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Capítulo 2

Rachel Roth/ Rae
Budhaven, 02 de Fevereiro 2019

Nada de pânico, nada de entrar em pânico, não havia motivos para estar em pânico.

Pessoas que transavam se viam em algum momento. Não era nada bizarro o que estava acontecendo naquele momento.

Se é que ele lembrava dela. O que duvidava muito.

— ... Mais forte, por favor — pediu usando as mesmas palavras do dia em que dormiu com o detetive Grayson, recebendo um olhar chocado dele.

Merda. Ele lembrava, foi o que Rachel pensou antes de pedir licença aos demais presentes.

— Vou ali e já volto. Espera só uns dez minutos! — Roy Harper, o detetive que estava a devorando com os olhos, disse agitado saindo da sua mesa desesperado.

Caras como ele não podiam ver uma mulher solteira que logo tentavam levá-las para cama a todo custo. O que era deprimente.

Após pedir que o avisassem que ela estaria trocando de roupa no vestiário, Rae ainda a olhou uma última vez para "John", que na verdade chamava-se Richard, recebendo um olhar constrangido dele.

O que levaria um cara a dormir com alguém e se apresentar por outro nome?

— Detetive Grayson parece estar surtando de vez, hoje — uma mulher de cabelos curtos avisa a ela e uma loira que se despiam.

Rindo baixo, a loira coloca a sua calça do uniforme, olha para Rachel de maneira hostil e por fim diz:

— Nem adianta arrastar asa pra ele. O detetive Grayson é meu...

— Ele só não sabe disso ainda, certo, Jessie? — a senhora completando divertida pisca para Rachel que sorri em resposta.

— Ele se acha bom demais pra sair com oficiais, mas deixa só pegar ele num barzinho da vida! — a loira, que descobriu chamar-se Jessie, planeja sonhadora.

Não que ela não fosse bonita, mas Jessie parecia o tipo de mulher que não fazia o tipo dele. Isso é, se ele tiver dormido com Rachel servisse como algum parâmetro. Certo, a quem queria enganar?

Estava morrendo de vergonha pela situação, mas morrendo de ciúmes do detetive. Que nem sequer esboçou alguma reação além de desconforto ao vê-la.

O homem não era dela, mas se fosse, faria a loira ir pra o inferno se continuasse com aquela conversa fiada.

— Abre o olho, novata. O detetive é meu. — a louca disse antes de sair e deixá-la de calça, sutiã e com a parte de cima da farda em mãos.

Vendo na cara dela o quanto estava irritada com a loira, a policial mais velha apenas a ajuda a guardar o que tirou da sua bolsa, dizendo:

— Ignore a Jessie. Ela cismou com o Grayson desde que o cara chegou aqui...

— E o que eu tenho a ver com isso? Não tô nem aí pra ele!

Grande mentira. Estava aí sim. O homem era ótimo de cama. Impossível não estar alguma coisa com o Grayson.

A olhando surpresa, a policial apenas levanta as mãos em sinal de rendição e pega o quepe de Rachel, aguardando ela colocar sua camiseta branca por debaixo da farda.

Com seu celular e fones para caso fosse necessário.

Prendendo seus cabelos num coque, Rae pôs o quepe e foi passar um batom a fim de fazer a mulher sair de lá.

Precisava ligar para Bee com urgência.

Bee era basicamente uma Rachel Roth ao avesso. Noiva de Vitor Stone, melhor amigo de Rae, a mulher negra de cabelos cacheados e sorriso fácil, além de um corpo magro e tamanho bem alto, tratava-se de uma ótima estilista.

Tanto que tudo que Rachel vestia era confeccionado pela sua amiga que adorava usá-la de modelo para suas peças. A expondo as vestindo nas redes sociais sempre que dava.

Ao finalmente estar a sós, ela ligou para a amiga que atende logo no primeiro toque dizendo:

— O que foi que houve? Algum acidente? Levou um tiro? Prendeu algum cara? Já tirou foto de uniforme? Manda pra mim, se puder! Me responde logo!

Respirando fundo Rachel Roth olha para os lados se certifica que não há ninguém por perto, coloca seus óculos escuros tratando de soltar a bomba da semana.

— Você não vai acreditar em quem eu encontrei aqui na delegacia! — Rachel Roth começa o assunto agitada.

Para sua surpresa sua amiga apenas respirou fundo e logo quebra seu silêncio constrangida.

— Seu pai? Sua mãe? Irmã, talvez? — Bee sugere a Rae que apenas olha para o chão.

Tinha esquecido que era comum sua família aparecer em delegacias, como acusado de alguma coisa. Prostituição, tráfico, formação de quadrilha e outros delitos mais.

— Não posso entrar em detalhes, mas lembra o bar do hotel? O ninja? — falando em código, recebe um grito do outro lado da linha.

— Puta merda! Ele é um criminoso? Foi por isso que ele sumiu? Foi preso!?
Ciente que vivia a se meter com caras furada, ela apenas fingiu não escutar as coisas que Bee havia sugerido retomando ao seu assunto.

— É detetive e eu sou a nova oficial de apoio dele..

— Aí meu Deus! Rachel, sua vagabunda! Conta tudo! Vocês estão se pegando pela delegacia? É isso? Ele usa farda? — Bee grita do outro lado da linha em êxtase.

O sonho da sua amiga era ficar com um cara fardado antes do mecânico Vitor Stone aparecer e mudar tudo, ainda sim, nada que a impedisse de pensar que tudo e todos ao seu redor tinham os mesmos feitiches que os dela.

— Não! Claro que não! Mais tarde conversaremos! — disse desligando depressa.

Logo que saiu, deu de cara com o detetive Grayson travando uma briga pelo olhar com o Roy Harper que segurava um copo de café, comprado na cafeteria do outro lado da rua.

— Obrigada! — agradeceu ao homem que logo lhe abre um sorriso, recebendo um beijo na bochecha.

Não custava nada deixar Roy sonhar que teriam algo, era o que Rachel pensava.

Pena que Richard não pensava o mesmo. Tanto que parecia um gorila inflando seu peito e saindo atrás dela, que tomava seu café ignorando seu celular vibrando em seu bolso.

— Já fez sua ronda diária? — o detetive Grayson pergunta a Rae que apenas o olha de cima a baixo.

Estaria perguntando porque se preocupava com ela cumprindo seu serviço, porque queria conversar a sós sem ninguém por perto?

Iludida pelos romances proibidos que lia, Rachel apenas faz que não e recebe uma ríspida ordem do homem para que ela o acompanhasse.

Sim, ordem, não um pedido, sugestão ou oferecimento de uma carona, sim ordem.

— Eles vão com a gente? — pergunta ao homem logo que a equipe de filmagens se aproxima com suas câmeras, microfones e luzes.

— Eles ficam na sede até que haja ações. Rondas são burocracia, não ações — Richard Grayson avisa advertindo a equipe que logo se afasta voltando a filmar o lugar.

Mesmo a luz do dia, o homem continuava sendo lindo. Alto, forte, com músculos definidos, olhos claros, traços simétricos e que Deus abençoasse a bunda incrível que ele possuía! Com ou sem roupa era ótima de olhar.

— Entra — ele limita a falar antes de entrar no seu Porsche.

A deixando claro que sim, o cara tinha dinheiro. O que mesmo fazia como detetive?

— São só dez quarteirões, detetive — Rachel Roth avisando sutil recebe um olhar sério do homem.

Olhar pra ele e não lembrar de quão bom era seu beijo, quão forte era sua pegada e gostosa era sua voz gemendo baixo o nome dela, era impossível.

Se a mulher se concentrasse bem, poderia sentir como eram ásperas as mãos dele e o quão carinhoso era seu toque antes de a puxar pelo cabelo com toda sua força e colocar de...

— Deram alguma indicação de rua? — Grayson encerra os pensamentos de RaeRae que o olha confusa.

— Que?

— Rua para começar a patrulhar? Não te deram nenhuma? — a questiona parando o carro de maneira abrupta.

Irritada, Rachel ligou para um dos seus amigos da academia e, antes que ele pudesse começar a reclamar, logo saudou o rapaz:

— Olá... Bom-dia.

Irritado, Richard pegou o telefone, respirou fundo e atendeu por ela usando seu tom de voz mais grave para assustar quem quer que fosse.

— Escuta, não é legal você apenas dar metade da informação para sua colega. Da próxima vez que deixarem a garota de fora, vou pessoalmente deixá-los a par do nosso regimento, estamos entendidos? Agora, qual é a rua?

O olhando incrédula pela falta de educação, Rachel o assiste religar o aparelho e voltar a dirigir, a ignorando ali.

— Pode me dizer onde estamos indo, amigo? — exige saber cruzando seus braços sobre o peito.

— Não fale comigo como se fôssemos colegas de escola — ele a repreendendo em resposta fez a mulher trincar seus dentes.

Ia perder sua paciência com aquele animal, não importava o quão bem tivesse a fodido uns meses atrás.

— E quando foi que o excelentíssimo detetive me informou que deveria tratá-lo como a Rainha da Inglaterra? Não passamos da parte do saber nomes ainda! Quero dizer, descobri hoje que você não se chama John! — ela fala demais, o acusando, antes que pudesse se conter.

Recebendo um olhar irritado dele, quase atravessa o vidro do carro ao Richard encostar de maneira abrupta e logo a repreender:

— Não existe "nós", tá legal? Eu sou detetive Grayson e a senhora oficial Roth! Ponto final! Não vou render conversa a você porque tivemos alguma coisa!

Furiosa, Rachel apenas o olha com ódio e guarda sua arma no coldre, lembrando que não poderia apenas descarregar uma pistola no seu parceiro no primeiro dia de serviço.

— E eu disse alguma coisa sobre a nossa  transa de uns meses atrás? Estava falando sobre interação profissional! Não estou nem aí se tivemos algo, foi só uma foda qualquer, Grey, ficou emocionado? — provocou o detetive, errando de propósito seu nome.

Não havia sido nada igual a qualquer outra noite que havia tido antes. Aquele homem era uma máquina. Nunca encontrou alguém tão enérgico e pela primeira vez em toda sua vida não precisou usar seus dedos para conseguir um orgasmo.

Havia tido três por puro mérito dele. Ainda sim, não poderia apenas sair por baixo. Ele era um narcisista de merda no final das contas.

— Grayson! Detetive Grayson!

— Quem liga? Eu não ligo e quer saber? — Rachel Roth tira o cinto e sai do carro. — Vou andando. Pega esse seu ego do tamanho da estátua da liberdade e soca no seu cu! Babaca! — grita pela janela do carro o mostrando o dedo médio e saindo depressa.

Não queria ser presa por má conduta, mas que Richard Grayson pediu, ele pediu por uma resposta daquelas.

Aproveitando que estava movida pelo ódio, RaeRae se colocou a caminhar, uma vez ou outra recebendo piadas babacas de caras escrotos que acharam que ser uma policial de batom significava que poderiam a infernizar.

Além de pedir desculpas ao cadete, que se assustou com a maneira como Richard o tratou.

— Bem, ele é conhecido por ser um babaca. Não é a toa que seu apelido é Dick — Jones conta a Rachel que ri e desliga seu telefone.

Um apelido babaca, para um cara babaca. Isso sim era mais que merecido.

Com isso ela foi fazendo sua ronda sozinha, apenas observando as pessoas na rua.

Estavam no mês dos namorados e ela não tinha ninguém como sempre. Vendo todas aquelas pessoas de mãos dadas, se beijando e trocando carinhos, Rae não conseguiu deixar de se perguntar o que teria feito de tão ruim para Deus a castigar a uma vida de solidão sem ninguém com quem pudesse confiar ou contar.

— Quando será que caras babacas vão deixar de frequentar minha vida? Será que na minha testa está escrito reabilitação para otários? — pensando alto continua a caminhar.

Sua irmã morta e sua mãe sendo mantida presa era tudo que Rae não deveria pensar naquele momento, mas olhando todos tão felizes era impossível não pensar nelas três juntas, sentadas no parque, tomando sorvete ou adivinhando formatos de nuvens.

Se antes não conseguia sair sozinha agora a sua solidão era tudo que a restou, dos dias felizes que brincava com sua família pequena, desajustada e muito feliz.

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