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Capítulo 3

Sabe quando você acorda com uma sensação de que algo vai acontecer?

Era exatamente assim que eu me sentia hoje, mas ainda estava tentando entender o motivo, pois era um dia normal, nada estava fora do lugar, a não ser a minha vida que de uns tempos para cá, passou a ficar em desordem por conta de algumas coisas que aconteceram no passado.

Jamais imaginei que tudo aquilo aconteceria comigo, posso até estar sendo dramática como minha irmã Eliane costuma dizer, mas o fato era que ele me prometeu voltar e até hoje nunca tive notícias suas, era como se tivesse sumido do mapa e ninguém do meu círculo de amizade soubesse do seu paradeiro.

Eu sabia que ele tinha ganhado uma bolsa de estudos em Nova York na época e que passaria um ano estudando por lá, prometeu tentar vir nas férias nas primeiras vezes que nos falamos, mas isso não chegou a acontecer, tanto que quando procurei seu contato para saber o que havia acontecido, outra pessoa respondeu e deixou claro que não conhecia nenhum Otávio, ou seja, o número havia sido trocado e ele nem sequer teve a coragem de me avisar.

Passei um tempo procurando por ele, mas não obtive sucesso, tanto que pedi ajuda a um dos seus amigos que morava no mesmo prédio e ele me contou que sua família havia mudado de cidade já fazia tempos, então tudo o que fiz foi respirar fundo e desistir das buscas.

Anos depois, tentei novamente entrar em contato com a família dele, apenas para saber se estava tudo bem e o motivo do filho deles ter me abandonado sem notícias, mas desisti, pois Lúcia, minha ex-sogra, nunca gostou de mim e deveria estar feliz por seu filho ter se afastado.

Queria entender o motivo que levou Otávio a fazer isso comigo, nós éramos tão felizes, ninguém jamais me teve como ele.

Depois da decepção, passei a focar mais nos meus estudos e objetivos, queria de todo jeito mostrar para o meu pai que eu era capaz de assumir os negócios da família, mesmo ele arrumando um jeito de boicotar o que eu fazia.

Precisei aguentar e engolir muitas coisas, pois agora nós estávamos praticamente vivendo no meio de um fogo cruzado, talvez ele estivesse fazendo tudo isso para se vingar da mamãe que depois da desilusão amorosa, precisou pedir arrego para o ex-marido e hoje moramos todos na casa dele.

Claro que ele não perdia a oportunidade de provoca-la quando tinha vontade, dizendo que ela só estava ali por conta de nós três, mas mamãe não ligava, vivia enfurnada dentro do quarto lamentando a morte de Elliot e isso acabou afetando a nossa convivência.

Ela nunca mais foi a mesma depois de tudo isso e nós respeitamos o seu tempo, deixando-a à vontade e só a procuramos para saber se está bem ou precisa de alguma coisa.

Uns podem dizer que é muita humilhação, se separar e depois de um tempo voltar para a casa do ex-marido com a maior cara de pau, mas nós entendemos que ela só fez isso pensando no nosso bem-estar.

Eu e minhas irmãs mais novas sempre fomos ligadas, unidas e nunca ficamos separadas e nem brigadas, sempre nos apoiamos e concordamos com tudo, apenas para manter a paz dentro de casa.

O único problema agora é a minha irmã caçula, Elsa, que cismou em fazer faculdade de arquitetura, mas isso despertou a ira do nosso pai que alegou que seu lugar era ao nosso lado na empresa, mas Elsa não aceitou e bateu o pé dizendo que não vai perder tempo fazendo o que não gosta.

Eu tentei conversar com papai, mas foi inútil, até que ele tomou uma decisão e decretou que ela só faria esse curso se arranjasse um emprego, achando que ela não seria capaz disso.

Atualmente, Elsa trabalha como atendente numa lanchonete, que fica perto da nossa casa, é bastante conhecida e o salário dá para quitar metade do curso e o resto eu trato de inteirar.

Sem papai saber é claro...

Estava distraída terminando de digitar um documento quando Bruna entrou abruptamente em minha sala, avisando que papai estava à minha espera no andar da presidência.

Confesso que aquilo me surpreendeu, pois, o senhor Elvis Antonelli raramente me faz esse convite.

Só quando tenta jogar na minha cara que não tenho capacidade de assumir o seu posto...

Deixei tudo o que eu estava fazendo e segui para a sala da presidência, pois a curiosidade estava me corroendo para saber o que ele queria comigo a essa hora da manhã.

Assim que parei em frente a porta da sala, respirei fundo e forcei um sorriso, tocando a maçaneta e abrindo gentilmente a porta, encontrando papai sentando em sua cadeira, olhando e revisando os contratos dos nossos novos investidores.

— Mandou me chamar, papai? — Indaguei, me sentando em uma poltrona de frente para ele.

— Sim, precisamos ter uma conversa séria. — Disse ele, guardando os documentos numa pasta.

— Se for começar o discurso sobre eu não ser capaz... — Inicio, mas ele levanta a mão me impedido de continuar.

— O que quero lhe informar é que daqui a pouco você irá conhecer um dos nossos novos investidores que está vindo com seu filho e advogado particular para que possamos acertar tudo e preparar a papelada. — Conta, com um sorrisinho orgulhoso.

Sinto um arrepio forte percorrer todo o meu corpo quando a porta se abre repentinamente e três homens passam por ela, sendo que meus olhos focam apenas em um deles, sabendo exatamente de quem se trata, pois, o tempo pode ter passado, mas eu ainda o reconheceria em qualquer lugar.

Observo suas expressões surpresas quando seus olhos focam em meu rosto, na certa não esperava me reencontrar tão cedo, ou pensou que eu não fosse saber que voltaria para o Brasil depois de tantos anos.

Queria permanecer grudada em seu olhar, mas a voz de um dos homens tira a minha atenção, fazendo-me voltar a olhar para o meu pai, que parece contente com as visitas.

— Elvis, não aguentei de tanta ansiedade e preferi vir mais cedo. — Diz um homem alto de cabelos negros, alegremente cumprimentando meu pai.

— Ah, isso é maravilhoso, vamos aproveitar e fazer as devidas apresentações. — Papai diz, se levantando e puxando delicadamente o meu braço para perto de um jovem rapaz que estava ao lado dos demais.

Sinto meu coração bater acelerado quando o olho de relance novamente e nossos olhares se cruzam, ouço vozes conversando ao longe e deixo minha mente voltar ao passado.

Na época em que eramos felizes e vivíamos a nossa vida de adolescentes, como pode fazer tudo aquilo comigo e voltar assim como se nada tivesse acontecido.

Percebo que ele sustenta o meu olhar, com um pedido silencioso para que eu o ouça, mas mudo minha atenção quando papai aperta minha mão e me faz enxergar o outro rapaz a minha frente.

— Querida, esse é Joel Magalhães, filho de Heitor Magalhães, o nosso novo investidor e durante uma conversa, decidimos unir o útil ao agradável. — Papai inicia, com aquele ar orgulhoso.

Vejo Otávio se aproximar mais ainda sem entender o que está acontecendo.

— É um prazer conhece-la, Elisa. — O rapaz se apresenta, pegando a minha mão, deixando um suave beijo em meu dorso.

— O prazer é todo meu. — Retribuo, sorrindo forçadamente, pois não posso simplesmente ignorar tudo isso e correr daqui.

Preciso acalmar as minhas emoções, pois a presença de Otávio depois de tantos anos está me afetando de um jeito que jamais pensei ser possível, pois eu jurava que tinha enterrado todo o amor que sentia por ele.

Mas estava enganada, tanto que nem percebi quando todos começaram a conversar e decidi aproveitar esse momento para voltar ao meu trabalho.

Sai de fininho enquanto todos estavam distraídos conversando sobre negócios, mas meus planos tiveram que ser alterados quando aquela voz passou a me chamar no meio daquele corredor vazio, pois era horário de almoço e o pessoal saia ou almoçava na copa.

— Elisa, espera!

— O que você quer? — Sou evasiva, pois não quero ter que lhe encarar agora.

— Eu sei que você deve estar me odiando, mas eu preciso que você me escute, em nome de tudo o que nós vivemos.

Respiro fundo e viro-me para ele, a vontade de gritar e dizer que nada que me diga agora fará diferença, mas ao invés disso, sustento seu olhar e sorrio irônica, apenas para não demonstrar que sua presença aqui nesse momento está me afetando.

— Agora você quer conversar, não acha que está um pouco tarde para isso? — Ironizo, cruzando os braços e empinando o queixo.

— Essa sua petulância sempre me excitou, sabia? — Indaga, se aproximando e tocando levemente o meu queixo.

Meu coração acelera assim que seus dedos tocam o meu maxilar, arrepiando toda a minha pele.

Tento me esquivar, mas ele agarra minha nuca e me puxa para ele, talvez esteja tentando mostrar que ainda mexe comigo.

— Não te dei essa liberdade! — Exclamo, espalmando seu peito, querendo fugir do seu aperto, mas ele é mais forte.

— Não adianta fugir, você sempre será minha, Elisa.

❤❤❤

Beijos e até o próximo capítulo...

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