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Abri os olhos e olhei ao redor, me assustei vendo Lisa sentada na poltrona ao lado e arregalei os olhos

- Lisa ? - chamei e ela abriu os olhos devagar, Lisa se levantou e ficou ao meu lado, colocou a mão em meu rosto e deu um tapa em minha testa  - Aí,  caralho - falei irritada

- Esse é pelo susto, filha da puta! - falou eufórica e sorri - Vim assim que fiquei sabendo e achei que você ia morrer, por favor, aprenda a dirigir - completou e revirei os olhos

- Tô com dor, isso não é hora. - falei amarga

- E era pra você estar sem dor ? Sofreu um acidente - falou como se tivesse explicando

- Quero ir embora

- E você vai. - Lisa falou e franzi a testa, o barulho da porta abrindo me fez olhar na direção dela e observei a Dra entrar - Demetria! - cumprimentou feliz e a Dra sorriu

- Lisa! - falou de volta e veio em minha direção e pegou minha ficha no pé da cama - Aconteceu exatamente o que você me disse, a maioral dos Jauregui's procurou saber dela - falou e parou de escrever e apontou a caneta pra mim - Mas, eu omiti algumas coisas

- Mentiu - Lisa corrigiu

- Não, eu omiti. - falou e sorriu cínica - Disse a ela que a paciente sofreu uma fratura e vai precisar de cadeira de rodas. Peço por favor que mantenha o que eu te pedi, se isso vazar, minha carreira e meu emprego aqui vai pro ralo - completou e assinou minha ficha

- Obrigada, de coração - Lisa agradeceu feliz, a médica colocou minha ficha de volta no lugar e saiu

Olhei curiosa pra Lisa, ela sorriu, aquele sorriso que ela sempre dá antes de fazer algo travesso

- Acho que tem algo de errado, acho não, certeza. Sinto minhas pernas e tenho certeza que posso andar muito bem.

Lisa foi até a porta, abriu e conferiu se tinha alguém por perto, ela fechou a porta e correu até mim

- Lauren, por favor! Não importa o que você acha agora, por favor, finja que não sente nada nas pernas aqui dentro, eu prometo que assim que entrarmos no carro, eu te explico tudo, detalhe por detalhe - ela falou séria e assenti, confio nela. - Só quero levar você de volta pra casa, e essa é a primeira chance em tantos anos - assenti pra ela e segurei sua mão.

(...)

Assim que me colocaram no carro, Lisa colocou a cadeira de rodas no porta mala, ela se sentou ao meu lado e a encarei

- Coloca o cinto primeiro - falou, colocamos o cinto e ela começou a dirigir pra longe do hospital - No banco de trás tem um pacote de batata frita, tenho certeza que faz tempo que você não come algo bom desde que foi internada - peguei o pacote e abri rápido e comecei a comer

Assim que acabei, voltei minha atenção pra Lisa

- Tenho acompanhado você pelas notícias, e claro, pelo que você me dizia, saiu uma nota no site principal de notícias daqui sobre seu acidente - ela falou e parou no sinal vermelho - Vim assim que soube. - assenti - Assim que cheguei, procurei Clara e ela me disse que assim que você melhorasse, ela seria avisada - ela fez uma pausa e me olhou rápido,  revirou os olhos e voltou a atenção pro trânsito - Conheço Demetria a anos e assim que soube que ela que estava tomando conta de você,  conversei e pedi pra ela me ajudar nessa, e ela ajudou. Procurei Clara novamente e falei que você tinha sofrido uma fratura e precisaria de cadeira de rodas, avisei que não deixaria você sozinha aqui, por incrível que pareça, ela concordou. Demetria mentiu pra Clara e eu soltei um dinheiro para a diretoria de lá, porque se Clara tentasse subornar pra saber seu diagnóstico, não teria acesso porque já subornei antes - falou e deu de ombros convencida, sorri mexendo a cabeça - Desde que você veio eu procuro essa chance, e ela veio 5 anos depois! Mas veio e eu tô feliz por isso e não importa quantas leis vou ter que infringir - falou eufórica

- Não é pra tanto, Lis - falei segurando a risada - Então supostamente estou cadeirante para que eu possa voltar pra casa, mas, sem objetivo algum? Não vamos conseguir segurar isso pra sempre e terei que voltar do mesmo jeito - falei triste - Me deixe em casa, Manoban. Me viro com Clara e explico sem te por no meio - falei sem esperança alguma.

Lisa olhou pelo retrovisor e parou o carro em frente a uma praça, ela soltou o cinto e segurou em minhas mãos e olhou em meus olhos

- Lauren, você vai voltar pra casa - falou séria - É a primeira e talvez a única chance que vamos ter! Você não vê? Vamos ter tempo pra corrigir isso juntas - falou e fez carinho em minha mão esquerda - Vai ser nós duas de volta pra casa, e nós duas vamos investigar cada merda de detalhe da vida da Clara e vamos acabar com essa maldita chantagem, e não Lauren, você não tem escolha! Você deixou a sua vida e a mulher que amava, tudo por causa dela! Vamos tentar fazer isso, vamos corrigir tudo - completou e assenti - Agora vamos, temos seu cabelo pra mudar porque olha, tá podre. - dei risada e soquei o ombro dela, Lisa voltou a dirigir e olhei a cidade que tem sido meu lar nesses cinco anos

- Adeus, França - sussurrei baixinho

(...)

- Dez horas de viagem... meu deus que inferno de distância, minhas costas parecem que vão partir - ouvi Lisa reclamar enquanto empurra minha cadeira - E ainda tem que te empurrar, que ódio.

Parei de mexer no celular e olhei pra ela por cima dos ombros

- Eu tô muito confortável - falei cínica e ela revirou os olhos, entramos no saguão do prédio e sorri com a nostalgia, Lisa soltou a cadeira e se afastou por uns segundos

- Por que se afastou? - perguntei

- Postei uma foto sua - falou e dei de ombros

Entramos no elevador e fechei os olhos, senti tanta falta daqui, desse lugar, dessa cidade.

- Todos os dias desses 5 anos, em todos eu senti sua falta - falei e Lisa apertou meu ombro - Queria ter me despedido de Camila - olhei pro chão - Dói tanto que nem isso eu pude ter.

- Agora você pode. Explica pra ela o porquê disso tudo,  ela merece saber.

- Merece, mas não posso - falei e suspirei - Não vou deixar que Clara faça isso com você e com nosso pai, Lisa. Você são minha família e não vou deixar que nada aconteça com vocês - falei decidida

Lisa ficou em silêncio e fomos pro apartamento, assim que passamos pela porta, Lisa trancou e se ajoelhou em minha frente

- Lo - falou e suspirou - Não tenho vergonha do meu passado - senti a tristeza em sua voz, ela colocou a mão em meu rosto e começou a fazer carinho - Sei que faz isso por nós e eu e nosso pai te agradecemos e te devemos muito! Mas Camila precisa saber da verdade, ela precisa saber que você também amava ela, que você queria ficar com todo o coração, mas que não pode - uma lágrima desceu de meu olho e Lisa enxugou - A gente vai achar alguma coisa e foder com essa chantagem de merda da nossa mãe - olhei em seus olhos, raramente Lisa falava que Clara também era sua mãe, mesmo sendo, ela odiava isso, Lauren e Lisa odeiam o fato de que Clara já tinha tentado ser uma mãe para elas, mas talvez ela tivesse tentado por isso, pra plantar algum tipo de piedade, aquela de que "ela ainda é minha mãe", e ela conseguiu. Em Lauren, o laço sanguíneo ainda fazia ela exitar.

Mas Lisa, ela não tem laço sanguíneo nenhum com Clara, mas tem gratidão. O que sempre tornou tudo difícil, Lauren, com seus "e se" e Lisa com seus "eu devo a ela" sempre fizeram com que as duas caíssem nessas situações de ficar sem escape, mas agora não, agora não seria assim.

- A gente vai fazer isso Lauren, ela vai deixar você em paz e você vai finalmente poder viver - completou e assenti, me levantei e abracei ela forte

- Vamos planejar tudo, tenho uma mulher pra reconquistar - falei indo fechar as janelas

- e um filho - ouvi e parei, me virei e encarei Lisa

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