Nos gramados do interior da fortaleza, Spankin' se voltou para eles, ajeitando a mochila no ombro. Os turistas olhavam, apontavam e tiravam fotografias de ruínas e até das placas em latão indicando as direções dos aposentos e salas da fortaleza.

— Eu vou ao banheiro tentar desativar o sistema de segurança através do notebook, ou pelo menos encontrar alguma planta detalhada desse lugar com alguns... amigos. Os comunicadores estão aqui. Eu posso ouvir tudo o que vocês disserem, então, por favor, tentem manter o controle, sim?

Os dois enfiaram os comunicadores discretamente na orelha. Clark sorriu para a garota, plantando um beijo em sua cabeça de maneira teatral.

— Vá, querida! A mamãe e o papai ficarão aqui esperando por você, sim? — ela disse num tom alto, parecendo a maldita Noviça Rebelde. Spankin' semicerrou os olhos e Hopkins franziu o cenho para aquela encenação digna de um comercial. — O que foi? Estou tentando parecer convincente! — Clark sussurrou.

— Não sei se foi convincente, mamãe, mas foi assustador pra caralho. — Spankin' riu. — Certo, eu vou andando. Procurem por qualquer semelhança com o palacete de Grisha, número das coordenadas no colar ou enigma. Vejo vocês daqui a pouco.

Tão logo a garota sumiu entre os turistas, Hopkins levantou as sobrancelhas para Clark, que deu de ombros.

— Ninguém pode dizer que não tentei.

— Você seria uma merda de mãe. — Ele riu. Clark revirou os olhos. — Vamos lá, docinho. Temos uma fortaleza medieval para explorar.