chegarem ao pátio, foram recebidos por Seraphina, uma das rainhas de Partum, que os esperava com um semblante sério.

— O que pretende com essa incursão, Azrael? — Seraphina perguntou, sua voz firme ecoando pelo pátio.

Azrael tentou ignorá-la e avançar, mas Seraphina elevou a voz, imbuindo-a de autoridade.

— Se essa mesquinharia não cessar imediatamente, chamarei o Arcanjo Acloud.

Azrael parou abruptamente, uma expressão de surpresa atravessando seu rosto. Ele se virou para ela, tentando manter a compostura.

— Você realmente acredita que ele responderia ao chamado de uma mera humana? — ele replicou com desdém. — Acloud não obedece nem mesmo à Deusa Eldarya.

Seraphina deu um passo à frente, seu olhar penetrante fixo em Azrael.

— Subestime-me se quiser, Azrael, mas saiba que subestimar Acloud pode ser o seu erro fatal. Ele tem um senso de justiça que você claramente perdeu. 

Os anjos ao redor hesitaram, sentindo o peso das palavras de Seraphina. A tensão no ar era palpável, e a ameaça de um conflito iminente pairava sobre todos.

 

Azrael se aproximou da porta do palácio e lançou uma magia para destruí-la. No entanto, antes que a magia pudesse surtir efeito, Luna abriu a porta e anulou a magia ao abrir seus olhos. Azrael ficou assustado ao ver que a irmã do imperador, que aparentemente era cega, conseguia não apenas enxergar, mas também anular magias com seus olhos. Surpresos, os anjos e Azrael não conseguiram ativar suas magias. Em resposta, desenharam suas espadas e atacaram com uma velocidade que quebrava a barreira do som.

O imperador, descendo as escadas, viu os anjos avançando contra sua irmã. Ele estava a mais de 70 metros da porta, mas nesse momento, parecia que o tempo havia parado. A espada de Azrael estava a um centímetro de acertar Luna. Reuel se moveu em uma velocidade extremamente alta, quebrando todos os limites possíveis. Ao chegar até Azrael, Reuel segurou a espada com as mãos e a quebrou. Em seguida, atacou todos os anjos, afastando-os de Luna.

Azrael ficou sem entender nada, até que olhou para frente e viu o imperador Reuel Ashford-Valet protegendo sua irmã.

— Azrael, eu estava disposto a perdoar seus atos contra mim e minha irmã, mas novamente você ataca a única pessoa da minha família. Além disso, você me fez usar a ativação de três origens.

Azrael olhou para Reuel, perplexo.

— Como assim três origens? Isso não é possível.

A fúria na expressão do imperador era clara, ele não estava disposto a perdoar. Ele avançou novamente, sua aura irradiando poder.

— Azrael, sua arrogância e desrespeito têm limites. Você trouxe isso sobre si mesmo.

Reuel, sem hesitar, atacou Azrael com uma força avassaladora. Cada golpe do imperador era preciso e implacável, mostrando o verdadeiro poder de quem dominava três origens. Azrael tentou resistir, mas estava claramente em desvantagem. Os outros anjos, vendo a situação desesperadora, hesitaram em continuar o ataque.

Luna, que havia sido protegida por seu irmão, olhou para Azrael com um misto de compaixão e desapontamento.

— Azrael, por que escolheu este caminho? Tudo isso poderia ter sido evitado.

Mas a batalha estava além de palavras agora. O destino de Azrael estava selado pela sua própria imprudência. Reuel, determinado a proteger sua família e seu reino, não mostrou misericórdia.

Os anjos de Azrael, vendo a fúria e a destreza do imperador, decidiram se afastar e desistiram da batalha. No entanto, Azrael e Reuel Ashford-Valet continuaram a luta, e o confronto entre eles tornou-se um espetáculo de brutalidade e determinação.

Os golpes de Reuel eram precisos e calculados, visando apenas os pontos mais sensíveis do corpo de Azrael, causando uma dor avassaladora sem provocar uma morte imediata. O imperador parecia implacável, cada movimento seu estava carregado com a intenção de infligir o máximo sofrimento. Em resposta, Azrael se lançava em ataques brutais, sua espada, que havia se quebrado no meio da batalha, era agora uma extensão de sua raiva e desespero.

A luta prosseguiu com uma ferocidade cada vez maior, e Reuel, sem demonstrar piedade, avançou com a intenção de acabar com a vida de Azrael. Num momento de desespero, Azrael aproveitou a abertura e usou um teleporte emprestado pela deusa para escapar da batalha.

Ao chegar nos domínios da deusa, Azrael se dirigiu a ela com um pedido desesperado. Ele implorou para que ela curasse suas feridas e lhe concedesse a oportunidade de ativar as quatro origens que possuía. Porém, a deusa se mostrou inflexível e furiosa.

— Azrael, você é um tolo! — exclamou a deusa, sua voz ressoando com uma autoridade inabalável. — Este homem, Reuel Ashford-Valet, fez o mundo tremer na última batalha em que usou seu poder. Você o provocou até o limite, e agora novamente o desafia. Se ele cair sob as mãos de um dos meus anjos, Virtus não hesitará em destruir todos nós.

O medo e a preocupação na voz da deusa deixaram claro o tamanho da ameaça que Reuel representava. Azrael, diante da rejeição e da ameaça iminente, sentiu o peso de seus atos e a gravidade das consequências que agora enfrentava.

Azrael, descontente com a resposta da Deusa Eldarya, decidiu se rebelar contra ela. Ele declarou abertamente que seu plano, desde o início, era eliminar o imperador de Partum e tomar o seu lugar. A Deusa, tomada pela fúria, baniu Azrael dos céus. No entanto, Azrael, não sendo um arcanjo criado por Eldarya, recusou-se a sair do domínio da Deusa. Zombando dela, ele afirmou saber onde estavam duas das armas da Deusa e prometeu retornar para usurpar o trono de Eldarya.

Enfurecida, a Deusa lançou um ataque com toda sua força, mas foi interrompida por Acloud, o arcanjo mais misterioso do reino dos deuses. Eldarya, surpresa ao vê-lo, recuou por um instante antes de perguntar o motivo de sua presença.

— Eldarya, deixe Azrael partir. O destino dele já está escrito.

A Deusa Eldarya olhou nos olhos de Acloud e compreendeu o que ele queria dizer. Relutante, ela permitiu que Azrael se fosse.

Quando Azrael retornou para eliminar o imperador, encontrou Crystalis, furiosa, aguardando sua chegada. O arcanjo, sem perder tempo, aproveitou a oportunidade para tentar eliminá-la. Contudo, foi surpreendido pela força devastadora de Crystalis. Já enfraquecido, Azrael não conseguiu se defender dos ataques impiedosos.

Crystalis lançou uma sequência de golpes precisos, cada um carregado de sua raiva acumulada. Azrael cambaleou, tentando em vão contra-atacar, mas suas forças estavam se esvaindo rapidamente. Seus olhos, outrora cheios de arrogância, agora mostravam pânico e desespero.

De repente, Reuel Ashford-valet, o imperador, surgiu silenciosamente por trás de Azrael. Com um movimento rápido e determinado, ele agarrou a cabeça do arcanjo. A força descomunal do imperador foi suficiente para arrancar a cabeça de Azrael de seu corpo. O som do rompimento foi horrível, e o sangue jorrou em todas as direções, criando uma cena perturbadora.

O imperador, já exausto pela luta anterior, mal conseguia se manter de pé. Seu rosto estava pálido e, em um momento de fraqueza, seu nariz começou a sangrar. Ele deu alguns passos trôpegos antes de desmaiar, o corpo finalmente sucumbindo ao extremo cansaço. Crystalis correu para ampará-lo, enquanto a cena sangrenta ao redor marcava o fim brutal de Azrael.

Crystalis, Luna e Seraphina tentaram curar o imperador, mas suas magias só surtiram efeito no corpo de Reuel Ashford-Valet. Desesperadas e sem saber o que fazer, recorreram ao dragão Klaus. Crystalis pegou o imperador e o colocou em suas costas. Chegando à sala do trono, as três chamaram por Klaus. O dragão apareceu e perguntou o que havia acontecido. Após ouvir as explicações, Klaus entendeu a gravidade da situação e ajudou o imperador de forma adequada. Com Reuel estabilizado, elas o levaram para o quarto, deixando-o descansar.

Enquanto isso, Crystalis se dirigiu ao pátio para limpar a área e decidir o destino dos anjos que restaram. Ao chegar, ela deu aos anjos uma chance de explicarem o que havia acontecido, mas com um aviso severo: se revidassem, o império inteiro se tornaria inimigo dos anjos. Nesse momento, Virtus desceu dos céus e pediu a Crystalis que ele resolvesse a situação. Crystalis concordou e voltou à sua tarefa.

Virtus ordenou aos anjos que continuassem com sua missão, mas avisou que se tentassem vingar a morte de Azrael, ele eliminaria todos os anjos. Conhecedores da longa e temida história de Virtus, os anjos sabiam que ele não era um inimigo piedoso. A reputação de Virtus era um terror para muitos.

Os anjos aceitaram a ordem e voltaram para avisar seu povo.

Depois de dois dias de descanso, o imperador acordou no meio da noite. Sentado na cama, Reuel Ashford-valet refletia sobre suas ações, ponderando se poderia ter resolvido a situação de outra forma, sem tanta brutalidade. No entanto, concluiu que mesmo agindo pacificamente com o arcanjo, o resultado seria o mesmo. 

Nesse momento de introspecção, ele ouviu uma voz sussurrar em seus ouvidos, dizendo-lhe para se controlar e aguentar o desafio que estava por vir. 

— Quem está aí? — perguntou Reuel, mas não recebeu resposta. 

Levantando-se da cama, ele chamou o guarda que ficava na porta. Assim que abriu a porta, o imperador viu sua própria sombra no chão, ficando pensativo.

— Como pode haver sombra se ainda é noite? — murmurou.

Virando-se para a janela, Reuel viu a luz do sol invadindo o quarto. A escuridão da noite havia dado lugar à luz do dia. Era manhã cedo, por volta das nove horas.

Lá estava o imperador de Partum, Reuel Ashford-valet, com o corpo coberto de sangue, sem entender o que estava acontecendo. Em um piscar de olhos, tudo ao seu redor havia mudado: a noite se transformou em dia, e seu corpo estava ensanguentado, a ponto de ser irreconhecível. 

Os membros da Golden Blood cercaram-no, alarmados.

— O que aconteceu, majestade? — perguntou Crystalis, a voz cheia de preocupação.

Reuel olhou ao redor, confuso e exausto.

— Eu... não sei. — Ele passou a mão pelo rosto, sentindo o sangue seco. 

Seraphina se aproximou, os olhos cheios de medo.

— Majestade, vamos limpar essas feridas e descobrir o que aconteceu. 

Wise, ainda duvidando, murmurou:

— Esse não parece o nosso imperador. Está irreconhecível.

Mi Ryate se aproximou lentamente, pegando na mão do imperador.

— Majestade, você precisa tomar um banho.

Enquanto o imperador era levado para ser cuidado, a voz misteriosa ecoava em sua mente, prometendo desafios ainda maiores por vir.

As serviçais e os guardas estavam apavorados, murmurando entre si:

— O que aconteceu? Ele sumiu por 12 horas e volta cheio de sangue!

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