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Capítulo 5

— Você deveria ir! — Eliane exclamou, assim que entrou em meu quarto e me viu deitada na cama, pronta para dormir.

— Para ouvir mentiras? — Ironizei, virando-me de lado, querendo enfim ficar sozinha.

Mas minha irmã era insistente, sentou-se na beirada da minha cama e ficou fazendo cocegas em meus pés, apenas para me deixar irritada e fazer com que eu levantasse da cama.

Tentei resistir, mas ela acabou me vencendo pelo cansado, pois levantei-me e deixei que escolhesse a minha roupa.

Quando enfim fiquei pronta, coloquei as luvas pretas e sai pela porta dos fundos da mansão, pois papai não poderia nem sonhar com a minha saída a uma hora dessas, mas eu estava segura, pois qualquer coisa Eliane estava em casa para me dar cobertura.

Então peguei o celular e chamei um Uber, quando avistei o carro na esquina perto da portaria, acenei para o porteiro e sai sem lhe dar satisfações, ele sabia que se desse com a língua nos dentes, eu saberia, então ele apenas fazia seu trabalho e fingia que não me via.

Entrei no carro e dei-lhe o endereço do hotel que Otávio havia me dado mais cedo, confesso que não estava afim de me encontrar com ele, pois não confiava em mim perto dele em um quarto de hotel, mas eu teria que me arriscar, pois segundo a minha irmã, nós merecíamos essa conversa para poder resolver de vez a nossa situação.

Passei aqueles longos minutos sentada no banco de trás do carro, apenas olhando a paisagem e pensando no que eu diria a ele depois que ouvisse tudo o que ele tinha para dizer.

Claro que ele já estava com as palavras na ponta da língua, pois deve ter ensaiado bastante durante todos esses anos que passou longe daqui.

De mim...

— É aqui, moça! — O motorista exclamou, apontando para o grande prédio a minha frente.

Olhei em volta e desci, seguindo em direção ao grande Hall e entrando diretamente na recepção que logo foi liberada quando me identifiquei, ou seja, ele realmente estava esperando por mim e bem lá no fundo sabia que eu viria.

Confesso que não queria lhe ouvir, mas sabia que em algum momento eu me arrependeria, então o único jeito foi ouvir os conselhos da minha irmã e seguir adiante com o plano.

Então aqui estava eu, pegando o elevador e subindo até a sua suíte, para que ele me explicasse tudo o que fez durante todos esses anos e principalmente o motivo que o levou a me abandonar.

Meu coração bateu acelerado quando as portas do elevador se abriram e me mostraram a porta de seu quarto, pois como a suíte era presidencial, tinha mais privacidade.

Então respirei fundo, sai do elevador e bati levemente na porta, esperei que o mesmo a destrancasse e liberasse a minha entrada.

— Eu tinha certeza que você viria! — Exclamou, sentado em um dos sofás que ficavam perto de uma varanda.

— Não seja tão convencido.

— Sente-se, aceita um vinho, como nos velhos tempos? — Ofereceu, mostrando-me a taça que estava em sua mão.

Neguei, pois tinha medo de me embebedar e fazer certas coisas que eu poderia me arrepender depois.

Ele assentiu, apontou novamente para o sofá e deixou a taça sobre a mesinha de centro.

Depois que me acomodei de frente para ele, cruzei as pernas e olhei diretamente para os seus lindos olhos azuis que cintilavam com a fraca luz da sala de estar da suíte.

— Sou todo ouvidos.

Dito isso, ele respirou fundo e se encostou mais no sofá, parecia pensar por onde iniciar a conversa, talvez fosse me contar o motivo que o fez me abandonar e confesso que aquilo era o que eu mais queria saber.

Ele pareceu notar a minha ansiedade, tanto que se levantou e sentou-se ao meu lado, na intenção de fazer com que eu o encarasse e olhasse bem no fundo de seus olhos enquanto ele estivesse se explicando.

— Em uma das nossas ultimas conversas, eu prometi que viria nas férias. — Deu início, relembrando o momento em que tudo desmoronou em nossas vidas, porque foi a partir dali que tudo começou a dar errado e ele sumiu sem deixar nenhum rastro

— Sim, porque não veio? — Perguntei, cruzando os braços e encarando bem seu rosto, queria poder ver suas expressões e sentir se por um acaso ele iria mentir.

— Eu estava preparando as malas, quando meus pais resolveram aparecer por lá de surpresa.

Franzi o cenho, então ele havia recebido a visita dos pais e por isso não tinha vindo, mas porque não se comunicou comigo, eu teria entendido.

Ele pareceu notar o meu pequeno conflito interno e tocou o meu rosto, querendo que eu o encarasse e ouvisse o restante dos fatos que estavam se embaralhando em minha cabeça.

— Eu não entendo, deverias ter me avisado, eu teria entendido. — Digo, tentando fugir das sensações que ele estava me causando naquele momento.

— Foi a primeira coisa que pensei em fazer, mas misteriosamente, o meu celular sumiu. — Contou, me deixando completamente confusa.

Como assim ele havia perdido o celular no mesmo dia em que havia conversado comigo?

Tentei me afastar, mas ele não deixava, se aproximava cada vez mais e de algum jeito, me mantinha no lugar, cativa ao seu toque que não cessava, talvez ele estivesse com medo de que eu fugisse e não o perdoasse.

Eu sabia que não conseguiria fugir, porque o meu amor por ele era muito forte e mesmo que tentasse, nada iria apagar o que vivemos no passado.

— Isso não faz sentido, existia outros meios, porque não tentou? — Queria saber, porque tudo poderia ter sido diferente.

— Eu não te achava em lugar nenhum, fiquei desesperado por um tempo, até que aconteceu algo inesperado. — Percebi sua hesitação, ele não queria falar, mas o encarei feio, querendo que continuasse.

— O que aconteceu? — Implorei, segurando seus ombros quando notei que o mesmo havia paralisado

Ele estava com medo de que eu me afastasse tanto que me abraçou e beijou levemente o meu pescoço, querendo de tudo jeito me amolecer com aquele simples gesto de carinho.

— Eu juro que não queria, mas meu amigo me incentivou a ir a uma festa e me ofereceram uma bebida, eu juro que não sei como, mas acordei nu em um dos quartos e ao lado de uma mulher.

Dito isso, me afastei, empurrando seu corpo para o lado e me levantando imediatamente.

Era esse o seu segredo, havia me traído e por isso não teve coragem de me procurar, sabia que eu não perdoaria e tudo só piorou quando se levantou e tentou me tocar novamente.

Não deixei, correndo para a varanda e respirando o pouco de ar que eu conseguia inalar.

Aquela noticia realmente havia me impactado e eu não estava conseguindo raciocinar, tanto que peguei o meu celular e tentei ligar para a minha irmã, precisava do seu apoio ou não saberia mais o que fazer.

Estava pronta para fazer a ligação quando senti sua presença atrás de mim, na certa queria ver como eu estava ou se poderia continuar o seu relato.

Por mim, não ouviria mais nada, aquilo já era o suficiente para tudo o que ele me fez passar.

— Eu juro que não me lembro de nada, nunca foi minha intenção te trair! — Exclamou, alisando os meus cabelos que caiam como cascata do coque que eu havia feito antes de sair de casa.

— Não quero ouvir mais nada. — Sussurrei, me preparando para sair dali, pois sua presença estava me incomodando.

— Eu sei, mas eu preciso continuar para que você me entenda.

— Eu nunca vou entender, você fez uma escolha e preferiu seguir a sua vida ao invés de me procurar.

Observei quando abaixou a cabeça e passou a mão esquerda pelos cabelos, não queria ter reparado, mas algo ali me chamou a atenção.

Tanto que me aproximei ainda mais dele e peguei em sua mão, na certa ele pensou que eu estava retribuindo seus carinhos, mas quando olhei bem para os seus dedos, meu mundo pareceu ruir.

Eu não esperava encontrar uma aliança dourada cravada em seu dedo, ou seja, o imbecil tinha se casado e nem teve a cara de pau de me dizer.

— Eu posso explicar... — Não deixei que continuasse, acertei um tapa em seu rosto e sai correndo em direção a porta.

Não queria que me visse vulnerável daquele jeito, mas o imbecil ainda teve a audácia de vir atrás de mim, tanto que segurou os meus braços e me colocou de volta para dentro do quarto, tentei me soltar, mas foi inútil.

— ME SOLTA, SEU ORDINÁRIO, CAFAJESTE!

— Elisa, calma, me deixar falar...

— NÃO QUERO OUVIR MAIS NADA, VOCÊ SE CASOU E POR ISSO ME ABANDONOU, SEJA HOMEM E ASSUMA.

Minhas palavras pareceram o afetar, tanto que me soltou e caminhou de volta até a varanda, parecia perdido em seus pensamentos, talvez estivesse arranjando alguma desculpa esfarrapada para me dizer, mas dessa vez eu não cairia nessa.

Eu deveria ter aproveitado o momento para ir embora, mas meus pés não se moviam, parecia até que um ima estava me mantendo ali.

— Eu sei que isso parece loucura, mas se me deixar explicar, prometo que iras entender. — Disse ele, pegando mais uma taça de vinho e sentando-se no sofá, querendo de todas as formas me manter aqui, pois quando me virei a porta estava fechada e com toda a certeza trancada para justamente evitar a minha fuga.

❤❤❤

Beijos e até o próximo capítulo...

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