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👑 BÔNUS ² Parte ¹👑

✝ Hi, Ovelhas... Quaantoo tempo ✝

Bem Vindos a nossa aula de hoje

⚜⚜⚜

haha Muitos não acreditavam que esse bônus 2 sairia e confesso, que nem mesmo eu!

Sabe, anos se passaram e muita coisa na minha vida mudou... de certo modo, mesmo que ainda seja apaixonada por escrever, no entanto, acabei por perder um pouco da conexão com as minhas histórias. Tive que ler todas do começo e me reconectar com elas, principalmente esta (que ainda tinha o bônus), quanto PARALELISMO (que estou a escrever). 

Me mudar de país, foi outro fator que determinou que eu demorasse muito tempo. Já moro fora há quase 3 anos e, não é facil se adaptar; lidar com a vida adulta; trabalhar e ainda pensar em meios de sempre evoluir. 

Espero que entendam e me apoiem nas minhas outras histórias, pois não desistirei delas. (Ainda sonho em publicar um livro fisico haha)


⚜⚜⚜

Talvez muitos não se lembrem, mas este bônus é referente aos 5 anos pós casamento... então descreve a vida do Yoongi e do Tae na França. Se ainda não se lembram.. volte alguns caps

No Mais, COMENTEM E CURTAM 

⚜ Boa Leitura ⚜


E, enfim, casados.

Um turbilhão de euforia e medo me envolvia, tornando impossível distinguir um sentimento do outro. Sim, eu estava com medo! Era inevitável. Estava prestes a enfrentar um país novo, uma vida que jamais havia imaginado para mim.

Mas, por outro lado... Eu tinha Taehyung comigo.

A simples ideia de acordar todos os dias com ele, me trazia uma euforia e uma ansiedade incontroláveis. Seria, sem dúvida, uma das melhores experiências da minha vida.

E quem diria que Min Yoongi seria capaz de sentir tantas emoções ao mesmo tempo? Mesmo que Namjoon tivesse me avisado sobre isso, eu jamais teria acreditado.

Mas aqui estou.

Com a mão entrelaçada à do meu esposo, seguindo em direção ao meu jato particular, após nos despedirmos de nossas famílias. Estávamos a caminho da nossa nova vida na França.

— Sua mão está suando, Yoon. — Tae comentou, assim que pisamos no primeiro degrau da escada do avião. — Está tudo bem?

— Estou bem, anjo, só um pouco nervoso. — sorri de leve, vendo-o retribuir. Mesmo que ele tentasse disfarçar, eu sabia que estava tão nervoso quanto eu.

— Vai dar tudo certo, amor.

— Eu sei que vai.

É irônico pensar que, a partir de hoje, minha vida tomaria um rumo tão inesperado.

Min Yoongi sempre lutou para estar no topo. O poder era, para mim, o verdadeiro elixir da vida. Mas isso mudou quando conheci Taehyung. Seu sorriso contagiante e seu jeito ousado me conquistaram completamente. Não havia mais nada que eu pudesse fazer. Como uma ovelha seguindo para o pasto, fui cedendo pouco a pouco. E agora, aqui estou, dando passos para dentro de uma aeronave, de mãos dadas com aquele que, de certa forma, desafiou todos os meus planos. O "descarrilhamento" da minha vida tinha nome e um sobrenome ainda mais bonito agora: Min Taehyung.

— Tem certeza de que está tudo bem, amor? — os olhos de Tae repousaram sobre mim e eu pude perceber, que minha primeira resposta não o havia convencido.

— Para ser honesto, estou ansioso... Tae, minha vida sempre foi cuidadosamente planejada, e hoje estou aqui...

— Abrindo mão de tudo por minha causa... — ele respondeu, visivelmente tenso.

— Não fale assim... não é isso. — tentei amenizar, buscando rapidamente uma forma de acalmar a situação. — Hoje estou aqui, mudando de rumo, o que me deixa ansioso e empolgado ao mesmo tempo. Quero descobrir o que o futuro nos reserva, Tae.

Mesmo tentando não ser tão óbvio, vi quando ele suspirou, visivelmente mais tranquilo.

— Pensei que você tivesse se arrependido.

Como ele podia ser tão ingênuo às vezes?

— De jeito nenhum. — sorri e depositei um beijo carinhoso em sua testa. — Isso é simplesmente impossível.

Depois dessa troca rápida de promessas, ouvimos o comandante passando as instruções de segurança, e começamos a nos preparar para a decolagem.

Dez minutos.

Esse era o tempo que restava para que a página da minha vida virasse completamente.


 👑👑


O céu não estava exatamente convidativo, mas optei por não interpretar o fenômeno como um mau presságio. Ainda assim, memórias da minha última viagem a Londres me fizeram acreditar que talvez fosse um sinal dos céus, um aviso Dele. Eu já sabia que não seria fácil, isso estava claro desde o início, mas agora outro sentimento começava a se manifestar: o medo.

Após a decolagem, nos despedimos do piloto, que durante anos me acompanhou fielmente em quase todas as minhas viagens exaustivas à França. Agora, porém, eu estava aqui para ficar, de vez.

A ansiedade começou a me dominar. Embora tentasse disfarçar, Tae notou de imediato.

— O que foi, amor? — ele perguntou, percebendo minha distração.

— Nada demais, só estou um pouco cansado. — respondi, na tentativa de evitar o assunto.

Por sorte, ele aceitou a explicação.

— Eu também estou! — ele respondeu.

Entramos rapidamente no táxi e, por um instante, me permiti imaginar como seria nossa nova vida, sem obstáculos à nossa frente.

Ou, pelo menos, era o que eu acreditava.


👑👑


Os primeiros três meses foram, como posso dizer, uma chama acesa. Tudo parecia em perfeita harmonia. Nas primeiras semanas, organizamos nosso apartamento, que, por sinal, era bem diferente daquele mausoléu gigante onde eu costumava viver — e, claro, bem menor que a casa do Tae também. Mas isso fazia parte do acordo que havíamos feito antes de nos mudarmos: viver com o essencial. Sem exageros, mas longe de parecer algo miserável. Aliás, a boutique do Tae ia muito bem, e eu, em breve, seria professor universitário. Acredito que não teríamos grandes problemas. Claro, eu tinha bastante dinheiro no banco, mas estava fora de questão recorrermos a ele.

Nosso T2, como chamavam aqui, era um apartamento aconchegante com dois quartos — uma suíte e outro que transformamos em escritório. A vista de Paris sempre me tirava o fôlego. Era encantador olhar pela janela e ver a Torre Eiffel brilhando em seu esplendor, enquanto eu segurava um cigarro em uma mão e um copo de whisky na outra. Nesses momentos, o estresse parecia inexistente.

Ou talvez não.

— Yoongi, você ainda está aí? — Taehyung, impaciente, veio interromper minha contemplação. — Vai pro banho ou vamos perder o voo.

Depois de tantos anos tendo tudo do meu jeito, eu já havia me desacostumado com a ideia de seguir o fluxo e me adequar às regras de uma vida comum. Antes, o avião estaria esperando por mim; agora, sou eu quem precisa me ajustar ao horário. Já estava começando a odiar isso.

— Tá, tô indo. — disse, enquanto ele já me puxava, percebendo que eu não havia me mexido desde a sua última fala.

— Anda logo, Yoongi.

— Calma, estou indo.

— Eu tô calmo, Min Yoongi.

Ele não estava, mas eu preferi não discutir. Estávamos prestes a viajar em nossa lua de mel, e eu sabia o quanto Tae havia se empenhado para que tudo fosse perfeito. Seriam quase dois meses explorando a Europa, então era natural que ele estivesse um pouco nervoso.

No caminho para o aeroporto, ele revisava os detalhes da viagem enquanto eu observava o trânsito noturno.

— Vamos chegar tarde, mas o transfer já estará nos esperando. — disse, mais para si mesmo do que para mim. — Você me ouviu?

— Como não ouvir? Tae, fica tranquilo... tudo o que você podia fazer já está feito. Você organizou tudo muito bem. Confia em si. — Minhas palavras eram calmas, embora por dentro eu estivesse à beira de perder a paciência caso ele continuasse com essa ansiedade.

Finalmente, ele suspirou e acenou com a cabeça, largando o tablet de lado.

— Você tem razão, planejar dois meses de viagem sugou toda a minha energia. — disse, com um leve sorriso.

Era nossa lua de mel, e embora fosse difícil lidar com ele às vezes, eu entendia sua ansiedade nas últimas semanas. Assim que chegamos a Paris, organizamos nosso apartamento e logo em seguida começamos a planejar a viagem mais louca de nossas vidas. Com dois meses antes do início do ano letivo em setembro, concordamos que seria justo aproveitar esse tempo viajando e explorando o que a vida tinha de melhor a nos oferecer. E aqui estamos nós... num avião comercial, a caminho de Amsterdã.


👑👑


Estávamos em Amsterdã havia alguns dias, aproveitando tudo o que a cidade tinha a oferecer. Depois de um jantar num restaurante acolhedor à beira dos canais, Tae e eu decidimos que a noite ainda era jovem demais para acabarmos ali. Havia um brilho travesso nos olhos dele, o mesmo que eu conhecia bem. Ele queria se aventurar, e eu não estava exatamente no clima de recusar.

O país era lindo, mas nada se comparava à felicidade estampada no rosto do meu esposo. As ruas estreitas, adornadas por flores, pareciam saídas de um romance épico, cenário perfeito para qualquer casal. Seguimos à risca o cronograma maluco do Tae naquele dia e, finalmente, nos permitimos um descanso.

— Que tal... uma parada num coffee shop? — Tae sugeriu, com um sorriso maroto no rosto.

Eu ri, já imaginando onde aquilo ia dar. Fazia tempo que não nos soltávamos assim. Paris tinha suas preocupações, nossa rotina era sufocante, mas ali... ali éramos só dois caras em uma cidade onde tudo parecia possível. Entramos num dos muitos coffee shops espalhados pela cidade, aquele com uma vibe descontraída, luzes baixas e o cheiro inconfundível de maconha no ar. E foi aí me me surpreendi com o seu pedido ao garçom.

— Maconha? — franzi a testa, claramente surpreso.

— Yoon, quem vem a Amsterdã e não tem curiosidade de experimentar a maconha local? — ele respondeu, agora com a testa franzida.

Sim, eu sei... sou um tremendo hipócrita. Já fumei maconha várias vezes com Hoseok, no escritório da igreja, e aqui estou, fingindo um puritanismo que nem combina comigo.

— Só fiquei surpreso, só isso. — finalmente respondi.

Ele riu.

Pedimos um baseado com o que eles chamavam de "a melhor flor local". Tae estava especialmente animado, os olhos brilhando como se estivesse prestes a se soltar completamente. Ele sabia o que estava fazendo, e o sorriso em seus lábios me deixava ainda mais curioso sobre como aquela noite terminaria.

— Vai querer? — perguntou, estendendo o pacote com a bendita flor.

— Passa isso pra cá... — puxei o pacote de sua mão. — Quando tu nasceu, eu e o Namjoon já estávamos dichavando isso há tempos.

— Ok, mestre maconheiro, fique à vontade.

E ali estava o Tae que eu conhecia, leve e confiante, como sempre foi.

Depois de algumas tragadas, o efeito começou a bater. Eu estava relaxado, minha mente flutuando em um estado de pura euforia, enquanto Tae ria descontroladamente ao meu lado. Seus dedos deslizaram até a minha mão, entrelaçando os nossos dedos enquanto ele me olhava com aquele sorriso satisfeito.

— Sabe... — Tae começou, com a voz arrastada pelo efeito da maconha. — Acho que nunca estivemos tão... livres assim.

Eu ri, porque ele estava certo. Não havia cobranças, não havia brigas. Só nós dois, completamente entregues à cidade, à sensação de paz que a erva nos trazia.

— Você tem razão, Tae. Acho que a gente merecia essa folga. — respondi, sentindo meu corpo ainda mais leve.

Depois de mais um tempo no coffee shop, resolvemos que a noite não acabaria ali. Caminhamos pelas ruas estreitas de Amsterdã, admirando as luzes refletidas nos canais. Estávamos um pouco altos, rindo de qualquer coisa, enquanto Tae se apoiava em mim, mais para não cair do que por necessidade de proximidade. Mas eu gostava do jeito que ele se pendurava em mim, seu toque sempre caloroso.

Então, quando menos esperávamos, demos de cara com o Red Light District. As vitrines iluminadas, as pessoas indo e vindo, o ar carregado de um tipo de energia que era ao mesmo tempo proibida e tentadora.

— Vamos dar uma volta por aqui? — Tae sugeriu, com um sorriso provocador.

— Por que não? — respondi, sentindo o calor do álcool e da maconha subindo pela minha pele. Estávamos tão à vontade que qualquer coisa parecia divertida.

Andamos pelas ruas estreitas, observando as vitrines com curiosidade, enquanto casais e turistas passavam por nós. Tudo era um misto de surreal e excitante. A noite estava no auge, e Amsterdã parecia nos convidar a sermos parte dessa loucura.

Quando finalmente decidimos voltar ao hotel, já estávamos em um estado de euforia que nem mesmo as luzes brilhantes da cidade poderiam conter. Tae puxou minha mão, acelerando o passo até chegarmos ao quarto. E foi ali, no momento em que a porta se fechou atrás de nós, que a verdadeira intensidade da noite começou.

Os olhos de Tae estavam fixos nos meus, cheios de desejo e excitação. Ele me empurrou contra a parede, sem hesitar, e nossas bocas se encontraram em um beijo intenso, quase urgente. O gosto da maconha e do álcool ainda estava em nossos lábios, mas tudo o que importava naquele instante era o calor de nossos corpos.

— Eu te quero, Yoon... agora. — ele sussurrou, a voz rouca, enquanto seus dedos deslizavam pela minha camisa, desabotoando-a rapidamente.

Senti o calor tomar conta de mim, a mistura de desejo e excitação aumentando a cada toque. Tae tinha uma maneira única de me enlouquecer. Sua pele contra a minha, o cheiro familiar, o som de sua respiração acelerada. Tudo isso me deixava em um estado quase primitivo.

Empurrei-o na cama, e em segundos, estávamos completamente entregues um ao outro. O tempo parecia se dissolver enquanto nossos corpos se moviam juntos, cada toque, cada suspiro, cada gemido se fundindo com a atmosfera carregada da noite em Amsterdã.

Tudo era intenso. As luzes da cidade brilhavam através das janelas do quarto, lançando sombras sobre nossas peles. Cada movimento era uma declaração de desejo, de saudade, de tudo o que tínhamos passado para chegar até ali. Tae gemia baixo, o som reverberando no quarto, enquanto eu explorava cada centímetro de sua pele.

Quando finalmente nos deixamos cair exaustos na cama, os corpos ainda entrelaçados, o quarto mergulhou num silêncio tranquilo. Nossas respirações ofegantes eram o único som que restava.

— Isso foi... — Tae murmurou, ainda ofegante, enquanto passava os dedos pelo meu peito.

— Incrível. — completei, com um sorriso satisfeito.

Ele riu baixinho, aproximando-se mais de mim, a cabeça repousando sobre meu peito.

— Eu te amo, Yoon... — sussurrou, quase como uma confissão.

— Também te amo, Tae. — respondi, sentindo o calor do seu corpo me envolver.

E assim, em meio à loucura daquela noite em Amsterdã, algo ainda mais profundo se solidificou entre nós. Não era apenas o efeito da maconha ou o brilho das luzes vermelhas refletidas em nossos corpos; era o amor que sempre esteve ali, silencioso, mas imensamente forte.


👑👑


Eu poderia contar em detalhes tudo o que vivemos nesses dois meses de viagem, como conhecemos lugares maravilhosos e surreais, mas a verdade é que, quando a realidade retorna, ela o faz mais rápido do que podemos imaginar.

Era estranho pensar que eu seria professor de filosofia em uma faculdade. Quando me formei, tinha um objetivo muito claro e sim, alcancei esse objetivo. No entanto, nunca imaginei que usaria esse diploma para ensinar estudantes estrangeiros. Mas aqui estou, caminhando pelos corredores da faculdade, sentindo-me como se tivesse voltado aos meus próprios dias de aluno.

Tentei não surtar, embora minhas mãos estivessem suando sobre a pasta. Procurei a sala com afinco e, para minha surpresa, ela já estava cheia. Sabia a quantidade de alunos que teria naquele semestre, mas duvidei que apareceriam logo no primeiro dia para, claramente, me intimidar.

Eu não fui no meu primeiro dia de aula... Por que esses fedelhos viriam?

Mas lá estavam eles, todos me encarando, ansiosos.

Merda.

Eu precisava do Namjoon.

— Bom dia, turma de Filosofia I. Sou Min Yoongi e estarei com vocês até o fim deste semestre.

Isso é... se eu não fugir antes.

👑👑


E eu não fugi. Na verdade, já estava no meio do meu segundo semestre como professor e, ironicamente, começava a sentir que nasci para isso.

— Alguém sabe me dizer qual filósofo disse a frase: "É melhor ser temido do que amado?"

Várias mãos se levantaram, e escolhi uma delas.

— Simon? — perguntei, e ele assentiu.

— Nicolau Maquiavel, professor Min.

Sorri, concordando, e essa foi a deixa perfeita para introduzir o tema. Sempre amei falar sobre Maquiavel, e aqui, eu podia divagar à vontade, sabendo que as pessoas diante de mim compartilhavam esse interesse.

— Maquiavel foi filósofo, historiador, poeta, diplomata, músico e, segundo algumas fontes, o tipo de pessoa perfeita para se sentar num bar e tomar uma cerveja. — Sorri enquanto a sala explodia em risos. — Quem não gostaria? Eu adoraria escutá-lo, mesmo que só de longe. — Alguns alunos acenaram com a cabeça, concordando. — Mas, falando sério agora. Maquiavel tinha uma visão política muito à frente do seu tempo. Para ele, a estabilidade de um governo estava diretamente ligada ao poder. Ou seja, o Estado se sustentava pela incapacidade das pessoas comuns de exercerem o poder. Resumindo: o poder é soberano, até mesmo sobre a moralidade.

Era fascinante ver os rostos se transformando, enquanto tentavam processar a explicação. E então, como mágica, via o entendimento brotar em seus olhares, o mesmo fascínio que Maquiavel provocava em mim desde sempre.

Mas, por mais que eu quisesse passar o dia inteiro falando sobre ele, o sinal tocou, trazendo-me de volta à realidade.

— Até a próxima aula, pessoal. — E, como esperado, os cadernos se fecharam rapidamente, enquanto os alunos se levantavam, ansiosos pelo intervalo.

— Professor, posso fazer uma pergunta pessoal? — Simon se aproximou da minha mesa, após a sala esvaziar.

— Claro, diga. — respondi, curioso.

— Por que o senhor nunca menciona que já foi presidente da Coreia do Sul?

A pergunta me pegou de surpresa. Eu sabia que esse era um assunto comentado nos corredores, afinal, era impossível ocultar esse fato do meu currículo. Mesmo aposentado da política, o protocolo e as formalidades me seguiam. Mas Simon foi o único a ter coragem de me questionar diretamente.

— Porque acho irrelevante. — respondi, esperando que isso bastasse. Mas a expressão dele mostrava que não estava convencido.

— Professor... — Ele arqueou uma sobrancelha, claramente achando minha resposta superficial. — O senhor foi presidente de um país! Governou uma nação e, claramente, à luz das ideias de Maquiavel. Só alguém muito desatento não perceberia o quanto você o admira. Como isso pode ser irrelevante?

Soltei um suspiro.

— Eu aprecio muito meu mandato e tudo o que pude realizar nesses cinco anos. Mas quando me mudei para cá, meu esposo e eu decidimos virar essa página e começar uma vida mais tranquila. Entende? Não escondo nada de ninguém — ri — até porque seria impossível. Mas prefiro não focar nisso estando aqui. 

Finalmente, ele pareceu entender.

— Eu o admiro muito, professor. No semestre passado, tentei me inscrever na sua aula, mas não consegui. Então, comecei a assistir suas aulas escondido, lá no fundo, só por curiosidade...

Por que essa história me parecia tão familiar?

— Depois, pesquisei tudo sobre o senhor na internet. Vi vários vídeos dos seus cultos no YouTube... o senhor era um pastor incrível.

Isso eu já imaginava.

— Com certeza eu me converteria só pela sua oratória.

Fiquei sem palavras. Simon era um aluno tranquilo, focado nas aulas... ou talvez focado em mim?

— Ou talvez por causa dele? — Uma voz familiar, mas inesperada, soou na entrada da sala.

Tanto eu quanto Simon nos viramos, surpresos, e lá estava Taehyung.

Seus passos confiantes e os cabelos loiros chamavam a atenção, especialmente dos mais jovens. Ele sempre exalava uma presença forte, e seria tolice ignorá-la. Simon, confuso, me lançou um olhar incerto. Tae nunca havia aparecido aqui antes, e escolheu justo esse momento?

Intuição, talvez?

— Sabe, garoto... nós dois temos algo em comum. — Tae ignorou minha presença e focou em Simon.

— Temos? — Simon perguntou, hesitante.

— Sim. — Tae sorriu, aproximando-se mais. — Nós dois vemos algo no Yoon que ninguém mais vê. Admiração? Curiosidade? Eu chamaria de obsessão.

— Tae... — interrompi, tentando acalmar a situação. — Simon, desculpe... este é meu esposo.

— Seu... esposo? — Simon olhou de Tae para mim, processando a informação.

— Sim, es-po-so. — Tae pronunciou devagar. — Algum problema? Não encontrou isso nas suas pesquisas?

Eu tentava entender o que estava acontecendo. Tae estava com ciúmes? Ou Simon realmente estava insinuando algo?

— Não, senhor Min. — Simon respondeu, encarando Tae com um sorriso. — Na verdade, estou impressionado... você é ainda mais bonito pessoalmente.

Simon 1 x 0 Tae.

O rosto de Tae ficou visivelmente corado, percebendo que havia interpretado mal a situação. Agora, além de estar envergonhado, me colocou em uma situação delicada.

— Simon, mais uma vez, peço desculpas... Espero que sua dúvida tenha sido esclarecida.

— Foi sim, professor Min. — Ele sorriu com gentileza. — Ah, e Taehyung, certo? Fique tranquilo... eu namoro.

Com isso, Simon se despediu e saiu da sala, deixando um silêncio constrangedor para trás.


👑👑


Depois daquele dia, as coisas entre mim e Min Taehyung começaram a ficar estranhas.

Apesar de toda a confiança que sempre foi característica do meu esposo, parecia que essa confiança não estava mais sendo estendida a mim. De algum modo, só agora ele percebia que nosso relacionamento não havia começado da melhor forma — éramos o fruto de traições.

O incidente na minha sala meses atrás havia despertado uma crise de ciúmes em Taehyung, que estava cada vez mais difícil de lidar.

Tae sempre teve tudo o que quis. Quando decidiu que eu seria seu, não mediu esforços para me conquistar. Mas agora, na sua cabeça, Simon era alguém que poderia tentar o mesmo. E, claro, ainda segundo seus pensamentos... se eu já traí uma vez, por que não faria de novo?

— Estou te dizendo, Taehyung... não quero você indo à faculdade. — falei, já impaciente.

— Por quê? Isso tem a ver com o seu "aluninho" Simon? — ele retrucou com sarcasmo.

— Não, Tae... tem a ver com você e essa porcaria de ciúmes sem sentido.

O caminho até o elevador foi silencioso, assim como a curta caminhada até chegarmos em casa. Eu estava exausto, mas mais ainda por estar me sentindo cada vez mais sufocado. Estávamos casados há apenas um ano, e ironicamente, eu começava a preferir nossa vida de antes. Peguei o primeiro maço de cigarros que vi e fui direto para o meu refúgio antiestresse, com uma cerveja na mão.

E, quase sem pensar, disquei o número de Namjoon.

— Estou te atrapalhando?

— Sim, meu sono. Sabe que horas são?

Nem havia me dado conta do horário, mas eu precisava ouvir sua voz.

— Você sabe que não ligaria à toa...

Mentira, eu ligaria sim.

— Corta essa, Yoon... eu te conheço. É o Tae? Brigaram de novo?

Soltei um suspiro, tragando o cigarro e soltando a fumaça no céu noturno de Paris.

— Ele está cada vez mais ciumento, Nam.

Ao fundo, ouvi a voz de Lilian reclamando e pedindo para Namjoon falar mais baixo , então ele sussurrou:

— Yoon, você precisa passar segurança para ele. É possível que, na cabeça do Tae, ele sinta que merece passar por isso, já que, de certa forma, colaborou para que você traísse o Jk e a Lili. Talvez seja uma espécie de carma, entende?

— Mas isso não vai acontecer, Nam!

— Não é pra mim que você precisa dizer isso.

Nesse momento, ouvi o som da porta da sala batendo, e percebi que, se eu quisesse resolver as coisas com Tae, teria que ter paciência, pois não seria hoje.

— Ele saiu?

— Saiu.

— E agora?

— Agora só me resta esperar.

A noite seguiu, com o luar iluminando a varanda, mas o frio já tomava conta do ambiente. Passava da meia-noite, e eu ainda não tinha recebido nenhuma mensagem de Taehyung. A única opção era dormir e esperar pela manhã para tentar conversar.

Era o que planejava, até que a luz do celular piscou, despertando-me com uma ligação às 3h da manhã.

— Tae? — atendi, sonolento.

— Oi, é o Yoongi?

Não era ele.

— Sim, sou eu... o que aconteceu? Onde está o Tae?

— Ele está bem, só um pouco bêbado para dirigir. Pode vir buscá-lo?

Sentei na cama, esfregando os olhos.

— Claro, me mande a localização.

Olhei ao redor, ainda tentando raciocinar, mas logo me dei conta; levantando as pressas da cama e sem nem pensar muito, coloquei qualquer camisa, enquanto por baixo permanecia a calça do meu pijama. O estacionamento estava vazio e silencioso, e permaneceria assim, se não fosse pela a minha pessoa nele. Logo pude sentir o celular vibrar e vi a bendita localização, me fazendo entrar no carro e sem esperar muito; arrancar na noite fria de Paris. Minhas mãos apertaram o volante com força e a ansiedade me dominava por saber que o Tae estava vulnerável em algum canto, enquanto o GPS me levava por ruas desconhecidas.

— Que diabos de lugar é esse onde ele se meteu?

Finalmente, estacionei em frente a um bar com um letreiro em LED. Saltei do carro, sentindo a brisa gelada da madrugada me envolver. Acelerei os passos para entrar no bar, e a cena que encontrei foi...

Taehyung seminu, dançando em cima do balcão.

Respirei fundo. A visão poderia ter sido excitante em outras circunstâncias, mas, considerando que eu estava de mau humor, acordado de madrugada, e vendo meu esposo se exibindo para um grupo de desconhecidos, minha vontade era deixá-lo ali mesmo.

Mas nem a pau.

— Taehyung, desce daí agora! — minha voz era firme, sem gritar, mas suficientemente alta para ele ouvir.

E ele ouviu.

Seus olhos se arregalaram, e rapidamente ele olhou para o amigo que o havia chamado, antes de me encarar de novo.

— Y-Yoon?

— Não, o Papa Francisco! — respondi, irritado.

Ele pulou do balcão e veio na minha direção, mas foi interceptado por um homem que segurou seu pulso.

— Não vai continuar o show, gracinha?

Esse cara só podia estar pedindo para morrer.

Antes que Taehyung pudesse responder, tentei me aproximar, mas o homem segurou firme.

— Vai, me responde... quero ver você dançar mais.

— E-eu sou...

— Ele é casado. — completei, o interrompendo.

Tae me olhou novamente, mas minha atenção agora estava totalmente focada no idiota que ousava tocar no meu marido.

O cara riu.

— Quem acreditaria nisso? Nenhuma pessoa casada decente estaria dançando assim.

Respirei fundo novamente.

Desde que nos mudamos para a França, eu tinha me esforçado ao máximo para reprimir o lado sombrio do Yoongi, mas em momentos como esse, eu lembrava o quão bom podia ser, dar vazão a ele.

E foi exatamente o que fiz.

Minha mão se fechou em um punho, e antes que Taehyung tentasse se soltar novamente, eu já estava socando a cara nojenta do homem. A música ao nosso redor parou, gritos ecoaram pelo bar, mas eu só queria descontar minha raiva em alguém, e esse idiota era o alvo perfeito.

— Yoon, solta ele!

Ignorei.

Um sorriso involuntário surgiu nos meus lábios ao ver o sangue escorrendo da cara dele, a vida esvaindo de seus olhos a cada novo soco que eu desferia e eu teria continuado, se não tivesse sentido vários seguranças me agarrando.

— SOLTEM ELE, É O MEU ESPOSO!

Antes que eu pudesse reagir, senti meu corpo sendo jogado ao chão. 

E Tudo ficou escuro.


👑👑


Minha missão era simples: buscar Tae no bar. No fim, não sei nem como fui parar no hospital, mas foi lá que acordei. O teto branco, o cheiro de soro e a agulha presa no meu braço foram as primeiras coisas que percebi quando abri os olhos.

O relógio marcava 8h.

— Merda! Minha aula. — Tentei me levantar, mas a dor tomou conta do meu corpo, e a agulha afundou ainda mais no meu braço.

— Não, não, não... você tem que ficar deitado. — disse uma enfermeira ao me ver tentando mexer.

— Mas eu preciso ir embora. — retruquei.

— E você vai... assim que o remédio acabar. — respondeu com impaciência.

Soltei um suspiro frustrado.

Tateei a mesa ao lado, procurando meu celular, mas não fazia ideia de onde ele estava. Talvez eu o tivesse perdido na confusão da noite anterior. Seria bem possível.

— Procurando isso? — A voz de Taehyung veio da porta, e lá estava ele com meu celular na mão.

Assenti, estendendo o braço livre e esperando que ele me devolvesse. Percebi sua hesitação, preocupado se eu estava bem. Logo tendo certeza de que não estava, quando peguei o celular e virei o rosto, sem dizer nada.

— Se está preocupado com suas aulas de hoje, pode ficar tranquilo; eu as cancelei.

— Obrigado pela consideração. — retruquei com sarcasmo.

— Yoon...

— Tae, agora não. — cortei, sem olhar para ele.

Ele assentiu, resignado.

— Vou falar com o médico. O seu remédio já está quase no fim. — E saiu da sala.

Por mais que o incidente tivesse passado, eu ainda sentia que tudo estava errado. Não queria explicações ou desculpas naquele momento. Minha cabeça precisava de tempo, e a ideia de cortar a comunicação com Tae me parecia a melhor solução.

Eu estava exausto.

Passei cinco anos governando um país, enquanto tentava, ao máximo, conciliar as idas e vindas entre Coreia e França, contando os dias para que tudo acabasse, não pelo cansaço, mas pelo desejo intenso de estar definitivamente ao lado do Tae. No entanto, nosso primeiro ano de casados estava longe de ser fácil.

Taehyung já estava muito mais adaptado à vida ocidental do que eu. Seis anos não são seis meses. Às vezes, sinto falta do clima coreano, das pessoas — mesmo que não tão afáveis — da comida, sem sombra de dúvidas. E, claro, sinto falta da minha família.

Já faz um ano que não os vejo, e isso me incomoda.

Kim Namjoon sempre esteve ao meu lado, e descobri da pior maneira, que não sei lidar com a confusão da minha vida sem ele por perto.

Jungkook e companhia, foram as minhas companhias fieis durante meus cinco anos de mandato, trazendo risadas e leveza. Agora, só os vejo pela tela de um celular.

E a Lilian... ahh, sinto falta dela. Não de forma amorosa, mas sim, porque, assim como Namjoon, ela sabia me decifrar com um único olhar, e suas palavras sempre faziam sentido, exceto quando se tratava de mim.

Mas esta é minha realidade.

Uma crise no primeiro ano de casamento e um sentimento constante de que estou perdido, sem saber se estou no caminho certo.

A volta para casa foi um momento de reflexão. Meu pulso enfaixado latejava, mas preferi ignorar a dor. Tae respeitou meu silêncio durante todo o trajeto, assim como quando entramos no apartamento. Ele não disse nada, e eu também não.

Era tudo o que eu precisava no momento.

 👑👑


Não me permiti ficar muito tempo em casa e, no dia seguinte, já estava de volta à sala de aula. Ironia ou não, lecionar era o que mais me trazia satisfação ultimamente. Quando terminei a aula, o celular vibrou, iluminando a tela com uma mensagem.

Amor:
Estou aqui fora te esperando. :)

Tae estava tentando se aproximar aos poucos, e mesmo que não tivéssemos falado sobre a noite no bar, eu sabia que não podíamos adiar essa conversa por muito mais tempo.

Eu:
Ok.

Recolhi minhas coisas e caminhei para o estacionamento, onde sabia que ele estaria. E lá estava ele, com um terno azul impecável, rindo de algo em seu celular. Assim que me viu, sua atenção se focou em mim, e um sorriso tímido surgiu em seus lábios.

Eu o amava, e a verdade era que estava ficando cada vez mais difícil continuar com a distância emocional.

— Tae? — chamei, mais suave do que eu pretendia.

— Amor... — ele respondeu, um tanto tímido, mas com a animação evidente em seus olhos, como se estivesse planejando algo. Suas mãos pareciam suadas, e ele se movia inquieto à medida que eu me aproximava.

E, apesar de tudo, gostei dessa sensação. Saber que ele estava vulnerável, talvez tão nervoso quanto eu, me fez querer resolver tudo de uma vez.

— Precisamos conversar, Tae. — falei com mais calma, finalmente pronto para enfrentar o que estávamos adiando.

— Eu sei, Yoon. — Ele respirou fundo, os olhos brilhando de expectativa. — Não podemos continuar assim... e eu não quero mais essa distância entre nós.

Eu também não queria.

Enquanto ficávamos ali, naquele estacionamento, tudo ao redor parecia perder importância. Respirei fundo e dei o primeiro passo, sabendo que, apesar das nossas crises, o que tínhamos ainda era muito maior do que os problemas que surgiram.

E naquele momento, percebemos que resolver as coisas significava não apenas falar, mas estarmos dispostos a entender que nosso amor ainda era a base sólida sobre a qual tudo mais se construía.

Eu o amava. E por mais difícil que fosse, sabia que, com ele, estava exatamente onde deveria estar.

Tae ficou em silêncio por alguns segundos, os olhos examinando os meus. A tensão no ar era palpável, mas o peso das últimas semanas começava a se dissipar. Finalmente, ele deu um passo à frente, me puxando para um abraço apertado.

— Eu sinto muito, Yoon. — Sua voz saiu baixa, abafada contra meu ombro. — Sei que tenho sido difícil ultimamente, mas você precisa acreditar... eu só tenho medo de te perder.

Afastei-me um pouco, apenas o suficiente para olhar em seus olhos.

— Eu sei, Tae... e talvez eu também não tenha ajudado muito. — Suspirei, passando a mão por seus cabelos. — Mas não podemos continuar assim, sufocando um ao outro. A gente tem que aprender a confiar de novo.

Ele assentiu, os olhos marejados.

— Eu confio em você. Só... acho que preciso trabalhar melhor em como lido com meus próprios medos. — Taehyung riu, nervoso, tentando esconder a emoção.

— E eu preciso ser mais aberto com você. Parar de me fechar e te deixar de fora quando algo está me incomodando. — Senti a sinceridade em minhas palavras. Eu também queria fazer as coisas funcionarem, e sabia que isso demandaria esforço de ambos.

Tae, ainda com os olhos em mim, pareceu respirar fundo, como se estivesse pronto para dizer algo mais.

— Eu estive pensando muito sobre nós, Yoon. Sobre o que poderíamos fazer para melhorar... — Ele deu um passo para trás, enfiando a mão no bolso do terno, e tirou um pequeno envelope. — E talvez essa seja uma das maneiras.

Ergui uma sobrancelha, confuso. Tae sorriu, agora mais confiante, e me entregou o envelope. Ao abri-lo, encontrei duas passagens de avião.

— O que...?

— Eu comprei passagens para nós dois... para a Coreia do Sul. — Taehyung explicou, seus olhos ansiosos pelos meus. — Eu sei que tem sido difícil pra você se adaptar completamente à vida aqui. Você sente falta de casa, da sua família, dos seus amigos... e eu sinto que nós dois precisamos desse tempo lá.

Fiquei olhando para as passagens, as palavras não vinham de imediato. Sentia um aperto no peito, uma mistura de surpresa, gratidão e saudade.

— Tae... isso é sério? — perguntei, a voz um pouco mais baixa.

— É claro que sim. — Ele sorriu, genuíno, tocando meu braço. — Vamos passar um mês na Coreia, visitar sua família, ver o Namjoon, o Jungkook, a Lili... e mais importante, vamos dar um tempo para nós. Sem as preocupações de Paris, sem trabalho, sem estresse. Só... nós dois. Juntos.

Minhas mãos ainda seguravam as passagens, os pensamentos girando. Era exatamente o que eu precisava. Tae sabia disso, talvez até antes de mim.

— Eu... não sei o que dizer. — admiti, sentindo um calor se espalhar pelo meu peito. — Você pensou em tudo, não é?

Ele assentiu, ainda sorrindo.

— Eu te amo, Yoon. E sei que talvez não diga isso o suficiente, mas estou disposto a fazer o que for preciso para que a gente funcione. Sei que às vezes sou cabeça-dura, mas não vou te perder... não de novo.

Olhei nos olhos de Taehyung, sentindo as barreiras que tínhamos construído entre nós finalmente se dissolverem. As mágoas, os mal-entendidos... tudo começava a se desfazer. Eu o amava, e aquilo era mais claro do que nunca.

Dei um passo à frente e o puxei para mais perto, meus lábios encontrando os dele em um beijo calmo, mas cheio de tudo o que estava preso dentro de mim. Quando nos afastamos, encarei-o com mais leveza.

— Eu também te amo, Tae. E estou disposto a lutar por isso.

Ele sorriu, o brilho nos olhos refletindo o alívio e a felicidade que eu sentia.

— Vamos fazer as malas? — perguntei, segurando as passagens com mais firmeza.

— Vamos. — Tae riu, já se preparando mentalmente para a viagem que traria de volta parte de quem eu era, e ao mesmo tempo, nos ajudaria a construir algo novo.

E assim, a viagem para a Coreia do Sul não seria apenas um retorno às minhas raízes, mas também uma chance de renovar o que eu e Taehyung tínhamos de mais precioso: nosso amor.

CONTINUA...

> O que acharam deste Cap? (quero opiniões sinceras)

...

Eu dividi esse bônus em duas partes kk antigamente escrevia muitas palavras por dia, hoje, sou mais lenta para me concentrar e desenvolver um plot.

Prometo... o proximo não vai demorar para sair.

ATÉ LÁ ❤️



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