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• • 14: concorrência • •

A gente sempre pensa que não tem como piorar.

Mas tem. Como tem.

O time pelo qual vocês torciam perdeu. A diferença no placar foi mínima, mas a derrota rendeu conversa entre os torcedores.

Kyle, é lógico, não perdeu a chance de me infernizar durante a partida. Assim que descobriu que eu e você estávamos saindo juntos, senti que ele riu por dentro. Ele via o casal improvável que a gente formava, Liam.

Ele sabia que rapazes como você não costumavam fazer o meu tipo, e é claro que ele tinha que me provocar a respeito disso.

Enquanto descíamos da arquibancada, conhecidos seus passaram por nós, te cumprimentando, falando com você, com o amigo da vizinhança. Isso te deteve e fez com que passássemos pelo portão primeiro, para te esperar lá fora.

Depois de uns dez minutos, você se juntou a nós.

— Caramba, foi quase! — David lamentou a derrota no jogo. — Mais um pouco e teríamos levado essa.

Você concordou com a cabeça.

— Eles estavam indo tão bem que pensei que fossem ganhar.

— É, parece que algumas coisas são mesmo inevitáveis — Kyle disse me olhando, com um sorriso provocador no rosto.

Lancei um olhar de ódio ao seu amigo.

Você nos observou, atento, e abriu a boca para falar ou perguntar algo. Mas bem nesse minuto, alguém chegou por trás de você e tampou seus olhos com as mãos. Mãos femininas, não deixei de notar.

— Stella — você falou e as mãos foram retiradas do seu rosto.

A garota saiu de trás de você. Ela tinha o cabelo pintado de ruivo e sorria de orelha a orelha.

— Acertou.

— Você por aqui? — Você sorria, embora não parecesse nada contente em vê-la.

— Coincidência, não? — Os braços dela enrolaram no seu com agilidade. — Viu que decepção foi o placar? Nós perdemos! — Ela passeou os olhos pelos seus amigos antes de pará-los em mim e na minha irmã. — Ora, veja só, você trouxe amigas?

— Devlin e Madison. — Você apontou para nós, respectivamente. — São irmãs.

— Que gracinha.

Confesso, tive um pouco de pena de você nos minutos seguintes. Você tentava tirar o braço das garras dela e Stella se enroscava ainda mais feito uma cobra.

— Quem é ela? — eu cochichei para mim mesma, observando vocês dois.

— Stella Walker — Kyle se adiantou ao meu lado, me assustando. — Em outras palavras, é a sua concorrente.

— Concorrente?

— Se você quiser o coração do nosso garoto Liam, vai ter de enfrentar a incansável Stella.

— Eu não quero o coração de ninguém — falei para ele, aproveitando que David e Aaron estavam ocupados debatendo sobre o resultado do jogo.

Um dos cantos da boca de Kyle se curvou com insolência.

— Já que é assim... Ei, Stella! — ele chamou e ela olhou-o a contragosto. — Estamos indo para uma pizzaria. Por que você não vem com a gente? O Liam também vai.

Foi só mencionar seu nome que a garota ficou radiante. Os olhos dela brilharam feito diamantes.

— Não vão se importar se eu for? — ela perguntou, toda esperançosa.

— Claro que não! — Kyle respondeu, cínico. — Vamos logo, galera, que eu estou com fome. — E saiu, deixando a bomba nas suas mãos.

— Kyle vai me pagar — você grunhiu, quando estávamos dentro do seu carro, a caminho da pizzaria. Com aquele olhar homicida, você nem parecia o Liam calmo e educado de sempre.

— Qual é o seu lance com Stella? — perguntei.

— Não tem um lance. Não temos nada.

Escutei sua resposta tentando me resolver por dentro. Não vou mentir, Liam, eu senti uma pontada de ciúme quando vi aquela garota grudar em você feito cola instantânea.

Mas àquela altura, eu ainda me recusava a assumir abertamente meu interesse por você. Além do mais, nós estávamos apenas saindo e nos divertindo com seus amigos. Aquilo nem era um encontro de verdade.

— E você? Qual é o seu lance com Kyle? — você soltou inesperadamente, manobrando o veículo.

Olhei de relance para trás, para Madison, e retruquei:

— Depois a gente conversa sobre isso.

A ironia é que parecíamos um casal evitando discutir a relação na frente das pessoas. Mas estava impossível. Da minha parte, pelo menos.

— Aproveitando a conversa estimulante, o que você tem contra Jason?

— Tudo — você respondeu de imediato, os olhos focados no trânsito.

— Você e Jason se odeiam? — Madison parecia interessadíssima no assunto.

— O cara tem sido um babaca comigo desde que entrei na faculdade. Acho que fui um dos poucos que o enfrentou. Eu não ia mais tolerar as bobagens dele. Sempre procurei responder à altura. E bem, isso deu o que falar. Ele, é claro, não gostou. Quando se está acostumado a reinar, você não aceita muito bem quando seu trono é ameaçado.

— Eu não gosto dele também — minha irmã opinou.

Você mirou-a através do espelho retrovisor e lhe lançou um grande sorriso.

— Eu mal te conheço, mas estou tão orgulhoso de você. Queria poder dizer o mesmo da sua irmã.

Madison prendeu o riso.

— Pelo amor de Deus, vocês não sabem nem disfarçar! — reclamei, girando os olhos. — Admito que Jason não foi uma boa escolha, mas nós paramos de nos ver, está bem? Agora me deixem em paz.

Ao parar o carro no semáforo, você me encarou com surpresa.

— Você e Jason não estão mais se vendo?

— Eu e ele nos desentendemos na segunda à noite e desde então estamos sem nos falar — expliquei brevemente.

Você então se recolheu para o mundo de Liam, aquele mundo onde você me dizia um monte de coisas com os seus olhares intensos em vez da voz.

Quando voltou a olhar para frente, seus lábios torceram em um sorriso discreto de agrado, de exultação. Seus traços faciais relaxaram, te fazendo parecer mais jovem ainda.

Eu podia ver a vitória estampada em seus olhos. Sua celebração interna. Você foi o único cara que conheci que fica lindo quando se vangloria.

Olhei através da janela do carro e, segundos depois, eu também estava sorrindo.

* * * * *

Lembra quando eu disse sobre garotas se aproximarem de você com as intenções mais erradas do mundo?

Quando chegamos à pizzaria, tive um vislumbre do que você às vezes tinha que aguentar. Fui direto para o banheiro e, ao retornar para a mesa, Stella já tinha fincado raízes a seu lado, não me dando escolha a não ser sentar entre Madison e Kyle.

Fingi que não me irritei. Era apenas um lugar, pensei. Tanto fazia se eu ia sentar perto de você ou não.

— Eu avisei que ela era incansável — Kyle murmurou, após termos pedido as pizzas.

— Por que a convidou?

— Pensei que não se importava — replicou ele com fingida inocência.

Seu amigo Kyle era... Como posso descrevê-lo sem ferir seus sentimentos?

O Kyle era um cretino filho da puta e sonso. Francamente, nem sei por que você andava com ele.

Mas eu também nunca vou entender por que você ficou comigo. Enfim.

— E não me importo — resmunguei.

Em resposta, Kyle caiu na risada, chamando a atenção do grupo todo.

Eu quis matá-lo.

— Qual é a graça? — David perguntou da ponta da mesa.

— Ah, é só que a Devlin acabou de me contar uma piada muito engraçada. — Ele tocou meu ombro e seus olhos acompanharam o movimento, emitindo vários alertas a seu amigo. — Por que não conta a história para eles, Devlin?

Todos olharam para mim, esperando.

Se eu tivesse fósforo comigo, teria tocado fogo em Kyle.

— Nem é tão engraçada assim — murmurei e o garçom chegou com as pizzas.

Graças a Deus.

Para mim, não para você. Porque dali em diante, passei a entender o que você falou, na roda-gigante, sobre as pessoas te tratarem de maneira diferente.

Stella era terrivelmente prestativa com você. Se era por pena ou não, a garota não te deixava fazer absolutamente nada. Ela te servia, arrumava seus talheres, enchia seu copo e tiveram momentos que ela até tentou te alimentar. Como se você fosse o bebê e ela, a mãe.

— Por favor, pare com isso — você disse pela enésima vez quando ela levantou o garfo para te dar comida na boca. — Eu não sou um inválido.

Stella fez biquinho.

— Eu adoro cuidar de você.

— Mas não quero que faça isso. — Seu tom havia se elevado num sinal de impaciência. Não a impaciência do tipo rude, grosseiro, mas aquela suficiente apenas para enviar a mensagem.

Stella se aquietou. Por um tempo.

Madison colocou a mão na minha perna. Trocamos olhares.

— Ela é muito chata — minha irmã falou baixinho.

Lutei contra um sorriso e perdi feio.

— Eu sei — cochichei de volta. — Vai, come sua pizza.

Como ela, continuei a comer o que restava em meu prato. Em determinado momento, você pagou a conta e todos nós ficamos batendo papo.

Em algum instante, nossos olhares se encontraram e ficaram presos por vários segundos. Você estava apenas do outro lado da mesa, mas eu sentia uma falta absurda da sua companhia, da sua proximidade, do seu calor.

— Que tragédia. Separados por uma mesa — Kyle falou para mim em tom jocoso.

— Cala a boca.

— Vai cozinhar para ele? Vai assar biscoitos para ele, Devlin?

— E se eu quiser, o que é que tem?

Ele titubeou. Primeiro Kyle me olhou com uma cara esquisita, antes de um sorriso ardiloso crescer lentamente em sua boca.

— Caramba, você está mesmo a fim dele. — O ar incrédulo em seu rosto me deixou desconfortável. — Está querendo ser presa, é? Está a fim de passar umas noites na cadeia?

Franzi o cenho.

— Como assim?

— O Liam só tem dezoito anos. Ele é o mais novo do grupo.

Contive a risada. Era absurdo pensar que você fosse tão novo. Mais novo que eu, inclusive.

— Kyle, suas mentiras já estão ficando ridículas.

— Se não acredita em mim, por que não pergunta para ele?

Eu te encarei por reflexo. Você estava no meio de uma conversa com Aaron. Stella prestava atenção total em você, escutando, com expressão sonhadora, cada palavra do que dizia.

Desde que te conheci, tive a impressão de que você tinha vinte e um ou vinte e dois anos, no máximo vinte e três. A altura, o corpo, o modo de falar, as atitudes... Mas nunca perguntei. Nunca falamos nossas idades.

E o problema é que Kyle queria tanto que eu te interrogasse sobre isso que fiquei realmente temerosa com a resposta que você me daria.

— Liam?

Você parou de falar e tirou os olhos de Aaron para focá-los em mim.

— Quantos anos você tem? — perguntei.

Um silêncio severo desceu sobre a mesa.

Vi que você deu uma travada e ficou desnorteado por alguns segundos. E antes mesmo que você abrisse a boca, eu já sabia a resposta.

— Idade suficiente — você disse finalmente, dirigindo um olhar chateado para Kyle. Provavelmente supôs que ele tinha algo a ver com isso.

— Para quê? Para beber?

A sua voz ficou baixa quando me respondeu:

— Não. Isso ainda não.

Eu tomei um susto. Um belo susto. O choque correu pelo meu corpo, disparando cada nervo.

Eu beijei um rapaz de dezoito anos. Um cara que praticamente tinha acabado de sair da adolescência.

Estava atraída por ele, até cogitei ir para a cama com ele.

Meu Deus, o que eu estava fazendo?

Quando me dei conta, eu já levantava da cadeira dizendo:

— Eu preciso... eu vou... bem ali tomar um ar fresco.

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