Capítulo 24: Minha Família
~ Bruno On ~
Depois que deixaram o almoça da Helena, observei enquanto a mesma olhava a comida como se decidisse se valia a pena ou não comer.
- O que é isso? - ela questionou, enquanto mexia a colher no arroz. - Por favor me fala que eu vou embora amanhã mesmo.
Parando perto da cama, olhei melhor sua comida.
- Não parece ruim.
Ela ergueu uma sobrancelha na minha direção.
- Então come você.
- Não sou eu quem está deitado em uma cama de hospital. - respondi.
Ela apontou a colher na minha direção de forma ameaçadora.
- Cuidado. Muito cuidado. - exclamou.
Sorrindo, segurei seu rosto dando um rápido beijo em seus lábios.
- Tenta comer um pouco pelo menos.
- Ok, vou tentar. Mas quero ver as meninas. Faz uma vídeo chamada. - disse, e pegou a maçã que estava na bandeja.
Lembrando do celular que tinham me entregado ontem a noite enquanto minha noiva dormia, abri a gaveta da cômoda que estava ao lado da cama.
- Aqui. Conseguiram recuperar do acidente.
Depois de pegar seu celular, Helena me olhou surpresa.
- Como não quebrou? Achei que tinha perdido. - disse, desbloqueando o celular. - Eu mesmo vou ligar para a Crystal então.
- Tudo bem. Vou ligar para o pai. - no entanto, seria rápido porque eu queria ver as gêmeas também.
Helena assentiu, e sai do quarto depois de fazer ela prometer que ia tentar comer tudo.
Já no corredor, digitei o número do meu pai e enquanto esperava ele atender, andei até o lado de fora.
- Bruno, achei que fosse falar com você só amanhã. - ele disse depois de atender. - Como a Helena está? Catherine não me disse muita coisa quando chegou.
Me aproximando de uma árvore que estava na frente do hospital, me escondi em baixo dos galhos para me proteger do sol.
- Está bem melhor. - respondi. - Só liguei mesmo para saber como estão as coisas na empresa. Você disse que meu tio ia passar bem cedo no seu escritório.
E, pela forma que ele suspirou as coisas não tinham ido bem.
Ser a maior empresa de carros do país não era uma tarefa fácil, mas lidar com a nossa família era pior ainda.
- Adam disse para ele que você o ameaçou. Falou que você prometeu me fazer parar de assinar os cheques que são entregues para eles toda semana.
- Se ele voltar a se aproximar da Helena é exatamente isso que vai acontecer.
E eu sabia que meu pai não ficaria no meu caminho.
- Particularmente não me importo com o Adam, mas estou cansado de todas essas discussões. - confessou. - Quando Helena estiver saído do hospital a gente conversa melhor.
- Tudo bem.
Mas, antes que eu pudesse desligar, meu pai disse:
- E as meninas?
- Estão bem pai. Ficaram em casa com a babá.
- Babá? Não me contou que já tinha contratado uma babá.
- É algo recente.
Conversamos mais um pouco, então encerrei a ligação e entrei novamente no hospital. Quando entrei no quarto que a Helena estava, encontrei a mesma sorrindo enquanto olhava a tela do celular.
- Papai chegou. - ela disse, notando minha presença.
Me aproximando da cama, vi que as meninas estavam do outro lado da tela do celular. E ver seus sorrisos inocentes acalmou uma parte do meu coração.
- Elas já comeram? - perguntei, para Crystal que estava sentada no chão do quarto da gêmeas olhando as meninas.
- Sim. Alexia não quis no começo, mas mudou de ideia quando viu a irmã comer. - contou sorrindo.
Aproximando um pouco meu rosto da Helena, sussurrei no seu ouvido.
- Estão melhores que a mãe então. - provoquei.
Ela afastou seu rosto parecendo irritada. Isso me deixou com vontade de rir.
Nesse momento, Heloísa entrou no quarto chamando nossa atenção. Deixando Helena conversando com a Crystal, me aproximei da filha da Lúcia.
- Bruno... - ela sorriu, e me deu um rápido abraço. - Quanto tempo.
- Faz um tempinho mesmo. - falei. - Aproveitando que está aqui, queria te pedir um favor.
- Pode pedir.
- Poderia falar com sua mãe e ver se ela pode visitar a Helena quando a gente voltar pra casa?
Sabia que essa surpresa deixaria minha mulher feliz.
- Claro. Sei que ela vai adorar. - disse. - Agora deixa eu ver nossa paciente.
Observei quando Heloísa caminhou até a cama fazendo minha noiva fazer uma careta.
- Mais remédios? - Helena ainda segurava o celular.
Isso me fez pegar o aparelho da mão dela. Crystal ainda estava com as meninas no vídeo chamada.
- Sr. Helena vai demorar para voltar? - perguntou, a garota. - As meninas sentem falta dela.
Vendo Alexia segurando um ursinho e Sophie brincando sozinha, eu sorri.
- Eu espero que não.
Tudo que eu mais quero é ela em casa junto com nossas filhas.
Só assim nossa família estaria junta de novo.
E é só isso que importa.
Voltei para mais um bônus de madrugada e dessa vez foi a vez do Bruno. Tô começando a pegar o jeito desse nosso boy então vamos ver no que vai dar.
Até a próxima.
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