Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

4

 

  Eu havia finalmente entendido o sentido da palavra "nervosa". Nós caminhamos em silêncio até seu carro  em uma das primeiras vagas do estacionamento.

     O velho Chevrolet azul. Ele era tão famoso quanto você, Scott, já tinha pegado algumas conversas de garotas pelo corredor que fantasiava assumir o lugar do carona. Mas você nunca dava carona para garotas, não sozinho, era sempre com alguém a mais, menos com Nicole. Ela tinha acesso VIP para o banco do passageiro, mesmo depois do término de vocês.

     Não, eu não estou com ciúmes.

     Okay, talvez eu esteja com um pouco.

— Madame. – Sua voz me chamou de volta dos devaneios. Você segurava a porta aberta e esperava pacientemente enquanto eu deslizava para o banco do passageiro.

— Pensei que você não levasse garotas sozinho. – Brinco com um pingo de curiosidade o vendo tomar o assento do motorista.

     Você ri e me olho de canto.

— Confio que você não vai se jogar em cima de mim.

   Eu não confiaria, Scott. Não mesmo.

   Meus pensamentos estavam tão atribulados que decidi ficar quieta para o bem da minha imagem.

— Algum lugar que você queira ir? – Sua voz veio distraída, você estava focado na estrada, não desviou os olhos quando me perguntou.

— Eu adoraria um hambúrguer agora. – Suspiro imaginando o tanto de calorias necessárias para me acalmar.

     A verdade é que eu não me importava com o lugar que iríamos, eu estava com você, nada mais importa.

    Você me presenteou com um sorriso maroto antes de acelerar o carro para a lanchonete mais próxima. Ao contrário do que pensei, não ficamos muito tempo, pegamos os lanches no drive tur e seguimos a estrada para os limites do Alabama. Não lembrava de ter alguma vez passado por aquela estrada, mas você estava tão confortável dirigindo com um braço na janela e o outro no volante que fiquei relaxada. Seus dedos batucavam o volante distraidamente ao ritmo da música country que tocava na rádio, o vento um pouco gelado bagunçava nossos cabelos e deixava suas bochechas um pouco coradas. Tão amável.

    Não me lembrava de ter te observado tão perto, a não ser o dia na quadra, mas agora eu tinha todo o tempo que quisesse, ou tempo o suficiente para te gravar em cada célula. Estava triste por aquele ser nosso último encontro, mas estava feliz por passar meus últimos minutos dessa bela noite com você.

   O carro foi diminuindo a velocidade até parar de vez. Você me olha com um sorriso empolgado se inclinando em minha direção para pegar os sacos de lanches do meu colo.

— Vamos lá! – Sai do carro sem esperar uma resposta. Suspiro sentindo que aquela seria realmente uma longa noite.

   Senti as pedras de baixo dos meus pés quando sai do carro, aquilo deveria servir como aviso para a paisagem mais linda que já tinha visto. Nós estávamos em uma colina na extremidade da cidade e todo Alabama estava sob nossos pés como pequenos pingos de luz em um tapete iluminado. O sol estava limpo aquela noite, o que significou em estrelas exibicionistas mostrando a beleza, sendo duramente ofuscadas pela lua em sua maravilhosa glória, estava cheia.

    Eu não sabia como meu rosto estava aquele momento, mas julgando pelo seu sorriso divertido, não devia estar lá essas coisas. Você me observava em silêncio, sentado no capô do seu carro com os vários sacos de lanches espalhados, uma segunda paisagem tão perfeita quanto a que estava atrás de mim.

— Como achou esse lugar? – Tento subir ao seu lado mas graças ao tule se tornou uma missão impossível.

     Você se limitou a rir oferecendo a mão.

— Passei aqui de carro com a minha família no dia em que nos mudamos, por sorte estava acordado e acabei memorizando o caminho. – Me puxa com facilidade, como se fosse uma boneca de pano.

— Que sorte, – Suspiro frustrada. — Gostaria de ter conhecido antes. – Mordo um pedaço generoso do hambúrguer, guardando no fundo do bolso a garota educada, recatada e do lar.

    Sinto seus olhos em mim, desvio os meus da cidade do Alabama para os seus, fixos e intensos com uma leve ruga entre as sobrancelhas, como se tentasse desvendar uma charada.

— O quê? – Pergunto de boca cheia.

— Para qual universidade você vai? – Seus olhos se mantiveram em mim enquanto ele devorava seu hambúrguer, como um verdadeiro atleta.

— Vou ir para a universidade do Alabama, mesmo. – Sorrio sem mostrar os dentes cheios de carne. — Deus me deu uma bolsa de estudos.

— Foi Deus que se matou de estudar? – Ele ri, os olhos avaliativos em mim. — Você que mereceu a bolsa.

— Deus me deu a capacidade de estudar, sem Ele, não teria nem me formado na escola. 

— Mas você é inteligente, Deus não tem nada haver com isso.

— Deus tem tudo haver com isso. Se Ele não quisesse, não aconteceria.

— Por que?

— Porque ele é Deus, e tudo é sua permissão.

    Você sorri, a leve ruga indo embora levando consigo a tensão que se instalou em meus ombros sem que eu percebesse.

— Até estarmos aqui? – Seus olhos estavam fixos nas estrelas do céu, a claridade da noite iluminava seu rosto tão ricamente quanto o dia.

— Principalmente, estarmos aqui.

    Seus olhos desceram dos céus para os meus, mostrando que sim, você entendeu perfeitamente o que eu quis dizer. Mas não me arrependo ou me envergonho disso, era a verdade. Uma verdade pura e simples.

     Comemos os nossos lanches em um silêncio confortável. A noite orquestrava sua sinfonia perfeita nos embalando em uma bolha só nossa. Aquele era o tipo de momento que palavras atrapalhariam, não precisávamos delas.

    Quando só sobrou migalhas, você deitou sobre o carro com os braços cruzados atrás da cabeça, os olhos nas estrelas totalmente relaxado. Imito seus movimentos encarando o céu noturno.

— Para onde você vai, capitão? – Brinco sem olhá-lo. Ouço uma risada nasal antes de sua voz.

— Fui aceito em Yale, bolsa esportiva. – Sua voz não parecia tão empolgada, mas eu me forcei a me empolgar por ele.

— Olha só, parabéns! – Sorrio abertamente o olhando de soslaio.

    Você dá de ombros com um pequeno sorriso orgulhoso de si mesmo.

— Você já sentiu alguma vez como se tivesse algo mais? – Sua voz sai baixa, de forma que me esforcei para escutá-lo. — Como se não fosse só isso. Qual é o sentido de entrar em uma boa universidade, conseguir um bom emprego, talvez a família perfeita, mas e depois? É só isso? Tem... – Respira fundo e solta o ar com um certo pesar. — Tem que ter algo mais.

     Seus olhos estavam fechados mas seu rosto não estava mais leve como antes. Observei a confusão que estava sua mente e não foi difícil achá-la em seu coração. Era óbvio que você estava notando o vazio deixado pela presença de Deus em seu coração, isso tende a acontecer a todo aquele que não o têm. Você estava confuso porque foi ensinado a vida toda que a felicidade provém de conquistas, quando na verdade a felicidade só vem com Ele. Estava frustrado porque nada poderia preencher o vazio do seu coração, pois ele é muito grande.

     Você tinha ouvido falar de Jesus, tinha conhecido a história da salvação  e saber disso o fez abrir um pouco os olhos. Mas isso o fez notar coisas que os outros não notavam, como o buraco do tamanho de um penhasco na alma.

— Scott... – Você me interrompeu antes de eu começar.

— Está tarde, vamos. Vou te deixar em casa. – Pulou do capô indo abrir a porta do motorista.

    Suspirei frustrada. Peguei os sacos e copos dos lanches e desci do capô.

    Eu queria falar com você sobre isso, queria te explicar o que lhe faltava, mas aceitei que aquela não era a hora, não era para aquela conversa acontecer naquele momento. Só me restou orar para que Deus continuasse a fazer o que quer que esteja fazendo, pois de alguma forma, estava a resultar.

    A viagem de volta foi mais rápido que a ida, em um piscar de olhos o carro já estava estacionado na frente da minha casa de cerca branca.

— Obrigada pela carona. – Agradeço apertando as mãos uma na outra em um nervosismo repentino.

— Obrigado pela noite, foi bem melhor do que pensei que seria. – Um belo sorriso com lindas fileiras brancas apareceu em um sorriso suave.

    Sorri de volta o olhando uma última vez, analisando seus traços de perto e me despedindo de cada um deles. Me dei por satisfeita quando meus olhos ameaçavam encher de lágrimas pela despedida.

— Adeus Scott. – Minha voz saiu um pouco tremida e a essa altura eu já estava me achando a garota mais patética do mundo.

— Até logo, Amy.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro