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• • 9: crise • •


Eu nunca esperei pelo príncipe encantado, Liam.

Não entendia por que desperdiçavam tempo procurando o par perfeito quando a graça nas pessoas eram suas imperfeições. Por pensar assim, eu não alimentava expectativas. Mantinha os pés firmes no chão.

Jason era um poço de erros e encrenca, mas quem era eu para julgar? Eu também não era a garota exemplar, e era legal passar um tempo na companhia dele. Nosso ponto de vista era o mesmo sobre relacionamentos, então não havia razão para eu parar de estar com ele.

Jason era um cafajeste, você estava certo. Eu sabia que não era a única a ir para a cama com ele. Eu era apenas mais uma, assim como ele era apenas mais um para mim.

Porém, eu era a única com quem ele ousava repetir a dose.

Comigo não havia risco de desenvolver sentimentos reais e responsabilidade emocional. Isso era um alívio para Jason. Eu não estava empenhada em conquistá-lo e impor algum compromisso mais sério. Nem ele, o que também me confortava.

Nosso jogo era aberto. Um nunca tentou enganar o outro. Nada de promessas de amor ilusórias e presentinhos bregas. O que nos unia era sexo, nada além disso.

Mas por alguma razão, esse arranjo não estava mais bastando para mim.

Meu erro foi ter comentado isso com ele.

— Estou pensando em dar um tempo do que temos — eu soltei sem pensar, enquanto descansava na cama ao lado dele.

— Me fala logo quem é esse homem que tem te deixado com a cabeça fora do lugar.

— Já disse. Nenhum — reagi, assumindo uma postura defensiva.

Como se adivinhasse que eu mentia, Jason me encarou com raiva.

— Não tente me fazer de tolo. Está na cara que tem algo rolando entre você e alguém.

— Quem?

— Eu ainda não sei, mas vou descobrir. Deve ser alguém que conheço, já que você não quer revelar o nome. Tem medo de que eu faça alguma coisa com ele, Devlin?

— Até parece que você faria algo, Jason — duvidei.

Eu não deveria ter duvidado.

— Isso está começando a me tirar do sério — ele disse, saindo da cama e vestindo a cueca. — Gosto do que temos porque é fácil, porque não tem complicação. Mas você parece determinada a dificultar as coisas, porra.

Perturbada com a acusação, também me levantei do colchão e comecei a me vestir.

— Você está ficando louco. Está vendo coisa onde não tem.

— Eu fingi que nada acontecia, porque gosto muito de transar com você e é cômodo para mim não te perder. — Ele colocou as calças e abotoou a braguilha. — Achei que, com o passar dos dias, você se daria conta do terrível engano que está cometendo. Que logo voltaria a ser a Devlin que eu conheço e largaria de mão essa estupidez.

Para minha frustração, eu via verdade no que Jason falava. Eu não era mais a mesma. Não tinha como ser a mesma, Liam, depois de ter te conhecido.

— Pode negar, Devlin. Pode negar quantas vezes quiser, para todos e para si mesma, mas no fundo você sabe o que aconteceu. — Ele passou a camisa pela cabeça e disse aquelas quatro palavras que quase fizeram meu coração parar: — Você está se apaixonando.

Eu o encarei já vestida, porém emudecida.

— Reconheço quando uma mulher está ficando idiota e boba de paixão. Eu sou homem, sei o que vejo.

— Você não sabe de nada — eu disse entredentes. — E foi apenas um pensamento — acrescentei, mais calma. — Não tomei decisão nenhuma.

— Você ainda quer me ver, Devlin? — ele perguntou, sério.

— Eu não estaria aqui se não quisesse — respondi, evasiva. — Vou indo nessa.

Saí do apartamento dele sentindo como se estivesse à beira de uma crise.

Eu fiquei mal. Fiquei mal para caramba.

Porque eu sabia que estava assim por sua causa. Era sempre você que me presenteava com tantas incertezas, com tantas dúvidas estúpidas que não deveriam existir. O caos se instalando em mim era culpa sua.

Eu te odiei infinitamente naquele instante. Queria te arrancar da minha cabeça. Queria te destruir e te punir por estar fazendo o maior estrago comigo.

No caminho para casa, parei em uma loja para comprar bebida. O álcool tinha o incrível poder de me relaxar. Ele nunca decepcionava. Ele me fazia esquecer os problemas de um jeito ridiculamente fácil.

Eu não era uma alcoólatra, Liam.

Mas era uma autossabotadora. Eu era campeã em me autossabotar.

Era tarde da noite quando cheguei em casa. Fui até o quarto de Madison para checá-la e ver se estava tudo bem. Ela estava dormindo tranquilamente, exatamente como eu a tinha deixado.

Então andei até a sala e desabei no sofá. Mergulhei no álcool esperando que aquilo te tirasse da minha mente.

A cada virada de garrafa, eu te expurgava dos meus pensamentos e rasgava cada memória em que você aparecia. Eu precisava daquela dor, porque eu precisava lembrar a mim mesma o final feliz que nunca teria.

Eu tinha que me colocar no meu lugar.

Você sabe por quê? Consegue adivinhar?

Porque você me fez acreditar na porra do príncipe encantado.

E eu odiava o fato de, lá no fundo, querer que você fosse o meu. Mas todos nós estamos cansados de saber que o príncipe encantado não fica com a bruxa malvada da história.

Ele simplesmente não fica, Liam.

Bebi até o dia amanhecer. Antes de desmaiar de tanta bebida e sono, um papel cintilante atraiu meu olhar turvo e cansado. Era o presente que eu havia comprado para Ryan, seu irmão.

Um lembrete apitou ao longe, algum compromisso importante hoje. Mas eu estava tão drenada física e mentalmente que minhas pálpebras fecharam.

Eu apaguei.

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