Charlie fugiu dos turistas e sumiu através de uma porta, olhando para os dois lados antes de entrar. Hopkins sorriu. Pegamos você, amigão.

O pequeno cômodo que Charlie entrara era um minúsculo corredor que levava a uma escadaria caracol talhada em pedra, apertada e sufocante, para o andar de baixo. Hopkins travou. Como era possível que aquela porcaria de fortaleza tivesse um andar subterrâneo? Clark passou o ferrolho na porta e puxou a pistola escondida na coxa.

— O único caminho é seguir para baixo, querido. — Ela riu, a pistola em punho. Hopkins segurou seu pulso. — O que há?

— Por que Charlie não trancou a porta? — Hopkins a encarou, arrancando o bigode. — Ele é idiota, mas nem tanto.

— Armadilha? — Clark perguntou, franzindo o cenho para a escada escura. De repente, apertou o comunicador auricular. — Spankin'?

— Spankin'? — ele tentou, mas nada. O silêncio congelou o sangue de Hopkins. — Você acha que eles...

Hopkins não conseguiu terminar. Só de pensar em Holt com as mãos em Spankin', sua cabeça rodou. Apertou o comunicador com mais força, enterrando-o no ouvido e chamando pela garota. Nenhuma resposta. Clark segurou o pulso dele.

— Não há de ser nada — reconfortou ela. — As paredes são de pedra, talvez haja interferência. Se acalme. Spankin' está bem.

Hopkins assentiu, mas não acreditou em uma só palavra de Clark.