Cap. XXVI
Aquela sensação era tão boa, sentir o calor do sol sobre minha pele, precisava tanto deste momento, desta paz e deste sossegado, nosso aniversário de namoro foi na semana passada e este presente foi incrível, está era a primeira vez que eu fazia isso, era a primeira vez que Eu tinha está visão incrível do mar diante de mim, ou melhor dizendo dormir na praia.
— Ou não tem graça a gente vir na praia pela primeira vez e você não entrar na água.
Fiquei quieto sem dizer nada e senti uma gota de água gelada no meu rosto, e vários outros depois caindo, abri meus olhos e vi aquele palhaço com a cabeça inclinada e apertando os cabelo e me molhando.
— Boboca isso não tem graça sabia?
— Chato! Eles vão te jogar na água, com cadeira e tudo.
— Sempre soube que você era o gêmeo malvado!
Falei olhando em direção ao mar, tive uma leve sensação de ter vivido aquele pequeno momento antes, olhei para o mar e vi eles indo mais fundo, talvez eu teria mais alguns minutos.
— Acho que tive um devaju!
— Sério? De novo?
Olhei meio incrédulo, realmente aquela não era primeira vez que eu tinha está sensação, de ter vivido este momento antes, não era somente está vez que tive está sensação, de reviver um momento, lembro que durante o período que passei no hospital internado sonhei diversas vezes com Lui, mas nunca consegui me lembrar dos sonhos, começava a pensar que tudo isso que eu estava vivendo, em algum momento do meu coma, dos meus devaneios havia tido um vislumbre de tudo o que estava vivendo com ele.
Para mim nossa vida estava perfeita, sem problemas maiores, sem dores de cabeça ou alguma coisa que me deixasse preocupado, não tinha mais nada, finalmente havíamos encontrado a paz que tanto deseja.
Mas não naquele dia, pois senti algumas mãos me pegando, e me levando direto ao mar, tentei lutar mas não conseguia parar de rir da situação, de como aqueles três eram palhaços, e foi assim durante todo final de semana, sorrisos e gritarias, este nosso final de semana entrou para história, é cada lembrança naquela casa de praia só deixo bem claro meus sentimentos pelo Lui.
Os dias que se passaram a seguir foram ótimos, e deveriam ter sido assim sempre, sem erros, pelo menos era isso que eu imaginava, era isso que eu acreditava, que nosso relacionamento era algo forte e sólido.
Quando voltei do meu horário de almoço, que eu enrolei um pouco hoje para ir fazer, pois estava acostumado a todo dia almoçar junto do meu namorado, mas ele não pode fazer isso hoje, já que a produtora estava para fechar um grande contrato com uma de Hotéis, voltei para a agência ainda faltado alguns minutos para o fim do meu horário, havia comprado alguns chocolates que o Luis amava.
— Eros! Onde você vai? _Helen a recepcionista da tarde me perguntou.
— Vou levar alguns chocolates para o Eros.
Ela me avisou que ele havia saído da reunião de mais cedo é disse que eu deveria esperar um pouco mais pois ele no mínimo já deveria vir até a recepção, perguntei se tinha acontecido algo, mas ela só me disse que não era nada de mais, não entendi bem o que ela queria dizer com àquilo, e muito menos com seu aviso para não esquentar minha cabeça por besteiras.
Sinceramente não dei importância, ainda mais ao ouvir as vezes que vinham da entrada, não era muita novidade Ramon aparecer aqui durante alguns dias da semana, contudo ouvir a risada do meu irmão, isso não era tão comum.
— Custa responder as mensagens? Vocês vão ou não almoçar com nós?
— Já te disse que evito mexer no celular em horário de serviço. _Respondi meu irmão que mandava um beijo a Helen.
Olhei para ela que ainda tinha um semblante de preocupação, observei que ela e Ramon cochichavam alguma coisa, ambos ficaram sem graça quando perguntei o que estava acontecendo.
Aquela vídeo conferência chata estava me deixando irritado, detestava este tipo de reunião, tinha que ficar digitando o que desejava passar aos clientes, quando era presencial pedia para minha assiste Márcia me ajudar falando o que eu gesticulava, ou o Eros. Porém nesta de início achei que não iria precisar de um "tradutor", era somente uma formalidade para o meu jurídico validar o contrato antes da assinatura na próxima semana.
Como agradeci quando aquele tédio havia acabado, só queria aproveitar o dia e almoçar com meu namorado lindo, que com toda certeza ainda ou me esperava ou deveria fazer poucos minutos que saiu para comer algo, peguei meu celular e passei pela Márcia e disse para ele ir almoçar que eu voltaria daqui umas duas horas no máximo, fui em direção da recepção bem empolgado, olhando as mensagens do Erick e Ramon chamando para comer alguma besteira, já que meu cunhado estava enjoado da comida do restaurante.
Contudo para minha infelicidade naquele dia dei de cara com uma pessoa que não via a anos, confesso que senti meu coração bater um pouco mais forte quando o vi ali parado tentando convencer a Helen para liberar sua entrada, seu tom de voz era alto é extremamente arrogante, tentando intimidar a moça.
— Já te disse Helen, ligue para ele e vamos ver quem tem razão nesta história, nunca que o Meu Lu iria permitir isso... Você não quer fazer o que mando pois sabe que ele vai te mandar embora por deixar seu namorado aqui plantando esperando.
Senhor Deus era somente isso que faltava em minha vida, respirei fundo ouvindo aquelas suas palavras, conforme me aproximei a coitada da Helen me olhava, sabia que ela estava se aquentando e engolindo cada sapo por conta daquela situação toda.
Toquei no ombro do Caio, quando se virou em minha direção já veio tentando me abraçar, é com aquele papo mole que todo ex-namorado dizia, que sentia minha falta, que estava arrependido do que havia feito, suas palavras não sabia ao certo se eram frias ou carregadas de tristeza.
Dei um paso para trás me afastando dele, precisa de espaço para não deixar aquela criatura fazer nenhuma besteira ali na frente de Helen e quem passa-se pela recepção da agência.
— O que você veio fazer aqui?
— Vim falar com o meu namorado, por conta desta Pandemia maldita fiquei preso na Europa nós últimos meses, estava morrendo de...
— Não somos mais namorados Caio! _Gesticulei a ele, não estava afim de ter aquela conversa.
— Não fala isso Luis, aquele seu padrinho... ele... Ele foi o culpado de tudo.
Olhei para ele sem reação, realmente na época quando terminamos foi por conta do Padrinho Yuri, nunca ouvi o outro lado da história, nunca havia dado a ele uma oportunidade de se explicar sobre aquelas fotos que recebi.
— Vamos até minha sala, você tem 15 minutos para dizer o que veio dizer.
Caio somente passou a mão no rosto como se estivesse limpando uma lágrima, revirei meus olhos com aquela sua atitude, pedi que fosse na frente pois queria falar com a Helen.
— Tenta segurar o Eros quando voltar, e me liga neste número sem que ele perceba. _Gesticulei tão rápido sem ter certeza se ela me entendeu é anotei o meu número particular em um pedaço de papel.
Agradeci quando olhei para trás e ele já havia ido para minha sala, pensei em sair e ir atrás do Eros, porém não queria que aquele maluco ficasse dando dor de cabeça aí meu namorado de verdade sem motivo algum, o melhor seria ir feito até a sala é me livrar de uma vez por todas daquela situação toda.
Quando cheguei na minha sala aquele folgado estava sentado na minha mesa como se fosse alguém importante ali dentro ou para mim, alguém que ele deixou de ser a um longo tempo.
— Lu, não sei o que o tal do Yuri te disse, mas isso também não tem importância pois tem amo tanto, eu senti tanto sua falta.
A cada passo que ele deu na minha direção eu andava para o lado me afastando dele, mas foi impossível isso, já que minha sala não era do tamanho do um campo de futebol para eu fica bem longe dele.
— Você está perdendo meu tempo com suas mentiras... Eu vi as fotos de você me traindo e não foi uma, duas ou três vezes... Além disso você só estava comigo por interesse...
— Não e verdade, sempre te amei...
— Me poupa disso, não sou burro e muito menos idiota, eu te bancava em tudo Caio, do aluguel ao que comer, você só queria saber do dinheiro da minha família... Eu fui tão ingênuo, me deixei levar... Me deixei iludir por conta da minha deficiência. _Gesticulei com certo nervosismo, mas botei tudo para fora.
— Este seu problema, nunca foi um problema para mim... E já disse que nunca fui interessado nesse dinheiro.
Estava tão irritado com ele que do nada senti algumas lágrimas escorrendo no meu rosto, só de lembrar toda a confusão que foi minha vida na época do nosso namoro, o dinheiro que gastei isso nunca me importei, o que havia me quebrado foram as traições, o medo dele ter me passado alguma DST, e por fim o longo tempo que fiquei sem falar com minha família, não confia em ninguém.
Ramon e eu ficamos quase um mês sem conversar, ele se sentiu culpado por tudo, mas ele não tinha culpa, quando me apresentou o Caio naquele evento não tínhamos ideia do golpista que ele era, e realmente foi um exagero meu me afastar de todos, mesmo minha cabeça estando uma confusão gigante.
— Se era isso que veio me dizer já disse... Então por favor!
Gesticulei a ele e apontei para porta que estava mais aberta do que fechada, quando me virei novamente para ele vi que estava tão próximo, Caio era um pouco mais alto do que eu e com um porte físico parecido com o meu, ele era um negro lindo, com dreads curto. Quando aquele filho da mãe segurou meus braços tentei me soltar, contudo ele foi mais esperto e me empurrou para trás em direção a parede me fazendo quase que cair, ele se aproveitou da situação e tentou me beijar a força, dizendo que com um beijo e uma noite de sexo eu iria esquecer qualquer problemas que tivemos em nosso passado, é que assim iria ver o quanto o amava ainda.
Tentava lutar contra aquele idiota, mas a situação não ajudava, péssima hora para ter mandando a Márcia ir almoçar, péssima ideia ter trazido este cretino golpista até minha sala, péssima ideia Luis, péssimas ideias tive hoje.
Conforme pensava em um modo de me soltar daquele idiota, quando consegui soltar um dos meus braços o empurrei, mas não sabia que tinha toda aquela força, o que fez ele me soltar, assim que olhei melhor a situação vi que ele gritava, de dor, contudo não era por conta do meu empurrão, não acreditava na cena do Eros segurando ele pelos cabelos e o puxando na sua direção.
— Eu te mato seu tarado nojento.
Não sei como mas ele conseguiu tirar as mãos dele é acabou acertando um soco no Eros, não pensei muito e fui pra cima dele que me empurrou com tanta força que desta vez fui ao chão derrubando algumas coisas que estavam sobre minha mesa.
— Sério? Você me trocou por isso? Por um viado todo afeminado Luis?
Tentei me levantar, mas senti uma dor enorme na lateral do corpo, bem aonde havia batido quando ele me empurrou contra a mesa, olhei novamente para o Eros que foi mais uma vez para cima do Caio, que já estava com um dos punhos fechados e não pensou muito em acertar um soco no estômago dele o que fez ele se curvar para frente.
— Você acha mesmo que pode me bater?
— VOCÊ E UM HOMEM MORTO CAIO!
Quando olhei para a porta consegui entender melhor a situação, quem havia entrado na sala e me tirado ele de próximo a mim não foi o Eros e sim seu irmão Erick, meu namorado correu na direção do irmão que estava tossindo bastante.
Ramon estava em cima do Caio é socava o rosto dele, já por sua vez o Caio tentava proteger seu rosto como conseguia, me levantei mesmo com a dor e tentava tirar o Ramon de cima dele, sabia que a sua raiva não iria passar tão fácil assim, se eu não fizer nada ele realmente vai matar aquele pervertido.
Conforme segurava meu irmão para não estragar sua vida por conta daquele merda golpista ele se aproveitou da situação é consegui se soltar e sair correndo dali em direção a entrada da empresa, seu rosto estava cheio de sangue e bem inchado.
— Volta aqui seu filho da puta, não te bati antes pois o Yuri te fez desaparecer, mas agora não vou deixa você fugir.
Aquilo parecia cena de novela mexicana, meu irmão correndo atrás do Caio é eu atrás dele para não matar aquele escroto, quando chegamos na rua ele gritava feito doido, dizendo que chamaria a polícia e que nós dois iríamos pagar por tudo àquilo, olhei para ele que foi puxado por um cara moreno alto para dentro de um carro, fiquei na dúvida se ele era algum segurança do Caio ou alguém envolvido nas suas tramóias.
Contudo o que me deixo mais confuso naquela cena foi quando meus olhos cruzaram com o do motorista do carro, ele era um oriental tatuado e tenho certeza que o conhecia de algum lugar, conforme o carro arrancou dali olhei para meu irmão que me encarava, sua expressão de confuso era a mesma que a minha, perguntei o que havia deixado ele assim e sua resposta foi a mesma coisa que invadia minha mente naquele momento "Não conhecemos aqueles dois?".
Quando voltamos a minha sala, a cena poderia ser engraçada se não fosse o ocorrido que levou a ela, Erick segurava uma lata de refrigerante sobre o olhos que estava levemente vermelho, e meu Eros estava abaixado pegando algumas coisas do chão.
Fui direto ao seus braços, até aquele momento não me lembrava da dor nas costelas, mas só foi ele me apertar um pouco que gemi de dor, meu cunhado como sempre não perdeu a oportunidade.
— Credo! Eu saio da minha maior luta de box e vocês dois aí gemendo de prazer.
— Idiota! Vocês tem que ir a um hospital!
Foi a resposta dele ao irmão, até pensei em negar, mas Ramon e ele não tinham uma cara muito boa, e realmente precisava ter a certeza de não ter quebrado nenhum osso, além de que não iríamos aparecer na frente do senhor Jonas e dona Elisângela sem ter a certeza que o Erickson estava bem, pois seria arriscado ele tentar impedir o meu pedido que tinha em mente, melhor dizendo somente oficialato algo que deseja a algum tempo.
Antes de Prosseguir não esqueça de deixar aquela 🌟 para fortalecer 😜
Um beijo até os capítulos finais
😘💕😘💕😘💕😘💕😘
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