Ariana

NÓS COMEÇAMOS A VISITAR ALGUNS pontos turísticos como o arco de independência e o parque nacional. Eram milhões de flores em poucos quilômetros quadrados!

Eu tentava ao máximo não pensar em Christian, mas parecia impossível. Quando tentamos esquecer algo, parece que simplesmente não dá, que continua insistindo em aparecer em nossa mente. Eu me sentia sufocada. Eu seria egoísta com milhões de pessoas, forçando-as a ser governadas por rebeldes terroristas que só pensam em si mesmos ou seria egoísta comigo mesma, abrindo mão do meu futuro e dos meus sonhos?

Cheirei o perfume das lavandas roxas e me acalmei momentaneamente.

— Deveríamos vir aqui mais vezes. — Emily disse.

Lídia concordou.

— Qual o próximo lugar que vamos? — perguntou.

— Não sei, Lídia. Tem aquela exposição de estátuas esquisitas, a biblioteca nacional e o museu.

— Acho que já está bom por hoje, podemos voltar para o castelo. — Emily falou.

Todas concordaram. Eu também já estava cansada depois de algumas horas andando então pegamos um táxi para voltar. No caminho, um protesto aparentemente pacífico contra os rebeldes engarrafou o caminho e o taxista disse que não poderia nos levar até nosso destino.

— Vocês terão que soltar. Não posso passar daqui e tenho uma nova solicitação de viagem.

Ele era maluco? Nos largaria no meio da multidão? Fala sério! Com raiva, fiz questão de bater à porta daquela lata velha com mais força possível. O motorista disse alguns xingamentos, fez o retorno e foi embora, nos largando lá.

— Eu acho que foi uma péssima escolha vir de salto quinze centímetros. — Emily reclamou.

Os gritos eram altos. Foi difícil ouvi-la. Palavras como "fora rebeldes" e "parem os atentados" eram ouvidas. De repente, um choque arrepiou meu corpo quando ouvi uma explosão. Lágrimas rolavam pelo meu rosto. Um protesto pacífico e isso aconteceria? Mais explosões e gritos de terror. De repente, meu celular tocou. Era Christian.

— Onde você está? Não me diga que é no protesto... — Outra explosão. Ele devia ouvir os barulhos extremamente altos. — Vou te buscar! Por favor, fique bem...

Foi uma confusão até encontrar o carro com a bandeira da coroa. Muitas pessoas o cercavam. Nos entramos. Eu me acabava de chorar. Lídia e Emily me abraçavam, dizendo que estava tudo bem.

— Como você está? — Christian perguntou.

As pessoas colocavam sua vida em risco com chances de acontecer um atentado apenas para não perderem a liberdade que tinham. Eu não podia fazer isso. Eu não podia deixá-los na mão, ser egoísta. Além disso, eu amava Christian. Naquele momento, eu escolhi o que responderia. Eu destruiria os rebeldes, um por um.

— Sim.

— Sim o que?...

— Sim, eu aceito me casar com você.

...
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