55. triunfo
Hopkins seguiu-os com uma moto roubada até um aeroporto perdido no meio do nada. Uma vez lá, ele pulou a cerca, escondendo-se atrás da pilastra do hangar no qual Holt gritava com seus homens. Os capangas organizavam o conteúdo roubado do Cofre dos Romanov num cargueiro comercial, recheando o avião com o tesouro. Hopkins esgueirou-se como pôde pelo hangar, enfiando-se dentro do cargueiro e escondendo-se entre as caixas colocadas ali de maneira improvisada. Esperou, ficando longe da mira dos seis capangas do deque, até que ouviu gritos para que fosse dada a partida. Era hora do show.
Não demorou muito para sentir o avião levantar voo e se estabilizar no ar. Silenciosamente, ele eliminou cada homem, sentindo um prazer selvagem enquanto eles se debatiam em seus braços. Quando abateu o último, próximo à porta que levava ao cockpit, e roubou-lhe a pistola, Hopkins teria sorrido se não estivesse tão sedento por sangue. Agora é sua vez, Holt.
Ele chutou a porta do cockpit e atirou contra a cabeça do co-piloto. Holt arrancou os fones e ergueu-se da poltrona assustado. Encontrando a mira de Hokpins, sorriu.
— O senhor é difícil de matar, Sr. Hopkins — comentou ele. — Mas devo dizer que eu também.
Holt deu uma guinada no avião e voou para cima de Hopkins, que atirou. A bala ricocheteou no painel, trincando a janela do avião. Um barulho terrível preencheu o cockpit, mas não foi o suficiente para parar Holt. Hopkins defendeu-se como pôde dos socos antes de agarrá-lo por trás, batendo a cabeça bem penteada de Holt contra o painel de controle da aeronave. Hopkins gritou e soltou-o quando recebeu uma cotovelada no baixo ventre, vendo Holt deixar o cockpit de maneira apressada.
Curvado de dor, Hopkins o seguiu. O que viu foi o suficiente para gelar seu sangue.
A porta de carga do avião estava aberta, sugando para fora, para o fundo do mar, o tesouro que Holt levara tanto tempo para encontrar. Ele gritou de raiva, tomando a arma do capanga morto e atirando contra Hopkins, que se escondeu entre as caixas que rolavam para fora.
— A minha vida inteira procurei por isso! — gritou Holt, enfurecido. — Minha vida inteira! Não é justo!
Escondido atrás das caixas, Hopkins sorriu quando viu um dos pára-quedas preso à parede do avião. Vestiu-o, e tão logo a munição de Holt acabou, correu em direção a ele, que agora tentava manter o máximo de tesouro dentro do cargueiro. Hopkins empurrou-o para fora do avião como um jogador de futebol americano, e os dois rolaram em queda livre. Desesperado, Holt agarrou-se às pernas de Hopkins, que o chutou com violência.
— Morra, seu filho da puta! — gritou Hopkins, vendo o chão e o mar ficarem cada vez mais próximos. — Me. Solte!
Hopkins deu um chute no rosto dele e desvencilhou-se do homem, que se agarrou num dos esquifes que caía. Hopkins abriu o pára-quedas e subiu, jurando ter visto Richard Holt agarrado ao tesouro, gargalhando em direção à sua própria miséria.
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Ainda envolvido pelo tecido colorido do pára-quedas, Liam Hopkins começou a rir apesar das dores. Deitado na grama, recebia os olhares desconfiados de camponeses que provavelmente o julgavam doido, mas não se importou.
Estava tudo terminado, enfim.
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