Cap. XI
Acordei meio desnorteado, minha cabeça doía um pouco, minha mente estava uma confuso só, olhei em volta e notei que estava em um lugar totalmente estranho, me lembrava que horas atrás conversava com um homem no hospital, ele me disse que estava ali por conta de seu cunhado.
Único nome que veio na minha cabeça era do pestinha do Eros, sentia tanta falta dele, a anos que não nós víamos, nas últimas semanas eu sentia uma dor crescente no meu peito, eu sabia de algum modo que algo ruim havia acontecido na ele, algo de muito grave.
Quando aquele homens da polícia federal bateram na porta de casa, senti um misto tão grande de emoções, o medo de terem vindo atrás do meu paizinho, a mais de dois meses não via viaturas da polícia passando e isso me deixa feliz.
Mamãe que foi atender eles, quando nossa cachorra Nina começou a ficar inquieta no portão, de início disse a ela para não ir, que poderia ser alguém enviado a mando do Raimundo, aquele desgraçado havia sido promovido a delegado, todos o chamavam de Herói, porém não sabiam os podres de sua vida, não sabiam que ele era um monstro.
Mas aos poucos percebi que eles nao eram iguais aqueles monstros, que vieram de algum modo enviado pelo meu irmãozinho, e está certeza aumento quando eles impediram de levarem o meu pai do pronto socorro, eles sim eram polícias de verdade, é não mais um par de medrosos o Lucas, aquele cretino na primeira oportunidade vou meter minha mão na cara dele, como pode não fazer nada, ele sempre viu a luta que passei, o que minha família sofreu é quando teve a chance dr impedir uma injustiça ficou paralisado.
Queria entender onde eu estava, será que estava na casa dos pais do Luiz, safado do Eros tem que me explicar está história, como arrumou um namorado e não me contou nada?
Olhei em volta com certa dificuldade, o quarto estava totalmente escuro, sai apalpando até encontrar um abajur, vi que estava realmente sozinho e me levantei com calma daquela cama que além de macia era enorme, o enxoval todo preto nela era tão macio que não queria soltar aquele edredom, respirei aliviado ao ver que estava com minhas roupas, olhei em volta tentando me situar melhor, e fiquei surpreso ao ver um bilhete na mesinha ao lado da cama.
"Loirinho, se quiser pode tomar banho e usar alguma roupa minha, estou na sala se acaso precisar de algo.
Ps: Vou fazer um jantar para nós."
Meu Deus fui sequestrado por aquele homem, será que ele fez alguma coisa comigo. Não isso não seria possível, procurei um porta, e achei duas diferente, e pude notar que havia um pochite colado nelas.
"A porta do banheiro e a outra"
Que cara idiota! Foi a primeira coisa que veio a minha cabeça, mas pensando bem se ele fosse algum idiota teria me deixado no hospital é também não teria me pagado a salada de frutas, é deus que delícia estava aquilo, não sabia qual foi a última vez que havia comido manga, banana ou seja lá o quentinha dentro daquele pote.
Ao lado da porta havia um interruptor o que me ajudou bastante a clarear todo o quarto, que era bem luxuoso, quanto mais olhava tudo aqui mais minha boca fica aberta, fui até a outra e li o bilhete escrito nele,
"Pode tomar banho e ficar a vontade, se precisa de algo é só pegar"
Esta confirmado esse cara e louco, porque ele está se preocupando comigo, será mesmo que existe pessoas boas nesta vida que não estão neste mundo somente para prejudicar o próximo? Conforme me banhava tentava ordenar meus pensamentos, última semana muita coisa havia acontecido, será que finalmente nossas orações foram atendidas.
Depois do banho fiquei me encarando naquele grande espelho que tinha no banheiro, via a imagem de um homem magro, havia ganhado peso nós últimos meses após ter conseguido um emprego registrado além da situação financeira do Eros ter melhorado um pouco também, conseguíamos pagar o aluguel e fazer três refeições ao dia, não tínhamos uma vida luxuosa, acho que meu maior luxo na vida foi ter achado a Nina na rua, sabia que não tinha condições para ter um animal de estimação, porém com um pouco de esforço a ela não faltaria comida.
Voltei ao quarto com a toalha enrolada no meu corpo, pensando em usar a mesma roupa que estava, ou se pegava uma camisa emprestada daquele cara, levei um susto com barulho de trovão vindo do lado de fora, será que estava chovendo? Não conseguia ver o lado de fora dali, havia uma persia automática e não fazia a mínima ideia como iria abrir ela, e fiquei satisfeito em ao pegar um camisa, o problema era achar alguma pequena que iria me servir, além de uma cueca limpa.
[•••]
Quando sai do quarto, usava uma camisa social preta de manga curta, ela até que combinava com minha calça, segurava meu tênis em uma das mãos, não havia achado meu celular é não tinha muita noção de que horas eram, ouvi barulho de panelas batendo vindo de algum lugar, o final do corredor de quartos havia o que se parecia uma sala, segui naquela direção, onde senti um cheiro delicioso de carne e feijão fresco.
— Loirinho, a camisa caiu bem em você. _ele disse isso saindo de onde deveria ser a cozinha.
— Anh! Obrigado. _falei sem graça e arrumando uma mecha de cabelo atrás da orelha.
Olhava pra ele que tinha um bela barba rala para fazer, seus cabelos eram raspados bem curtos, ele estava usando uma camisa Oversized rosa de manga curta, e uma bermuda bem curta, que quase sumia naquela camisa. Ele havia me apontado um banqueta para me sentar, coloquei meu tênis ao lado dela e me acomodei.
— Está com um semblante melhor, da até para te oferecer um taça.
Ele me disse isso pegando duas taças de vinho, o vi abrindo a garrafa com certo cuidado, antes de nós servir ele sentiu o cheio da rolha e colocou um pouco de vinho na taça, balançou ela tão lentamente é por fim levou aquela tava a sua boca, mas não engoliu ela o liquido de cara.
— Você e um degustador de vinhos? Um enófiro? _perguntei logo após ele engolir aquele pouquinho de vinho.
— Enófilo você quis dizer... Aprendi isso com o padrinho do meu irmão.
Ele serviu a minha taça e a sua, e deixou a carrada sobre o balcão, por curiosidade peguei aquela garrafa, na sua etiqueta estava escrito Lourenço, logo abaixo a o ano da safra que era 2016, bebi com tanta calma aquele vinho.
— Está garrafa deve ser bem cara!
Ele sorriu dando de ombros, sabia muito bem que o vinho quanto mais antiga a safra maior era seu sabor e valor, e olhando para os objetos em seu apartamento sabia que não era vinho barato.
— Que cara de espanto a sua?
— Acordei na casa de uma pessoa que conheci hoje e nem sei o nome dela, ele me oferece uma taça de vinho e eu aceito... E talvez...
— Por partes, não sou tão estranho assim Erickson...
— Como sabe meu nome? _nao deixe ele terminar e já o questionava mais ainda.
— Como eu dizia loirinho, me chamo Ramon, pode beber do vinho a vontade tenho mais garrafas desta safra, os vinhos da vinícola Lourenço estão no topo da lista dos melhores da América, e eu amo o sabor deles.
Afastei um pouco a taça de mim e o encarei esperando sua resposta sobre seu nome, antes de começar a questionar do porque ele me trazer aquele lugar, não iria beber ou comer nada até me sentir mais seguro. Mesmo meu corpo não demostrando nenhum sinal de preocupação com aquela situação toda, eu precisava ter noção do que estava acontecendo.
— Realmente a única coisa em comum entre você e ele e a grande semelhança entre seus rostos.
Olhei incrédulo para aquele idiota a minha frente, então quando ele disse que estava no hospital mais cedo por conta do cunhado estava se referindo ao meu irmão? Então o maligno era cunhado dele.
Ele pegou uma assadeira que estava terminado de recortar a carne que estava nela e caminho em direção a uma mesa que estava posta para duas pessoas, não pude deixar de reparar em suas coxas que eram bem torneadas ao passar por mim.
— Impressão minha o estava reparando minha bunda?
Senti na hora minhas bochechas pegarem fogo, de tão sem graça que fiquei por aquela situação.
— Idiota, eu não estava olhando sua bunda... Estava... Estava olhando a mesa.
— Sei, a vermelhidão no seu rosto deve ser por fome devo presumir.
Ele falou isso chegando bem próximo do meu corpo e passou um de seu braços pra cima do meu ombro, o que me fez encolher todo com ele diante de mim, ele tinha um cheiro tão doce.
— Vem vamos jantar e te conto o que deseja saber. _ele disse isso pegando a garrafa de vinho e sua taça.
Acabei por aceitar seu convite, não iria negar comida nunca na minha vida, principalmente por já ter passado fome e não sabia quando iria comer.
Ramon começou me contando que o Eros trabalhava na empresa de sua família a alguns meses e que sua relação com meu irmão não era a das melhores, eu olhei para ele com uma certa raiva ao ouvir isso, porém ele mais do que depressa começou a se explicar dizendo que meu irmão era bem desastrado, e que não conseguia entender como alguém conseguia tropeçar a cada minuto.
Olhei pra ele tentando entender onde se encaixava que eles era cunhados, será que quando ele me disse isso foi uma indireta que ele estava interessado em mim, comecei a reparar mais ainda nele, em certo momento não estava prestando mais antenção em suas palavras e já imaginando como seria o beijo dele, como seria dormir com aquele par de braços grandes a minha volta, que acabei deixando o garfo que estava na minha mão cair e fazendo um barulho enorme.
— Pronto agora está confirmado mesmo, vocês são irmão gêmeos desastrados.
— A culpa e sua. _Falei isso pegando mais firme no meu talher.
— Minha porque? Eu estava falando de como meu irmão ficou preocupando com seu irmão... Eu não fiz nada... Espera aí você...
— Eu o que? Eu não disse nada... Eu não fiz nada. _falava quase que gaguejando.
Minha imaginação foi bem longe imaginando ele nu na cama comigo, que até tive uma ereção, e agora tentava disfarçar ela a todo custo.
— Porque está gaguejando então? Pode falar a verdade prometo que tentarei não rir.
Iria muito falar que tinha acabado de imaginar ele diante de mim sem nenhuma peça de roupas, enchi minha boca de comida a fim de não responder ele que tinha um sorriso bem malicioso para mim, porém ficou em silencioso durante um bom tempo, até eu questionar porque eles estavam nos ajudando.
Antes de sua resposta o vi encher mais uma vez a sua taça de vinho e beber ela quase toda em um único gole, certeza que estava pensando no que me dizer e como dizer.
— Sendo sincero, só tenho uma noção do que você passou nos últimos anos, e ainda pelo pouco que meus tios me contaram, meu pai e o pessoal querem ajudar vocês, não por questão de pena, ou caridade, mas sim pelo simples fato que isso e o correto a se fazer... Meu irmão e eu tivemos a sorte de deus ter colocado pais maravilhosos em nossas vida, nossa infância tivemos algumas dificuldades durante parte dela enquanto vivemos em um orfanato... _ele falava isso e via uma preocupação bem grande no eu olhar.
— Não sei ao certo os sentimentos do seu irmão pelo meu, so sei que o meu maninho está apaixonado de mais pelo seu que está sofrendo, por seu estado de saúde atual... Tiú Marcos prometeu que vai fazer o impossível para que seu irmão se recupere o mais rápido possível, e todo dia peço isso a deus.
— Desde o dia que Renan e Fabrício chegaram lá em casa, primeiro achei que era somente mais desgraça que iria se abater sobre a gente, mas nos olhos de ambos vi que devemos ter fé, e após eles defenderem meu pai daqueles lixos... _foi somente neste instante que comecei a lembrar tudo o que havia ocorrido no hospital e do meu desespero ao lembrar do nosso passado.
— Loirinho então acho que é isso por tempo... Ou...
A gente se encarava sem conseguir termina nossas frases, mas talvez eu sabia muito bem o porquê de não conseguir finalizar o que pensava, e também o porquê dele não ter finalizado aquela frase.
Era estranho está situação, estava na casa de um cara que conheci no dia anterior, queria sentir medo, queria realmente sair dali, mas ele era tão educado e bom comigo que me faltava coragem para tais atos. Antes de começarmos a jantar, ele me devolveu meu celular, é explicou que ele estava quase sem bateria, quando bati o olho naquela tela havia diversas ligações de minha mãe, ela deveria estar bem preocupada por eu não dar mais nenhum notícia.
Me levantei avisando que precisava fazer uma ligação, porém para minha tristeza estava sem crédito, e quando tentei ligação a cobrar vinha o aviso que ela também estava sem créditos, quanto mais fazia as contas dos gastos que poderíamos fazer mais eu notava que não iríamos ter dinheiro suficiente para ficar uma semana naquela cidade.
— Que inferno, droga, droga!
Falava baixinho com raiva, se meu irmão demorar a se recuperar, como vamos pagar os gastos e se manter nesta cidade, nem que eu voltasse a vender papelão e latinha, desta vez não iria abandonar meu irmãozinho, desta vez não vou deixar nada acontecer a ele.
Fiquei tão pensativo nos meus problemas que quase não notei ele se aproximando de mim.
— Está tudo bem loirinho?
— Sim, está tudo... É... Deu um problema... Melhor dizendo está tudo bem...
— Falou com sua mãe? Avisou que está na minha casa?
Somente balancei a cabeça negando, me faltava coragem em admitir a ele que não tinha crédito para fazer uma ligação que fosse, mas também não havia coragem para mentir a alguém que estava me ajudando.
Porém não precisei dizer a ele sobre minha situação, parecia que ele entendia o que eu sentia, olhei para sua mão e ele estava com celular esticado na minha direção, olhei para a tela e vi meus pais do outro lado sorrindo esperando eu dizer alguma coisa a eles, olhei para ele e agradeci por aquele simples gesto que para mim significava muito.
Antes de tudo agradece a Ynamedeiros que me deixou usar sua "marca" no meu livro, e também quero agradecer a ContoEncanto (Nagila), pela ajuda com o capítulo sobre o pote de sorvete, ainda não tive está oportunidade, aquela sua ideia foi incrível 🥰🥰🥰
Já sabem, se ver algum erro nós Capítulos me avise por favor pessoal.
Antes de Prosseguir não esqueça de deixar aquela 🌟 para fortalecer 😜
Um beijo até o próximo terça
E um ótimo final de semana
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