Cap. X
Aviso: Capítulo a seguir contém narração de cenas de violência sexual
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Existem pessoas que não têm nenhum instinto de ser humano. Que esquecem o que é família, o que é vida, o que é criança, o que é uma pessoa, o que e um indiv.íduo
Percebi aos meus doze anos que não era igual aos outros meninos, em geral alguns deles tentavam se enturmar com os garotos mais velhos, contavam suas primeiras experiência de beijar uma garota, mas eu não tinha está curiosidade, fato este que meu primeiro beijo foi com um menino que fazia cursinho comigo eu estava a poucas semana de completar meus treze anos.
Lutei uma batalha silenciosa com meus sentimentos, com minha "loucura", tinha medo do que eu poderia me tornar, em um país como Brasil durante séculos nós homossexuais sempre fomos vistos como escoria, como lixo ou algo pior.
Mantive este segredo mas bem escondido de todos da minha família, tinha medo de ser rejeitado por meus pais e meu irmão gêmeo.
Mas tudo mudo no ano que completei meus dezesseis anos, eu havia acredito na palavra dele, mesmo sendo mais velho do que eu quase doze anos, suas palavras sempre foram doce, talvez tenha sido ingênuo de mais, pois ver aquele homem usando a farda da PM, me transmitia uma segurança, entoa deixar me levar pro suas palavras e seu encanto.
Porém não passava disso, palavras ao vento, nada além disso, de metas palavras bonitas, já que aquele monstro era um lobo em pele de cordeiro.
As memórias daquele dia eram um caos, levei um bom tempo para entender o que havia acontecido comigo, mas me lembro que ele havia aparecido na porta da escola, disse que veio me fazer uma surpresa, que me levaria um lugar especial.
Sorriso de felicidades achando que realmente passaríamos um tempo sozinho, nunca imaginei que aquilo iria acontecer comigo.
"Não... quando eu mais pedia para ele parar com aquilo, mais força contra o meu corpo ele fazia. Ele tinha o dobro da minha força e peso, foi fácil ele me dominar é abaixar a minha roupa e cueca, me tremi de dor ao sentir seus dedos me invadirem, lutei com todas as minhas forças para me soltar dele, mas não conseguia.
Eu gritava desesperado, por conta da dor, mas ele somente me dizia para ficar quieto e deixar ele fazer o que desejava, que eu iria gostar de ter um homem como ele me preenchendo, quanto mais lutava mais dor eu sentia, em um determinado momento eu desisti de lutar e acabei desmaiado.
Acordei no carro, ele havia me vestido novamente, porém as dores que eu sentia era muito forte, quando senti sua mão sobre minha pele, me tremi de medo, tentei abrir a porta do carro mas ele segurou meu corpo com violência
— Deixa de frescura, você gostou de sentir eu dentro do seu cuzinho.
— Me deixa ir embora por favor. _pedi já chorando de desespero.
Neste momento só lembro do peso de seu punho em meu rosto, mandando eu parar com frescura, pois ele não fez nada de mais, que ele só tinha metido rola em um gay, é que mesmo que eu contasse isso a alguém ninguém acreditaria que ele um PM havia cometido um crime.
Após falar isso ouvi o barulho das portas sendo destrancadas é sai correndo em direção a minha casa, os flash do que aconteceu naquele dia ainda vem e vão dá minha cabeça.
" — Eu sei... Não precisa me dizer nada.... _Erickson meu irmão gêmeo também vinha sofrendo com aquele segredo, talvez se eu tivesse contado a ele, talvez nada disso teria acontecido.
Porém quando ele viu meu rosto começo a gritar desesperado por nosso pai. Senti um medo enorme invadir minha alma, meu irmão não iria me contar que ele também era gay...
— Me conta Eros... Quem fez isso você... Quem bateu em você meu bebê... Fizeram isso porque...
Eu olhava para ele é a única coisa que conseguia fazer era chorar, não conseguia dizer nada a ele, não conseguia contar que fui violentado.
— Filho... Fizeram isso porque? Você gosta de meninos?
Somente balancei a cabeça em positivo, estava sentido muita dor, não dor física por tudo que me aconteceu naquele dia, era algo que estava destruído meu coração.
— Por favor maninho, me diz que não fizeram mais nada a você... _Erick apontou para minha calça que estava toda suja
Meu pai se afastou de mim e vi seus olhos transbordarem, ele levou sua mão a boca, e caiu de joelhos diante de nós, suas mãos tremiam, tive medo de algo acontecer ali com ele, pois os eu estado era de puro pânico e pavor.
— Vamos na delegacia...
— Não pai, por favor ele... Ele... Ele trabalha na delegacia.
— Ele quem? Foi um policial que fez isso a você?
Antes de eu responder alguma coisa ouvimos o barulho de alguém chamando no portão de casa, meu pai olhou pela janela do meu quarto e disse que havia uma viatura da polícia parada e três polícias.
Por instinto quando ele me disse não dei conta dos meus movimentos, e fui até a janela, e vi aquele maldito, foi neste momento que disse o nome dele.
— Pai por favor não deixe que o Raimundo me leve daqui, não quero que ele faça aquilo novamente...
Raimundo, este era o nome do polícia que acabou com minha alma, que violentou o meu corpo, dizer aquelas palavras ao meu pai o fez descer zangado em direção a entrada de casa, juntou com Erick que me abraçava observamos tudo da janela.
Nosso pai chegou próximo suficiente deles, em um curto momento de tempo o vi se jogar em cima do Maldito Raimundo com um faça e acertou três vezes o peito dele, mas não foi o suficiente para ter acabado com a vida daquele infeliz, os outros polícias tentaram segurar meu pai, porém levou muito tempo até conseguirem controlar ele, uma confusão se fez na porta de casa é vi levarem meu pai preso.
Erick e eu estávamos apavorados, não sabíamos o que fazer, além de ficar abraçados com medo dentro daquele quarto durante horas, minha calça havia manchas de sangue é algo que não soube o que era, já era meio da noite quando minha mãe chegou gritando dentro de casa e nos encontrou dentro do quarto. Tentei juro que tentamos contar tudo a ela, tudo o que havia acontecido.
Porém deus não está presente para nós ajudar naquele dia, ele não nós ajudou quando os outros policiais voltaram e deixam bem claro que se eu falasse qualquer coisa, que meus pais é meu irmão iriam pagar por tudo, que eu veria cada um deles morrer diante dos meus olhos.
Durante anos meu pai padeceu em uma cadeia por minha culpa, a fome que passamos, minha mãe não conseguia trabalho, nós primeiros anos usamos uma o dinheiro da poupança que papai fez para nós dois, porém este dinheiro acabou.
Os poucos parentes se afastaram da gente, com medo dos filhos do bandido serem igual a ele, fomos expulsos da escola sem motivo, mas após muito sacrifício meu irmão e eu conseguimos entrar na ETEC e com muito aperto finalizamos o ensino Médio Técnico.
Entretanto emprego na cidade isso para nós não passava de um sonho, vivíamos catando reciclável e vendendo, o pouco que juntamos comprava comida é pagava o aluguel de casa. Quase cinco anos se passaram e meu pai conseguiu liberdade por bom comportamento, não conseguia encarar ele, meu pai era a sombra do que foi um dia, estava magro e bem abatido.
Parecia que finalmente todo aquele caos iria começar a sumir de nossas vidas, meu pai antes de ser preso era gerente de uma grande rede de Super Mercados, mas hoje o único emprego que ele consegui foi de auxiliar de limpeza, mas não consegui fica mais do que dois meses, ele fora demitido sem motivo aparente, ja sabíamos que havia o dedo daqueles polícias, que sempre estavam a espreita.
[•••]
Olhei aquele e-mail e não acreditava, pensei que nunca conseguiria um emprego na minha vida, mas a sorte brilhou um pouco na minha vida, assim poderia ter dinheiro e ajudar minha família, porém para isso dar certo precisava sair de casa é naquele momento não era uma opção.
Entretanto o destino não gostava de mim, não gostava de ver minha família tentando recomeçar ou se reergue, naquele dia achei que não veria mais nada, que não poderia dar orgulho aos meus pais e somente mais dores de cabeça.
Sentia uma forte do no meu peito que queimava e o ar faltava, quanto mais tentava puxar o ar mais ele me faltava, o dinheiro que havíamos juntado para para pagar o aluguel daquele mês meus pais gastaram comprando remédios para mim, e o pior foi ouvir o médico dizer que pelos resultado inicial eu deveria indicar tratamento para câncer no Pulmão, pedi ao médico para não falar nada disso com minha família, não queria dar mais está preocupação para eles.
Receber aquela notícia foi o que me fez tomar coragem de ir para São Paulo, contei a minha mãe que ficou feliz em saber sobre o emprego, ela disse que viria com uma tia minha a possibilidade de morar com ela, resetei tanto pedindo a Deus e Nossa Senhora por ajuda, para que a bondade no coração desta minha tia me permitisse ir morar com ela.
No início tudo era maravilha, recebia um salário mínimo como jovem aprendiz, mandava todo mês dinheiro para meus pais, as vezes sentia fortes dores no peito, mas não dava muita atenção a isso, não iria gastar dinheiro com remédios, eu devia ajudar meu país, devia de algum modo reverter todo o mal que causei a eles. Talvez se eu tivesse aceitado o que ele me fez naquele dia, não tivesse dito nada ao meu pai, minha família não estaria passando por tanta dificuldade e humilhação.
No dia que deixei se ser jovem aprendiz é fui efetivado no serviço e passei a ganhar um pouco mais sai da casa daquela "minha tia", não aguenta mais ouvir ela dizendo que o filho de um bandido era igual a ele.
Com fé, deus acabou colocando dona Saara em meu caminho, o único gasto que tinha era com o aluguel, fazia planos de trazer minha família para São Paulo, mesmo com meus problemas de saúde aqui teria a certeza que eles poderiam ter uma vida digna e sem medos, sem ameaças.
Erick me contou que havia conseguido um emprego de carteira registrada em um depósito de matérias para construção, ele ficou preocupado de início achando que eu estava passando necessidades por conta que comecei a mandar um pouco mais de dinheiro, somente disse a ele que em breve voltaríamos a morar juntos que eu tinha fé que nossos problemas iriam se acabar.
Eram tantos planos que eu fazia, sim a esperança em meu coração estava renovada, até me permitir sair com um garoto do serviço, pela primeira vez em minha vida, estava vivendo como uma pessoa normal, tinha algumas crises de falta de ar, e foi em uma delas que contei a Dona Saara, sobre meu problema de saúde.
Nunca tive a intenção de dizer a ela sobre, porém acabou sendo inevitável já que as crises se tornaram constantes, o que me fez faltar no serviço algumas vezes.
— Eros já disse a você que não precisa se preocupar com alguém rapaz, use este dinheiro agora continuar ajudando sua família, sei que deus em breve vai abençoar você.
— Não e justo dona Saara, eu tenho dinheiro que recebi do meu FGTS, além das parcelas...
— Já disse que não aceito seu dinheiro.
Aquela discussão com ela não sairia disso, então resolvi juntar o valor que seria do aluguel e não gastar, iria poupar ao máximo até conseguir um novo emprego, de início uma vez na semana eu passava em um lan-house e mandava e-mail ao meu irmão para ter noticias dos meus pais.
Custei a falar com Erick que estava desempregado, não queria preocupar ele pois sabia que meu irmão não aceitaria mais minha ajuda por conta disso, com tempo meus e-mails começaram a levar o dobro do tempo para enviar a ele.
— Que melodia triste meu filho.
Olhei sem jeito para ela, eu sentia saudades de minha família, pensei em ir visitá-los, mas o medo de encontrar com aquele mostro novamente me fazia tremer, nós últimos dias passei a ter pesadelos com aquele dia, com aquele maldito me estrupando. O que deseja era esquecer tudo isso, ter meus comigo, mesmo após meu pai sair da prisão não tive coragem de abraçar ele, eu sentia nojo de mim mesmo e culpado por tudo.
— Por que não faz uma vídeo chamada e conversar com eles?
Ela disse isso e mostrei meu celular que só recebia chamada, era um modelo tão antigo que talvez eu era a última pessoa no mundo a ter um daqueles. Ela riu dizendo que aquele meu aparelho ainda funcionava por milagre de Deus, e que eu deveria usar o dinheiro que guardava e comprar um celular melhor, assim não teria gasto com lan-house além de poder falar com meu irmão sempre que possível, mesmo sendo pego de surpresa por sua afirmação, avisei que não adiantaria muito, já que era provável ele não ter um celular também.
— Simples, vamos compra dois celulares, um para seu irmão e outro agora para você... E não vem me dizer que não vai gastar este dinheiro, pois se você não comprar eu mesma vou lá e compro com meu dinheiro para você.
Já sabem, se ver algum erro nós Capítulos me avise por favor pessoal.
Antes de Prosseguir não esqueça de deixar aquela 🌟 para fortalecer 😜
Um beijo até o próximo terça
E um ótimo final de semana
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