19 || A m i g a s
Ariana
"18 DIAS PARA O CASAMENTO REAL..."
E SE ELE ESTIVESSE ME iludindo? Se ele estivesse apenas me enganando como forma de vingança?
Perguntas desse tipo não saiam da minha mente. Talvez fosse loucura da minha cabeça... ou talvez não. Emily e Lidia me bombardearam de perguntas quando contei, envergonhada, que havíamos nos beijado.
— Eu sou melhor amiga da futura rainha! — Emily cantarolou.
— Ei, só porque o beijei não quer dizer que vamos nos casar.
— Mas aumenta consideravelmente suas chances.
— Até você, Lídia? — reclamei.
— Só digo verdades.
Christian conseguiu aparentemente fazer com que a foto de nós dois se beijando ainda não fosse divulgada.
— Vocês fizeram tanto por mim, estiveram do meu lado, me apoiaram. Hoje vamos faltar o evento matrimonial. Que tal irmos ao shopping? — Emily se animou. — Ou a livraria? — Lídia se animou.
As duas concordaram. Coloquei um vestido confortável e bonito e saímos por volta de onze horas do castelo. No carro oferecido pela família real, Emily não parava de tagarelar sobre diversos assuntos, Lídia mexia no celular e eu decidi olhar a paisagem florida de Ephilia.
— Para que shopping vamos? — Lídia perguntou.
— Eu pedi para ser qualquer um. Não é nenhum em específico.
— Gente, o que é isso?...
Estava um pouco engarrafado, mas o carro tinha parado de vez.
— Só um minuto, senhoritas, vou verificar o que está acontecendo.
O motorista saiu do carro e voltou muitos minutos depois.
— Aparentemente, um grupo de pessoas que estão protestando contra o herdeiro estão brigando contra outro grupo que defende uma república. Mas a polícia já resolveu isso e eles vão liberar a rodovia.
Sorri. Meu plano estava fazendo efeito. Havia um grupo de pessoas contra o herdeiro bastardo! Um grupo de pessoas ao meu lado!
— Algum ferido? Espero que tenha sido um protesto pacífico. — falei, preocupada.
— Sim, sete feridos e dois mortos.
O sorriso escapou dos meus lábios e repentinamente me senti fraca e tonta.
— Se quiser a gente volta para o castelo, Ari. Você está pálida... — Emily disse docilmente.
— Não, não vou deixar estragarem o nosso dia. Se você tivesse mil reais e roubassem um real, você deixaria de aproveitar o que ganhou? Não. Por causa de um momento ruim não vou estragar o resto do meu dia.
Como o motorista havia dito, o engarrafamento logo se dissipou e eu pude ver as ambulâncias e tudo mais pelo caminho. Emily e Lídia se esforçaram em fazer eu esquecer tudo. Passeamos, compramos algumas roupas, paramos na livraria e tomamos sorvete. Terminei o dia observando o desenho de nos três juntas que eu havia feito. Nossa amizade era uma das coisas que eu mais valorizava no mundo e, para mim, era inquebrável, mesmo que o mundo todo tentasse nos abalar.
Mas será que a culpa dos ataques ocorrerem de novo... era minha?
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