Ele estava morrendo.

Preso contra a parede pelo empurrão de Clark, Charlie segurava o pedaço de lança que perfurava seu estômago com olhos arregalados e mãos trêmulas. Todos os sons silenciaram.

Charlie morria, mas sorria para Clark, que desviou o rosto, cobrindo a boca com as costas da mão. Spankin' atirou a corda para eles, fechando os olhos para não vomitar. Hopkins subiu, mas Clark ficou. Ele franziu as sobrancelhas quando percebeu que ela se aproximava de Charlie.

— Clark — Hopkins chamou, ansioso.  — É hora de irmos.

— Eu sei. — Ela se virou. — Só... só me dê um segundo.

Então ele ouviu uma risada fria encher a cripta. A mão ensanguentada de Charlie ergueu uma granada e Hopkins, do segundo andar, ficou sem ação. Spankin' cravou as unhas em seu braço, mas ele não conseguiu, não pôde se mover.

— Fraco demais para ir até o final? — Charlie riu e arrancou o pino, que caiu com um estrondo metálico no chão de pedra da cripta. — Pena que você sempre me subestimou, meu amor.

Tudo aconteceu rápido demais. Charlie jogou a granada no chão e boom. 

A última visão que Hopkins teve antes de tudo virar escuridão foi a do corpo de Clark voando pela cripta.