Capítulo 6
Rachel Roth / Rae
Tentando entender o porquê do vigilante tê-la ligado, Rachel tomou seu banho, colocou uma camisola qualquer e ao sair encontra um homem caído sobre sua cama.
Assustada, ela liga as luzes, vendo rastros de sangue pelo chão e tudo que a vem em mente era que Jeremiah, seu primeiro amor e único namorado, deveria estar precisando de ajuda. Entretanto não viu os cabelos loiros que muito bem conhecia, sim cabelos pretos e ombros largos que a deixaram assustada pelo símbolo.
Deixando a mulher em dúvida se aquele seria um dos homens de seu pai, até que enfim lembra do vigilante de mais cedo.
— Que símbolo infeliz... — é tudo que pensa ao correr para pegar sua maleta.
A julgar pela inconsciência e a trilha de sangue, Rachel logo conclui que o tal vigilante estava em choque e que precisaria de cuidados urgentes.
Tomando cuidado para o colocar sentado, ela tira o uniforme parcialmente e logo vê onde ele foi atingido, no peito, longe de ossos ou órgãos vitais, mas devido ao sangue num lugar que pela situação que ele estava o fez perder muito sangue.
— Tomara que não precise de transfusão — falando com calma se põe a usar suas luvas para mexer no homem em inconsciente, já pondo gazes para cobrir o ferimento.
Escutando risadas, ela logo chama quem havia convidado, pedindo que subisse depressa.
— Puta merda! Quem é esse? — Bee a questionou logo que viu Rachel sentada sobre o rapaz.
— Não pergunta. Abre a sala secreta, por favor. Me ajuda a carregar ele...
Jurando que nunca mais ia fazer companhia a ela, Bee carrega o homem até a sala secreta onde Rachel Roth levava algum tempo atrás sua irmã, mãe e alguns amigos.
Além de todos os outros que faziam parte de alguma organização criminosa e precisavam de cuidados especiais, sendo recomendados para que se tratassem especificamente com ela.
Em Gotham, havia reformado a sala para que fosse mais um quarto, aumentando o valor da casa onde cresceu e viveu todas suas lembranças felizes e mais tristes. E que agora precisava vender para que pudesse pagar uma dívida de sua mãe.
Uma ex prostituta, bêbada e viciada em remédios.
— Ele vai sobreviver? — sua amiga perguntando agitada ajuda a deitá-lo sobre a maca esterilizada que Rae limpava todos os dias ao acordar.
O lugar era simplesmente uma sala de operações improvisada. Lá podia dar pontos, remover balas e na pior das hipóteses fazer autópsias para determinar mortes.
— Nossa. É mais limpo ainda que o resto da tua casa. E eu que achava tudo limpo demais lá, sangue de Cristo tem poder — Bee observa a fazendo sorrir por debaixo da sua máscara.
Havia se formado em enfermagem, entretanto sua vivência nos pontos de emergência e no mundo do crime em Gotham a fizeram ser quase uma multi tarefas no que dizia respeito à primeiros socorros.
— Devia ver a que tinha em Gotham. Era muito mais completa — retrucando baixo recebe uma expressão séria da mulher.
Embora não tivesse um raio-X, conseguiu usando alguns cálculos traçar um perímetro onde estaria a maldita bala, fazendo uma incisão para ver melhor e por final removê-la sem maiores problemas e danos ao vigilante.
— Ele vai ficar bem? — sua amiga insiste em perguntar.
Terminando de fechar os pontos, Rachel corta a linha, faz o curativo, pega os medicamentos que deveriam servir misturados ao soro e se coloca a rir ao ver o homem esboçar uma careta.
— Descansa, querido. Está seguro aqui — sussurra Rae no ouvido dele que de imediato relaxa.
— Então, você anda saindo com um vigilante, Hmn?
Horrorizada, pois havia chances dele ainda ouvir, a chamou para fora da sala, deixando o homem por lá, tirando sua máscara, logo dizendo:
— Isso não é verdade! Eu nem sei como ele chegou aqui...
— Eu acredito, quero dizer, todos os dias caras gostosos, seminus e mascarados aparecem na minha cama!
— Baleado! Ele foi baleado! Pelo amor de Deus! — Rae tenta se defender em vão.
O lado bom de ter um quarto a prova de som e escondido era que podia gritar a vontade com quem tivesse em seu cômodo pessoal, que nenhum dos seus pacientes ouvia.
— Ele é gato! Você é muito sortuda! Solteira e um homem desses entra em sua casa assim! Eu prendia aqui e casava com ele!
A jurando não contar a ninguém, Karen foi para casa, avisar a Vitor que Rachel teve um problema e precisaria ficar por lá até que se ajeitasse e o resolvesse.
— Por onde esse cara entrou? — pensa sozinha olhando as janelas, ainda trancadas, a porta da frente, sem sinal de arrombamento, indo até os fundo da sua casa, onde havia uma maçaneta quebrada.
Não importava o quanto girasse a chave, a porta nunca trancava e qualquer um que mexesse na maçaneta poderia facilmente ter acesso a sua casa.
Sendo assim, arrastou o armário para fazer uma barreira na porta, voltou para sala, assistindo Netflix e uma vez ou outra indo checar o seu paciente incomum.
Isso até que, movida por sua curiosidade, Rachel Roth tenta tirar a máscara do vigilante, sendo impedida pelo seu telefone tocando, a forçando a sair dali o mais depressa possível.
— Doug? O que tem pra mim? — pergunta ao seu amigo que ficará responsável por vender sua casa em Gotham.
Dizendo a ele que venderia a casa pela metade do seu valor, apenas o suficiente pra pagar a dívida com sua mãe e organizar suas finanças, saindo também daquela casa, que havia posto a venda e estava mantendo o mais barato possível, esperava pelo menos um comprador aparecer.
— Querem comprar pelo valor original....
Respirando fundo, temendo ser uma armadilha de seu pai, ela ia negar novamente a oferta.
— O nome dele é Jason Tood.
O cara deu o nome, o que as pessoas mandadas a seu pai não faziam, logo poderia ser alguém mandado por Deus para tira-la daquele tormento que era pagar as dívidas de sua mãe.
— Ele deixou algum documento? — pergunta curiosa.
— Sim. Deixou. Disse que era só mandar a conta que ele depositava... Estava aqui com uma ruiva. Filha do comissário Gordon.
Respirando aliviada, passou seus dados e a conta para deposito, indo procurar uam garrafa de uísque que havia largado em algum lugar, para comemorar a primeira venda.
— Menos um. Falta esse aqui e sumo de vez...
Mais animada, Rachel antes de desligar o telefone escuta um estalo alto que nas suas vivências de anos, só podia significar uma coisa.
Grampearam o telefone celular dela.
Embora não estivesse muito disposta, desligou o aparelho por completo, foi até o vigilante, checou seu estado e voltou a passear pela sala até que o sol iluminou a casa, a alertando que era hora de tomar um banho e ir trabalhar.
O detetive Grayson que fosse para o inferno, Rachel Roth ia pegar o primeiro turno da manhã e ele que fosse a merda, pois não iria trabalhar com o seu ex caso de uma noite e passar por aquele clima chato entre eles.
Além do que, sua mãe estaria de volta e precisava a vigiar durante a noite. Para que não se metesse em mais problemas dali por diante.
Embora tivesse se surpreendido com a ausência do detetive, que faltou naquele dia, seguiu seu turno normalmente até o fim do seu expediente, onde foi as docas levar tudo que separava sua mãe dela.
— Aqui está. Cem mil dólares... — fala Rae séria, jogando a bolsa com dinheiro aos pés do homem de confiança de Reesse.
Aguardando que a máquina que trouxeram contasse as notas e verificasse a sua veracidade, Rachel vê sua mãe ser tirada do porta malas, coberta por machucados, usando um lençol para cobrir seu corpo.
Correndo até ela, Rae checa seu pulso, mexe com o rosto de Arella e vê o carro com o dinheiro sumir a deixando a sós com sua mãe.
Ciente que haviam a dado alguma coisa para que apagasse, Rachel ligou para Vitor, que praticamente voou para lá, em auxílio de Rachel Roth.
— Daqui por diante tudo vai ficar bem... — Vitor Stone a acalma ao colocar a mãe de Rae no banco de trás deitada.
Ela realmente esperava que, dessa vez, Arella não fosse largar tudo para voltar a prostituição e ter acesso às drogas, pois algo a dizia que talvez não houvesse mais chances para sua mãe.
Muito obrigada a todos os comentários e votos! Obrigada pelo carinho e incentivo...!
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