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Capítulo 3

Scott Duck




Eu estava sentado no banco hospitalar, teclo os números do teclado e envio para o diretor executivo da empresa. Preciso de informações sobre os lugares turísticos da cidade e as modelos, o que não fizeram esse mês.

Sinto que fazia algo errado, adoro viajar e, dessa vez, sinto que algo está diferente.

— Como ela está? — Alguém e ergo os olhos. Uma mulher chega correndo com a bolsa de coro no braço — Mellany Gilbert, por favor! — Ela diz para a enfermeira no balcão.

Talvez seja parente da moça. Lembro-me bem menina dos cabelos claros, quase castanhos, desmaiar nos meus braços, a peguei e trouxe-a para o hospital.

Talvez essa moça que está desesperada seja alguma coisa dela.

Estou cansado desse banco de espera, então me levanto, ajusto a minha camiseta e ando até a moça de costas. Conversa algo na recepção.

— Oi? — A chamo tocando no seu ombro coberto por uma camiseta branca, solta. Ela logo se vira e me encara.

Tem cabelos castanhos escuros e, os olhos da menina que salvei.

— Sim? — Ela pergunta assustada.

Seus cílios são grandes. Seus lábios coberto com um batom vermelho e suas roupas de grifes. Eu já havia a visto em algum lugar.

— Eu que salvei a... — Espero ela dizer o nome.

— Mellany? — Ela franze a testa me encarando de cima abaixo.

— Isso. — Digo sorrindo.

Mellany. Nome bonito.

— Obrigada! — Me abraça.

Cheira um perfume forte,  masculino. Algo que aprendi a lidar com as mulheres eram as formas fáceis de compreendê-las através de um simples toque, olhar ou aproximação.

Essa moça, ao tocá-la, percebi que já era de alguém. O seu perfume, meramente misturado com de outra pessoa, não está apenas na sua roupa (ocasionado por um simples abraço), está por toda a sua pele. Alguém havia tocado nela por diversas formas e lugares, o meu sorriso mostra entendimento e nenhuma aproximação a mais.

Eu sou um idiota, mas não sou um imbecil.

— Meu nome é Jessica! — Ela fala, tirando o sorriso do rosto.

— Scott! — Digo estendendo a mão para ela, que aperta a mesma. — Quer vê-la? Ela já está bem
— Digo indo em direção ao quarto onde estava a tal de Mellany.

— Ei? — Ela me para segurando o meu braço e a encaro. — Bem, hoje vai ter uma festa em casa e é meu aniversário.

— Começou ótimo. — Eu fico entusiasmado e ela me encara séria. — Me desculpe.

—Tudo bem. — Deu de ombros — Como salvou a minha irmã, seria uma maneira de recompensa. Quero que vá. — Ela diz por fim.

— Não quero incomodar, mas obrigado.

— Quero te agradecer pelo que fez pela minha irmã. Vá, por favor!

Ela é irmã de Mellany, por isso os olhos tão parecidos.

— Okay, me passa o endereço! — Digo e pego o meu celular de volta do bolso.

Estava ainda aberto na conversa do executivo. "Arrume modelos. Pessoas comuns. Fotos aleatórias. Quero novidades. Não me decepcione." Eu li e bufei frustrado, não seria a primeira vez que ele me joga um serviço de longa distância.

Talvez eu precise realmente de um bom lugar para aprender a gostar de trabalhar sozinho, longe da empresa e cumprir ordens esfarrapadas de um homem tão fútil.

— Algum problema?

Ergo os olhos, me esqueci da mulher.

— Não. Não. — Entreguei o meu celular pra ela enquanto sou fitado por desconfiança. A mesma o pega e escreve algo em notas e me entrega o celular, rindo. — É na frente de onde estou dormimdo. — Digo rindo após ler o endereço.

Ela parece estar entusiasmada.

— Você é o vizinho novo, então? — Pergunta alto para mim.

— Acho que sim. — Digo olhando o relógio. — Preciso ir.

Eu tenho um encontro há vinte minutos.

— Tudo bem. Já fez muito hoje.

— Te vejo na festa! — Me viro indo até a saída.

— OBRIGADA DE NOVO! — Ouço-a gritar.

Já era mais de cinco da tarde. A festa era as sete. Vou levar a minha maquina fotográfica para tirar algumas fotos e desenhá-las depois, num gráfico pelo notebook.

"Fotos novas".

comecei com sorte..

Até o próximo capítulo...

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