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21. να σπάσει

Ela continua me ignorando. 

Digo, sentindo um nervosismo estranho ao olhar para a tela. Uma frustração estranha dominou a maior parte dos meus últimos quatro dias, estou a mercê de uma mensagem que pode ou não transformar minha tarde.

As coisas simplesmente tornaram-se tensas entre nós. De noite o corpo dela se movia para mim, a maneira mais bela de arte se forma nas ondulações de seu quadril e na entrega que reserva a sua dança. Mas, na manhã seguinte tudo mudou, uma ponte ainda não atravessada pairava entre nós e não sabia sequer onde fazer a travessia. 

Ela não estava fria, apenas hesitante. Resguardada em algum canto de si mesma que toquei sem saber ao estar em sua casa. Não sei, era como se o desespero exigisse que eu fosse embora e, igualmente me pedisse para ficar; e aquilo significava algo para Ravine. 

Os meus sentimentos evoluíram drasticamente, um interesse simples que cativou meu coração porque a mulher é plenamente digna de admiração, extremamente forte e confiante de si mesma, daquela maneira que a torna irresistível. O detalhe de sua personalidade que merece atenção, porém um lado que poucos conhecem. 

Eu sou sortudo em tê-la na parte mais instigante e genuína de sua essência. 

Ainda que as mensagens agora sejam curtas e ainda repletas de incerteza, bambeando entre nosso antes e o que compartilhamos agora, sinto-me honrado pela oportunidade de conhecer a pessoa verdadeira, mesmo que seja pelas frestas de seus muros.

— Jungkook — Ele chama, um tom condescendente que me desagrada profundamente, no entanto apenas dou-lhe um olhar vago. — Você pode querer esquecer ela, para o bem da sua carreira. 

— Nós já tivemos essa conversa. 

— E você não me ouviu da primeira vez.

— O que te faz pensar que agora seria diferente, hyung?

— Você realmente gosta dela, não é? — Namjoon encara minhas feições, parado no corredor da biblioteca com os óculos criando um arco em volta das orbes atentas.

O silêncio permeando os arredores dos corredores me incomoda, como nunca antes, embora eu seja de uma natureza mais ativa e inquieta, ela não se aflorava entre essas paredes. Sempre me agradou a aura mais calma, guardada em seu próprio tom de paz, mas no instante que sua fala paira em mim, incomoda. 

Sons de passos, as vozes, ruídos que normalmente criam a melodia de uma semana cheia ofuscariam a verdade brilhando na minha mente, desejando ser libertada. Queimando na ponta da minha língua e enchendo meu paladar, entretanto se estas três palavras forem ditas, ela foge de mim e de seus sentimentos. 

Então, eu as guardo, aqui dentro. 

— Sim — A afirmação não é suficiente, não o bastante para descrever a sensação verídica escondida. — O sentimento não importa, qualquer coisa mais profunda que um gostar faria ela fugir de mim.

— Ela não parece querer algo sério, Jungkook. 

— Eu não tenho certeza, se ela sabe o que quer — Admito para alguém além de mim. — A única confiança que tenho é que ela me quer tanto quanto eu a quero. 

— Desejo não é suficente para manter um relacionamento. 

— Eu sei. 

Nos caminhamos, a pilha de livros no meu braço um tanto maior que as de costume, mas as carrego com cuidado para fora da biblioteca. O calor nos abandona no momento que paramos na entrada, o vento frio que acompanha a chuva adentra pelo sobretudo aberto arrepiando-me e os respingos de água molham a ponta da minha bota.

Olho para trás, as prateleiras cheias de livros, o ambiente parcialmente preenchido e as diversas opções para um fim de tarde agradável envoltas pelo tom mais neutro de marrom que a madeira envelhecida carrega. Imagino que o estalo das gotas com o telhado tornaria a leitura ainda melhor, mas tudo que desejo no momento é ir para casa. 

Eu suspiro, audivelmente.

— A pergunta é: do que ela tem medo? — Sobrepondo-se ao sons da chuva a pergunta se eleva em meus ouvidos, os olhos de Namjoon observam o mesmo cenário que eu, mas sei que aguarda uma resposta. — E possivelmente, a mais importante, por quê?

Apesar da nossa despedida, meu pensamento trabalha em suas perguntas, quando entro no carro e sigo para casa penso em todas as razões para se fugir do amor, para fugir da importância que qualquer sentimento intenso exige. Porém, existe um milhão de coisas que ainda não sei dela, não aquelas que a deixam vulnerável, como poderia saber o que a faz fugir tanto?

Eu sei que não deseja o amor, mas como rejeitar um sentimento que é próprio de quem somos como seres humanos, e principalmente como pessoas que precisam de ligações significativas? E, como a maioria das belezas em uma vida, carrega sim, as partes que nos fazem chorar, no entanto, por que abdicar do completo pela efemeridade de um momento?

Existe algo sobre o amor que machuca, ou sobre a forma que amamos alguém que é irremediavelmente imperfeita. Talvez, ela tenha sido amada da maneira errada, alguém nomeou algo de amor e simplesmente a machucou. 

Eu poderia amá-la do jeito certo. 

Se ela me permitisse. 

Se ela permitisse a si mesma. 

Eu respiro fundo, desligando o motor do carro e descansando os olhos, às possibilidades que teríamos se o medo que carrega não a fizesse me manter longe de seu interior. Porque eu me importo com a verdade de quem ela é, com sua essência, e o sorriso radiante em seu rosto quando decide que merece viver. Me importo com suas opiniões embora possam divergir completamente das minhas, me importo com sua dança e com as partes importantes que compõem sua personalidade; com ou sem muros para se defender ainda a quero mais que ontem, e antes disso. 

Pois, mesmo que não possa dizer, eu a amo. 

Eu suspiro, frustrado.

Abrindo os olhos enxergo uma silhueta pela janela, parada em frente a minha porta, os traços de água batendo contra o vidro não me permitem observar com clareza, então eu desço abrindo o guarda chuva e fechando a porta do carro atrás de mim.

A sensação de euforia que tenho ao vê-la é sentida tão tardiamente que assemelha-se a ilusão, a sensação quente enchendo o peito é grande, ainda que escassa demais para transbordar. Mas, principalmente, não é plena, porque algo está errado.

Me aproximo lentamente, em cada passo o aperto no meu coração aumenta como se pudesse adivinhar o começo do fim. Incompreensão ronda meus olhos quando procuro a mulher que amo, mas não enxergo um vestígio sequer dela; e em seu lugar uma versão quebrada espera sentada na minha porta.

Como se fosse outra pessoa.

A versão inquebrável sumiu de seu semblante entristecido, mais que tristeza ela parece totalmente perdida. O corpo encharcado e trêmulo, sem desviar da chuva, sequer se importando com a ventania fria que a acompanha. Seu cabelo preso pingando, os cílios longos emoldurando as orbes como um quadro melancólico.

Seus olhos, vazios. 

Apesar do abismo, eles demonstram muito. 

O vazio deveria ser sinônimo de ausência, aquilo que falta ou algo nessa definição, mas olhando para seu estado, sei que é exatamente o oposto. O sentimento em seus olhos é cheio, completo e sufocante demais. Não entendo como algo que demanda tanta intensidade, tanto sentir, possa transformar alguém em um espaço oco. 

Entretanto, é o que acontece aqui.

Como se a esperança fosse sugada de sua existência e sobrasse apenas a desilusão dos sentimentos ruins, é quando percebo que sua fortaleza desmoronou. As barreiras que tanto erguia ruíram, a lutadora se cansou e a realidade desce sobre mim.

Ela registra minha presença, estagnado a sua frente tentando encontrar uma forma de fazê-la voltar a vida; o silêncio que se estende é agonizante, não consigo me mover ou falar. Mas, pior ainda, sei que não posso afastar a tristeza dela.

— Hoje é o aniversário dele. 

A confusão dura somente alguns segundos, quando depois de algumas tentativas sem som, ela finalmente completa. 

— Meu irmão — Pigarreia. — Oliver.

Um sussurro quebrado, da forma que é dito parece um nome à muito não mencionado em voz alta. Apesar disso, o sentimento nas sílabas é permeado pela saudade e outra coisa que não consigo identificar. 

— O que aconteceu? — Pergunto hesitante.

Abaixo-me procurando seu olhar e repentinamente ela se torna consciente de como soa, vergonha nos olhos quando desvia-os de mim. Desisto do guarda chuva soltando-o sobre chão, o estalo é uma melodia baixa que sequer noto atento a forma que seu corpo se retrai. 

Porém, não é uma tentativa de manter-se quente, é como se as palavras que precisam ser ditas estivessem a torturando de dentro para fora e, na incapacidade de conter suas emoções ou verbalizá-las, o corpo se torce em uma dor não confessada. 

Vê-la em sua agonia quebra algo dentro de mim, minhas mãos inquietas não sabem como ou onde tocar, as palavras se embaralham na minha mente e me sinto fracassado. Hoje, neste momento, desejo mais do que em toda a minha vida ser capaz de curar as feridas que carrega, porque alguém a machucou e de alguma forma a tornou uma fortaleza onde não se pode cair; onde não se aceita vulnerabilidades.

Eu vejo nos olhos dela como estar exposta para si é doloroso, tanto quanto uma dor física. 

— Ele morreu. Acidente de carro — Um suspiro estranho ganha forma em sua boca.

— Eu sinto muito, Ravine. 

— Já faz seis anos — Os olhos dela se enchem, ela engasga com o sentimento entalado na garganta. — Eu tentei, sabe? Eu queria ser forte por eles, queria que soubessem que não estavam sozinhos. Mas aí, eles me deixaram sozinha. 

Uma pausa, a mão dela apertando o pescoço, forçando as palavras a saírem e sinto-me orgulhoso pela demonstração de força, mesmo estando derrotada.

Então, eu começo a enxergar, nesta nova versão não mais desconhecida, a mulher que me conquistou, em sua forma triste; ferida.

— O que eu poderia ter feito? — Pergunta. — Ninguém notou o quanto eu estava sofrendo. Eu sinto tanta, tanta raiva deles, mas sinto ainda mais falta. — As frases se enchem de fervor, o maxilar dela rijo ao ponto de quebrar, no entanto logo a tristeza volta. — Ela sequer conversa comigo, passei os últimos seis anos tentando ser forte para ela, e agora ela nem conversa comigo. 

— Ela, quem?

— Minha mãe. 

Meu amor...

— Ele tinha um sorriso lindo — Os olhos transbordam, as lágrimas criando trilha no rosto molhado. — Ele sempre foi tudo que eu nunca consegui ser. 

O sobretudo pesa mais a cada minuto que passamos debaixo da chuva, ignoro o arrepio constante na minha derme e como o frio potencializa ainda mais a sensação congelante dentro de mim. 

Continuo observando seu choro silencioso, perdida em algum momento de sua vida. Um comichão de lembranças tornando-a distante, para anos que não nos conhecíamos, para um momento que a faz sorrir brevemente. O sorriso não chega aos olhos, mau se forma nas expressão quando transforma-se em tristeza. 

— Eu gostava da esperança dele, de como os dias ruins sempre tinham algum sentido ou não sei, as coisas eram melhores com ele por perto — Ela funga, passa a mão no rosto tentando impedir as lágrimas. — Ele não fugia da vida ou do amor. Era a pessoa mais corajosa que eu já conheci.

— Você é corajosa.

— Não… não sou. 

— Ravine — Chamo, porém ela continua sem me encarar. — Amor, vamos entrar, você precisa tirar essas roupas molhadas e se aquecer.

Faço um movimento tentando conseguir que se levante, o tremular continua enquanto ela permanece parada. Alcanço seu braço incomodado com o quão gélida sua pele está. 

— Ninguém lutou por mim — Murmura. — Eles me deixaram como se eu não fosse uma boa razão para tentar novamente. Mas, Oliver, ele lutaria.

Sua cabeça se ergue, o corpo rendido com os braços moles jogados ao lado do corpo, ombros caídos e o peso de seis anos esmagando seu espírito. Então, ela me encara e no processo eu quebro.

Aqueles olhos que me ofereciam desafio, intensos e marcantes desde o primeiro contato, o castanho agora quase negro opacos e sem vida. Os mesmos olhos, em nada se parecem, este carrega uma tristeza profunda afogando qualquer vestígio do antes. Como se não existisse mais vida ou esperança, apenas dor.

Eles enchem, as lágrimas caindo sobre seu rosto e diferentemente de antes o corpo dela responde, convulsionando entre conter ou deixar ir.

A fragilidade exalando, sempre a considerei delicada mesmo quando agia na defensiva ou demonstrava nunca precisar de ninguém, aqui, entretanto, é como se ela fosse feita de vidro e estivesse rachando na minha frente. 

Ravine não pede ajuda. 

Não quer socorro. 

— Eu sinto falta deles, Jungkook. 

Então, ela se parte. 

Os soluços atropelando qualquer possibilidade de conversa, o silêncio interrompido pelo barulho de sua dor ressoando nos meus ouvidos; a chuva aparenta ser uma sinfonia distante quando a abraço. Seu aperto é forte, poderia me tirar o fôlego, mas quando retribuo ela se aconchega nos meus braços lentamente, hesitante e tímida.

— Eu estou aqui — Digo. 

Ela apenas deixa ir, chorando ainda mais. 

Continua...

Atualização!!! Como vocês estão nesse calor? (Aqui em Brasília, está calor, então estou quase derretendo).

Era para ter postado o capítulo ontem, entretanto, teve uma mudança aqui em casa e precisei arrumar a casa, só terminei de noite e ainda tive visita. Não consegui postar ontem, mas estou postando hoje, pois o capítulo estava terminado e só faltou tempo mesmo.

O que vocês acharam do capítulo de hoje? Algum comentário ou cena que deixaram vocês mais emocionados?

Eu gosto muito desse capítulo e, estou gostando bastante de como o próximo tem se desenvolvido. Ainda não terminei, mas ele está ficando muito bom. Provavelmente pode sair um pouco mais longo também, ok?

Próxima atualização pode vir dia 14, ou como exceção — meio de semana no caso — dia 18.

Enfim, é isso.

Beijinhos ❤

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