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018 - O aspecto prático da coisa


Tudo ia às mil maravilhas até que Mary se deparou com o ponto de ônibus.

A mala com seus pouquíssimos pertences estava feita, o hábito tinha sido trocado por um vestido marrom que uma antiga aluna tinha deixado para trás, o coração batendo forte contra as costelas num ritmo que parecia ser esperança.

Mas nada como uma espera de meia hora por um ônibus que ainda não tinha chegado para gerar algumas dúvidas.

Será que o ônibus continuava passando por aquela estrada? Será que ela tinha tomado a decisão certa?

A vã do colégio que Mary vivia dirigindo para cima e para baixo com certeza ia deixar saudades na ex-noviça.

Aliás, já estava deixando.

O ônibus eventualmente passou, quarenta minutos depois, ela desceu a serra naquele transporte barulhento sacolejando para um lado e para o outro a cada curva. Parecia uma montanha russa, só que muito mais barato.

O que era ótimo, pois suas economias estavam longe de ser grandes coisas.

Ao longo dos seus anos como noviça, dinheiro nunca foi uma preocupação, o pouco que ela tinha não era sequer necessário, mas agora, cada vez que ela sentisse fome, menos dinheiro ela teria.

Isso era um tanto assustador. Em especial quando ela parava pra pensar que não tinha como repor suas finanças.

Eventualmente o dinheiro chegaria ao fim.

E a cada contratempo o fim ficava mais perto.

Mary estava tão absorta nos detalhes impensados da sua recém-adquirida liberdade que nem reparou que os sacolejos cessaram. Quando ela caiu em si, se encontrava ao pé da serra, a sucata de ônibus estava parada, sem dar sinais de que pretendia se mover.

– Ei, garota! Vai ficar parada aí? Chegamos ao ponto final – o motorista informou ao mesmo tempo em que saia do ônibus.

Por um segundo Mary achou que ele fosse trancá-la ali, ela pegou sua bolsa e se apressou até a porta de saída. O motorista estava parado ali perto, encostado numa arvora, mascando um pedaço de mato.

Quando sua reserva de dinheiro acabasse, talvez ela pudesse fazer o mesmo. Enquanto ela rebocava sua mochila para fora do ônibus, ponderava se mato possuía alguma fibra alimentar.

– Precisa de ajuda, boneca? – o motorista mastigador de mato perguntou quando Mary finalmente tinha conseguido se acertar com a mochila.

– N-não – ela respondeu, incerta.

Não era totalmente verdade. Ela não fazia ideia como chegaria até a casa LaDonne partindo dali. Antigamente aquela linha costumava passar pelo bairro de Kara. Pelo visto os tempos mudaram.

Mudaram tanto que no espaço de poucas horas ela deixou de ser noviça, virou de novo uma garota e agora, aparentemente, de uma hora para a outra, se tornou uma boneca.

Ela não se lembrava de alguma vez ter visto uma boneca com vestido tão feio na vida.

Ela ajeitou a mochila nos ombros e se afastou da maneira mais discreta que pode. Não queria fazer pouco da generosidade do motorista, mas em contrapartida, não sabia se podia confiar em alguém que mastigava mato.

Na verdade, ela não sabia se podia confiar em ninguém.

Incluindo ela mesma.

Sem saber se estava indo na direção certa, ela caminhou até o ponto de ônibus. Leu as informações escritas pelas redondezas, mas nada dali parecia útil para ela. Os números dos ônibus já não eram mais os mesmos e Mary se perguntava, muito temerosa, se a Cidade também tinha mudado o nome dos bairros.

Nesse momento ela riu de si mesma. Estava sendo absurda. Claro que não tinham trocado o nome dos bairros! Ela mesma tinha feito uso das placas de trânsito a poucos dias atrás quando dirigiu a vã da escola para levar a senhorita LaDonne para casa. Naquela fatídica noite que encontrou Gwen emaranhada em volta do perigoso Justin Hockfiel.

Ela não gostava nem de lembrar.

Aquilo suscitava memórias adjacentes em que ela era a protagonista e a pessoa que se emaranhava a ela não era Justin.

Mas era melhor pensar em outra coisa, ela tinha um ônibus para pegar.

Ou pelo menos tentar pegar.

Cinquenta minutos depois, com a coluna reclamando do peso da mochila, Mary se convenceu de que o ônibus para a casa de Kara não passaria no ponto onde ela estava.

Os motoristas de ônibus agora tinham a dupla função de dirigir e receber o dinheiro dos passageiros, o que para Mary parecia pouco seguro, mas o que contava era que nenhum deles parecia disposto a dar as informações que Mary precisava para conseguir chegar ao seu destino via transporte público.

Quem acabou a ajudando foi um motorista de táxi.

E claro, ele lhe cobrou uma pequena fortuna para levá-la até lá.

Ela pagou com o coração apertado. Mas logo em seguida se lembrou que não deveria ser mesquinha. Não era porque ela deixou de ser uma religiosa que pararia de agir de modo justo, conforme a religião.

Além do mais, ver as portas duplas da entrada da Casa LaDonne era um tremendo alívio. Ela chegou a respirar fundo antes de bater.

Não imaginou que seria atendida logo após o seu primeiro toque a porta. A Senhora Atkins estava rápida no gatilho! Mary cogitou abrir a boca para elogiar, mas mais uma vez a Senhora Atkins foi mais rápida.

– Noviça Mary! Que felicidade! Chegou o milagre que todos estavam esperando! – a idosa exclamou no auge da empolgação.

Mais um pouquinho e ela começaria a dar pulinhos.

– E qual foi o milagre? – Mary perguntou, sentindo a empolgação tomar conta de si também.

– Ora, você! – a Senhora Atkins exclamou animadíssima mais uma vez, por um triz não deu um pulinho. – E da boa notícia que com certeza você trouxe! É o fim da suspensão da senhorita LaDonne? Ela pode voltar para o Colégio em paz? Os patrões estão tão aflitos! Tão humilhados pela situação! Era justamente de uma notícia dessas que eles precisavam. A senhora quer que eu chame eles? Ou prefere falar diretamente com Gwen? Ou melhor ainda, por que eu não chamo Kara? Ela vai adorar vê-la, ainda mais se você conseguir tirar a irmã dela dessa enrascada.

– Ah... – foi só o que Mary conseguiu dizer.

Ela não conseguiria tirar a irmã de Kara dessa situação. Aliás, muito pelo contrário, tinha sido ela quem tinha colocado a pobre Gwen nessa enrascada.

Se Mary não tivesse levado a Madre Superiora até a cabana, nada disso teria acontecido.

Porém aconteceu. E Gwen estava para ser expulsa da instituição.

Se os pais de Gwen estavam se sentindo humilhados agora, nada seria comparado ao momento em que a notícia caísse na boca da sociedade.

As fofocas durariam semanas, talvez meses.

E Mary tinha uma parcela de culpa considerável naquilo.

– Noviça Mary? A senhora está bem? – a empolgação da Senhora Atkins decaiu vertiginosamente, agora ela apertava o braço de Mary em busca de atenção.

– Não – Mary respondeu.

Ela não estava bem mesmo. Estava sofrendo de um forte arrependimento. Não só por ter dedurado a aluna LaDonne e exposto ela a um futuro ridículo, mas também a todo o resto.

Aquela história de deixar de ser noviça e tudo o mais.

– O que você tem? – a Senhora Atkins perguntou. – Está pálida como um sabão de coco.

O que claramente ela não tinha era preparo para o mundo real. Não sabia pegar um ônibus, não tinha iniciativa suficiente pedir informações de como pegar. E pior, tinha pagado toda a generosidade com que a família LaDonne sempre a tratou com falta de lealdade e, consequentemente, não tinha para onde ir.

Ela tinha consciência de quem mesmo ela tendo feito o que ela fez, se pedisse abrigo ali, eles não hesitariam em abrigá-la.

Mas acontece que ela não queria. Não era justo. Ela não tinha sido justa. E o que decorreu daqui não tinha como consertar.

De repente, ela sentiu uma saudade imensa do Colégio. Da simplicidade que era ter como único desafio manter o hábito limpo. Ela estava segura entre os portões dourados do Colégio Santa Tereza. Ela estava acostumada àquela segurança.

Tão acostumada que falou uma desculpa qualquer para a Senhora Atkins, virou as costas e foi embora.

Gastou todo o resto das suas economias pegando um táxi de volta para o colégio. Só conseguiu respirar regularmente quando de fato estava atrás das grades do portão.

Porém, seu desafio ainda não estava terminado.

Ela tinha que convencer a Madre a aceitá-la de volta.

Sabia que não seria fácil.

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Gente, o tanto de comentários de incredulidade que recebi com a volta da noviça! Quero dizer que EU também não tô acreditando! Mas vamos não acreditar juntos? 

Desculpa pelo capítulo mais ou menos curto e sem revisão, mas a) ainda estou me ambientando de volta na história e b) atrasadíssima pra encontrar as migas. Amanhã dou uma revisada aqui pra arrancar os erros grotescos e a gente finge que eles nunca aconteceram. 

Pra quem leu "O mundo dá voltas" sabe que é uma mudança E TANTO do último livro que escrevi pra esse. Então é isso, vai levar um tempinho, mas aos poucos eu vou contando o que aconteceu com esses dois aqui. 

Mas por hoje é só. Estou muito leitorinha, lendo desesperadamente "Mundos Paralelos", que tem os contos dos escritores do Wattpad (inclusive um meu!!!!!!) e tô adorando a experiência. Alguém daqui leu? Bora comentar? 

Aliás, o livro tá com um perfil aqui no Wattpad e tá rolando concurso por lá! É só seguir aqui, ó: MundosParalelosLivro <3 

E é isso. Estrelem, comentem e tudo o que tem direito. A forcinha pra que eu continue essa história continua bem-vinda! 

Beijos estrelados! Agora vou ver as migas/leitoras (me atrasei por uma boa causa, tá?). Tchau!

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