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Capítulo 12

Era tarde da noite quando a recepção me informou que Elisa tinha chegado e estava subindo.

Passei a tarde toda ansioso pelo nosso encontro que aconteceria exatamente esse horário, pois seu pai ainda era o mesmo controlador de sempre e agora mais ainda, pois sabia o interesse da filha em se tornar uma grande CEO e com toda a certeza estaria de olho em cada passo seu, apenas para ver se ela iria cometer algum deslize, fazendo assim o mesmo ter motivos para desvaloriza-la, como sempre fez a vida toda.

Mas o que me preocupava agora era exatamente a reação de Elisa quando soubesse que seu pai teve um caso com a minha mãe no passado e que até hoje a mesma nunca o perdoou por isso.

Depois que sai da empresa dos Antonelli's, liguei para a residência dos Maldonados e conversei com Dora, que me informou sobre a discussão que meus pais tiveram, a mesma contou que ele passou um pouco mal e o médico da família foi chamado para examina-lo, não esperei que dissesse mais nada, apenas peguei o carro e dirigi de volta para a residência deles, pois queria ver meu pai e saber se o mesmo estava realmente bem.

Assim que cheguei lá, Dora me recebeu, garantindo que meu pai estava bem e o médico recomendou um pouco de repouso.

— Filho, me perdoe. — Ouvi minha mãe dizer, assim que desci as escadas e segui para a porta principal, pois não queria mais ficar ali, só tinha ido mesmo para ver o meu pai.

Pensei em sair pela porta e não olhar para trás, mas algo me impediu, eu precisava falar tudo o que estava entalado por todos esses anos e aproveitei aquele momento para descarregar a minha ira, que no momento estava controlada.

— Eu jurava que tinha conseguido aquela bolsa por mérito próprio, a senhora não sabe o quanto me magoou saber que pediu favores aos seus amigos, apenas por causa de um capricho seu, não vê que foi egoísta e não pensou na minha felicidade. — Bradei, meus olhos marejaram, minha vontade de ir naquela universidade e conversar com o reitor, saber mais sobre essa bolsa, mas eu preferia manter-me com os pés no chão e pensar que estudei e me esforcei para me tornar quem sou hoje.

— Eu só queria que você deixasse aquela menina, eu não aguentava olhar para ela, nunca vou esquecer o que o pai dela me fez! — Bradou, e eu sentia que não estava arrependida, queria apenas se fazer de vítima e justificar aquilo que não tinha justificação.

Ela errou e deveria se convencer disso, mas conhecia a peça e sabia que não se rebaixaria, então não ia ter o meu perdão de mão beijada, teria que conquista-lo, pois eu havia perdido totalmente a confiança e ela teria que se esforçar para reconstruir a nossa relação de mãe e filho se quisesse me ter por perto.

— Então a senhora nunca o esqueceu, não é? — Indaguei, não queria ter mencionado isso, mas o jeito que ela estava agindo, dava a entender que ainda o amava e nunca aceitou o fato dele ter casado com outra.

— Nunca mais repita uma coisa dessas! — Exclamou, nervosa, andando de um lado para o outro, parecia até que minhas palavras a incomodavam.

Despertei dos pensamentos quando a minha porta foi aberta e o amor da minha vida passou por ela, toda linda em um vestido de seda preto e saltos altos, seus cabelos agora soltos como cascatas.

Não perdi tempo, enlacei sua cintura e beijei-a com volúpia, encostando-a na porta fechada.

Gememos entre beijos e quando a coisa se tornou insuportável, peguei-a no colo e caminhei com ela até o meu quarto, colocando-a gentilmente na cama, pois eu necessitava dela, parecia até que tínhamos voltado a ser dois adolescentes que não poderíamos segurar o tesão.

Ela sorriu quando deitei em cima dela e a mesma abriu as pernas, fazendo com que eu me encaixasse sobre elas ainda vestido, pois estávamos tardando o momento, queria deixa-la bastante excitada, como já havia me confessado, não tinha tido mais ninguém depois que fui embora, então provavelmente sentiria algum incomodo.

Ficamos alguns minutos nos encarando, tanto que sorriu maliciosa e virou-se de repente, mantendo-me por baixo dela.

— Sabia que eu passei o caminho todo pensando em como te surpreenderia. — Comentou, sentando-se em meus quadris e alisando levemente o meu peito desnudo.

— Você já me surpreende sendo você mesma, minha Lisa. — Chamei-a por seu apelido, que eu mesmo tinha lhe dado assim que começamos a namorar no passado.

— Ah, então vai gostar de saber que estou sem calcinha desde o momento em que sai de casa! — Exclamou, mordendo os lábios e saltando da cama, me instigando a ir atrás dela.

Safada...

— Venha cá, sua maluca, não acredito que fez uma coisa dessas! — Exclamei, correndo feito um louco atrás dela por toda a suíte.

Ela gargalhou assim que chegou na varanda e deu de ombros, sabendo que ali não tinha como escapar de mim, então fez uma coisa que jamais imaginei que fizesse.

Parou no centro da varanda, virou-se de costas e puxou o vestido de seda pela cabeça, ficando completamente nua ao ar livre.

Suspirei pesado assim que me aproximei e alisei seus cabelos loiros, macios e sedosos, era como se nós nunca tivéssemos nos separado, pois eu ainda conseguia sentir todo o nosso desejo faiscando por nossos corpos.

— Eu te amo muito, Otávio. — Virou-se de repente, dizendo de novo que me amava.

Lembro-me o quanto tinha sido difícil para que confessasse o seu amor por mim, e que agora não tinha mais dificuldade de expressa-lo.

Eu queria poder ter tido a oportunidade de ter rejeitado aquela bolsa, assim teríamos ficado juntos e a essa hora já estaríamos casados e com lindos belos filhos, mas nem tudo foi como planejamos, cai numa cilada e me deixei levar pelos caminhos errados que por sorte, só me trouxeram de novo até o amor da minha vida.

Fim...

❤❤❤

Beijos e até o próximo capítulo...

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