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capítulo 20: Sussurros do abismo

Data de publicação: 05/07/2024
Palavras: 7.460

Dizem que quando olhamos demais para o abismo, o abismo olha de volta. Mas o que será que o abismo poderia sussurrar para mim?

Reuel Ashford-valet dormia tranquilamente, mergulhado em um sono profundo e sereno. No entanto, sua mente foi subitamente invadida por um sonho perturbador. Ele se viu diante de um vasto e sombrio abismo, suas profundezas ocultas e enigmáticas chamando-o para uma busca insaciável por poder.

Ele contemplava o vasto vazio à sua frente. O precipício escuro e insondável parecia chamá-lo, não com gritos, mas com sussurros sedutores que reverberavam em sua mente. Cada murmúrio do abismo era um convite, uma promessa de poder e conhecimento além da compreensão mortal.

Ele se aproximou lentamente da borda, sentindo o vento frio que emanava do abismo tocar seu rosto como um aviso. A escuridão lá embaixo parecia pulsar com vida própria, uma entidade antiga e faminta.

- O que você quer de mim? - murmurou Re, sua voz quase engolida pelo silêncio opressor ao redor.

O abismo respondeu com um sussurro indistinto, uma mistura de vozes que pareciam vir de todas as direções ao mesmo tempo. Ele podia jurar que ouviu seu próprio nome, mas não tinha certeza. Os sussurros eram hipnóticos, arrastando-o para um estado de torpor.

- Você quer me mostrar algo? - perguntou Re, hesitante. Ele sabia que brincar com o desconhecido era perigoso, mas a curiosidade e a necessidade de proteger aqueles que amava o impulsionavam a continuar.

De repente, uma imagem se formou em sua mente. Um templo antigo, escondido nas profundezas da terra, repleto de runas brilhantes e guardado por criaturas das sombras. Era um lugar de poder, um lugar onde segredos esquecidos há milênios estavam guardados.

Re deu um passo para trás, tentando clarear seus pensamentos. Ele sabia que o abismo não oferecia nada sem um preço. Mas estava disposto a pagar?

- Mostre-me o caminho - ele sussurrou de volta, sua decisão firme.

O abismo respondeu com uma onda de energia, um turbilhão de imagens e sensações que quase o derrubou. Ele viu visões de batalhas, de seres antigos, de poderes que desafiavam a própria realidade. E então, um caminho se revelou, uma passagem secreta que levava ao coração da escuridão.

Re deu um último olhar para o precipício antes de se virar e partir. Ele sabia que essa jornada mudaria tudo, que os sussurros do abismo não seriam facilmente esquecidos. Mas ele também sabia que essa era a única maneira de alcançar o verdadeiro poder necessário para construir seu paraíso e proteger aqueles que amava.

Com um suspiro pesado, Re iniciou sua descida, mergulhando na escuridão, pronto para enfrentar os segredos que o aguardavam no abismo.

As sombras ao redor pareciam sussurrar segredos antigos e proibidos. Enquanto Reuel avançava, sentia a atração irresistível das forças ocultas que emanavam do abismo. O ar estava carregado de uma energia densa e palpável, que prometia um poder inimaginável, mas ao custo de algo desconhecido.

Uma voz suave e etérea se fez ouvir em sua mente, ecoando nas profundezas de sua alma.

- Venha, Reuel. Descubra o que se esconde além do véu da realidade.

Ele hesitou, sentindo o peso das escolhas que tinha pela frente. Cada passo dado em direção ao abismo parecia sugá-lo ainda mais para dentro de um destino incerto.

Reuel olhou ao redor, procurando por alguma forma de orientação, mas tudo o que encontrou foram sombras e silhuetas indistintas, como guardiões do segredo que ele estava prestes a desvendar. A tentação era forte, e ele sabia que essa jornada poderia transformar sua existência para sempre.

O sonho terminou tão abruptamente quanto havia começado, e Reuel acordou ofegante, o coração batendo descontroladamente no peito. O que significaria aquele abismo? E por que ele sentia que sua busca por poder era mais do que um simples sonho?

Depois daquele sonho perturbador, Reuel foi tomar banho na esperança de refrescar a mente. As serviçais, sempre atentas, preparavam suas vestimentas para quando ele saísse do banheiro. Enquanto a água quente o envolvia, Reuel não conseguia afastar o sonho de sua mente, tentando encontrar um significado para aquele abismo e a busca por poder que ele vislumbrara.

Os minutos se transformaram em horas, e Reuel continuava imerso em seus pensamentos, alheio ao mundo ao seu redor. A água da banheira, antes relaxante, agora borbulhava com uma intensidade assustadora. De repente, gritos desesperados romperam o silêncio. As serviçais, em pânico, tentavam tirá-lo da banheira.

Os guardas chegaram rapidamente, alarmados pelos gritos. A cena que encontraram era chocante: Reuel, seu imperador, estava no meio da piscina de banho, com a água escura e bizarra fervendo ao seu redor. A temperatura era insuportável, e qualquer tentativa de resgate era frustrada pelo calor extremo.

- Precisamos tirá-lo de lá! - gritou um dos guardas, mas a água escaldante tornava impossível a aproximação.

A situação se tornava cada vez mais desesperadora. Pensaram em chamar os membros da Golden Blood para ajudar, mas nenhum deles estava presente no palácio. Em um ato de coragem, uma das serviçais e um dos guardas decidiram agir.

- Nós vamos tirá-lo de lá, custe o que custar! - disse a serviçal, com determinação.

Ambos pularam na piscina, sentindo a dor excruciante da água fervente. Nadaram com dificuldade até Reuel, seus corpos queimando a cada movimento. Agarraram-no com força e, com um esforço hercúleo, puxaram-no para a beirada da banheira. Os outros guardas e serviçais rapidamente ajudaram a retirar o imperador da água.

O guarda e a serviçal estavam gravemente feridos, suas peles queimadas e machucadas. Magos de cura foram chamados imediatamente para tratar os feridos. No entanto, ao verificarem o estado de Reuel, ficaram sem acreditar no que viam.

- Ele está ileso! - exclamou um dos magos, incrédulo.

O corpo do imperador não tinha sequer uma marca de queimadura, como se a água fervente não tivesse efeito sobre ele. A sala estava em silêncio, todos encarando Reuel, que começava a despertar, seus olhos refletindo uma mistura de confusão e serenidade.

- O que aconteceu? - perguntou ele, sua voz firme, mas cheia de curiosidade.

Os guardas e serviçais trocaram olhares, sem saber como explicar o inexplicável. O sonho, o abismo, a água fervente... Tudo parecia parte de um enigma.

O imperador se levantou, seus olhos fixos na água ainda fervendo na piscina de banho. Aproximando-se cautelosamente, ele estendeu a mão e tocou a superfície escaldante, sentindo uma energia estranha emanando da água. Concentrando-se, Reuel lançou um feitiço de análise, e uma aura maligna se revelou. A água havia sido envenenada.

- Guardas! - chamou ele, sua voz carregada de autoridade e urgência. - Fechem o palácio imediatamente. Há um intruso entre nós.

Os guardas se moveram rapidamente, selando todas as entradas e iniciando a busca pelo culpado. Enquanto isso, Reuel se aproximou dos dois que haviam se sacrificado para salvá-lo. A serviçal e o guarda estavam visivelmente exaustos, suas peles marcadas pelas queimaduras.

Reuel se ajoelhou ao lado deles, sua expressão suavizando com um misto de gratidão e pesar.

- Muito obrigado por me salvarem e... minhas mais sinceras desculpas - disse ele, sua voz carregada de sinceridade. - Vocês se machucaram porque eu fui negligente ao baixar minha guarda dentro de minha própria casa.

A serviçal e o guarda, envergonhados, evitaram seus olhos.

- Estávamos apenas cumprindo nosso dever, majestade - respondeu a serviçal, a voz trêmula de humildade.

O guarda assentiu, concordando silenciosamente.

Reuel, no entanto, não se deixou convencer tão facilmente. Ele insistiu, sua voz firme, mas gentil.

- Não, vocês fizeram mais do que o dever de vocês. Arriscaram suas vidas por mim, e isso não passará sem reconhecimento. Eu insisto, aceitem minhas desculpas e minha gratidão.

Depois de um momento de hesitação, ambos aceitaram, comovidos pela sinceridade do imperador. Reuel levantou-se, seu olhar determinado.

- Agora, vamos encontrar quem fez isso - disse ele, olhando para seus guardas. - E garantir que algo assim nunca mais aconteça.

Com isso, Reuel liderou a busca, decidido a proteger seu reino e seus súditos de qualquer ameaça que ousasse atravessar seus portões.

A perseguição pelo culpado durou o dia inteiro. Guardas corriam de um lado para o outro, enquanto o imperador Reuel lançava feitiços de localização, sem sucesso. Cada tentativa frustrada aumentava sua suspeita: o culpado possuía um nível de habilidade muito elevado para ser tão difícil de localizar.

Quando a noite caiu, a busca se intensificou. À meia-noite, uma sombra se movendo pelos telhados revelou a presença do intruso. Reuel sentiu a aura do fugitivo através de sua magia e, com uma velocidade sobre-humana, correu para capturá-lo. Ao segurá-lo, Reuel percebeu algo perturbador: o homem estava sendo controlado por uma magia complexa, uma combinação de diferentes encantamentos.

- Quem está controlando você? - murmurou Reuel, com uma mistura de curiosidade e raiva.

Sem perder tempo, Reuel usou sua própria magia mista para investigar mais a fundo. A mente do homem revelou imagens fragmentadas, mas o suficiente para identificar os responsáveis: o império de Elderir. Nobres de Elderir haviam se reunido para enviar espiões ao palácio de Partum, desafiando a autoridade de Reuel e sua promessa de guerra ao imperador de Elderir.

A fúria cresceu dentro de Reuel. Ele sabia que precisava agir com sabedoria, ponderando suas opções enquanto o homem controlado se contorcia diante dele.

- Eliminar o intruso não resolverá nada... - pensou em voz alta. - Deixá-lo aqui também não é viável, pois ele é filho de um nobre de Elderir. Prendê-lo e acusar Elderir poderia ser visto como uma provocação direta... Mas se eu o deixasse fugir com um rastreador mágico?

Reuel olhou para o homem com determinação.

- Você vai voltar para onde veio - disse ele, enquanto lançava um feitiço sutil no intruso, um rastreador mágico que permitia a Reuel ver e ouvir tudo o que acontecia ao seu redor. - E eu estarei observando.

O homem, ainda sob o controle de uma força maior, foi solto. Ele fugiu rapidamente, sem perceber a magia que carregava. Reuel observou enquanto a figura do espião desaparecia na escuridão.

Ao voltar para o palácio, Reuel convocou alguns de seus conselheiros e comandantes.

- O império de Elderir ousou nos desafiar - declarou, seus olhos brilhando com determinação. - Mas estamos preparados. Vamos monitorar cada movimento deles e estar prontos para agir quando chegar a hora certa.

Os conselheiros assentiram, sentindo a resolução do imperador.

- Eles acharam que poderiam nos enganar - continuou Reuel, com um sorriso frio. - Mas subestimaram nossa capacidade de adaptação.

Com a decisão tomada e o rastreador em funcionamento, Reuel sabia que a batalha estava apenas começando. E desta vez, ele estaria um passo à frente.

O imperador aguardava ansiosamente o retorno do espião ao império de Elderir. A tensão no ar era palpável, um prenúncio das notícias que viriam. Não muito tempo depois, Elara, uma de suas rainhas mais confiáveis, encontrou o imperador no pátio.

- Majestade, é Gustavo. Ele está se contorcendo de dor na cama. - A voz dela era carregada de preocupação.

Já fazia semanas desde que Gustavo fora resgatado, mas ele ainda permanecia em coma, sua condição piorando dia após dia. O imperador levantou-se rapidamente.

- Onde ele está, Elara? - perguntou, a voz firme traindo sua preocupação.

Elara conduziu o imperador até o quarto de Gustavo. Ao entrarem, o som de gritos agudos preencheu o ar. Gustavo estava deitado, seu corpo convulsionando de dor, implorando para que aquilo parasse. O imperador correu para o lado do amigo, segurando-o com firmeza.

- Gustavo, acalme-se. Estou aqui. - disse o imperador, sua voz tentando transmitir calma enquanto as serviçais no quarto estavam paralisadas de medo.

- Saiam todas! - ordenou o imperador, e as serviçais rapidamente deixaram o quarto.

Com um gesto, o imperador começou a canalizar sua magia, um esforço titânico para acalmar e aliviar a dor de Gustavo. Contudo, ele sabia que a eficácia de sua magia estava limitada a apenas 50%, e o desgaste era enorme. Mesmo assim, ele persistiu, até que Gustavo, num espasmo de dor, virou de lado.

Foi então que Elara notou algo estranho nas costas de Gustavo.

- Majestade, olhe isso. - disse ela, apontando para uma pequena marca que parecia mais um dispositivo.

O imperador reconheceu imediatamente o que era, mas sabia que não podia resolver aquilo sozinho.

- Elara, chame Marina e Magnus, rápido! - ordenou ele.

Elara saiu apressada, mas sem conhecer bem os corredores do palácio, encontrou o mordomo Wise. Com poucas palavras, explicou a urgência da situação. Wise, eficiente como sempre, correu pelos corredores e rapidamente encontrou Marina e Magnus, levando-os até o quarto de Gustavo.

- Lord Magnus Reinhard de Montfort. Ao seu lado, sua esposa, Marina... - começou Wise a introduzi-los.

- Não há tempo para formalidades, Wise. - interrompeu o imperador. - Magnus, preciso que você segure Gustavo. Marina, você deve remover esse dispositivo.

Marina hesitou por um momento.

- Por que eu? - perguntou, visivelmente nervosa.

- O dispositivo reagirá à minha magia, poderia entrar ainda mais fundo no corpo de Gustavo se eu encostar. Você, Marina, é a única que pode fazer isso com segurança. - explicou o imperador, seus olhos fixos nela com uma intensidade que não permitia questionamento.

Marina, conhecida como a Feiticeira Escarlate, sabia dos riscos, mas também sabia que era a única esperança de Gustavo. Respirou fundo, aproximou-se e começou a trabalhar, suas mãos hábeis e delicadas operando com precisão enquanto o imperador continuava a usar sua magia para manter Gustavo estável.

A tensão no quarto era sufocante, mas a determinação de todos presentes era inabalável. A batalha para salvar Gustavo estava em pleno curso, e o imperador sabia que precisavam vencer.

Após remover o pequeno dispositivo das costas de Gustavo, um silêncio perturbador tomou conta do ambiente. Gustavo estava imóvel, e a tensão no ar era quase palpável. Magnus e Reuel trocavam olhares de preocupação, enquanto Elara observava atentamente.

Finalmente, Elara quebrou o silêncio. - Ele está bem? - perguntou, sua voz tremendo ligeiramente.

O pânico rapidamente se instalou quando perceberam que Gustavo não estava respirando. Parecia estar morto. Desesperados, Reuel e Marina começaram a lançar feitiços de cura, tentando trazê-lo de volta. Suas tentativas se sucediam, uma após a outra, sem sucesso.

Reuel ouviu uma voz desconhecida sussurrar em sua mente: - Apenas espere em silêncio.

- Marina, pare. - ordenou Reuel, sua voz firme.

- O quê? Você não quer salvá-lo? - Marina perguntou, perplexa e desesperada.

- Apenas espere. - Reuel repetiu, sua confiança inabalável.

Em um milésimo de segundo, uma energia extremamente poderosa preencheu o quarto. Marina e Reuel sentiram a presença de algo muito mais forte do que eles poderiam imaginar, uma sombra que parecia tocar Gustavo. A sombra se inclinou sobre ele e sussurrou suavemente:

- Levante-se.

De repente, Gustavo acordou com um sobressalto, sentando-se ereto na cama e assustando todos ao redor. Marina e Reuel, suando de medo, foram os únicos a sentir a presença intimidadora, uma força que emanava a imensidão do vazio.

Gustavo, confuso e atordoado, olhou ao redor e avistou Magnus. - Oi... - murmurou antes de desmaiar novamente. Enquanto isso, a cicatriz deixada pelo dispositivo começava a se fechar lentamente.

O quarto permaneceu em um silêncio reverente, todos cientes de que haviam testemunhado algo extraordinário e inexplicável.

Magnus, com um olhar frio, fixou os olhos em Reuel.

- Por que não me avisou que nosso amigo Gustavo estava aqui no palácio? - perguntou, a voz gélida traindo a raiva contida.

Reuel, tentando aliviar a tensão, respondeu com um leve toque de humor na voz.

- Bem, tecnicamente ele não estava aqui no palácio. Deixei a rainha Elara cuidando dele em seu próprio castelo.

Magnus, claramente irritado, franziu a testa.

- Não é hora para brincadeiras, Reuel. - disse, sua voz grave.

Reuel assentiu, a expressão ficando séria. - Desculpe, Magnus. - disse sinceramente. - Mas, Elara, por que Gustavo foi trazido até o palácio sem aviso?

Elara, suando de nervosismo, admitiu com a voz trêmula:

- Eu... tive dificuldades para cuidar de Gustavo com os recursos do meu castelo. Então, vim até o palácio em segredo para usar os recursos do império.

Magnus respirou fundo, tentando controlar sua frustração.

- Da próxima vez, avise-nos imediatamente, Elara. A vida do nosso amigo é importante demais para correr riscos desnecessários.

Elara assentiu rapidamente, ainda nervosa. Reuel colocou uma mão no ombro de Magnus, em um gesto de reconciliação.

- Vamos nos concentrar em cuidar de Gustavo agora. Estamos todos aqui para ajudá-lo. - disse Reuel, sua voz cheia de determinação.

Magnus assentiu, a raiva dando lugar a uma resolução compartilhada. - Vamos, então. Gustavo precisa de nós.

O grupo, agora unido por um objetivo comum, voltou sua atenção para o amigo ferido, determinado a fazer tudo o que fosse necessário para salvá-lo.

Reuel, Magnus e Marina dedicaram-se incansavelmente a cuidar de Gustavo durante uma semana inteira. Reuel e Magnus, amigos de infância de Gustavo, estavam especialmente determinados a vê-lo se recuperar. Marina, mesmo sem conhecer Gustavo antes, se envolveu profundamente, utilizando suas habilidades mágicas para acelerar a recuperação dele.

Durante essa semana, Reuel aproveitava cada momento de descanso para vigiar o espião do império de Elderir que ele havia capturado anteriormente. Tendo colocado um rastreador mágico no espião, Reuel podia rastrear seus movimentos e espioná-lo à distância através de magia. Cada vez mais informações valiosas chegavam até ele, esclarecendo os planos do inimigo.

Às vezes, nas noites silenciosas, Reuel e Marina conversavam sobre a presença misteriosa que sentiram quando Gustavo voltou à vida.

- Marina, você também sentiu aquela presença, não é? - perguntou Reuel, enquanto ambos observavam as estrelas no pátio do palácio.

- Sim, foi uma sensação avassaladora. - respondeu Marina, sua voz ainda carregada de temor. - Nunca senti algo tão poderoso e... vazio.

Reuel assentiu, a expressão pensativa. - Foi como se a própria imensidão do vazio estivesse ali, ao nosso lado. Precisamos descobrir o que era aquilo.

Marina concordou, mas seus pensamentos retornaram a Gustavo. - Espero que Gustavo se recupere completamente. Ele passou por tanta coisa...

- Ele vai se recuperar. Estamos todos aqui para isso. - disse Reuel com determinação.

Durante essa semana, a rotina do palácio se ajustou às necessidades de Gustavo. Magnus mostrava uma faceta mais compassiva, ajudando a cuidar do amigo com uma dedicação que surpreendia até a si mesmo. Marina, apesar de não conhecer Gustavo antes, se envolveu profundamente, utilizando suas habilidades mágicas para acelerar a recuperação dele.

Com o passar dos dias, a saúde de Gustavo começou a melhorar visivelmente. Reuel, mesmo dividido entre cuidar do amigo e vigiar o espião, sentia uma estranha paz ao ver o progresso de Gustavo. Ele sabia que a jornada estava longe de terminar, mas estava determinado a enfrentar qualquer desafio que viesse, cercado por amigos leais e novos aliados. A semana passou rapidamente, marcada pela recuperação de Gustavo e pelas descobertas de Reuel sobre os planos do espião.

Depois de dias incansáveis de cuidados, Gustavo começou a demonstrar sinais de recuperação. Sua saúde melhorou visivelmente, e ele até conversava com as serviçais do palácio, embora ainda não conseguisse caminhar. Conforme as ordens do imperador, as serviçais continuavam a cuidar dele com dedicação.

O imperador Reuel e Magnus visitavam Gustavo em seu quarto diariamente. Cada visita era um momento de partilha e reconexão, onde contavam as novidades e os acontecimentos do tempo em que estiveram separados.

- Como você está se sentindo hoje, Gustavo? - perguntou Reuel, com um sorriso acolhedor.

- Melhor, obrigado, Vossa... Majestade. Sinto que estou me recuperando aos poucos - respondeu Gustavo, com um pouco de humor na fala.

Magnus se aproximou da cama, segurando um pequeno livro.

- Trouxe algo para você, Gustavo. Este livro tem histórias fascinantes. Achei que poderia ajudá-lo a passar o tempo - disse Magnus, entregando o livro.

- Obrigado, Magnus. Será bom ter algo para ler - disse Gustavo, aceitando o presente com gratidão.

As visitas diárias eram momentos preciosos, onde a amizade e a camaradagem entre os três se fortaleciam. Cada história compartilhada, cada risada e cada gesto de carinho contribuíam para a recuperação de Gustavo, mostrando que, mesmo nos tempos mais difíceis, a força dos laços humanos pode fazer toda a diferença.

Os dias estavam calmos, mas o império começou a ficar agitado por dois motivos. O primeiro-ministro reuniu diversas pessoas importantes para tentar resolver esses problemas sem precisar chamar o imperador, mas a situação estava ficando cada vez mais tensa. A irmã do imperador, Luna, escutou o alvoroço que vinha do grande salão. Sentindo a tensão no ar, ela entrou e perguntou ao primeiro-ministro o que estava acontecendo.

- Cytriano, o que está havendo? - indagou Luna, com a voz serena, mas firme.

Cytriano, com uma expressão preocupada, explicou:

- O império de Elderir uniu forças com outros reinos e está preparando um exército para atacar o nosso império de Partum. Esse é o primeiro problema. O segundo é a estrutura governamental, que está se tornando difícil de administrar. O povo está reclamando incessantemente, dizendo que parece uma democracia desorganizada ou uma meritocracia injusta. A insatisfação é generalizada.

Luna franziu a testa, absorvendo a gravidade das palavras de Cytriano.

- E o que foi feito até agora? - perguntou ela, determinada.

- O governador, nosso imperador Reuel, tem enfrentado críticas severas. Até os reis estão reclamando por cartas, dizendo que não entendem o novo sistema. A rainha Elara tentou ajudar os outros reinos do império, mas as informações que ela recebeu do imperador não foram suficientes - respondeu Cytriano, com um suspiro cansado.

Luna, com sua calma característica, sentiu a necessidade de trazer ordem àquela situação caótica. Ela ergueu a mão, pedindo silêncio aos presentes.

- Todos, por favor, ouçam-me. Entendo que a situação é grave, mas peço que mantenham a calma. A guerra com Elderir é uma ameaça, e a desorganização interna é preocupante. No entanto, nosso imperador já fez muito por este império, arriscando sua própria vida para melhorar e proteger a todos nós. Precisamos resolver estas questões sem sobrecarregá-lo ainda mais - disse Luna, sua voz carregada de determinação.

Cytriano interveio, preocupado:

- Mas, imperatriz, a presença do imperador é crucial para esclarecer essas questões governamentais.

Luna balançou a cabeça, firme.

- Não, Cytriano. O imperador fez sua parte. Agora é nossa vez de mostrar que também somos capazes. Reavalie o sistema governamental com todos aqui presentes e faça os ajustes necessários. Eu mesma cuidarei de assegurar que tudo corra conforme planejado.

A determinação de Luna era palpável. Ela queria provar seu valor como imperatriz e mostrar que podia ser tão útil quanto seu irmão.

Com a orientação de Luna, a tensão no grande salão começou a diminuir. Ela organizou os conselheiros e ministros, traçando um plano para enfrentar a ameaça externa e reorganizar a estrutura interna do governo. Assegurou a todos que a situação seria controlada e que o império de Partum se fortaleceria diante das adversidades.

A confiança de Luna inspirou todos ao seu redor, e, sob sua liderança, começaram a trabalhar juntos para superar os desafios que ameaçavam o império.

O primeiro dia de reunião havia chegado ao fim, e muitos problemas foram resolvidos graças à astúcia de Luna. Sua inteligência se demonstrou impressionante desde o início, surpreendendo até mesmo o primeiro-ministro. No fim do dia, ela solicitou que todos os reis se reunissem na base da Golden Blood, a elite mais poderosa do império, para que o imperador não soubesse do que estava acontecendo. A segurança extremamente alta da base assegurava discrição.

No dia seguinte, os reis e rainhas já estavam reunidos. No entanto, como a maioria deles vivia longe da capital de Partum, a reunião foi breve, durando apenas duas horas, servindo mais como uma preparação para o terceiro dia, quando teriam mais tempo para discutir as questões.

Luna aproveitou para organizar alimentos nutritivos para que ninguém ficasse com fome durante a reunião. Quando o terceiro dia chegou, Luna decidiu invadir o escritório de seu irmão para pegar alguns documentos importantes. Como imaginado, Mi Ryate ajudou Luna, o que gerou uma situação bastante engraçada.

A rainha Kingi estava caminhando pelos corredores quando passou em frente ao escritório do imperador. Ela viu as duas mexendo nas coisas do imperador e, rapidamente, pensou em chamar Reuel, já que ele estava vindo diretamente para o escritório. No entanto, Kingi agiu rápido e ofereceu ajuda às duas.

- O que vocês estão fazendo aqui? - perguntou Kingi, com uma sobrancelha arqueada.

- Precisamos de alguns documentos importantes, e Mi Ryate está me ajudando a encontrá-los - explicou Luna, tentando manter a calma.

Kingi, percebendo a oportunidade, sorriu.

- Vou ajudar. Fecharei as portas e distrairei o imperador - disse Kingi, fechando as portas do escritório e indo ao encontro de Reuel no corredor.

Ela começou a conversar com ele sobre gatos e felinos, atrasando-o propositalmente.

- Sabia que existe um felino muito raro no reino de Elara? - comentou Reuel, tranquilo.

- Interessante! Conte-me mais sobre ele - incentivou Kingi, mantendo a conversa enquanto Luna e Mi Ryate continuavam sua busca.

Finalmente, Luna e Mi Ryate encontraram o que procuravam e escaparam pela janela. Kingi continuou conversando por mais alguns minutos com Reuel, até que finalmente se despediu.

- Obrigada pela conversa, majestade. Foi muito esclarecedora - disse Kingi, sorrindo.

- Sempre é um prazer, Kingi - respondeu Reuel, antes de entrar no escritório, sem suspeitar de nada.

Luna e Mi Ryate, já a salvo, riram da situação. Kingi sabia que havia conquistado uma vantagem, pois ao ajudar a imperatriz, esperava poder resolver alguns problemas em seu próprio reino.

Ao entrar no escritório, Reuel ouviu um sussurro. Ele parou por um momento, tentando identificar a fonte do som, e perguntou se alguém estava fazendo alguma brincadeira. Não houve resposta. O sussurro retornou, desta vez mais claro:

- Abra a porta da prisão de Lilith.

Reuel recusou imediatamente e continuou a procurar seu caderno de anotações. A busca foi intensa, e ele vasculhou todos os cantos do escritório. Enquanto procurava, outro sussurro perturbou sua concentração:

- Um exército se aproxima.

Era um exército de um reino vizinho de Elderir, bem preparado, com soldados usando armaduras que repeliam magia. O sussurro voltou novamente, avisando que eles traziam uma criança nos navios. Reuel achou muito estranho que essa entidade desconhecida estivesse repentinamente lhe informando sobre essas coisas.

- Quem é você? - perguntou Reuel, insistindo em obter uma resposta.

O único retorno foi mais um sussurro:

- A criança será usada como arma. Você deve salvá-la.

A fúria tomou conta de Reuel ao saber que uma criança seria usada de tal forma. Mesmo assim, ele continuou a questionar a identidade da entidade.

- Por que devo confiar em você? - perguntou, sua voz cheia de desconfiança.

A voz respondeu calmamente:

- O destino sempre será confiável.

Nesse momento, Reuel sentiu alguém abraçá-lo por trás e sussurrar em seus ouvidos. A presença era tranquila e gentil, mas com uma aura de poder aterrorizante. Ele se virou rapidamente, mas não havia ninguém atrás dele.

Depois de um momento de reflexão, Reuel decidiu confiar na presença misteriosa. Afinal, verificar a veracidade das informações não causaria nenhum mal.

Ele saiu do escritório com uma nova determinação, pronto para enfrentar o que quer que estivesse por vir e decidido a salvar a criança mencionada pelos sussurros enigmáticos.

Depois de decidir confiar na presença misteriosa, Reuel saiu do escritório com determinação. Ele usou sua magia de voo para alcançar rapidamente o local onde o exército inimigo possivelmente desembarcaria. Enquanto voava, ele ouviu outro sussurro, desta vez mais insistente:

- Abra a porta da prisão de Lilith.

Reuel sabia que abrir a prisão de Lilith seria um erro grave. Ele tentou ignorar o sussurro, mas a persistência da voz começou a incomodá-lo. Ele começou a questionar quem estava por trás dessas mensagens.

- Quem é você? Por que insiste tanto nisso? - perguntou Reuel, com uma mistura de irritação e curiosidade.

O sussurro feminino que o havia alertado sobre o exército respondeu com suavidade:

- Eu sou uma guardiã do destino. Estou aqui para guiá-lo e protegê-lo.

Enquanto isso, a voz masculina que exigia a abertura da prisão de Lilith se tornou mais agressiva:

- Abra a porta de Lilith! É a única maneira de salvar o império!

Reuel, agora mais desconfiado, questionou a voz masculina:

- E quem é você? Por que devo confiar em você?

A resposta veio carregada de autoridade e urgência:

- Eu sou a verdade oculta. Apenas abrindo a porta você poderá compreender o que está realmente em jogo.

Reuel sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Havia uma clara diferença entre as duas vozes: a feminina, tranquilizadora e protetora, e a masculina, insistente e imperiosa.

- Não confie nele, Reuel. A abertura da prisão de Lilith trará consequências desastrosas - advertiu a voz feminina.

- Eu já disse que não vou abrir a prisão de Lilith! - exclamou Reuel, determinado a manter seu curso.

Enquanto ele se aproximava do local de desembarque, as vozes continuaram a disputar sua atenção. Ele sabia que precisava focar na missão de salvar a criança e enfrentar o exército inimigo. Ao chegar ao destino, viu os navios ao longe e se preparou para a batalha que se aproximava.

Reuel aterrissou suavemente, ocultando-se nas sombras para observar melhor a situação. Ele manteve a guarda alta, sabendo que a presença enigmática e as vozes misteriosas poderiam influenciar seus próximos passos. Determinado a proteger seu império e a criança mencionada, Reuel se preparou para enfrentar o desafio que estava por vir.

Reuel se manteve oculto com um feitiço de invisibilidade enquanto observava os soldados desembarcarem e começarem os preparativos para o ataque ao império de Partum. Eles discutiam suas estratégias abertamente, sem suspeitar que alguém os estava ouvindo. O imperador Reuel notou que, apesar dos equipamentos de alta qualidade, o exército era composto por soldados descoordenados e sem tática. Essa constatação o deixou desanimado por um momento.

No entanto, seu desânimo rapidamente se transformou em fúria ao confirmar que eles realmente planejavam usar uma criança como parte de seu ataque. A raiva fez com que sua aura poderosa transparecesse através do feitiço de invisibilidade, causando uma sensação de medo nos soldados, que sentiram a presença intimidadora sem serem capazes de identificar sua origem.

Os soldados começaram a olhar nervosamente ao redor, tentando localizar a fonte da poderosa aura que os dominava. Reuel observava silenciosamente, avaliando as reações dos inimigos e preparando-se para agir. Ele sabia que precisava intervir rapidamente para proteger não apenas seu império, mas também a criança que estava sendo ameaçada.

Enquanto os soldados se movimentavam e se preparavam para o ataque, Reuel permaneceu invisível, planejando sua estratégia para enfrentar o inimigo. Ele sabia que sua próxima decisão seria crucial para o destino do império e para a segurança daquela criança inocente.

Reuel Ashford-Valet avançou discretamente até a criança aprisionada e a libertou. A pequena estava coberta de machucados, evidenciando o tratamento cruel que havia sofrido. Reuel invocou sua magia de cura, os ferimentos da criança começaram a cicatrizar lentamente. Observando-a atentamente, ele analisou o tipo de magia que a criança possuía, buscando entender por que seria usada como uma arma.

Ao explorar a magia da criança, Reuel descobriu que era predominantemente focada em magias de destruição: explosões, chuvas de meteoros, terremotos e perturbações mentais. Eram poderosas magias destrutivas, todas controladas por um tipo especial de magia chamada Magia do Sistema. Esta última servia para automatizar e sistematizar outras magias, permitindo configurar múltiplos feitiços simultaneamente.

Enquanto Reuel mergulhava mais fundo no estudo da magia, os soldados inimigos, distraídos em sua busca pelo imperador, negligenciaram a segurança da criança. Isso permitiu que Reuel continuasse sua investigação sem interferências.

Após compreender os princípios básicos da Magia do Sistema, Reuel agiu rapidamente. Utilizando suas habilidades mágicas avançadas, ele teleportou a criança para longe da praia, garantindo sua segurança imediata.

Foi nesse momento que o imperador não demonstrou piedade alguma com os soldados invasores. Ele se aproximou silenciosamente por trás de um dos soldados e agarrou sua cabeça com firmeza. Usando magia mental, extraiu informações sobre a origem dos invasores. Com a informação em mãos, Reuel decapitou implacavelmente todos os soldados inimigos, incluindo aqueles nos navios que ainda não haviam desembarcado.

Após a carnificina, ele teleportou as cabeças dos soldados para a sala do trono do reino que os enviou. Junto com as cabeças, uma carta foi deixada, um aviso sombrio assinado por Reuel Ashford-Valet, o guardião de Partum. A sala do trono transformou-se em um cenário de horror, as cabeças dispostas como um macabro aviso, aterrorizando o rei e seus cortesãos.

Na carta, Reuel zombou audaciosamente, desafiando-os a enviar verdadeiros guerreiros da próxima vez, soldados que merecessem ser chamados de tal.

Foi nesse momento que Reuel percebeu que não queria envolver seus próprios soldados na limpeza dessa carnificina.

- Preciso manter segredo sobre isso - murmurou Reuel.

Com um gesto de magia, Reuel teleportou os corpos decapitados para o imperador de Elderir, acompanhados de uma carta meticulosamente redigida. Nela, Reuel zombava dos planos previsíveis do império inimigo:

"Excelência,

É com prazer que retorno o lixo ao seu devido lugar. Os planos do império de Elderir são tão previsíveis quanto o curso dos astros. Que esta lembrança os faça reconsiderar futuras incursões.

Atenciosamente,

Reuel Ashford-Valet,

Guardião de Partum"

A mensagem foi clara e direta, deixando claro que Reuel não hesitaria em retaliar com firmeza contra qualquer ameaça ao seu império.

Depois de teleportar os navios para as praias do império de Elderir, Reuel Ashford-Valet caminhou até o local onde havia enviado a criança para segurança. Com cuidado, ele a pegou nos braços e se teleportou de volta para o palácio. Ao chegar, solicitou às serviçais que cuidassem da menina com todo o zelo necessário. Embora pensasse em ajudar pessoalmente, considerou mais adequado deixar que as experientes serviçais do palácio cuidassem dela.

Enquanto isso, a imperatriz Luna estava envolvida em uma reunião, apresentando os planos meticulosamente preparados por seu irmão, Reuel Ashford-Valet, para o império. As discussões sobre leis, sistema de governo - democracia ou meritocracia - pareciam não ter fim, criando uma atmosfera de debate interminável. Até que Luna pediu silêncio na sala e começou a ler uma anotação do caderno de seu irmão:

"Princípios

1. Disciplina e Treinamento: Manter altos padrões de disciplina e treinamento contínuo para garantir a prontidão militar.

2. Lealdade ao Imperador: Todos os militares devem demonstrar lealdade inquestionável ao imperador e à defesa do império.

3. Uso Responsável da Magia: Assegurar que a magia seja utilizada de maneira ética e eficiente em operações militares.

Integração dos Três Níveis

- Sinergia: A integração dos três níveis (Ensino Fundamental Mágico e Acolhimento, Sistema Militar, e Estrutura Governamental) promove um império coeso, seguro e justo.

- Desenvolvimento Contínuo: As crianças educadas no sistema de ensino podem progredir para carreiras militares ou administrativas, garantindo um fluxo contínuo de talentos qualificados para todas as áreas do governo e defesa.

- Justiça e Proteção: A combinação de um sistema educacional inclusivo, um exército bem treinado e uma estrutura governamental justa assegura a estabilidade e prosperidade de Titãstrya.

Esse detalhamento assegura que cada nível do sistema de Titãstrya contribua para um império forte, bem organizado e justo, refletindo os valores e objetivos delineados no livro Partum Fantasy."

Após a leitura e explicação aos presentes na reunião, ficou claro o motivo da complexidade do sistema governamental. Com base nas informações do caderno de seu irmão, Luna coordenou a montagem do sistema, mantendo o nome que ele escolheu: Titãstrya.

Enquanto o imperador aguardava no jardim, as serviçais cuidavam zelosamente da criança, mas ele logo percebeu que a magia do sistema da criança estava sob controle de uma força maior. As habilidades mágicas da criança haviam sido ativadas várias vezes, porém eram consistentemente neutralizadas pela magia de anulação que o imperador havia instalado no palácio. Ao chegar com a criança, ele imediatamente lançou uma magia de anulação em área para neutralizar qualquer ameaça mágica ou física.

Enquanto isso, o imperador de Elderir estava extremamente furioso por não ter conseguido causar nenhum dano ao império de Partum. Seu plano de usar o pequeno reino vizinho como linha de frente para justificar um ataque político a Partum foi completamente arruinado. O reino que lançou o ataque sofreu pesadas baixas, deixando-os traumatizados e sem vontade de tentar novamente contra o império de Partum.

Enquanto sussurros continuavam a ecoar em seus ouvidos, um insistia para que abrisse a porta da prisão de Lilith, enquanto outro alertava sobre eventos negativos ocorrendo no império. O imperador ponderou por um momento sobre como poderia ajudar seu povo, recordando-se da magia do sistema e de outras magias semelhantes que nunca havia utilizado. Foi neste momento que a parte central do sistema governamental de Titastrya foi concebida. Uma magia de escala global foi empregada para estabelecer novas leis naturais, até mesmo alterando o território de Aeternia...

Desde que o imperador de Partum descongelou todo o território da antiga Aeternia, ele expandiu significativamente o império, transformando-o em um vasto continente. Com essa expansão, surgiram inúmeras oportunidades: a construção de grandes estruturas, o surgimento de novos reinos e um foco renovado na proteção de seres mágicos ameaçados de extinção ou escravizados.

Ao entardecer, Luna, a irmã do imperador, finalizou uma reunião crucial, feita em segredo para que seu irmão não soubesse. Ela havia trabalhado incansavelmente na criação do novo sistema governamental, que agora estava elaborado e robusto, com uma hierarquia bem equilibrada e justa para todos. A única exceção era o próprio imperador, que mantinha o maior poder político no império.

Após a reunião, Luna encontrou-se com seu irmão em uma das amplas varandas do palácio, onde o céu tingia-se de laranja e púrpura com o pôr do sol. Ela não imaginava que ele soubesse de sua reunião secreta.

- Como foi a reunião? - perguntou o imperador, sua voz ressoando com autoridade, mas também com um toque de cansaço.

Luna ficou surpresa, seu coração acelerando. - Você... você sabia?

O imperador assentiu lentamente, um leve sorriso nos lábios. - prefiro manter isso em segredo. - ele não queria revelar sobre os sussurros misteriosos.

Luna respirou fundo, tentando manter a calma. - A reunião foi produtiva. O novo sistema está pronto. É justo e equilibrado, mas ainda te coloca no topo, como deveria ser. Precisamos garantir que nosso povo e... todos os seres mágicos, especialmente os ameaçados, recebam a proteção que merecem.

O imperador olhou para o horizonte, sua expressão pensativa. - O nosso objetivo sempre foi criar um paraíso, não apenas para os humanos, mas para todas as criaturas deste continente. Não podemos falhar.

Luna relaxou um pouco, percebendo que seu irmão não estava zangado. - E não falharemos. A governança de Titastrya será um exemplo para todos. A magia que implantamos para estabelecer novas leis naturais já está começando a transformar o território de Aeternia.

O imperador virou-se para encarar a irmã, uma expressão de gratidão em seus olhos. - Obrigado, Luna. Não poderíamos ter chegado tão longe sem sua dedicação.

- Somos uma equipe, irmão. E juntos, vamos proteger este império e todos os seus habitantes.

Enquanto a noite caía, os dois ficaram em silêncio, contemplando a vastidão do império que haviam construído. Eles sabiam que os desafios estavam apenas começando, mas com o novo sistema governamental e a união de seus esforços, estavam preparados para enfrentar qualquer adversidade.

Luna notou uma mancha escura na gola do traje de seu irmão. A luz suave do entardecer revelou a cor carmesim, que se destacava contra o tecido claro. O coração dela disparou ao reconhecer que era sangue. Ela respirou fundo, tentando acalmar a mente que fervilhava com perguntas e preocupações. Preferiu, no entanto, manter-se em silêncio.

Em vez de questionar, observou atentamente os movimentos do irmão, procurando qualquer sinal de dor ou desconforto. Talvez, pensou, fosse melhor esperar pelo momento certo. Afinal, havia aprendido que, às vezes, o silêncio pode falar mais do que as palavras.

- Irmão, precisamos conversar depois do jantar? - ela perguntou finalmente, a voz suave e cheia de preocupação, embora tentando não alarmá-lo.

Ele assentiu, sem perceber a verdadeira inquietação por trás do pedido dela.

Enquanto isso, o império de Elderir estava em um estado de fúria e agitação. O imperador não conseguia suportar a ideia de que um pequeno reino havia evoluído tão rapidamente e se tornado tão poderoso. A humilhação que ele sofrera em combate pelo imperador de Partum era uma ferida aberta em seu orgulho. Os nobres, orgulhosos como sempre, compartilhavam de sua indignação, fomentando ainda mais o ressentimento.

Em uma sala opulenta do palácio de Elderir, o imperador convocou seus conselheiros mais próximos. A tensão era palpável no ar enquanto eles se reuniam em torno de uma mesa de mármore.

- Como pudemos permitir que Partum nos humilhasse dessa maneira? - rugiu o imperador, sua voz reverberando pelas paredes. - Eles eram um pequeno reino insignificante, e agora ousam nos desafiar!

Um dos conselheiros, um homem de cabelos grisalhos e expressão severa, inclinou-se à frente. - Majestade, subestimamos a capacidade deles de crescer e se fortalecer. Mas ainda há tempo para corrigir nossos erros.

- Corrigir nossos erros? - o imperador esbravejou. - Precisamos esmagar Partum e mostrar ao mundo que Elderir não pode ser desafiado impunemente.

Enquanto isso, em diferentes partes do mundo, impérios e reinos observavam com interesse crescente. Alguns, impressionados pelo rápido crescimento e poder de Partum, viam uma oportunidade de aliança. Outros, temendo a ascensão de um novo poder dominante, conspiravam para destruí-lo.

No palácio de Partum, o imperador discutia com seus conselheiros, enquanto jantava com sua irmã. A luz suave das velas iluminava a sala, criando um ambiente de calma deliberada.

- Estamos cientes das movimentações em Elderir - disse um conselheiro, olhando diretamente para o imperador. - Eles estão furiosos e buscando vingança.

- Deixe-os vir - respondeu o imperador, sua voz firme e determinada. - Não procuramos guerra, mas estamos preparados para nos defender. Nossa prioridade é proteger nosso povo e nossos aliados.

Um mensageiro entrou apressado na sala, interrompendo a reunião. Ele se ajoelhou perante o imperador, apresentando uma carta selada.

- Majestade, recebemos propostas de aliança de vários reinos - anunciou o mensageiro. - Alguns oferecem seu apoio, enquanto outros planejam nossa destruição.

O imperador pegou a carta, abrindo-a com cuidado. Ele leu em silêncio por alguns momentos antes de levantar os olhos para seus conselheiros.

- Precisamos escolher nossos aliados com sabedoria. Partum está em uma encruzilhada, e nossas próximas decisões determinarão nosso futuro. - argumentou um dos conselheiros.

O imperador de Partum avistou uma carta com um selo mágico em meio às cartas de aliança. Ao pegar a carta, ele imediatamente percebeu algo diferente. A energia que emanava do selo sugeria que não era uma simples mensagem.

Ele abriu a carta com cuidado, seus olhos atentos a qualquer detalhe. Quando desdobrou o papel, as palavras pareciam ausentes. No entanto, com um leve murmúrio de um feitiço antigo, linhas de escrita mágica invisível começaram a aparecer lentamente. À medida que as palavras se revelavam, seu olhar ficou mais intenso.

À medida que lia, um sorriso perturbador surgiu em seus lábios. A mensagem oculta parecia trazer notícias ou planos que acendiam um entusiasmo sombrio em seu coração. A adrenalina corria por suas veias, alimentando sua excitação.

- Interessante... - murmurou para si mesmo, seu tom carregado de malícia. - Muito interessante.

Guardando a carta com cuidado, ele olhou ao redor para se certificar de que ninguém estava por perto para ler a carta. Sabia que as informações contidas ali poderiam mudar o curso dos eventos que se desenrolavam no império.

O imperador virou-se para a janela, contemplando o horizonte enquanto sua mente já trabalhava nas possíveis implicações e estratégias a serem adotadas. Ele estava preparado para usar aquela informação a seu favor, determinado a transformar a situação em uma vantagem estratégica.

Com um movimento decidido, ele chamou o primeiro ministro que também era seu conselheiro de confiança.

- Prepare uma reunião com nossos estrategistas e melhores guerreiros - ordenou, sua voz firme. - Temos muito a discutir e pouco tempo para agir.

O imperador de Partum dirigiu-se ao seu escritório com passos firmes. A sala, repleta de livros antigos e artefatos mágicos, exalava um ar de mistério e poder. Ele se sentou à sua mesa, pegando uma folha de pergaminho especial, destinada a mensagens importantes.

Com uma pena de prata mergulhada em tinta encantada, ele começou a escrever. Cada palavra era cuidadosamente escolhida, e a escrita mágica dançava pelo pergaminho, formando códigos complexos. Ele descreveu os eventos mais significativos de sua vida, detalhando batalhas, conquistas e segredos que apenas ele conhecia. Os códigos mágicos garantiriam que somente alguém com grande conhecimento arcano pudesse decifrar a mensagem.

O imperador parou por um momento, refletindo sobre o destinatário da carta. Decidido, ele escreveu o nome da imperatriz de Kyria, Kyra Kyriakos. Sabia que ela era uma das poucas pessoas no mundo capaz de entender a profundidade e a importância das informações contidas naquela mensagem.

Ao terminar, ele selou a carta com um selo mágico, garantindo sua segurança durante a viagem. Chamou um de seus mensageiros de confiança, um jovem mago com habilidades excepcionais em teletransporte.

- Esta carta deve ser entregue à imperatriz Kyra Kyriakos, do império de Kyria, imediatamente - ordenou o imperador, entregando a carta ao mensageiro. - É de extrema importância que ela a receba sem demora.

O mensageiro fez uma reverência profunda, compreendendo a gravidade da missão. - Sim, majestade. Não falharei.

Com um aceno, o imperador dispensou o mensageiro, observando enquanto ele desaparecia em um flash de luz mágica. Sabia que a imperatriz Kyra compreenderia a urgência e a importância da mensagem.

Sentando-se novamente, ele permitiu-se um breve momento de reflexão. O futuro de Partum e, possivelmente, de todo o continente, poderia depender da aliança e das decisões que viriam a partir daquela carta.

- Que os deuses estejam conosco - murmurou, antes de se levantar e retornar aos seus deveres, o peso das responsabilidades mais evidente do que nunca.

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